Bolsa começa o mês em alta de 1,12%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar caiu 0,68%, a R$ 3,588 na venda

Jornal GGN – O mercado de ações encerrou as operações em alta, em um dia marcado pela instabilidade, e que contou como destaque a publicação de indicadores importantes no Brasil, em meio a um dia mais calmo no exterior.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 1,12%, aos 49.012 pontos e com um volume negociado de R$ 5,722 bilhões. Na semana, o índice está “de lado”, em -0,08%, acumulando variação positiva de 13,06% no ano, mas variação negativa de 7,59% em 12 meses.

“O dia de hoje foi marcado pela alternância do índice nos campos positivo e negativo, mas, na parte da tarde reagiu positivamente, na esteira da recuperação das ações do setor financeiro, que reverteram parte das perdas da sessão anterior, assim como foram amenizados alguns ingredientes de incerteza trazidos pelo exterior, como a aversão ao risco e a volatilidade do petróleo, além dos vários indicadores divulgados”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório. A alta do dia foi puxada, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos.

Na agenda econômica, internamente, o grande destaque ficou por conta da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2016, que revelou queda de 4,7% no acumulado em quatro trimestres até o primeiro trimestre de 2016, na comparação com período imediatamente anterior, sendo a maior baixa da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), iniciada em 1996.

“Em um comparativo trimestre contra trimestre imediatamente anterior, no entanto, a retração foi de tão somente 0,3% e surpreendeu positivamente o mercado, cuja mediana das projeções estimava uma baixa de 0,8%, reforçando nossa visão que o pior momento deste ciclo econômico deve ter sido atingido ao longo do primeiro trimestre deste ano”, pontuam os analistas. Além deste, outros indicadores vieram favoráveis, como o superávit da balança comercial – que foi recorde para o mês de maio desde a criação da série histórica, e o IPC-FIPE, embora com relevância menos significativa.

No cenário externo, em destaque nos Estados Unidos, o Livro Bege (condições atuais da economia norte-americana), que antecede em 15 dias a reunião do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) e compila uma gama de informações econômicas dos distritos do país visando subsidiar a autoridade monetária norte-americana para sua definição da taxa de juros, trouxe em seu teor um conteúdo considerado neutro.

“De maneira geral, o Fed observou crescimento econômico “modesto” em seis dos 12 distritos do país, com várias localidades apontando a perspectiva como otimista, com empresas projetando crescimento no mesmo ritmo do atual ou mais forte. O documento, considerado como sem maiores novidades pelo mercado, não foi capaz de ditar alteração nas visões dos investidores quanto ao posicionamento do Fed no que tange à política monetária, cujas apostas dos agentes agora sinalizam para uma possível, mas, ainda não provável, elevação nos juros apenas para julho”, ressaltam os analistas.

No câmbio, a cotação do dólar comercial caiu 0,68%, fechando a R$ 3,588 na venda. Com isso, o dólar acumula desvalorização de 0,64% na semana. No ano, a queda acumulada é de 9,12%.

O mercado mostrou algum ceticismo com os dados do PIB, embora a variação tenha se reduzido em ritmo abaixo do esperado. Também existe alguma preocupação com o cenário político, dado que a instabilidade pode dificultar a adoção de medidas para ajuste das contas públicas, o que muitos analistas acreditam ser uma das chaves para que o país retome o crescimento.

Na agenda de quinta-feira, os destaques ficam para os dados de produção industrial referentes ao mês de abril no Brasil, além da variação de empregos do setor privado e novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos; e a definição sobre a taxa básica de juros na zona do euro.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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