Boeing também quer incluir divisão militar da Embraer na negociação

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – A Boeing não está de olho apenas em negociar com a Embraer uma parceria para ter algum controle sobre a parte de aviação civil da empresa brasileira. Segundo informações da Folha desta terça (2), há interesse em um pacto maior, que envolve a divisão de defesa. O problema é que o setor militar – que responde por 20% da receita – é o “celeiro de inovação” da Embraer.
 
De acordo com o jornal, a Boeing “não tem um formato fechado de oferta. Trará à mesa exemplos de parceria na área militar que dão salvaguardas de soberania aos países.”
 
Desde de dezembro de 2017, a imprensa vem publicando que a Boeing estava interessada na “aviação executiva, ponto forte em modelos pequenos e médios da Embraer.” Agora, “ao acenar com uma parceria maior, mesmo sem controle acionário da Embraer, terá de convencer o governo de que decisões estratégicas brasileiras serão preservadas.”
 
O veículo lembrou que a “Embraer tem ‘relação umbilical’ com as Forças Armadas desde que foi criada, na década de 1960.
 
Hoje “participa de projetos estratégicos para o país: programas aeronáuticos militares sob demanda e, por meio de subsidiárias, desenha o controle de fronteiras do Exército, parte do reator do futuro submarino nuclear brasileiro e atua no mercado de satélites.”
 
O governo brasileiro detem uma “golden share”, ação especial de vetar negócios. A preocupação é o que pode ser vedado pelo Congresso dos Estados Unidos se a Boeing tiver controle sobre a Embraer, fora a questão das informações estratégicas de defesa.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

15 Comentários

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  1. E os “nossos distintos” militares, o quê acham disso?

    Até agora, parece, não há sequer um pio. Nem da reserva e tampouco da ativa. Aquele estridente Clube Militar de outros tempos, contra as Comissões da Verdade e contra o perigo vermelho do PT, parece nem mais existir.

    Diz o ditado que “quem cala consente”.

    Se a ameaça do “comunismo” já não os preocupa, pouco lhes importa a Nação, ou o nacionalismo? Ser patriota agora é démodé e o chique é ser americanófilo?

    Como pode tanto cinismo e hipocrisia?

    1. E os….

      Esquerdopatia e Bipolaridade não tem cura mesmo !!! Até ontem vocês nem podiam ouvir falar em Militares. Agora querem seu apoio e suas ações para salvar novamente o Brasil? E dizem não entender o morde / assopra tupiniquim? É lógico que os norte americanos querem a parte Militar da EMBRAER. Assim como querem botar as mãos nos segredos nucleares brasileiros. De submarinos a bombas atômicas. E querem Alcantara (que assim que não conseguiram no entreguismo tucano, foi misteriosamente destruída e paralisada. Coincidência? Somos o país da coincidência). Daí a tomar conta definitivamente do Pré-Sal ‘Portoriquenho’ é um pulo. Mas tudo fantasia. O Mundo é inocente como a Nação Tupiniquim, não é mesmo? 

    2. Um pouco diferente

      “Como pode tanto cinismo e hipocrisia?”

      Considero apenas PREGUIÇA e COVARDIA.

      Ser um país soberano exige trabalho, inteligência e desenvolvimento tecnológico.

      Daí não é possível pagar a mordomia.;)

    3. Por que temos dificuldade para ver o óbvio?

      Esquecendo as fantasias e os espantalhos, quem verdadeiramente foi, e por um bom tempo ainda será, a real ameaça à soberania do Brasil? Só os imbecís ou os mal-intencionados cogitariam as respostas que alguns de nossos “líderes” já propuseram, do tipo: Argentina e “o comunismo”.  Ora, a partir dessa constatação, as coisas ficam mais claras. Até por uma reação inconsciente de evitar perigos e não se expor a riscos, eventualmente até mesmo físicos, é melhor “fazer de conta” que quem nos ameaça é amigo e se submeter a ele (“se não pode vencê-los, junte-se a eles”). Traduzindo, se alguém não entendeu: Os nossos “irmãos do norte” não foram e não serão vistos, seriamente, como potenciais adversários pelos nossos militares porque isso, até mesmo a nível subconsciente ou inconsciente, seria propor um problema muito difícil e, sobretudo, potencialmente perigoso.

      Caberia ao Estado Brasileiro DETERMINAR aos militares quais são as ameaças e aos militares, OBEDECENDO, se prepararem para elas e PONTO FINAL. 

      Uma “cura” prática poderia ser inverter, propositalmente, o problema. Já que os nossos militares insistem em ver os “irmãos do norte” como aliados, parceiros e amigos, vamos mandá-los, sob as ordens deles, para missões conjuntas de guerra, sempre e onde eles solicitarem: Iraque, Líbia, Afeganistão, Síria, Coréia, … Não tenho qualquer dúvida de que; mesmo antes da primeira missão ou, no máximo, com a primeira leva de retorno de mortos; a opinião dos nossos militares mudaria radicalmente.

  2. Leões e gatinhos

    Só falta um dos deputados ou senadores do golpe sacramentarem sob forma de lei a nova função das forças armadas brasileiras: polícia militar de luxo da elite. 

    Onde houver pobre querendo se fazer de besta e tentando incomodar os 20% que têm grana nos shoppings ou condomínios, é só ligar prá rádio, tv ou jornal/siste mais próximo que logo aparece uma tropazinha prá botar ordem na casa e ensinar de novo onde fica o lugar de cada um. 

     

  3. O argumento que muitos desses

    O argumento que muitos desses vendidos usavam era que é necessário desestatizar para aumentar a eficiência. Quer dizer que o discurso mudou: agora é preciso desnacionalizar, mesmo empresas PRIVADAS???

  4. Devem estar fazendo o maior

    Devem estar fazendo o maior lobby pra negociação ir em frente.

    Osires Silva à frente.

    Acho que a Embraer desistiu do Brasil….

    1. Pesquisem mais sobre o “seu” Ozires

      De idealista virou lobista. Lobista até em favor da especulação imobiliária em São José dos Campos. Triste. Morrer antes da velhice muitas vezes é proteção contra a indignidade tardia.

       

  5. Caraca ! Desculpem o
    Caraca ! Desculpem o comentário grosseiro.

    Mas esse argumento da Boing parece aquele papo do garoto que está ávido para ter uma transa com a menina.
    Quando diz:” só vou botar a cabecinha, juro”.

    Coitada da Embraer.

  6. VEJA SE O PESSOAL DO

    VEJA SE O PESSOAL DO PENTÁGONO, VERDADEIROS CEUs DA BOEING PRETENDEM ENCINAR, OU, APRENDER COMO SE FAZ AVIÕES COM A EMBRAER. ESTÃO DE OLHO, É NA BUTIQUE DOS BRASILEIROS. COM ESSES ENTREGUISTAS. ESTAMOS É LASCADOS.

    Só está faltando privatizar as Forças Armadas. Entregando ao pentágono o comando da puliça, digo, das tropas verde&amarelo da CBF, aos marines USA. Isto é, se ainda não bateram o martelo. Os milicos de alta-patente, por certo, vão adorar colocar a bandeirinha do Tio Sam na lapela e, receber o soldo em dolar americano.

    Orlando

  7. de golpe em golpe

    Imagino que logo a realidade da derrota avassaladora do Brasil se imporá sobre a ficção política interna. A marinha americana pensa em usar o Gap de GIUK para eremitério de seus porta-aviões, alvos de luxo em tempo de míssil balístico. A insistência do chamado da OTAN à Rússia para a guerra tende a ultrapassar em breve a capacidade da Rússia de resistir apenas na linha diplomática. A marinha russa precisará se movimentar, o que significa que cada choke point naval será desafiado. O Gap de GIUK tende a se transformar em cemitério de porta-aviões. Governos do litoral brasileiro podem tirar proveito da situação. Projetos de camuflagem de shopping center para porta-aviões, com fingers a partir da orla, podem sensibilizar o almirantado americano e atrair investidores internacionais.

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