Alta dos alimentos puxa IPCA-15 em abril

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,78% em abril, e ficou acima da taxa de 0,73% registrada em março, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). É a maior variação desde janeiro de 2013 (0,88%).

No ano de 2014, o IPCA-15 foi para 2,91%, acima da taxa de 2,58% relativa a igual período de 2013. Considerando os últimos 12 meses, o índice ficou em 6,19%, acima dos 5,90% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2013, a taxa havia ficado em 0,51%.

Os preços dos alimentos, em trajetória de alta, atingiram variação de 1,84% e superaram a taxa de 1,11% registrada em março. Com isto, conforme mostra a tabela abaixo, o grupo Alimentação e Bebidas deteve 0,45 ponto percentual de impacto e respondeu por 58% do IPCA-15. 

Os alimentos também concentraram a liderança dos impactos individuais, a começar pelas carnes, cujo impacto foi de 0,07 ponto percentual (p.p.) tendo em vista que os preços subiram 2,83%; seguido pela batata, a alta de 26,96% gerou 0,06 p.p; o leite, com o litro passando a custar 5,70% a mais e impacto de 0,05 p.p.; e o tomate, com 14,80%, empatando com a gasolina, que subiu 0,93%, ambos gerando impacto de 0,04 ponto percentual.

Nos remédios os preços ficaram 0,69% maiores, refletindo parte do reajuste concedido em 26 de março, estipulado no intervalo entre 1,02% e 5,68% a depender do tipo. Isto levou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%) à segunda maior variação no IPCA-15 de abril.

As despesas com Habitação aumentaram 0,58%, o consumidor passou a pagar mais caro pelos artigos de limpeza (1,48%) e pela mão-de-obra para pequenos reparos (1,06%). Além de outros itens cujas taxas aumentaram de um mês para o outro, destaca-se a taxa de água e esgoto, cujas contas ficaram 0,87% mais caras, reflexo das variações apropriadas no índice da região metropolitana de Recife (7,11%), com reajuste de 8,75% em 20 de março; Curitiba (4,34%), reajuste de 6,40% em 24 de março; e Brasília (3,68%), reajuste de 7,39% em primeiro de março.

Segundo o levantamento, foram cinco os grupos que apresentaram variações crescentes de março para abril, sendo que, em função da redução nas contas de telefone fixo (-2,03%), Comunicação (-0,61%) se manteve em queda.

Dos quatro grupos de produtos e serviços que manifestaram resultados decrescentes de um mês para o outro, Transportes (0,54%) se destaca por ter vindo de forte alta em março (1,22%). Apesar da alta ocorrida em itens de despesa importantes como gasolina (0,93%) e etanol (3,10%), as passagens aéreas recuaram significativamente, passando para uma queda de 1,79% ao passo que subiram 27,08% no mês anterior. Ademais, as tarifas dos ônibus urbanos, que haviam pressionado março com uma variação de 1,51% em decorrência de reajuste no Rio de Janeiro, fecharam abril com 0,09%.

Dentre os índices regionais, os maiores foram os de Curitiba e Goiânia, ambos com taxa de 1,10%. Em Curitiba o destaque foi a alta de 4,39% nos alimentos consumidos em casa, além da taxa de água e esgoto (4,34%) que refletiu o reajuste de 6,40%, em vigor desde 24 de março. O índice de Goiânia foi pressionado pelo resultado de 2,62% da gasolina e 5,79% do etanol. O menor índice foi o de Belém (0,32%), onde os alimentos vieram com 0,73%, abaixo do resultado nacional que foi 1,84%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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