BCE vai acompanhar riscos de rentabilidade e modelos de negócio dos bancos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Mecanismo Único de Supervisão Bancária do Banco Central Europeu (BCE) estabeleceu como uma das prioridades para o ano de 2016 a análise do modelo de negócio e o risco de rentabilidade das entidades financeiras diante do “elevado nível de deterioração dos ativos e a prolongado período de baixas taxas de juros”.

Junto com tal risco, considerado o mais elevado, a supervisão executada pelo MUS na zona do euro será concentrada no risco de crédito, na adequação de capital, na governança dos riscos, na qualidade dos dados e na liquidez. Segundo informações da agência de notícias EFE, a presidente do Conselho de Supervisão do BCE, Danièle Nouy, afirmou que as prioridades são importantes para coordenar as atuações de supervisão nas entidades de crédito, ao mesmo tempo em que ajudam na igualdade de tratamento e respaldam o crescimento.

Os principais riscos apontados pelo MUS estão ligados ao modelo de negócio e rentabilidade e, por conta disso, serão revisados os fatores que determinam o lucro das entidades de crédito para poder identificar as que apresentam uma “baixa rentabilidade estrutural”.

A supervisão examinará se a rentabilidade é obtida, entre outros aspectos, mediante um relaxamento das condições de concessão de crédito, de mais dependência do financiamento de curto prazo ou pelo aumento das exposições não proporcionais ao apetite de risco declarado da entidade.

A segunda prioridade é analisar o risco de crédito, por estar convencido que “os elevados níveis de inadimplência reivindicam uma maior atenção supervisora”, uma vez que a piora da qualidade de crédito dos empréstimos a empresas e famílias, e as condições de concessão de empréstimos são um motivo de preocupação em vários países do MUS, especialmente nos mais afetados pela crise.

A terceira prioridade será estudar a qualidade e a consistência dos processos de avaliação da adequação do capital interno (ICAAP), incluída a capacidade para realizar testes de resistência internos, como os coordenados pela Autoridade Bancária Europeia na escala da UE.

Como quarta prioridade ficou estabelecido o acompanhamento da governança dos riscos, considerando o contexto de baixa rentabilidade e a consequente busca de lucro, assim como o financiamento abundante e a baixo preço oferecido pelos bancos centrais. Os riscos de liquidez são a quinta prioridade para 2016, após se comprovar ano passado que uma série de entidades ainda não estavam ajustadas as expectativas da supervisão.

 

 

(com EFE)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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