Bolsa de valores perde 22,14% no primeiro semestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a sexta-feira em queda de 0,79%, aos 47.232 pontos e um volume negociado de R$ 8,997 bilhões. Com o resultado, a bolsa fechou o mês de junho com queda de 11,31%, enquanto as perdas registradas no ano chegam a 22,14% – a maior desvalorização registrada desde o segundo semestre de 2008, estouro da crise econômica internacional, quando o tombo contabilizado chegou a 42,25%.

As operações da bolsa ficaram em baixa desde o começo do dia, mas o ritmo de queda foi acentuado após o pronunciamento do diretor do Federal Reserve (o Banco Central dos Estados Unidos) Jeremy Stein – que possui voto nas reuniões de política monetária. Em discurso, Stein citou o mês de setembro como um possível prazo para que o Fed avalie informações para decidir sobre a possível redução de suas compras de bônus. Enquanto isso, os mercados internacionais tiveram um dia de calmaria e sem fatos relevantes.

A confiança dos consumidores medida pela Reuters/Universidade de Michigan subiu de 82,7 pontos na leitura preliminar de junho para 84,1 pontos na leitura final do mês, em um sinal de que os cidadãos estão mais otimistas e propensos a gastos.

Mesmo com duas intervenções realizadas pelo Banco Central, a cotação do dólar no balcão fechou a sexta-feira em alta de 1,64%, cotado a R$ 2,2310, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado. Além dos comentários das autoridades do Federal Reserve, as operações foram afetadas pela disputa dos agentes para a formação da Ptax, taxa de referência que irá liquidar os contratos derivativos cambiais no mês de julho.

Para conter o ritmo de alta, o Banco Central realizou dois leilões de swap cambial tradicional (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) na parte da manhã. No primeiro leilão, com vencimentos em 1º de outubro e 1º de novembro deste ano, foram negociados 28,9 mil contratos, com valor de US$ 1,439 bilhão, para 1º de outubro. No caso do vencimento em 1º de novembro, foram US$ 551,8 milhões, com 11,1 mil contratos negociados.

No segundo leilão, foram ofertados 40 mil contratos com os mesmos vencimentos. Para outubro, foram negociados 17,2 mil contratos, no total de US$ 855,1 milhões. Para a segunda data, foram 22,8 mil contratos, no valor total de US$ 1,131 bilhão.

De acordo com informações da Agência Brasil, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, declarou recentemente que a autoridade monetária “não tem compromisso com nenhum patamar de câmbio”, mas, sempre que julgar necessário, fará intervenções no mercado.

Para o primeiro dia de negociações do segundo semestre, os agentes vão acompanhar os dados da balança comercial brasileira referente ao mês de junho e ao primeiro semestre de 2013, além do relatório Focus divulgado pelo Banco Central, o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e os dados de gastos com construção dos Estados Unidos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador