As ações no biodiesel

O esgotamento das reservas mundiais de petróleo e a instabilidade política em torno do assunto levam o mundo a pensar em novas fontes de energia. O Brasil sai na frente com o uso do álcool na matriz energética, mas para se consolidar como líder mundial e conquistar uma fatia importante do mercado, algumas medidas se tornam necessárias.

Segundo o diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industria (ABDI), Mario Sergio Salerno, a principal estratégia do governo é estimular o desenvolvimento de novos países produtores e tornar o produto uma commodity internacional – para que os importadores não fiquem na dependência de fornecedor único. Ele destaca algumas missões internacionais realizadas pelo governo que contribuem para acelerar essa estratégia:

1- Missão ao Japão que ficou conhecida pelo rótulo de “TV Digital”, mas que tratou de álcool

2- Missão e “Brazilian Day” em Londres, quando se discutiu com o governo britânico o apoio tecnológico e empresarial para produção de álcool na África do Sul.

3- Missão na América Central na semana de 28 de junho, quando será inaugurada uma usina joint-venture.

O representante da ABDI destaca que o foco inicial é ampliar os mercados internacionais e dar visibilidade ao álcool brasileiro, mas o desenvolvimento tecnológico também está previsto na Política Industrial e Tecnológica e de Comércio Exterior. Nesse sentido, é importante a articulação de novas variedades de cana para regiões hoje não produtoras (como o Sul do Brasil) e articulação de processos nano e biotecnológicos para aumentar a eficiência do todo, aproveitar resíduos e inaugurar novos usos para o carburante (como uma alcoolquímica renovada).

Estudos mostram que a demanda global do produto em 2010 deve atingir 80 bilhões de litros por ano se considerarmos uma adição de 5% de álcool à gasolina. Em 2004 esse consumo foi de 26 bilhões de litros em 2004. O álcool de cana-de-açúcar no Brasil é o biocombustível de maior produtividade no mundo, com 6 mil litros por hectare por ano. Através inovações tecnológicas, esse valor opde chegar a 14 mil litros de álcool por hectare por ano.

O artigo completo de Mario Sergio Salerno que mostra o provável cenário para 2025, as perspectivas para o Brasil e as ações de governo em curso, estão no site www.projetobr.com.br. A política energética está diretamente ligada à infra-estrutura e integração da América latina, dois dos temas abordados na Plataforma Aberta de governo que o Projeto Brasil está elaborando. Dê sua contribuição no site ou através de e-mail.

Luis Nassif

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