Bancos ajudam bolsa a fechar operações no azul

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Em dia marcado pela instabilidade, as operações do mercado brasileiro de ações encerraram as operações desta terça-feira com leve valorização.O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 0,17%, aos 47.364 pontos e com um volume negociado de R$ 6,167 bilhões. Agora, o índice acumula ganho de 2,08% na semana e de 1,59% no mês, mas perde 5,29% no ano e 18,26% em 12 meses. Os setores que apresentaram os melhores desempenhos do dia foram bancos, infraestrutura, construção aérea, e serviços financeiros.

O Ibovespa decaiu pouco depois de sua leve abertura positiva, e chegou a reagir em seguida, mas com ritmo pouco consistente, não mostrando firmeza em seu avanço durante o dia. “O índice doméstico perdeu forças, definitivamente, pouco antes das 15h, não conseguindo mais acompanhar a paulatina tendência ascendente do Dow Jones, porém, ainda encerrou levemente positivo”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório.

Assim como na sessão passada, a alta de hoje foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações dos bancos: os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) ganharam 3,63%, a R$ 17,70. Os papéis do Itaú Unibanco (ITUB4) subiram 2,46%, a R$ 28,27, enquanto as ações do Bradesco (BBDC4) fecharam em alta de 1,92%, a R$ 23,85. Na outra ponta, Vale PNA (VALE5, queda de -3,58%) e a Petrobras PN (PETR4, baixa de -0,91%) pesaram hoje.

“No panorama externo, em uma semana onde tudo gira em torno da decisão do Fed sobre juros, os índices avançaram em Nova

York. Não houve motivos mais explícitos, com indicadores mistos na parte da manhã nos Estados Unidos, mas, talvez, impulsionados por um pregão de “zeragem” de posicionamentos, em um dia de menor liquidez por conta do ano novo judaico”, explicam os analistas. “No cenário doméstico, os agentes prosseguiram conjecturando sobre o pacote de medidas fiscais apresentado no final da tarde de ontem pelo governo”.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em alta de 1,28%, chegando a R$ 3,863 na venda. No cenário doméstico, os agentes mostraram preocupação que uma parte importante das medidas anunciadas para o reequilíbrio das contas públicas enfrentem dificuldades para aprovação no Congresso. Espera-se uma redução de R$ 26 bilhões nos gastos públicos e um aumento de R$ 28,4 bilhões nas receitas, incluindo retorno da CPMF com alíquota de 0,2%. As medidas foram adotadas após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s retirar o “grau de investimento” do Brasil.

Ao mesmo tempo, o Banco Central manteve o processo de rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) com vencimento programado para outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,525 bilhões, ou aproximadamente 48% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.

No exterior, o mercado também adota uma postura de cautela antes da reunião do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos). A autoridade monetária pode iniciar o ciclo de ajuste da taxa básica de juros no país nesta semana, embora haja dúvidas que isso aconteça nesta reunião por conta dos temores existentes com a desaceleração da economia chinesa.

Para quarta-feira, os analistas aguardam a publicação dos números das vendas de varejo e do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) no Brasil. No setor externo, espera-se a publicação do índice de preços ao consumidor e o índice de mercado habitacional nos Estados Unidos; índice de preços ao consumidor e custos de mão de obra na zona do euro; taxa de desemprego na Grã-Bretanha e os dados de balança comercial no Japão.

 

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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