Jornal GGN – O indicador de atividade econômica (PIB Mensal) apurado pela consultoria Serasa Experian aponta uma retração de 0,8% na atividade produtiva do país em maio frente ao registrado em abril, já descontadas as influências sazonais. Como já havia ocorrido uma queda de 0,6% em abril ante o registrado em março, o novo recuo praticamente define queda na atividade econômica no acumulado do segundo trimestre deste ano, consolidando o quadro recessivo da economia brasileira (recuo da atividade por dois trimestres consecutivos) durante o primeiro semestre do ano.
Em relação ao registrado em maio de 2014, houve queda de 1,7% na atividade econômica em maio/15, acumulando retração de 1,3% frente ao período de janeiro a maio do ano passado.
Pelo lado da oferta agregada, houve queda em todos os setores econômicos em maio/15. A maior delas foi de 2,6% na atividade do setor agropecuário, muito embora este setor tenha apresentado taxas de crescimento bastante robustas nos meses anteriores. Tivemos ainda, em maio/15, recuos de 0,3% na atividade industrial e de 0,2% no setor de serviços.
No acumulado do ano, o setor agropecuário tem um desempenho favorável por conta da expansão da safra de grãos neste ano, acumulando alta de 8,8% frente aos primeiros cinco meses de 2014. Já a indústria e o setor de serviços amargam quedas de 3,7% e de 1,0% no acumulado do ano, respectivamente.
Do ponto de vista da demanda agregada, a maior retração aconteceu nos investimentos (queda de 3,4% frente a abril), acumulando queda de 9,5% de janeiro a maio de 2015. O consumo das famílias se retraiu 0,3% em maio e 1,4% no acumulado do ano. O consumo do governo ficou praticamente estável (alta de 0,1%) no quinto mês deste ano, mas recuou 1,7% de janeiro a maio de 2015. Por fim o setor externo tem contribuído positivamente com a atividade econômica, com as exportações avançando 4,8% em maio (1,7% no acumulado do ano) e com as importações retrocedendo 1,3% (-9,1% no acumulado de janeiro a maio de 2015).
De acordo com os economistas da Serasa Experian, “os efeitos do ajuste macroeconômico em curso (combate à inflação via política monetária restritiva, aumento de impostos e corte de gastos para recompor o superávit primário do setor público consolidado e depreciação cambial para reverter o déficit externo) estão atingindo mais fortemente, conforme o esperado, a evolução da atividade econômica no segundo trimestre de 2015”.
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