Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Ajoelhar-se no milho será pouco diante de Meirelles, por Rui Daher

Kátia Abreu

Por Rui Daher

Este texto foi enviado para CartaCapital, mas ainda não publicado. Para não perder a atualidade, posto antes aqui.

Na coluna anterior, “Novo ministério, mas nada de novo aparece” (20/05), passeei entre a mediocridade do então anunciado ministério interino e a competência empresarial do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi.

Pouco se pode contestar sobre os dois fatos. O “gabinete” Temer é ridículo, como seus trejeitos de estadista. O Grupo Amaggi, em 2015, teve receita líquida de R$ 12,7 bilhões e lucro de R$ 773 milhões, superando os resultados do ano anterior em 40% e 96% (!), respectivamente.

Quando o conheci e soube de sua pretensão de entrar na política, temi que o pioneirismo e o sucesso dos empreendimentos daquela família paranaense pudessem não persistir. Aliás, naquela época a soja atravessava um período de preços baixos, que somado aos pesados investimentos no porto de Itacoatiara (AM) afetavam a liquidez do Grupo.

Não se sabe se por forte impulso vocacional ou espírito de sacrifício pela agricultura, Blairo acabou entrando na política e se moldou à forma em que ela é praticada no Brasil. Todos se deram bem, e julgamentos não faço. Ainda mais sem praticar o esporte do grampo e da delação premiada.

Hoje em dia, ao vê-lo ministro, apenas duvido de sua visão no sentido de fazer progredirem todos os segmentos da agropecuária nacional, sobretudo aqueles que, segundo o defasado Censo Agropecuário IBGE 2006, representariam mais de 80% das propriedades agrícolas brasileiras com área menor de 200 hectares, a maioria classificada como agricultura familiar.

Apesar da mesma raiz, diferenças separam Blairo Maggi de sua antecessora Kátia Abreu. A ex-ministra, talvez pelo seu relacionamento pessoal com a presidente eleita Dilma Rousseff, entendera a necessidade de, com Patrus Ananias do Desenvolvimento Agrário (MDA), fazer crescer a classe média rural.

Não esperem aí qualquer comprometimento do ministro interino do MAPA e de seus apoiadores ruralistas no Congresso e nas Confederações. Preocupar-se-ão (olha aí, Michel Temer, uma mesóclise!) com medidas que aumentem suas vantagens e interesses.

Até porque, como venho insistindo, o MAPA é um órgão fundamentalmente regulatório e fiscalizador, que recebe loas ao anunciar condições e recursos do Plano Safra, depois de ajoelhar-se diante do ministério da Fazenda. Pouco a ver, pois, com a agricultura familiar, esta sim dependente de apoios políticos, técnicos e financeiros, sobretudo agora prejudicada com a descaracterização do MDA num bololô gestor sem qualquer sentido.

Quando mencionei que as prioridades de Blairo se confundiriam com os anseios da bancada ruralista, não errei. Deixa-o claro entrevista dada pelo ministro interino ao jornal Valor, em 26 de maio.

Afora a liberação de leilões dos estoques de milho para equilibrar os preços dos grãos ajustando-os às necessidades do complexo carnes e a maximização da capacidade de armazenamento de grãos através da iniciativa privada, e não da CONAB, medidas operacionais justificadas, declarou-se afável à flexibilização da venda de terras a estrangeiros.

É certo. Antes de 6 meses, virão a demarcação de terras indígenas e quilombolas submetida ao Congresso e o afrouxamento na legislação e fiscalização do trabalho rural.

No mais, e o que me espanta, é a ingenuidade de pensar negociar com o Banco Central e o ministério da Fazenda menores taxas de juros, melhores condições e mais recursos para o Plano Safra 2016/17. Sem aumento de impostos.

Uai. A palavra de ordem não é austeridade? A redução da meta fiscal para um déficit de R$ 170,5 bilhões, em 2016, irá comprometer educação, saúde, gastos sociais, e melhorar as condições do único setor da economia que anda com as próprias pernas?

Esqueçam. A continuar, os “Berrantes Caiados” só poderão se apresentar nos circos-poeiras do país. Duvidam? Peçam que Blairo Maggi consulte Henrique Meirelles. 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

18 Comentários

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  1. Henrique Meirelles é o

    Henrique Meirelles é o candidato natural da situação (PMDB)  para a Presidencia em 2018. Conta com uma vantagem unica, o financiamento de campanha , algo que será muito mais dificil em 2018 dada as regras que impedem pessoas juridicas de contribuir, Meirelles tem recursos proprios, tal qual Trump e pode obter apoios de pessoas fisicas ricas, que não estão rpoibidas de contribuir. Meirelles tem tambem a vantagem de não estar na Lava Jato, hoje coisa valiosa.

    Do lada das desvantagens o perfil nada popular, cara, postura e voz de banqueiro.

    A cronica politica não está colocando essa obvia candidatura no contexto das analises politicas atuais, parece que poucos perceberam o alcance do projeto Meirelles.

    Do lado dos votantes dificilmente as medidas fiscalistas darão resultado a tempo de inflar essa candidatura, ao contrario, as medidas poderão aprofundar a recessão.

    Há imponderaveis no caminho, qual serão os outros candidatos, quem vai ganhar nos EUA, o que vai ser do PT.

    O PT tem uma ala cada vez mais forte que pensa a longo prazo, hoje seria melhor ficar na oposição até 2018, se por uma roleta russa Dilma voltasse o desastre da economia será tão gigantesco que Dilma afundará junto com o barco levando o PT junto, não ha o que Dilma possa fazer numa eventual volta a não ser implodir o governo.

    A ameaça de rejeição do impeachment será usada como moeda de troca pelo Senado e esse é o unico risco no caso.

    1. A gang no poder vai sobreviver sem financiamento empresarial?
      Eu creio que vem aí uma legislação que ampare o financiamento politico por pessoa jurídica. Está no DNA do governo provisório.

      1. Mas a legislação proibitiva

        Mas a legislação proibitiva de doação de pessoa juridica ACABOU de ser aprovada, aprova e depois muda, então porque foi aprovada?

        1. Questão central

          Observando os atores políticos: a OAB entrou com a ação no STF, o Gilmar pediu vistas e segurou por um longo tempo, mesmo já estando praticamente aprovada pela maioria dos ministros. Quando finalmente teve que liberar para a votação e aprovação, a maior reação contrária foi do PSDB, via Aécio e outros. Com a guinada trazida pelo impedimento de Dilma, não duvido que revejam isto.

                Mas sinceramente estou ansioso e curioso para ver as próximas eleições municipais sem o financiamento empresarial.

          1. A todos que se referiram

            ao financiamento de campanhas com limitação de doações empresariais: discutimos muito 2018, com razão. Afinal, trata-se de um golpe de Estado praticamente já completado. Uma aberração repetir-se depois de 52 anos. Mas, em pouco mais de 4 meses teremos eleições municipais importantíssimas para direcionar como seguirão os caminhos políticos do País. Haverá reforma, como estará a economia, o arrocho nos programas sociais serão sentidos, como estarão as maquinações exteriores do Serra, quais tramas estarão montando Geraldo/Aécio/Serra para enterrar pretensões peemedebistas, como a Lava Jato repercutirá nos votos ao PT. São perguntas e desdobramentos importantes e, ao meu ver, fundamentais para entender 2018. Abraços.

        2. Foi aprovado porque o Gilmar

          Foi aprovado porque o Gilmar garantiu que o PT já tinha grana suficiente para financiar as campanhas dos próximos 20 anos. Desta forma  não teria como o pt usar essa grana. Como acham que o pt está quebrado e fora do pãreo, voltarão atrás e aprovarão o financiamento pelas empresas. Simples assim.

      2. STF

        O ministro Barroso já deu a primeira dica. Logo o veto ao financiamento empresarial de campanha será pó. Provavelmente voltará envernizado com alguma limitação para enganar os desinformados. E ainda vão dizer que nos EUA ele existe e que não há problema. Mas esta é a questão central: lá ele existe é talvez seja o maior problema.

    2. Só um detalhe

      Ter “recursos próprios” no Brasil não é a mesma coisa que nos Estados Unidos.

      Aqui o candidato só pode “doar” a si mesmo 10% do que declarou de renda no ano anterior.  Temer foi condenado porque doou 100mil à sua campanha, quando só poderia ter doado 90mil.

      Candidato NÂO pode usar seu patrimônio em campanhas.

      De qualquer maneira, também acho que Meirelles é potencial candidato à 2018, mas não pelo seu patrimônio, mas sim porque está cumprindo exatamente o mesmo script de FHC no governo Itamar e será o candidato da grande mídia apoiada pelo mercado.

    3. André,

      da mema forma que “Cidadão”, acho que há setores políticos e econômicos que consideram a opção Meirelles. De possibilidade nula, no entanto. Primeiro, porque ainda que seja quem tenha maior patrimônio e também capacidade de arrecadação maior do que qualquer outro candidato, o fato não será preponderante nas eleições. Sobretudo pelas características que você mesmo enumerou. Mais importante será o estado da economia até lá. Mas, estando pior ou igual, já o liquida; tendo melhorado, também. A ânsia e o modo traidor tucanos transformarão o PMDB em escombros sob o tapete da Lava Jato. Tanto direita como esquerda precisarão inventar novos nomes para a continuidade democrática. Moro – como novo Collor – Barbosa, Ciro, Marina? Uma coisa é certa para mim: o PT não deveria lançar candidato próprio, em 2018. Abraço.

  2. probabilidade 100%

     “declarou-se afável à flexibilização da venda de terras a estrangeiros.”

    Lógico. Se proprietário de terras é, não haveria de ser diferente.

    Puxa o valor dos bens dele (no Estado da terra grilada) e dos seus compadres para cima.

    Enquanto isso, o velho modelo. Deixamos exportar tudo (sem segurança alimentar e ambiental), permitimos uma enorme destinação da área agrícola para exportação, com baixíssimo valor agregado, reduzimos a demanda interna e (também) consequentemente o câmbio) via juros, acabamos com a indústria, e por aí.

    Nada de privilegiar a demanda interna da produção agropecuária, nada de soltar a demanda de modo geral (via juro baixo, não déficit, por óbvio – coisa que o pessoal do PT não entende de jeito nenhum) para deixar o câmbio e o nível de preços se ajustarem (até mesmo com a demanda imediata por importados), nada de estimular nesse contexto a demanda até mesmo por produtos básicos importados (para habitação e saneamento por exemplo: aço, cimento, etc), restringindo a nossa sangria desses mesmos produtos (taxando baixo valor agregado),  nada enfim, de com isso deixar o câmbio naturalmente subir com o estímulo a maior agregação de valor no sistema produtivo (menos exportação e mais importação de básicos, câmbio mais alto, mais exportação de valor agregado, etc, etc).

    Aliás, é um “no-brainer”, é coisa que realmente explica porque países desprovidos de recursos naturais com um mínimo de direcionamento (Coréia, Japão, Formosa), chegaram onde chegaram em nível tecnológico. Manter ao máximo o que de básico se produz internamente, importar o que de básico se puder importar, manter com isso o câmbio em patamar alto e exportar valor agregado.

    De fato, o atraso é uma tara brasileira.

     

    1. Servidor público,

      perdido tanto tempo para investir em inovações tecnológicas e industrialização agregadoras de valor, será muito longo o tempo para alcançarmos o nível de outros países. Não se deve descartar a tarefa, mas enquanto isso não podemos deixar de lado atividade fundamental para o País, aliás, hoje em dia, a única com demanda mundial assegurada.

  3. Fora a pinta de banqueiro,

    Fora a pinta de banqueiro, Meirelles tem telhado de vidro. O truculento Ricardo Noblat tocou neste ponto tangencialmente em malicioso comentário que fez recentemente no Twitter. 

  4. Uma pena

    Maggi era a grande aposta de Lula para roubar terra  dos cubanos e africanos em nome do Império do Agro-Negócio Brasileiro.

    Ou, para os puristas, incrível como Lula foi tão próximo de Maggi e não o conheceu direito. Heheh

    Blairo Maggi e Lula em Cuba para ampliar produção de alimentos

    26/02/2014 18:25

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Blairo Maggi visitaram nesta quarta-feira (26) a fazenda da empresa agrícola militar Cubasoy, em Ciégo de Ávila, para conhecer a produção de soja e feijão de Cuba.

    Para baixar imagens em alta resolução, visite o Picasa do Instituto Lula.

    Maggi foi convidado por Lula para conhecer as plantações da ilhae ajudar no intercâmbio de conhecimentoS técnicoS para aumentar a produtividade da produção agrícola cubana. O senador convidou os cubanos a conhecerem toda a cadeia da soja, milho e algodão de suas fazendas no Mato Grosso, cuja produtividade, graças ao alto uso de tecnologia, é entre duas e quatro vezes a obtida em Cuba. Ele explicou como o cerrado, que na década de 1970 era considerado uma terra imprestável, se tornou a principal região produtora de grãos no Brasil. “A soja no Centro-Oeste do Brasil é tecnologia pura, desenvolvida pela Embrapa e outras instituições privadas. E hoje ultrapassamos a produçao dos Estados Unidos com 92 milhões de toneladas”.

    A Cubasoy foi criada em 2006 e tem contado com o intercâmbio de técnicos da Embrapa para tentar melhorar a produção de soja na ilha. Mas ainda necessitam de maior conhecimento sobre o solo, acesso a sementes mais modernas e melhor maquinário para ampliar a produção, atualmente em caráter experimental, com variedades de sementes a partir do conhecimento transferido pela Embrapa e equipamentos adquiridos no Brasil.

    Lula e Blairo conheceram também a produção de feijão irrigado da empresa.

    Ouça a fala de Lula sobre sua viagem a Cuba e a possibilidade de cooperação para aumentar a produtividade agrícola do país:

     

     

    1. Uma ótima

      iniciativa de Lula, que vinha sendo repetida pela Embrapa, em vários países da África com condições para o plantio de grãos. Ter convidado Blairo significava cooptá-lo técnica e politicamente. Nada mais correto. Mas Lula o queria em ações na direção da inserção brasileira na África, diante de suas semelhanças com o Brasil, de necessidade de inserção social, e para equilibrar o domínio chinês no Continente. Abraço.   

  5. Ingenuidade mata

    Caro Rui,

    Não sejamos ingênuos, esse ministério representa por inteiro e sem exceções a casagrande e os senhores de engenho.

    Jamais devemos dialogar com golpistas, pelo contrário devemos recusar qualquer conversa.

    Não devemos reconhecer esse governo golpista, por uma questão de princípios.

    Meu voto e o de 54 milhões de eleitores foram simplesmente roubados.

    Infelizmente os governantes petistas se mostraram estarrecedoramente ingênuos, em todos os sentidos.

    Desde o início do governo Lula.

    Hoje mesmo a Presidenta legítima Dilma deu entrevista a Mônica Bergamo onde informa ter constatado a traição do atual ilegítimo mandatário golpista apenas em março deste ano.

    Lembro que chegaram a confiar no traidor, imagine só, deram-lhe a coordenação política do governo, junto à canalha, que ainda se fazia de desentendida e simulava certo apoio, quando na época que todo o circo do golpe de estado já estava armado e seu cronograma definido.

    Ora, nos primeiros dias de dezembro de 2015, Ciro Gomes já dizia com todas as letras em entrevista televisiva à Mariana Godoy:  “Temer é o capitão do golpe“, e só em março de 2016 a Presidenta eleita se deu conta que seu próprio substituto a traía?

    Se associar com gente como R. Jefferson, Paulinho da Força, Geddel, Moreira Franco, E. Padilha, Jucá e tantos outros, inclusive partidos como PP, PTB, PMDB, e outros partidos fisiológicos só demonstram a total ingenuidade de representantes dos governos petistas em busca da tal “governabilidade”.

    Alguns poucos dos quais (ressaltados pela imprensa golpista como fossem, entre os pegos com a boca na botija, maioria, quando em franca minoria) se julgaram tão aceitos e tão iguais aos canalhas que representam os senhores de engenho,  caíram na mesma vala, transformaram-se em marginais, coisa da qual não tinham aliás a menor experiência; deixaram incompetentemente o rabo de fora.

    Acreditar  que uma imprensa de oligopólio corporativo poderia ser uma imprensa livre, com cobertura minimamente isenta e com verdadeira diversidade de opiniões foi outro erro terrível, onde já se viu prorrogar graciosamente (na certa esperava algum apoio) por 30 anos as concessões de serviço público de televisão das Redes golpistas como fez Lula ingenuamente sem licitação, sem contrapartidas e ainda por cima se omitir na necessária regulamentação da mídia prevista na constituição?

    Essa bola eu já tinha “cantado” para meus amigos há 10 anos atrás.

    Ou mais….

    Exemplos não faltam, vai um:

    Na Petrobrás se rouba (ou se roubava) pelo menos desde a década de 70, não se vendia um parafuso naqueles tempos da ditadura, para a estatal, sem pagar 5% de “comissão”.  

    No ano 2000 Delcídio então dos quadros do PSDB foi nomeado Diretor de Gás da BR Distribuidora e tomou como seus principais auxiliares diretos “coincidentemente” os funcionários de carreira Cerveró e Costa depois promovidos, com auxílio do PMDB e do próprio Delcídio, a diretores da Petrobrás, manobra feita nas barbas dos dirigentes do país como sendo nomeação de aliados.

    Os governos petistas não tinham sequer um serviço de informações decente…

    Delcídio que já havia sido diretor de outra estatal na gestão Collor e Ministro das Minas e Energia na gestão Itamar,  depois Diretor na Petrobrás (BR Distribuidora) na gestão FHC,  virou bandido só quando entrou para o PT?

    Esses fatos foram ressaltados na imprensa? 

    Lembram quando o governo neoliberal do PSDB e DEM, com apoio do PMDB,  nomeava juízes de tribunais superiores e supremo, procurador geral, chefes da PF, etc.?  Pois é, aquele governo podia ser mal intencionado, vendilhão da pátria, incompetente tecnicamente, excludente, tudo de ruim, mas não era ingênuo, muito pelo contrário. 

    Agora temos que aguentar esse golpe feito por e para canalhas e tudo de ruim que ainda está por vir, que não será pouco.

    Burrice mata, infelizmente.

    Espero que se em outra oportunidade a esquerda voltar ao poder, nem que seja daquí 50 anos, tenha aprendido a lição.

     

    PS:  Hoje mesmo o golpista recebeu um ministro do STF, que vai relatar o caso da chapa da eleição e julgá-lo no TSE, e poderia em tese impugnar sua eleição como vice.

    A imprensa acha normal um juiz  visitar o acusado….

      1. Caro Jos,

        Erraram muito governo e PT. Ao ponto de Lula declarar o Supremo acovardado. Nada. Valentes e desonestos lutando para derrubar presidente eleita por votos, esquecer a Constituição e retomar um poder que lhes parecia impossível derrotar nas próximas eleições. Para isso, impediram qualquer ação do Executivo para retomar o investimento. Cederam em todos os níveis para compartilhar governabilidade com reconhecidos canalhas. Foram pífios ao defender-se em todas as etapas da Lava Jato. Ou não sabiam que Paulo Roberto Costa, indicado por Delcídio, ligado ao PP, transformava a Petrobras em antro de corrupção, exponenciando as históricas propinas vindas desde s década de 1970.

        Caímos de maduros e ingênuos, meu caro, achando que apenas nós saberíamos usar políticamente as redes digitais e abandonamos os movimentos sociais. Quem, afinal, hoje em dia, tem ido para as ruas defender Dilma e PT? Os de sempre: CUT, MST, UNE, MTST, Sindicatos, e poucos mais.

        Abraço 

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