Analistas dizem que medidas do Fed ainda são uma incógnita para o mercado

Alguns aspectos importantes no pronunciamento de hoje podem mudar rumos da economia no mundo

Jornal GGN – A ata da reunião do FOMC (Federal Open Market Committee) divulgada pelo Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) precisa ser observada com mais atenção em três pontos específicos, segundo avaliação realizada por analistas consultados pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal.

A primeira questão a ser avaliada é de que é bastante provável que o Fed realize suas primeiras reduções de compra de ações, já que seu conselho está bastante inclinado a isso e deve anunciar as primeiras modificações em sua política monetária já em setembro. O comunicado do final de julho deus poucas explicações a respeito. Entretanto, se a economia continuar dando sinais de recuperação (como vem dando nos últimos meses), a instituição deve segurar o gatilho. O que falta é consenso entre suas vozes votantes – que, se não forem unânimes, podem adiar o processo.

O jornal também pede atenção para a estratégia a ser apresentada, caso exista mesmo a intenção de reduzir a compra de títulos. Na última semana, o presidente do Fed de St Louis, James Bullard, sinalizou que a mudança pode ser feita de forma gradativa, para que os mercados não sintam este peso. Atualmente, o Fed compra US$ 45 bilhões por mês em treasuries e outros US$ 40 bilhões em títulos hipotecários. Economistas são favoráveis ao corte inicial do primeiro, já que a compra de títulos lastreados em hipotecas podem impulsionar a economia, empurrando as taxas para baixo.

Como terceiro ponto importante, é preciso lançar luz sobre um determinado debate: a possibilidade de o Fed rever a sua orientação e a comunicação – as declarações independentes dadas por seus executivos sempre mexem com o futuro da política e da economia no mundo inteiro. Afirmar que pretende manter as taxas de juros próximas de zero, a curto prazo, até que a taxa de desemprego caia para a margem de 6,5%, muda completamente os rumos dos negócios. O movimento mexe diretamente na inflação que, se abaixo do objetivo de 2%, poderia representar um risco para o desempenho econômico.

 

 

Com informações do Wall Street Journal

Redação

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