As informações obtidas através dos GPS dos carros

Sugerido por Sérgio T.

Do Terra

‘Se seu carro tem um GPS, sabemos o que você faz’, diz vice da Ford

Carros modernos produzem uma grande quantidade de informações a cada segundo e as grandes montadoras têm acesso a isso, de acordo com declarações do vice-presidente global da divisão de marketing e vendas da Ford, Jim Farley, durante palestra em uma feira de comércio na cidade americana de Las Vegas, nesta quarta. 

“Nós sabemos todos que descumprem a lei, sabemos quando estão fazendo isso. Se há um GPS no seu carro, sabemos o que você faz”, declarou o representante da montadora, que fez uma ressalva: “mas, que seja dito, não repassamos essas informações para qualquer um”.

Segundo ele, esses dados poderiam ser utilizados no futuro para o benefício dos motoristas, permitindo que técnicos solucionassem problemas de trânsito, como evitar a formação de congestionamentos.

Pela análisa do jornalista Jim Edwards, da revista Business Insider, que estava presente na palestra, as revelações de Farley foram “preocupantes e óbvias”. “Os carros com GPS permitem que a Ford saiba quando os motoristas estão correndo. Mas a questão é até que ponto os dados podem ser compartilhados. Agora que já sabemos de vigilância em nosso computadores, podemos vivenciar um ambiente semelhante nas estradas”, escreveu, lembrando os recentes vazamentos divulgados por Edward Snowden, ex-funcionário Agência de Segurança Nacional americana (NSA).

Em entrevista ao The New York Times, Khaliah Barnes, do Centro de Privacidade das Informações Eletrônicas admitiu: “esses carros são equipados com computadores que captam todo tipo de informação. Sem proteções, isso pode ser usado de forma abusiva”.

Redação

8 Comentários

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  1. Em 1948

    Orwell já previa tudo o que está acontecendo:

    Toda a população sendo fiscalizada 24 horas.

    Qualquer manifestação contrária aos governos seria reprimida com extrema violência.

    O mundo governado pelo “grande irmão”, sem rosto, sem identidade, uma nítida referência às corporações.

    As populações em constante medo.

    Toda conversa e pensamentos eram monitorados e no qual a dissidência era punida brutalmente.

    Sofisticadas tecnologias de controle corporativo, intimidação e manipulação de massas

    Um mundo com três grandes impérios (BRICS, EUA e UE?)

     

  2.   Ah, mundo… se a revolução

      Ah, mundo… se a revolução não será televisionada, a vigilância absoluta será (é) saudada com um “curtir”.

      Claro, Assis, que os neobarões feudais (esperem mais algumas décadas) serão os únicos a poderem desligar suas “teletelas”.

  3. Meio alarmista demais essa

    Meio alarmista demais essa afirmação.

    Uma coisa é o GPS do carro eventualmente registrar as coordenadas e a velocidade do veículo a cada X segundos, mantendo essa informação armazenada em algum lugar. Não existe dispositivo de armazenamento com capacidade infinita, então devem ficar armazenados apenas os dados de um certo período. Eventualmente, uma concessionária poderia fazer o download desses dados no momento de uma revisão. Mas seriam informações desatualizadas.

    Outra coisa é dizer que a Ford tem essa informação online, a cada momento. Para isso ser possível, é necessário transmitir a informação. Não existe nenhum meio “mágico” de transmissão de informações que tenha abrangência global. Os carros teriam que transmitir esses dados  via satélite ou via rede celular, então precisariam estar equipados com dispositivos que fizessem isso. Duvido que a Ford esteja equipando seus veículos com modems via satélite ou 3G escondidos e pagando do próprio bolso as tarifas de transmissão desses dados.

    De qualquer forma, depois dessa declaração, creio que deve ter muita gente conectando notebooks via interface obd2 (o conector de dados nos carros) para ver se existe mesmo esse tipo de registro armazenado em algum lugar.

    1. Mais simples do que parece

      Colega, qualquer GPS (carro, telefone, PC, etc.) já tem, evidentemente, comunicação por satélite.

      GPS é apenas um transceptor (transmite e recebe, para os leigos) de pulsos para (pelo menos 3 ou 4) satélites.

      Com base no tempo de recepção do pulso devolvido pelos satélites, calculados por triangulação, o GPS determina a coordenada (latitude e longitude e ainda, altitude), já que a posição dos satélites é conhecida (geoestacionária ou em movimento atualizado).

      Um pulsinho mínimo (hoje digital) dizendo (no máximo): “Ei, ó eu aqui”.

      O resto é software NO aparelho que tem o GPS, tais como mapas digitais, calculadores de velocidade, direção (mudança entre dois pulsos), etc.

      Se o GPS tem um identificador próprio e ele estiver associado ao veículo (ex. n. de chassi), está pronto o acompanhamento ON-LINE deste veículo em qualquer lugar e a qualquer hora.

      Lembre-se que quem controla o satélite pode interceptar os pulsos inversamente. Não precisa da memória no carro.

      As dificuldades aí são as seguintes:

      1) A concessioonária pode cadastrar o comprador do veículo, mas não seus condutores ou recompradores. Para os recompradores, teria que interceptar cada transação registrada no órgão de trânsito (o que não é difícil). Chassi e dono, no cadastro.

      2) Para os condutores, não funciona. Ainda. Não entendo como absurdo o absurdo de cada recém nascido receber um TAG digamos, no “teste do pezinho” com um registro do seu DNA. Espero estar morto antes disso.

      Os humanos fora desta festa infame (e mundialmente aceita) de espionagem e invasão de privacidade tem duas alternativas no caso:

      a) Não comprar carros da Ford (e similares) ou com GPS

      b) Trocar os GPS’s de cada carro com proprietários de outros similares para embaralhar o sistema.

      Hehe. Por enquanto!

       

  4. Para qualquer UM

    Com certeza eu seria classificado como “um qualquer” por quase todo o planeta, salvo os meus parentes mais próximos, porém para quem eles repassam essas informações?

    Garanto que para mim não é, então fica a pergunta, se não é para “qualquer um”, para quem eles repassam? A NSA seria um bom começo de um Especial a receber as informações. Leia-se NSA como um todo ao aparato de agências de inteligencia estadunidenses.

    Pena ele não ter nomeado a quem eles repassam.

    Abraços

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