Agenda de indicadores favoráveis ajuda bolsa a subir

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar caiu 2,12% e fechou cotado a R$ 3,3013

Jornal GGN – O índice oficial do mercado brasileiro fechou as operações com ganhos expressivos, favorecida pelo cenário externo favorável e a repercussão da meta fiscal de 2017 anunciada pelo governo brasileiro. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 2,16%, aos 53.140 pontos e com um volume negociado de R$ 5,870 bilhões.

A agenda econômica do dia foi intensa. Internamente, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de junho apresentou alta de 0,35%, ligeiramente abaixo das estimativas de mercado em 0,37%. “O número, embora considerado positivo, trouxe consigo preocupação devido à ausência de arrefecimento dos preços dos alimentos, como por exemplo o feijão e o leite longa vida que, sozinhos, representaram na medição quase 60% da alta”, diz a corretora BB Investimentos, em relatório.

O anúncio na noite de ontem da meta fiscal para 2017, orçada em R$ 139 bilhões, abaixo do que era esperado – entre R$ 150 e R$ 160 bi – também foi considerado positivo, embora o detalhamento do plano deixe em aberto algumas fontes de receitas como privatizações, IPOs (oferta inicial de ações), aumento de impostos e concessões.

Externamente, o payroll (dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos) surpreendeu os analistas com a aparente retomada da pujança do mercado de trabalho norte-americano. Após os fracos números de maio, em junho foram criados 287 mil postos de trabalho, muito acima dos 180.000 esperados. “O número foi bem recebido pelo mercado, que considerou positiva a retomada do nível de atividade do maior motor da economia global, ao mesmo tempo que os desdobramentos ainda incertos gerados pelo Brexit mantêm afastado por hora o temor quanto à alta das Fed Rates”, diz a corretora.

Em termos acionários, a alta foi puxada pelo desempenho das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 2,93%, a R$ 9,84, e os papéis ordinários da Petrobras (PETR3) subiram 2,76%, a R$ 12,30. Os papéis foram afetados pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional. Além disso, a companhia captou, na véspera, US$ 3 bilhões com a emissão de títulos no exterior.

Já as ações preferenciais da Vale (VALE5) ganharam 1,88%, a R$ 13,02, e as ações ordinárias (VALE3) tiveram alta de 1,06%, a R$ 16,19. Os papéis da mineradora acompanharam o avanço dos preços do minério de ferro na China.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 2,12%, cotado a R$ R$ 3,294 na venda, após cinco altas seguidas. Apesar da queda no dia, o dólar termina a semana com ganho acumulado de 1,91%. No ano, a moeda tem perda acumulada de 16,55%.

Os investidores mostravam-se otimistas após a publicação da estimativa de rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas em 2017. Apesar de alto, o valor é menor que o resultado negativo de R$ 170,5 bilhões previsto para este ano. No exterior, os agentes repercutiram os dados de empregos nos Estados Unidos, que avançou em ritmo acima do esperado.

Para segunda-feira, os agentes aguardam a publicação da prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), relatório Focus e os dados de balança comercial no Brasil; e o índice de preços ao produtor no Japão.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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