Atividade econômica tem forte piora ao fim de 2015, diz FGV

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro vem sofrendo reflexos de uma “contínua e intensa piora” da atividade econômica, ao registrar queda de 3,2% entre dezembro de 2014 e o mesmo mês de 2015 – o chamado acumulado no ano. Os números constam de uma pesquisa chamada Monitor do PIB, elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e que se propõe a antecipar previsões para o PIB nacional, calculado de forma oficial pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado a cada três meses.

O Monitor do PIB também mostra que o crescimento da economia caiu 5,2%, no trimestre que vai de setembro a novembro do ano passado, e 5,3% entre novembro e outubro. Nas contas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, responsável pelo indicador, foi a pior queda desde setembro (-5,7) e o quarto trimestre seguido de recuo na comparação com os três meses anteriores.

O último dado divulgado pelo governo mostra retração no terceiro trimestre de 2015, de 1,7% em relação ao mesmo período anterior. No acumulado entre setembro de 2014 e setembro de 2015, o dado mais recente do IBGE aponta uma queda de 2,5 do PIB do ano passado. Em termos de taxas dessazonalizadas estima-se que o PIB recuou 0,83% no trimestre terminado em novembro, em relação ao trimestre imediatamente anterior, terminado em agosto. Este é o quarto trimestre consecutivo a apresentar taxa negativa em relação ao imediatamente anterior.

Sete das 12 atividades que compõem o PIB apresentam, até o mês de novembro, taxas acumuladas em 12 meses negativas com destaque para as indústrias de Transformação (-9,1%) e Construção (-8,2%), e para os serviços de Comércio (-7,5%) e Transporte (-5,6%). A indústria extrativa mineral com crescimento de 7,4% e a Agropecuária com 2% são os destaques positivos entre as atividades.

Em termos da demanda, a Formação Bruta de Capital Fixo liderou o processo recessivo: sua taxa acumulada em 12 meses se torna negativa a partir de agosto de 2014 e chega a -13% em novembro. Seu componente ‘máquinas e equipamentos’ iniciou a trajetória negativa em junho de 2014, e apresenta, no acumulado até novembro, queda de 24%.

O Consumo das Famílias, por sua vez, embora com taxas progressivamente menores no acumulado em 12 meses, desde agosto de 2013, só apresentou taxas negativas, a partir de abril de 2015, e em novembro a taxa foi negativa em 2,9%. Seu componente mais importante (cerca de 50%), os Serviços (transportes, outros serviços, aluguéis, etc.), apresentou taxa negativa de 0,7%, no acumulado até novembro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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