Bolsa avança pelo quarto pregão seguido, de olho no exterior

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, dólar fecha em queda de 0,61%, a R$ 3,399 na venda

Jornal GGN – As operações da bolsa de valores brasileira fecharam em alta pelo quarto pregão consecutivo, em dia marcado pelo vencimento de opções no merado doméstico e pelas notícias em torno do referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha, cuja manutenção ganhou força ao longo dos últimos dias.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações em alta de 1,61%, aos 50.329 pontos e com um volume negociado de R$ 8,121 bilhões. Com isso, a bolsa acumula valorização de 3,83% no mês e de 16,1% no ano.

O volume de negociações foi impulsionado pelo vencimento de contratos de opções sobre ações, cujo exercício movimentou R$ 2,28 bilhões, segundo informações da agência de notícias Reuters.

No exterior, os investidores mostravam otimismo com o aumento do apoio à continuidade do Reino Unido na União Europeia após a publicação de três pesquisas de opinião no último fim de semana. Os britânicos irão às urnas na próxima quinta-feira (23) em um referendo que pode não só afetar o papel do país em diversas questões, como determinar o futuro da própria União Europeia. A campanha pela saída britânica foi afetada pelo assassinato da parlamentar Jo Cox (que defendia a permanência na UE) ocorrido na semana passada.

“O aumento do apoio à permanência da Grã-Bretanha na União Europeia, apontado em pesquisas no fim de semana, aliviou parte das preocupações do mercado nesta segunda-feira, deixando investidores mais confiantes antes do referendo previsto para 23 de junho”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Nesse cenário favorável, o Ibovespa futuro abriu em alta de mais de 1% e rompendo os 51 mil  pontos nos primeiros minutos de negociação, acompanhando os futuros na Europa em Nova Iorque. Mais tarde, na abertura do pregão do mercado à vista por aqui e depois em Nova Iorque, o que se viu foi uma forte volatilidade, com o índice sem força para romper as máximas feitas durante a manhã”.

Em termos acionários, o avanço do índice foi afetado pelas ações da Petrobras, da Vale e do setor de bancos. No caso dos papéis da estatal, as ações ordinárias (PETR3) ganharam 2,99%, a R$ 11,73, enquanto as ações preferenciais (PETR4) avançaram 2,57%, a R$ 9,18. Os papéis foram puxados pelo avanço do petróleo no exterior e pelas declarações concedidas pelo novo presidente da empresa, Pedro Parente, ao jornal “The Wall Street Journal”, de que fará a estatal “voltar a ser grande”.

No caso da Vale, as ações ordinárias (VALE3) avançaram 1,9%, a R$ 15,57, enquanto as ações preferenciais (VALE5) ganharam 1,63%, a R$ 12,46. Os papéis foram influenciados por notícia de que a companhia estaria conversando com rivais asiáticas para possível venda de uma fatia minoritária em negócios de mineração no Brasil que podem render até US$ 7 bilhões. A empresa também anunciou o pagamento de US$ 1 bilhão de um total de US$ 3 bilhões que havia tomado junto a linhas de crédito rotativo em janeiro de 2016.

Os papéis do setor bancário também apresentaram desempenho expressivo no dia: as ações do Banco do Brasil (BBAS3) subiram 3,69%, a R$ 16,59; as ações do Bradesco (BBDC4) tiveram alta de 1,65%, a R$ 24,61, e as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) se valorizaram 1,66%, a R$ 29,40.

No câmbio, a cotação do dólar comercial fechou em queda de 0,61%, a R$ 3,399 na venda. Com isso, o dólar acumula desvalorização de 5,89% no mês e de 13,90% no ano.

Assim como ocorreu com a bolsa, as notícias em torno do referendo britânico ficaram no radar dos investidores, o que deve continuar ao longo da semana. No Brasil, investidores continuavam atentos aos cenários político e econômico incertos. Em relação à economia, investidores estavam preocupados com a decretação de calamidade pública pelo Estado do Rio de Janeiro.

Na agenda de terça-feira, os agentes destacam a publicação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15) no Brasil e os levantamentos de sentimento econômico na Alemanha e na área do euro.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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