Bovespa fecha na contramão do mercado internacional

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A bolsa brasileira começou a semana fechando em queda, mesmo com o quadro mais favorável apresentado pelos mercados internacionais ao longo do dia.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou a segunda-feira em queda de 0,49%, aos 49.088 pontos e um volume negociado de R$ 9,335 bilhões. Com o resultado, a variação acumulada no mês chega a -8,29%, ao passo que a perda contabilizada em 2013 chega a 19,46%.

As negociações iniciaram o dia com um forte ritmo de alta – o pregão chegou a bater a marca 50 mil pontos (alta de 1,60%) na máxima do dia -, puxado pelas bolsas internacionais e pelo exercício de opções sobre ações. Contudo, os ganhos contabilizados pelas principais ações negociadas não foram suficientes para garantir a recuperação.

A bolsa brasileira também foi afetada pela queda forte das ações de empresas controladas por Eike Batista. O destaque ficou com a MMX Mineração, que perdeu 15,75% durante as negociações de segunda-feira. Outro ponto importante foi o desempenho da OGX, que tem o terceiro maior peso na formação do Ibovespa, que caiu 14,43%.

“A agenda foi fraca, e o dia acabou sendo de respiro lá fora. Isso acabou contaminando positivamente o Ibovespa”, explica Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW. “Na semana passada, a bolsa caiu mais de 4%, com saída forte de estrangeiros. Hoje foi um ajuste técnico, mas lá fora foi positivo”.

Quanto ao dólar, informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, indicam que o dólar à vista negociado no balcão superou a marca de R$ 2,170, com o mercado testando a disposição do Banco Central em segurar a moeda.

A autoridade monetária ficou fora do mercado por boa parte do dia, mas houve um anúncio de leilão de swap – equivalente à venda de dólares no mercado futuro – perto do fechamento do dia. O aumento do dólar ante outras moedas que possuem uma forte correlação com o mercado de commodities, aliado à indefinição do cenário externo e as preocupações com a economia brasileira, levaram a moeda norte-americana a encerrar a segunda-feira em alta de 1,31%, a R$ 2,1720, seu maior resultado desde abril de 2009.

A agenda de terça-feira tem como destaque a divulgação de dados de inflação no Brasil, além dos índices de confiança na Europa e o início da reunião do FOMC (o Copom norte-americano). Por conta disso, o pronunciamento do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, será o alvo de acompanhamento dos agentes devido ao programa de estímulos da economia norte-americana, que pode começar a perder força em breve. “Só o fato dele citar que poderia em breve cortar os estímulos causou um grande impacto. Ele tem uma grande responsabilidade, e os mercados devem ficar meio que parados até esperar seu pronunciamento”, diz Galdi.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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