Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias

 

Nos anos 90, o filósofo Olavo de Carvalho escreveu um artigo memorável, “Ciência e Demência”, sobre as relações do intelectual com uma linha teórica que o consagrou.

O intelectual descobre determinada teoria. Graças a ela, torna-se conhecido, faz carreira, deve tudo a ela. Aí começa a olhar a realidade e percebe sinais incômodos, que desmentem a sua teoria. Mas, como ele é um intelectual, trata logo de desenvolver uma nova teoria para explicar que aquilo que ele está vendo não existe.

Essa parece ser a relação do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e de toda a cadeia de economistas de planilha, com a teoria das metas inflacionárias.

Tombini foi o principal técnico a atuar na implementação da teoria das metas inflacionárias. Foi aos Estados Unidos, estudou a fundo a aplicação por lá da teoria, e a trouxe para o Brasil – sob as ordens de Arminio Fraga.

Dada às discrepâncias entre o macroambiente norte-americano e o brasileiro, muitas ideias que funcionam por lá, ao atravessar a linha do Equador desmancham-se como velhos discos de vinil expostos ao sol.

Mas aí entram em operação os mecanismos psicológicos-intelectuais descritos por Olavo. O sujeito monta teorias, planilhas, correlações e outras sofisticações para provar – ao mundo mas, principalmente, a ele próprio – que o que ele vê não existe, que é uma miragem a ser exorcizada a golpes de planilha.

Confira melhor o que quero dizer.

As metas inflacionárias

A teoria teve um mérito: levou o mercado inteiro a tentar emular a planilha do Ilan Goldjan, de previsão da inflação, o primeiro a montá-la. E permitiu avanços na concatenação de expectativas sobre a inflação. Ao contrário dos anos 90 de Maílson da Nóbrega, não é necessário mais ter a fonte obscura do IBGE passando insiders sobre a inflação.

A questão maior é que a maneira como a teoria aciona os mecanismos de política monetária foge de qualquer racionalidade. A expressão jabuticaba brasileira cai como uma luva nela.

Seu princípio é simples:

  1. Define-se uma determinada meta de inflação e confere-se periodicamente as expectativas do mercado em relação a ela.

  2. Se as expectativas estiveram acima da meta, aumenta-se a taxa básica de juros; se estiver abaixo, diminui-se.

  3. Com isso, visa-se reduzir a demanda e, por via dessa redução, as pressões inflacionárias.

Nas economias avançadas, os efeitos sobre a inflação manifestam-se através dos seguintes canais:

  1. Como os spreads bancários são bem menores que no Brasil, um aumento da taxa básica reflete-se rapidamente sobre o custo do crédito na ponta. Assim, não são necessários grandes e custosos saltos para atuar sobre o crédito.

  2. Como a maioria dos investimentos é pré-fixado, cada aumento dos juros reduz o valor presente dos títulos públicos, criando o chamado efeito-pobreza. O americano sente que seu patrimônio reduziu – nos fundos ou nas ações – e tratará de moderar gastos.

  3. Como existem canais monetários azeitados, o aumento da taxa básica interfere nas taxas de longo prazo, afetando os investimentos. Articulados, todos esses mecanismos promovem uma redução da demanda sem exigir grandes elevações nas taxas básicas.

No Brasil não está presente nenhuma dessas características. Confira:

  1. Com spreads muito elevados, um aumento da Selic não faz nem cócegas no valor final da prestação do crediário ou mesmo no capital de giro de empresas pequenas e médias.

  2. Com os títulos pós-fixados, em vez do efeito-pobreza, o aumento da Selic provoca o efeito-riqueza: deixa o investidor com a sensação de estar mais rico e, portanto, mais propenso a gastar.

  3. Não existe um mercado privado de financiamento de longo prazo. Os investimentos são financiados por linhas de crédito do BNDES amarrados à TJLP, sem influência alguma da Selic.

O desmonte da política econômica

Pior: o manejo da taxa Selic desmonta todos os demais instrumentos de política econômica.

Vejamos, primeiro, de que maneira o aumento da Selic se reflete sobre a inflação:

  1. Provoca apreciação do real, reduzindo o impacto dos chamados preços internacionalizados.

  2. Para bancar o aumento de juros, exige cortes orçamentários em programas já em andamento.

Esse tipo de efeito sobre a inflação equivale ao uso de ventosas ou de sangria para conter a inflação. Ou ainda, é como o médico dos anos 70 que combatia gripes com doses maciças de antibióticos, sem se preocupar com as sequelas sobre o organismo dos pacientes.

São mecanismos tortos, irracionais.  Na prática, esfrangalham com os principais instrumentos de política econômica:

  1. Ao impor contingenciamentos orçamentários – para fazer frente ao aumento de gastos com juros –  arrebentam com a programação de investimentos do país e com os gastos sociais.

  2. Anulam a política cambial, ao promover a apreciação cambial como única ferramenta de contenção da inflação.

  3. Anulam o remanejamento da poupança interna para o mercado de renda variável, a partir do qual poderia financiar a infraestrutura e as empresas.

A irracionalidade da ata do BC

Tome-se a última ata do Banco Central. É de uma irracionalidade a toda prova.

Diz que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito.

Onde está a lógica? O aumento da Selic visa justamente reduzir a demanda por crédito. O BC informa que vai manter a Selic elevada e aumentar o crédito. E os analistas econômicos e economistas de mercado dizem: agora sim, o BC vai recuperar sua credibilidade.

Como assim? Se ele apresenta dois objetivos claramente conflitantes, como pretende recuperar sua credibilidade?

Simples: a cadeia improdutiva da renda fixa criou o chamado efeito-manada, o prêmio por bom comportamento. Se o BC aumenta os juros, em qualquer hipótese ou circunstância deve-se elogiar sua competência e o brilhantismo de seu presidente.

Alexandre Tombini é o especialista típico descrito por Olavo de Carvalho. Fez seu nome no mercado estudando e ajudando na implementação das metas inflacionárias.

Tem a formação do seguidor de manuais, ótimo para seguir o manual, sem fôlego para uma visão crítica mais apurada, que pudesse conduzir a outros modelos de articulação dos instrumentos monetários e das expectativas dos agentes econômicos.

O BC logrou montar um departamento econômico de primeira. Tão bom que consegue definir defasagens temporais entre aumento da Selic e redução da inflação sem apontar os mecanismos indutores da queda – câmbio apreciado e desvio de recursos fiscais e privados para bancar a renda fixa.

Uma nova política monetária exigiria do próximo governo – especialmente no caso de reeleição de Dilma, a única candidata com propósitos claramente desenvolvmentistas – a montagem de um grupo de trabalho e a identificação de algum jovem ou antigo talento, empenhado em substituir essas engrenagens falhas do sistema de metas inflacionárias.

Deixe-se para Tombini o reconhecimento do mercado financeiro e escolha-se algum candidato a reformados, que consiga o reconhecimento futuro do país, caso desarme a armadilha do sistema de metas inflacionárias.

Redação

96 Comentários

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  1. O post mais brilhante dos últimos anos

    assinado pelo nosso Nassifão nacional.

    Pessoalmente não conheço nenhum outro jornalista ou economista com coragem e acuidade para escrever algo semelhante.

    É por iss.o, a algumas cositas mas, que a leitura do blog é fundamental para minha vidinha

  2. Será que alguém vai um dia

    Será que alguém vai um dia conseguir calcular o quando o Brasil já perdeu com a política única de aumento da SELIC para segurar a inflação?

  3. A PERGUNTA É!

    Se é tão simples que essa forma de agir é errada, porque não muda? é simplimesmente político? pois a propaganda contra seria tanta que poderia influenciar nas eleições? e a mínima recorde da SELIC no ano passado, pode ter sido um aviso para o mercado de que essa política da SELIC mudará?

    1. “Dilma pisou no Tomate”, revista Veja

      Quando Dilma reduziu a taxa selic para 7,25% começou a ser atacada pelo “deus mercado” através da imprensa.

      Era ano de eleições, portanto…

       

      Acho que nossa presidenta será a única capaz de romper com essa lógica perversa das altas taxas de juros, que sangra os cofres do tesouro a favor dos rentistas do Santander…

  4. Sobre “coordenar expectativas inflacionárias”

    Nassif, se é verdade que existe a possibilidade de alguma “coordenação” no processo de formação das expectativas de inflação, entendo que não seria suficiente a simples substituição de comando no BACEN por alguém que tenha uma visão mais crítica acerca do emprego dos instrumentos de política monetária/creditícia e de suas consequências reais sobre a economia brasileira. Como se trata de uma questão que envolve uma “via de mão dupla”, é indispensável abolir o modelo de consulta aos departamentos econômicos dos bancos no monitoramento das expectativas inflacionárias, substituindo-o por verificações empíricas acerca das perspectivas de evolução futura dos preços básicos e outros considerados fundamentais junto aos próprios agentes precificadores (price makers) da indústria, da agropecuária, do comércio, de serviços (não financeiros).  Bancos são credores da dívida pública mobiliária; não podem deter o poder de influenciar o patamar da taxa básica de juros que os remunera e afeta decisivamente a rentabilidade de seus negócios. é preciso romper com essa arquitetura montada por A. Fraga e cia.

  5. Só pode ser esquizofrenia dos analistas

    A inflação está entre os menores dos últimos 20 anos.

    http://og.infg.com.br/in/10997379-7ea-2a1/FT1500A/550/tabela_ipca.jpg

     

    A cada ano a inflação começa alta e despenca no último semestre

    2013 mês a mês.

    http://2.bp.blogspot.com/-HSD_NQ8k6ik/UvU5MGled-I/AAAAAAABdCs/1dVNyOhc3j8/s1600/inflajaneiro.png

  6. Brilhante. Uma aula

    Brilhante. Uma aula incrível.

    E analisar o efeito do aumento da SELIC que vem ocorrendo sistematicamente como forma de conter a inflação, concluirá que o efeito é nulo. As expectativas inflacionárias não se alteram.

    Porém os invesitores em renda fixa se esbaldam, os bancos se acomodam com o ganho fácil e seguro, e vamos caminhando para um precipicio, dada a irracionalidade da política economica.

    E para não ceder aos fatos, vem sempre aquela ladainha que o efeito da SELIC demora para afetar a inflação e  por isto vai se dando trela  a esta turma.

    Se a SELIC quebra a expectativa da inflação, então por que não dão um choque? ao invés de aumentar 0,25% ou 0,50% a cada reunião por que não aumentam de uma vez 4%, por exemplo? Isto sim talvez quebraria as expectativas inflacionárias e colocaria as coisas no rumo, e em seguida poderia começar a reduzir SELIC novamente.

    Meu raciocionio é que se no começo de 2013, o BC tivesse feito o aumento de 4% de uma única vez, a inflação já teria cedido e o BC já estaria reduzindo a taxa SELIC novamente. Com isto neste momento o país estaria apontando para crescimento e não para recessão.

    Bom isto seria o que deveria ser feito se estivessem pensando no bem do país e do trabalhador. Mas será que estão? Está é mina dúvida;

    Mas não opta-se por doses automáticas, pois com certeza, tem gente ganhando muito dinheiro com as apostas no aumento futuro da SELIC.

  7. E a política fiscal, Nassif?

    A outra perna é a política fiscal, o que praticamente nunca tivemos no Brasil, e foi simplesmente hostilizada no atual governo. Reduzir a rentabilidade dos investimentos financeiros sem uma contrapartida de corte de gastos de custeio é suicídio. O retorno dos investimentos financeiros no Brasil hoje é, (descontada a inflação) razoavelmente baixo. Deixá-lo negativo não é solução de nada, só desestimula a poupança. Esse raciocínio do investidor gastar mais porque se sente mais rico é verdadeiro ao longo de praticamente todo o governo FHC e o início do Lula. Hoje não acho que seja esse o caso, mas você não pode punir as pessoas que não querem comprar um imóvel a preços absurdos corrigindo a poupança delas abaixo da inflação.

    A maior prova de que a Selic (um péssimo instrumento de política econômica) ainda é necessária é que a diminuição de 2011 sem contrapartida de redução de gastos não funcionou.

    Outra coisa que acho importante (já havia mandado o link do artigo do mises.org.br, do Leandro Roque) é que a Selic não funciona tão bem no Brasil (como a prime rate) porque quase metade do crédito da sociedade brasileira não está vinculado a ela, então uma pequena queda de inflação exige um aumento colossal da Selic, afetando apenas os setores que não tem acesso a gastos subsidiados, o que realmente é um ineficiente, pois acaba por refletir nos próprios gastos públicos.

    A saída p/o chamado desenvolvimentismo ser viável no Brasil é tornar o Estado eficiente, e deixar a iniciativa privida trabalhar onde ela é mais eficiente. E acabar com a tradição burucrática portuguesa de burocracia dos últimos 500 anos. Não sei porque ser de esquerda demanda ser burocrático.

    PS: Dilma desenvolvimentista? Querendo fixar taxa de retorno e preço de tarifa ao mesmo tempo? Só pode ser brincadeira, é o governo mais hostil ao investimento privado nos últimos trinta anos…

    1. Caro LC,

      estado mínimo, que é o que eu depreendo do seu artigo, nao funcionou em lugar nenhum do mundo. Apenas aumentou o controle dos oligopólios sobre a sociedade.

      Investimento privado no Brasil somente será feito com o aumento da procura (salários mais altos para os compradores) e  rendimentos baixos de aplicações financeiras.

      Esta história de maior crédito para a industria, só funciona para as micros e pequenas empresa e algumas médias, pois as grandes tem muito dinheiro em caixa para investir. Portanto financiar pequenos e médios investidores seria um ótima saída para aumento do fornecimento de componentes atualmente importados e criação de empregos, e consequentemente aumento da procura.

      NÃO HAVERÁ AUMENTO DA PROCURA, SEM AUMENTO DE GANHOS PARA AS CLASSES MÉDIA E BAIXA, QUE SÃO OS COMPRADORES/CONSUMIDORES.

  8. Este texto é excelente e dá

    Este texto é excelente e dá um bom embasamento para se iniciar uma discussão séria sobre os mecanismos de acompanhamento das taxas de inflação. Já está mais do que na hora de o Governo Dilma começar a reformar profundamente os instrumentos de política econômica e ajustá-los para favorecer os investimentos produtivos e uma melhor distribuição de renda, se não, continuaremos com esse crescimento econômico muito aquém de nosso potencial efetivo e de um aprofundamento da redistribuição de renda. O rentismo está causando estragos terríveis no orçamento da União e poderá a longo prazo inviabilizar o “pulo do gato” nos investimentos governamentais em infraestrutura, formação de técnicos e cientistas e na expansão dos negócios financiados pelos bancos estatais.

  9. Este texto é excelente e dá

    Este texto é excelente e dá um bom embasamento para se iniciar uma discussão séria sobre os mecanismos de acompanhamento das taxas de inflação. Já está mais do que na hora de o Governo Dilma começar a reformar profundamente os instrumentos de política econômica e ajustá-los para favorecer os investimentos produtivos e uma melhor distribuição de renda, se não, continuaremos com esse crescimento econômico muito aquém de nosso potencial efetivo e de um aprofundamento da redistribuição de renda. O rentismo está causando estragos terríveis no orçamento da União e poderá a longo prazo inviabilizar o “pulo do gato” nos investimentos governamentais em infraestrutura, formação de técnicos e cientistas e na expansão dos negócios financiados pelos bancos estatais.

  10. Rentismo

    A dificuldade em se derrubar drasticamente a Taxa Selic resulta do fato de que os beneficiários do rentismo garantido pelo Tesouro Nacional não são somente os bancos e os grandes especuladores financeiros, mas agregam também os grandes oligopólios da economia brasileira. O Nassif já tratou do tema anteriormente: quando a Dilma deu um chega pra lá no mercado, reduzindo a Taxa Selic, as grandes empresas perderam receitas nas aplicações financeiras de seu caixa. E aí, para manterem a rentabilidade, simplesmente elevaram os preços de seus produtos ou serviços, o que respingou na inflação. Como são oligopólios, tivemos que pagar. Ou seja, a turma que se beneficia do atual sistema tem uma engrenagem muito forte de poder e de (de)formação de opinião. 

    1. Concordo com vc, porem

      teremos que ter coragem e “peitar” este esquema ou o país (digo, nós os classes média) estaremos ferrados!

      Não dá mais para continuar com esta festa de juros ALTISSIMOS  que temos no Brasil! Quebraremos do mesmo jeito se não peitarmos a turma do rentismo.

    2. Eu li o artigo

      Esta particularidade do empresariado brasileiro ser rentista provoca mais uma pergunta não respondida: qual a solução para podermos baixar a selic sem criar inflação pela reação do empresariado rentista? Resposta com desenho, por favor. 🙂

  11. Endividamento

    Na matéria o articulista esvreve que nos EUA a cidadão controla seus gastos e consequentemente reduz suas dívidas em decorrência da política econômica implementada pelo “Banco Central Deles”. Isso só pode ser verdadeiro após 2008 depóis da crise que se abateu sobre toda a economia mundial, decorrente do endividamento e da quebra dos bancos de lá.

  12. problema cultural

    Mesmo com os indices civilizados em que vivemos a econômia brasileira convive com aumentos sucessivos e injustificados de preços ,havia uma expectativa de uma procura maior de voos durante a copa ,as cias aereas aumentaram seus preços só por conta da expectativa ,nem ao menos esperaram a concretização da expectativa,o governo concedeu nova isenção fiscal aos fabricantes de automoveis que por conta da expectativa de aumento nas vendas reajustaram seus preços mesmo com o mercado em baixa e o estrangulamento de credito promovido pelos bancos.

    Me parece que para sairmos desse aquece e desaquece econômico o proximo governo terá de ressucitar um termo dos anos 80 ,chamado pacto social .

  13. Quer dizer que é assim:
    O PIB

    Quer dizer que é assim:

    O PIB caindo como avião da Malásia… Isso implica em post dizendo que o PIB não é tudo isso, que nem merece ser citado, etc…

    A Inflação subindo como a seleção da Alemanha… Vem este post agora…

    Já tivemos um post falando de Corrupção do bem e Corrupção do mal.

    E assim caminhamos…

     

     

    1. O que tem a ver…?

      Zanchetta, se você conseguir comprovar que a alta dos juros vai levar ao aumento da taxa de crescimento do PIB, voto em você para novo presidente do Banco Central.

      Da mesma forma, vale a pena você nos explicar por que apesar dos juros terem subido mais de 3 pontos percentuais desde o recorde de baixa (que ainda assim eram bem altos) a inflação se mantém no mesmo patamar. Será que tem que passar dos 40% ao ano, como foi o caso no passado?

      Em outras palavras, o que tem a ver as tuas críticas com o post do Nassif?

  14. Na verdade, o sistema de

    Na verdade, o sistema de metas não é o caso de demência que precisa ser abandonado pelo governo. O tripé da economia precisa ser abandonado. 

    Não sei porque o Nassif é tão ‘gentil’ com os rentistas. Vejamos:

     

    “Tome-se a última ata do Banco Central. É de uma irracionalidade a toda prova.

    Diz que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito.

    Onde está a lógica? O aumento da Selic visa justamente reduzir a demanda por crédito. O BC informa que vai manter a Selic elevada e aumentar o crédito. E os analistas econômicos e economistas de mercado dizem: agora sim, o BC vai recuperar sua credibilidade.

    Como assim? Se ele apresenta dois objetivos claramente conflitantes, como pretende recuperar sua credibilidade?”

     

    O mundo mineral sabe que taxa Selic alta é mais din din na conta dos rentistas (os juros da dívita são atrelados à SELIC). Contas aliás não auditadas até hoje!

    1. “Diz que vai manter a taxa

      “Diz que vai manter a taxa Selic no alto patamar de hoje, mas vai flexibilizar o crédito.”

      No sentido banal de que o BACEN quer formar o redimencionamento das taxas de juros, sem alongar-se em contradições, essa medida acima é incontrovertível instrumento da realidade atual.

  15. A filha bastarda da metafísica

    Ahhh sim, agora o Dr. Nassif está concordando comigo, isto é,  a política econômica não serve mesmo para muita coisa, exceto, para enganar desavisados, ou favorecer avisados.

    O bom economista é aquele que não é economista. É aquele que percebe que as “planilhas” não passam de “planilhas” as quais podem ser criadas e  interpretadas  de acordo com o intérprete( freguês).  Para uns 2 e 2=4 e tudo certo.  Para outros ” tudo certo como 2 e 2 são  5.”

    Nem mesmo a poderosa matemática está livre de ambiguidades. Mas, pedindo licença aqui ao mestre do organón, matemática é matemática, humano é humano, razão pela qual, a econometria, certamente, não conseguirá definir a conduta humana. Pelo menos até hoje.

     A irracionalidade explica boa parte de  nossa racionalidade. Afinal, ao que tudo indica, não somos  doutores Spocks. O agir  humano não deriva da,  nem implica  “meta inflacionária”. Meta inflacionária é ,certamente,  um sofisma a serviço da Casa Grande.   Suponho que nem  mesmo um Soros da vida, com sua “teoria” de vetores apontados para qualquer lado, vai se preocupar com “meta inflacionária”. Muito mais da psicológica do   que matemática, sua teoria, não era ou ainda nao é bem compreendido pelos “players”. Exceto, é claro, quando envia um de seus discipulos, muito altruísta, diga-se de passagem- para “tocar” uma autarquia federal na terra do café com leite.   

    E se  não somos os racionalistas atemporais não  podemos seguir “metas”, muito menos inflacionárias. Vai aí minhas   escusas aos éticos e protestantes de plantão.  Foi mal tomate…

    Há  alguma coisa de Rousseau em nossas mentes.  

    Notemos uma passagem de seu texto:

    “Mas aí entram em operação os mecanismos psicológicos-intelectuais descritos por Olavo”

    Quase perfeito! O único reparo que eu respeitosamente faria é dizer que os mecanismos psicológicos-intelectuais não entram ai. Eles estão  contidos em todos os momentos de reflexão de qualquer ser humano razoavelmente “normal”. 

    A macroeconomia  já não explica mais a ação, por omissão ou comissão das  transnacionais – organizações de fatores mundiais de produção – , exceto, para garantir ” a renda” daqueles que manejam as marionetes do mercado, isto é, os “administrados” que “vendem” a única força que possuem,  contida em  sua única propriedade privada,  que é   próprio corpo. ( para alegria dos liberais utilitaristas ultra patrimonialistas ) Coisa de Locke, salvo engano.

    E com este descontrole macroeconômico planetário, tudo me leva a crer que a “meta” inflacionária” não passa de uma fraude. Uma espécie de  metafísica de quinta categoria. Uma alegoria equivocadamente apropriada pelos economistas, não pelos pensadores. Pensar em meta inflacionária , certamente, nos levará a  um sofisma.

    Isso não quer dizer que estou propondo a instauração da  anarquia. O tema é mais profundo e não caberia aqui entrar no mérito da questão. Seguem apenas algumas pinceladas.

    Potencialmente, o ser humano, no mundo assimétrico de  banco de dados ( e não de informações) não supera a sua vulnerabilidade de consumidor, razão pela qual, os fins não justificam os meios. Nesse sentido, a  meta não passa de um  natimorto falacioso.

    Chamemos Sócrates para destruir este sofisma!

    Lado outo, devo registrar que o vocábulo “desenvolvimentismo”  me dá   uma sensação de felicidade, sabe como. Não sei bem o porquê. Talvez, quem sabe pela  presença de ilustres  economistas    não economistas, portanto, pensadores de primeira,  em torno dessa tese. Parece ser o seu caso, caro Nassif.   

    Que “Deus” nos proteja das  metas inflacionárias econométricas. Evidentemente, num estado laico distante dos missionários de outrora. 

     

  16. Teoria de metas

    Teoria de metas inflacionárias com pesquisas de caráter de persuasão de aspirações das previsões mensais pela própria inflação, aliás algo absoluto que não nunca deu resultado certo.

    Essas metas de inflação estão nas páginas precedentes de muitas crises com nomes diferentes. Ou seja, é uma doutrina pela intenção das metas de juros eminentes; e da intensificação de afinidades desestruturais dos fatos que, de modo geral, geram alinhamento nas contas públicas, desencadeando o subdesenvolvimento social, a título de que irá manifestar-se, unificadamente a frente do tempo, se contradizendo com a maneira da adminstração soberana dos poderes constituidos.

    Note-se que é como um princípio mensal continuando ao segundo mês, a seguir indefinidamente por razões intrínsecas com os juros reivindicando fundamento ao direito de sua existência sobre autodestruição dos milhões de empregos que se atribuirem ao consumo, enquanto não se exclui sua possibilidade política de base para causar a recessão de Estado no mundo inteiro. 

  17. Economicamente perfeito, politicamente equivocado

    O artigo traz uma análise econômica brilhante, porém, afirmar que Dilma é a única candidata com propósitos claramente desenvolvimentistas é, no mínimo, cômico. Foram quatro anos com o Brasil andando de lado e, pela situação na qual ela deixou o país, serão necessários mais outros quatro para arrumar a casa.

  18. Opiniões

    Neste post e em muitos outros LN , renomado jornalista econômico , faz explanações contestando economistas de todas as matizes. No caso do presidente do BC há o seguinte texto:

    “Tombini foi o principal técnico a atuar na implementação da teoria das metas inflacionárias. Foi aos Estados Unidos, estudou a fundo a aplicação por lá da teoria, e a trouxe para o Brasil – sob as ordens de Arminio Fraga.”

    Pergunta-se : Tombini desconhece tão importante conceito mostrado no post?

    “Dada às discrepâncias entre o macroambiente norte-americano e o brasileiro, muitas ideias que funcionam por lá, ao atravessar a linha do Equador desmancham-se como velhos discos de vinil expostos ao sol.”

    Em caso afirmativo , não se pode considerar como um sofisma a conclusão de  que  os pessimistas não são tão pessimistas como se apregoam.

  19. Excelente post. Um esclarecimento?

    De fato muito bem embasado o artigo, parabéns. A verdade é que tanto em macro quanto em microeconomia não existe uma coisa certa e o resto errado, há varuiações, nuances e efeitos mil. Particularmente também acho a política (e atas do BC) um desastre.

    Queria apenas saber por que vc se refere às propostas de Dilma como ‘desenvolvimentistas’, que nada mais é do que um rótulo? O que te faz acreditar que ela fará num eventual próximo mandato muito do que teve 4 anos para fazer e não fez?

    Obrigado e um abraço!

    FABIO

    1. Dilma foi a única a tentar

      Dilma foi a única a tentar derrubar essa lógica, com a tentativa de redução da Selic. Nao deu certo por falt de planejamento e de segurança teórica na mudança. Aécio terá como Ministro Arminio Fraga, pai desse modelo. E Campos tem prometido manter incólume os fundamentos da política monetária.

      1. Flatou também mais apoia a

        Flatou também mais apoia a Dilma por parte dos brasileiros Nassif. Lembro que o Fabio, comentarista aqui do Blog, disse que a primeira tentativa de Dilma em fazer a ruptura foi na queda de Juros em 2011. Todos nós lembramos das adjetivações que a medida recebeu. De certa forma, acho que se exige muito de uma mulher que tentou mas não pode fazer muita coisa com covardes que não seguraram a peteca, assim como uma população que acredita que Mirian Leitão fala é pedra filosofal da economia.

  20. Banco Central Esquizofrênico
        

    O Banco Central (BC) anunciou hoje medidas para melhorar a distribuição de recursos disponíveis na economia. Foram alteradas normas de recolhimentos compulsórios – dinheiro que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC, sobre recursos a prazo e à vista – que devem levar à liberação de  R$ 30 bilhões para as instituições.

    Segundo o BC, para adotar as medidas, foi considerada a evolução dos recolhimentos compulsórios nos últimos anos, que passou de R$ 194 bilhões ao final de 2009 para cerca de R$ 405 bilhões atualmente. O BC também cita a recente moderação na concessão do crédito, a inadimplência em patamares relativamente baixos e o recuo do nível de risco no sistema financeiro nacional.

    Uma das medidas permite que até 50% do recolhimento compulsório referente a depósito a prazo seja cumprido com operações de crédito. Assim, pelo prazo de um ano, 50% dos valores recolhidos poderão ser usados pelos bancos na contratação de novas operações de crédito e na compra de carteiras diversificadas (pessoas jurídicas e físicas) de outras instituições.

    O BC ampliou o rol de instituições financeiras elegíveis – de 58 para 134 – à condição de cedentes (vendedoras) das operações para fins de dedução do recolhimento. Instituições financeiras cujo Patrimônio de Referência Nível 1, na posição de dezembro de 2013, seja inferior a R$ 3,5 bilhões serão elegíveis, sem restrições.

    A outra medida teve o objetivo de ampliar o número de bancos que poderão usar parte (até 20%) de seus recolhimentos compulsórios sobre depósitos à vista para empréstimos e financiamentos que sejam enquadráveis no Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Para isso, o BC reduziu de R$ 6 bilhões para R$ 3 bilhões o valor do Patrimônio de Referência Nível 1 das instituições.

    As informações são da Agência Brasil.

    http://www.arenadopavini.com.br/artigos/banco-central/bc-reduz-compulsorios-de-bancos-para-estimular-credito 

     

    1. “Segundo o BC, para adotar as

      “Segundo o BC, para adotar as medidas, foi considerada a evolução dos recolhimentos compulsórios nos últimos anos, que passou de R$ 194 bilhões ao final de 2009 para cerca de R$ 405 bilhões atualmente.”

      Que coisa, e o país pagando juros de dinheiro sem este circular nos seus dois domínios; captando “valor da realidade” e capitando impostos sobre ele mesmo (dividendos do valor).

      O BACEN só serve para sacanear a nação.

       

       

  21. Muito bom
    Nassif, muito bom o texto. Simples e claro. Até eu, leigo como uma porta, entendi. E concordei.

    Ps: Nada de piadinhas de que até mesmo um relógio parado está certo duas vezes por dia. O elogio ao texto é sincero!

  22. Dois erros

    fundamentais, não no artigo do Nassif, mas na condução da política econômica: 1) a redução da Selic, tempos atrás, sem a redução dos gastos. A partir que a redução da Selic começasse a fazer efeito sobre as  contas públicas, via redução no pagamento dos juros, o governo teria margem de manobra para, a partir de certo ponto, deixar de cortar e, ao mesmo tempo, reduzir a dívida; 2) o anúncio da Dilma de que o governo continuaria fazendo esforços para reduzir ainda mais os juros. O erro não foi a intenção, correta a meu ver (desde que fizesse sua parte, cortando gastos), mas a declaração, que deu munição aos rentistas e seus representantes na mídia, alegando interferência na autonomia do Banco Central que, claramente, sentiu o golpe e teve que recuar para provar sua autonomia. Isso sem tocar no assunto da ploítica econômica esquizofrênica, em vários momentos ao longo dos últimos anos,  com contração monetária e expansão fiscal, ou mesmo essa que o Nassif agora aponta, de altas taxas de juros combinada com afrouxamento no crédito. 

    1. Até concordo com você, mas acho que os “erros” da Dilma

      vem bem mais da 5ª coluna do rentismo (tipo “vou preparar meu emprego futuro numa “gestores de recursos”), muito forte no BACEN,  e a falta de coragem do Ministro da Fazenda em enfrentar as partes interessadas, chefe inclusive quando ela quer por que quer mesmo se não vai dar certo.

  23. Nassif para presidente do BC

    Que tal. E quanto ao pedido para disponibilzar para o pessoal o teu livro Cabeças de Planilha? Eu já comprei, mas acho que pode ser disponibilizado em pdf para qualquer um baixar, de graça.

  24. Absolutamente preciso.
    Essa

    Absolutamente preciso.

    Essa doença, pensar que “saber” é ter lido um monte de livros escritos por pessoas que viveram em outra época e – principalmente – em outro lugar, é uma doença que tem raízes profundas na universidade brasileira.

    Se Ariano Suassuna fosse nomeado Ministro da Fazenda, sacava isso tudo ai em menos de uma semana – sem ser economista e ia queimar a “mufa” para hipotetizar, pesquisar e testar até achar solução.

    Todos os problemas são diferentes entre si e cada um tem sua solução es-pe-ci-fi-ca.

    Mas agora Suassuna morreu, Darcy morreu, Brizola morreu, Celso Furtado morreu e dentro de quatro a cinco anos o Brasil estará fervilhando de bacharéis formados pelo “Ciência sem fronteira” que acreditarão de pés juntos e sorriso de ironia que Salvador é Chicago e Peruíbe é Massachussets.

    O que queremos ser quando (se) crescermos?

  25. Ótimo post, mas com alguns senões

     

    Luis Nassif,

    Ainda que fosse como leigo que sou, eu estava propenso a concordar com o comentarista Sergioa que no comentário enviado sexta-feira, 25/07/2014 às 10:08, considerou o seu post “Brilhante. Uma aula incrível”.

    No entanto, vejo no seu post dois senões. Primeiro você não faz referência ao efeito da taxa Selic na formação e desova de estoque. Formação de estoque é investimento e como tal aumenta a demanda e como tal pressiona os índices de preços para cima. A desova de estoque é desinvestimento e é aumento de oferta e como tal reduz os índices de preços.

    Há milhares de estoques a serem considerados, como veículos, produtos lácteos, commodites, etc, mas restrinjo ao estoque de boi gordo nas fazendas dos nossos produtores rurais. Um aumento da Selic leva-os a considerar seriamente a desova do estoque de boi gordo que porventura eles possuírem e quando não o possuírem leva-os até a vender a fêmea para abate de modo a ter mais disponibilidade de recursos para aplicar na poupança e em consequência a aumento de oferta de carne e redução de indices de preços.

    O segundo senão diz respeito ao que você chamou de “irracionalidade da ata do BC”. Ora segundo você a última ata do Banco Central “é de uma irracionalidade a toda prova” porque nela se diz que se “vai flexibilizar o crédito”. Na ata da 184ª Reunião do Copom eu não vi esta idéia de que o Banco Central vai flexibilizar o crédito. O endereço da Ata da 184[ Reunião do Copom é:

    https://www.bcb.gov.br/?COPOM184

    No item 25 da Ata se diz:

    “25. O Copom destaca que o cenário central também contempla expansão moderada do crédito. Importa destacar que, após anos em forte expansão – arrefecida com a introdução de medidas macroprudenciais em finais de 2010 – o mercado de crédito voltado ao consumo passou por uma moderação, de modo que, nos últimos trimestres observaram-se, de um lado, redução de exposição por parte de bancos, de outro, desalavancagem das famílias. No agregado, portanto, infere-se que os riscos no segmento de crédito ao consumo vêm sendo mitigados. Em outra dimensão, o Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito”.

    E no item 30, diz-se o seguinte:

    “30. O Copom avalia que a demanda agregada tende a se apresentar relativamente robusta no horizonte relevante para a política monetária. De um lado, o consumo das famílias tende a registrar ritmo moderado de expansão, devido aos efeitos de fatores de estímulo como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito; de outro, condições financeiras relativamente favoráveis, concessão de serviços públicos, ampliação das áreas de exploração de petróleo, entre outros, tendem a favorecer a ampliação dos investimentos. Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas”.

    Não vejo nesses dois itens nada que se possa ser tomado como medidas de flexibilização do câmbio. Hoje há um post aqui no seu blog que fala de medidas do Banco Central em relação ao recolhimento compulsório. Trata-se do post “BC anuncia mudanças no recolhimento compulsório” de sexta-feira, 25/07/2014 às 08:57, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-2015-a-ciencia-demencia-das-metas-inflacionarias

    A mesma notícia pode ser vista aqui neste post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” de sexta-feira, 25/07/2014 às 09:29, no comentário de Fidelis enviado sexta-feira, 25/07/2014 às 13:15. O que eu queria destacar aqui é que trata-se de medida prudencial, mas que vai mais dentro da idéia de manter um crescimento moderado do crédito como foi dito na ata da 182ª Reunião do Copom.

    Talvez valesse aqui fazer a indicação da entrevista de William White a Sergio Lamucci e publicada no Valor Econômico de segunda-feira, 21/07/2014, com o título “Para White, há bolhas de ativos em todos os lugares” e que pode ser vista no seguinte endereço:

    http://www.valor.com.br/financas/3619572/para-white-ha-bolhas-de-ativos-em-todos-os-lugares

    Infelizmente o endereço está disponível apenas para assinantes. O que eu quero trazer aqui é o seguinte trecho da entrevista de William White:

    “Quando há esses excessos financeiros – e acho que nós certamente estamos vendo muitos deles nos mercados -, eu tenho mais simpatia pela visão de Jeremy Stein [diretor do Fed entre 2012 e 2014]. Ele basicamente diz que o problema dos instrumentos macroprudenciais é que eles são fáceis de serem evitados – são um pouco como controles de capitais. Quanto mais você os utiliza, é mais fácil evitá-los. A outra visão de Stein é que os juros penetram em todas as fendas. Todas as formas de especulação se tornam mais difíceis com juros mais altos”.

    Então no caso da redução do recolhimento compulsório que se justifica dado o crescimento muito grande dele como mostra o comunicado do Banco Central, ele vai atuar em uma ponta ou outra da economia e não será como o juros que atua em toda a economia.

    E deixo aqui também o link para o post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de sábado, 19/07/2014 às 10:40, aqui no seu blog e de sua autoria. O endereço do post “A hora de discutir as metas inflacionárias” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-hora-de-discutir-as-metas-inflacionarias

    Além do conteúdo do seu post vale também uma leitura em comentário que eu enviei domingo, 20/07/2014 às 17:03, onde deixei muitos links e transcrevi alguns comentários integralmente ou em parte que dizem um tanto mais sobre esta questão das metas inflacionárias.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 25/07/2014

    1. Uma chuvarada de links sobre o Regime de Metas de Inflação

       

      Luis Nassif,

      Este é o terceiro post seu em menos de uma semana sobre o Regime de Metas de Inflação. Além do post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de sábado, 19/07/2014 às 10:40, e para o qual eu deixei o link no meu comentário anterior, há também o post “Brasil 2015: o desafio de mudar o tripé econômico” de sexta-feira, 18/07/2014 às 06:00, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/brasil-2015-o-desafio-de-mudar-o-tripe-economico

      Como este é um assunto para o qual, embora leigo, eu tenho dado o meu pitaco desde há muito, principalmente quando eu o discuto puxado por análises sobre a inflação considerada isoladamente, fui procurar em outros posts seus mais antigos para onde eu havia enviado algum comentário em que havia discutido o assunto mais detalhadamente. Coincidentemente tanto na pesquisa sobre regime de metas de inflação como na pesquisa sobre inflação eu tenho encontrado posts da época do Advivo em que só aparecem o post sem os comentários. Como coincidentemente em alguns destes posts eu tinha feito um ou mais comentários e principalmente deixado nos comentários vários links que eu considerava pertinentes para o debate, eu fiquei imaginando se não foi em razão dos links que os comentários foram descartados não mais fazendo parte do post.

      Se for esta a razão é bom deixar o aviso, pois assim eu evito de deixar o link optando por, quando for o caso, apenas mencionar o post de interesse.

      E lembro aqui um comentário para este post “Brasil 2015: a ciência demência das metas inflacionárias” de sexta-feira, 25/07/2014 às 09:29, enviado sexta-feira, 25/07/2014 às 15:00, por Henrique O. M. Reis Jr em que ele diz que teria sido grosso com você. Não quero discutir se ele foi ou não foi grosso com você, mas apenas indicar o post “As discussões sobre a taxa Selic” de quinta-feira, 05/12/2013 às 06:00, aqui no seu blog, em que você consolidou sua opinião e as manifestações que Henrique O. M. Reis Jr fizera junto ao post “Como o Mercado enredou o Banco Central” de terça-feira, 03/12/2013 às 05:00, de sua autoria.

      Faço essas referências porque Henrique O. M. Reis Jr elogiou bastante este post seu. Só que se deve lembrar que Henrique O. M. Reis Jr é economista. A sua crítica ao Regime de Metas de Inflação para países emergentes é bastante consistente sob o aspecto econômico. Só que embora seja um instrumento econômico de combate à inflação o efeito desejado do Regime de Metas de Inflação é o efeito político de se ter inflação baixa em uma campanha eleitoral. É neste ponto que o Regime de Metas de Inflação é imbatível.

      O endereço do post “As discussões sobre a taxa Selic” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-discussoes-sobre-a-taxa-selic

      E o endereço do post “Como o Mercado enredou o Banco Central” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/como-o-mercado-enredou-o-banco-central

      Enquanto isso eu vou para outra remissão. Neste caso, o meu interesse é no post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00, publicado aqui no seu post e de sua autoria. O endereço do post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, sendo que lá constando com a data do dia 15/04/2013, é:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-hora-de-discutir-as-metas-inflacionarias

      Como se observa pela data, este post “A hora de discutir as metas inflacionárias”, com o mesmo título do post que eu indiquei em meu comentário anterior, mas com endereço no Advivo, é de mais de um ano atrás.

      Para o post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de mais de um ano atrás, eu havia feito uns quatro comentários e o post recebeu, segundo o que consta no meu arquivo, 90 comentários. Ao buscar o post para conferir os meus comentários descobri que atualmente não há nenhum comentário no velho post. Como tenho os meus comentários em arquivo vou os transcrever a seguir, se não todos, pelo menos aqueles que eu considerar mais pertinentes.

      O meu primeiro comentário enviado terça-feira, 16/04/2013 às 20:19, foi encaminhado para você e nele eu dizia o seguinte:

      = = = = = = = = = = = = = = =

      “Luis Nassif,

      Este meu comentário, de leigo, diga-se de passagem, é de mais de uma semana. Estava quase pronto e eu o pretendia enviar para junto do post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” de quinta-feira, 11/04/2013 às 07:59, e consistindo da sua Coluna Econômica daquela data. Como ainda não o enviei para o post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic”, envio-o praticamente intacto para este seu post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00. O endereço do post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” é:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/porque-o-banco-central-nao-deveria-aumentar-a-selic

      Lá eu ia dizer o que se segue:

      – – – – – – –

      Luis Nassif,

      Não vejo como concordar com a maioria dos seus argumentos neste post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” de quinta-feira, 11/04/2013 às 07:59.

      Dou alguns exemplos onde mesmo para um leigo como a mim sua argumentação parece insustentável.

      Diz você:

      “O ponto principal, é que a Selic é absolutamente ineficaz para o controle da demanda agregada”.

      Ora, no curto prazo você tem um pouco de razão, mas em um prazo maior como a Selic afeta o crescimento, ela vai como consequência reduzir a demanda agregada.

      Depois você disse:

      “Meio ponto ou mesmo um ponto na taxa, ou mesmo 3 ou 5 pontos a mais, não têm nenhuma influência nem sobre crédito ao consumidor nem sobre os estoques das empresas”.

      Sobre o crédito ao consumidor o efeito do aumento da Selic é realmente pequeno. É pequeno, mas existe, pois afinal é preciso multiplicar o efeito individual sobre os milhares de donos de contas com débitos que se preocupam com o progressivo aumento do seus débitos junto aos bancos.

      Agora penso ser mais grave dizer que o aumento da Selic não tem efeito sobre os estoques das empresas, pois essa afirmação significa fazer vistas grossas para o setor financeiro nas empresas.

      A questão dos estoques não me parecer ser como você o apresenta em parágrafo um pouco à frente e que transcrevo a seguir:

      “No caso de capital de giro, suponha uma empresa que tome recursos a 2% ao mês, por prazos de 3 meses. Com o repasse da Selic, haveria um aumento de 0,04% no custo de carregamento dos estoques. Se fosse repassar para os preços, a alta não chegaria a 0,01%”.

      Pela sua análise haveria até aumento de preço em decorrência da alta da Selic. O que se tem na prática é o setor financeiro pressionando para que haja a desova de estoque para direcionar para as taxas de retorno mais elevado os recursos provenientes da venda ou mesmo direcionar os recursos para uma maior quitação do capital de giro. A desova do estoque aumenta a oferta e pressiona para baixo os preços, ou melhor, enfraquece a pressão pela elevação dos preços.

      E o efeito da desova de estoque ainda é maior junto ao meio rural, até porque tanto na agricultura como na pecuária há bons estoques e a experiência mostra que eles são desovados com maior ímpeto toda vez que há aumento da taxa da Selic.

      O que você poderia alegar é que, a seguir a análise do artigo no valor Econômico “O Pibinho desacelerou o investimento?” de quarta-feira, 12/12/2012, de autoria de Francisco Lopes, os estoques na indústria estariam bem baixos e, assim, o aumento do juro teria pouco efeito, mas ele não pode ser negligenciado dentro da margem de manobra com que conta o Banco Central para manter a taxa de inflação dentro da meta tanto em 2013 como em 2014.

      E deixo aqui a indicação do artigo de Francisco Lopes “O Pibinho desacelerou o investimento?” que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/opiniao/2936994/o-pibinho-desacelerou-o-investimento

      E por fim você diz:

      “A maneira de romper com essa chantagem seria acabar de vez com o sistema de metas inflacionárias como balizador da inflação (por esse sistema, o BC precisa aumentar a Selic toda vez que o mercado acredita que a inflação subirá acima da meta)”.

      Minha opinião como leigo vale pouco e, além disso, eu não discordo de você, mas penso que é preciso entender a pertinência do Regime de Metas de Inflação para o caso brasileiro.

      O regime de metas foi adotado no Brasil por duas razões. Ele reduz a fuga de capital e ele reduz o efeito da tendência à liquidez da dívida de curto prazo que no caso brasileiro é muito alta. Ele reduz porque ele é uma forma de garantir juros mais altos do que a inflação.

      O Regime de Metas de Inflação vem sendo criticado por bons economistas e aqui vale a indicação do artigo “The Death of Inflation Targeting” do economista Jeffrey Frankel no site do Project Syndicate no seguinte endereço:

      http://www.project-syndicate.org/commentary/the-death-of-inflation-targeting

      E a crítica só não é maior porque o Regime de Metas de Inflação não tem lá fora a relevância que se dá a ele aqui no Brasil, pois são poucos os países que o adotam. E mais, os países que o adotam são países sem muita relevância econômica que não tem muito mais o que oferecer e, assim, só restou a esses países criarem um bônus para o investidor e que consiste em se ter uma taxa de juros superior à taxa de inflação. É esse bônus que o torna atraente para países de economia fraca e mais ainda para o Brasil que precisa ter um juro elevado para que a dívida de curto prazo não inflacione a economia. O Regime de Metas de Inflação é ruim em países com dívida de longo prazo elevada pois a tendência seria em crescer ainda mais essa dívida, mas é bom para países de dívida de curto prazo elevada, pois dá para segurar a inflação sem elevar muito a taxa de juros.

      O único país rico que adota o regime de metas é a Inglaterra. E assim mesmo ela o faz porque ficou como que espremida entre duas potências: os Estados Unidos e a Zona do Euro e precisava atrair capital para manter Londres como centro financeiro. Não é por outra que o Regime de Metas de Inflação foi adotado na Inglaterra na sequência da crise da libra pressionada por George Soros. Sobre a crise da libra vale ler o artigo “O Brasil e a crise do Sudeste Asiático” publicado no jornal “O Estado de S. Paulo” de 25/01/1998, página B6 e de autoria de Affonso Celso Pastore. Um endereço para o artigo é o que se segue:

      http://www.simmesp.org.br/simmesp%20artigos.htm

      Pela pertinência do momento em que se discute o legado de Margaret Thatcher, resumo a avaliação que Affonso Celso Pastore faz da crise que abateu a libra inglesa. Segundo Affonso Celso Pastore, em 1992, a Inglaterra sofreu um ataque especulativo quando atravessava uma recessão e não era correto aumentar o juro optando-se assim pela desvalorização da libra. Ainda segundo Affonso Celso Pastore a desvalorização foi correta e atendia aos melhores interesses do povo inglês e o ataque à libra foi uma profecia auto-realizável. O investidor George Soros avaliou que entre aumentar o juro ou desvalorizar a moeda a Inglaterra teria que desvalorizar a libra. George Soros “sabia que Margaret Thatcher se opunha à proposta de Nigel Lawson de fixar o câmbio com relação ao marco” e sabia também que “se atacasse a libra, ela seria desvalorizada”. Então George Soros faz o ataque especulativo à libra, Margaret Thatcher troca o ministro Nigel Lawson, a libra é desvalorizada realizando-se assim a profecia.

      Na seqüência a Inglaterra passa a adotar o Regime de Metas de Inflação.

      Como leigo e apenas intuitivamente, sempre fui contra o Regime de Metas de Inflação. Com o passar do tempo, e algumas leituras de textos mais acadêmicos pude mais bem compreender o Regime de Metas de Inflação. A minha avaliação atual que não há que ter voluntarismo em acabar com o Regime de Metas de Inflação. Talvez o mais adequado seja fazer um esforço para suavemente levar a inflação para o centro da meta e então  avaliar se há necessidade de manter o modelo.

      A minha evolução no entendimento do Regime de Metas de Inflação foi contada em posts aqui no seu Blog que tratavam do cavalo de pau que o Banco Central do Brasil deu quando da 161ª Reunião do Copom em 30 e 31/08/2011 e cuja ata pode ser vista no seguinte endereço:

      http://www.bcb.gov.br/?copom161

      Muitos questionam a previsão do Copom no item 18 da ata de que haveria uma queda da economia correspondente a um quarto da recessão de 2008. Em meu entendimento o Banco Central do Brasil acertou porque fez o cálculo supondo que a crise de 2011 seria de muito menor intensidade, mas perduraria mais no tempo. E é o que vem ocorrendo.

      Como eu disse, houve uma série de posts aqui no seu blog tentando avaliar a mudança de atitude do Banco Central e em um ou outro eu falei um pouco sobre a minha evolução no entendimento sobre o Regime de Metas de Inflação. Em vez de mencionar um grande número destes posts deixo a seguir a transcrição de um comentário que eu fiz junto ao blog de Na Prática a Teoria é Outra (Desde 2010, o blog de Celso Rocha de Barros está em hibernação). Trata-se do comentário de número #69 enviado em 11/05/2010 às 03:31 am, (Data, horário e ordem de envio só são informados se ao abrir o post não deixar baixar o intensedebate) junto ao post “Serra, o PTerodoxo, vai para o pau contra o PIG” de 10/05/2010 e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://napraticaateoriaeoutra.org/?p=6192

      E o meu comentário enviado 11/05/2010 às 03:31 am, segue transcrito a seguir:

      “Na Prática a Teoria é Outra,

      Duas observações. A minha crítica ao Regime de Metas de Inflação é antiga. Lembro que em 2007 fiz crítica a um post do Rolf Kuntz no Observatório da Impresna de nº 440, intitulado “A fascinante história da meta única porém múltipla” de 03/07/2007. Há cerca de dois anos voltei a fazer uma crítica ao Rolf Kuntz em outro post dele no Observatório da Imprensa de nº 482, intitulado “Os juros, a inflação e o comício” de 22/04/2008. Nas duas críticas, eu revelava uma completa desconsideração pelo regime de metas da inflação. O post do Andre Araujo no blog do Luis Nassif “O modelo de metas de inflação” de 03/08/2008 às 08:59 e a que eu me referi no comentário (#39) acima enviado em 11/05/2010 às 01:44 am fez-me ver que eu era um tanto leigo sobre o assunto e que o Regime de Metas era bem visto na academia. Posteriormente li o artigo “Regime de metas da inflação: uma abordagem teórica” saído na revista Ensaios FEE, vol 29, nº 1 (2008) e de autoria de Andre Lúcio Neves e José Luis Oreiro. No artigo, os autores procuram mostrar que sob o ponto de vista teórico, o regime de metas de inflação constituía um avanço relativamente a outras políticas monetárias que vigeram ao longo do Séc. XX.

      Talvez como leigo é que eu continuo com a idéia que o Regime de Metas de Inflação só é evolução sob o aspecto teórico, mas na prática ele não é esta brastemp.

      A segunda observação é que esta análise do José Serra candidato sobre o Banco Central não difere da que ele fez há um ano. Ou melhor, difere pela amenizada que ela dá na crítica. Só que naquele tempo era mais fácil criticar o Banco Central, pois não se sabia como o país estava lidando com a crise.

      Agora ele é apenas acaciano, pois diz que o Banco Central não é infalível. A questão é definir quem vai decidir quando o Banco Central está errado. Isso não foi a ele perguntado e ele evidentemente não respondeu”.

      Deixo aqui os quatro endereços dos posts mencionados em meu comentário para Na Prática a Teoria é Outra (o Celso Rocha de Barros). Primeiro para o post “A fascinante história da meta única porém múltipla” de 03/07/2007 publicada como Jornalismo Econômico no Observatório da Imprensa na edição de nº 440:

      http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/a_fascinante_historia_da_meta_unica_porem_multipla

      Também foi publicado no Observatório da imprensa o segundo post “Os juros, a inflação e o comício” de 22/04/2008, na edição nº 482, também de autoria de Rolf Kuntz e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/os_juros_a_inflacao_e_o_comicio

      O terceiro post foi publicado no seu antigo blog “projetobr” e era de autoria de Andre Araujo e intitulava-se o “O modelo de metas de inflação” de segunda-feira, 03/08/2008 às 08:59. Infelizmente, atualmente no “projetobr”, só se encontram os post de sua autoria e não há o acesso aos comentários. Tenho em arquivo este post e os comentários que foram enviados para o post. Em um dos posts aqui no seu blog, após a 161 reunião do Copom, eu transcrevi o post “O modelo de metas de inflação”. É o que se pode ver em um comentário que eu enviei quinta-feira, 15/09/2011 às 14:11 para junto do comentário de Dê enviado quinta-feira, 15/09/2011 às 09:51, junto ao post “Os comentários de Alexandre Schwartsman” de quinta-feira, 15/09/2011 às 09:33, e que você publicara a partir de um comentário de Andre Araujo. O endereço do post “Os comentários de Alexandre Schwartsman” é:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-comentarios-de-alexandre-schwartsman

      No post “O modelo de metas de inflação”, Andre Araujo faz a indicação do artigo “Inflation targeting: a new framework for monetary policy” de autoria de Ben Bernanke e Frederick Mishkin e publicado em 1997, podendo ser encontrado no seguinte endereço:

      https://www0.gsb.columbia.edu/faculty/fmishkin/FPDFpapers/w5893.pdf

      E finalmente a quarta referência. Não foi o trabalho de Ben Bernanke e Frederick Mishkin que mais contribuiu para a mudança do meu entendimento sobre o Regime de Metas de Inflação. Vi o Regime de Metas de Inflação com mais benevolência à partir do artigo “Regime de metas da inflação: uma abordagem teórica” saído na revista Ensaios FEE, vol 29, nº 1 (2008) e de autoria de Andre Lúcio Neves e José Luis Oreiro. O artigo pode ser consultado no endereço a seguir:

      http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/download/2164/2548

      Bem, remeto ainda para o post “A força do mercado no meio acadêmico” de quinta-feira, 29/09/2011 às 10:06, publicado aqui no seu blog em que você faz uma rápida observação sobre Lourdes Sola e em seguida transcreve o artigo dela publicado no jornal O Estado de São Paulo e intitulado “O BC e a subversão dos fatos – a mais longa marcha” de quinta-feira, 29/09/2011. O endereço do post “A força do mercado no meio acadêmico” é:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-forca-do-mercado-no-meio-academico

      Fiz a remissão para o post “A força do mercado no meio acadêmcio” porque se trata de um post um pouco mais à frente da reunião do Copom de nº 161 e porque nele há uma série de comentários meus enviados para junto do comentário de Vera Lucia Venturini enviado quinta-feira, 29/09/2011 às 10:38. Houve a alteração na sequência de comentários no blog e assim algumas explicações que eu faço ficam incompreensíveis, mas os comentários são úteis pelo menos por relacionar uma série de links sobre o tema de juros e Regime de Metas de Inflação. Além disso, há um comentário meu enviado segunda-feira, 16/04/2012 às 20:01 para junto do comentário de Vera Lucia Venturini e que por se tratar de um comentário enviado um pouco mais à frente ainda dos eventos de final de agosto, eu tive oportunidade de nele relacionar outros links mais recentes abordando a discussão sobre a taxa de juros e sobre o Regime de Metas de Inflação.

      Por fim, como o Andre Araujo, apesar de não ter formação acadêmica em economia, é um estudioso das questões econômicas com vários livros publicados, eu faço mais uma remissão para post dele aqui no seu blog. Trata-se do post “O mito do Banco Central independente” de sábado, 03/09/2011 às 20:42, que originou-se de um comentário dele enviado sábado, 03/09/2011 às 16:42, para junto ao post “Os que ganham com a Selic” de sábado, 03/09/2011 às 13:20. O post “Os que ganham com a Selic”, consistindo da transcrição de um comentário de Marcos Queiroz Dias, mencionando sobre possível uso de informação da queda da Selic e um breve comentário seu, e no qual há o comentário de Andre Araujo, pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-que-ganham-com-a-selic

      E o post “O mito do Banco Central independente” de sábado, 03/09/2011 às 20:42, originado do comentário de Andre Araujo feito junto ao post “Os que ganham com a Selic”, pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-mito-do-banco-central-independente

      Há um post antigo no seu blog a que eu poucas vezes fiz referência quando comento sobre o Regime de Metas de Inflação. Trata-se do post “Stiglitz e as metas de inflação” de quarta-feira, 10/06/2008 e originado de um comentário do economista Rodrigo Medeiros em que ele faz menção ao artigo de Joseph E. Stiglitz, publicado no jornal O Globo de sábado, 07/06/208 e intitulado “A falência das Metas de inflação”. O seu post já foi apagado e não encontrei o link para o artigo no jornal O Globo, mas o artigo de Joseph E. Stiglitz “A falência das Metas de inflação” pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.corecon-rj.org.br/artigos_det.asp?Id_artigos=41

      Há um curto e crítico comentário ao artigo de Joseph E. Stiglitz feito por Alexandre Schwartsman e enviado terça-feira, 10/06/2008 às 21:39 (É o último comentário do post),  junto ao post “Flying the BS Fund” de sábado, 31/05/2008, no blog dele “A Mão Visível” e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://maovisivel.blogspot.com.br/2008/05/flying-bs-fund.html

      Deixei o link porque vale à pena comparar os dois pensamentos: o de Alexandre Schwartsman e o de Joseph E. Stiglitz.

      Dei pouca atenção a este artigo porque na crise asiática de 1997 eu fiquei com alguma resistência a Joseph E. Stiglitz. Lembro de ter lido alguma coisa dele criticando a abertura de capital que se observava aqui no Brasil e elogiando o modelo chinês e até que eu gostei desta postura dele, mas ele também criticava a nossa elevada carga tributária. Além disso, eu discordava da visão de Joseph E, Stiglitz sobre a globalização. No início quando eu li o post “Stiglitz e as metas de inflação” lá no seu blog projetobr eu pensei em expor o que eu pensava sobre o Regime de Metas de Inflação, mas um comentarista fez menção a uma pendenga que houve entre Joseph E. Stiglitz e Kenneth Saul Rogoff, em que Kenneth Saul Rogoff, em uma Carta Aberta publicada em 2002 e destinada a Joseph E. Stiglitz critica à forma depreciativa que Joseph E. Stiglitz derá ao corpo técnico do FMI no livro “Globalization and its Discontents”. Como eu não gostara do título do livro de Joseph E. Stiglitz e a minha birra então era mais com a globalização do que com o Regime de Metas de Inflação eu deixei de lado o post “Stiglitz e as metas de inflação”  no seu blog com o comentário de Rodrigo Medeiros e fui ler a análise de Kenneth Saul Rogoff do livro “Globalization and its Discontents” apresentada em uma carta aberta.

      Evidentemente, se o intuito é esclarecer, há ainda muito mais posts a indicar, mas se se for fazer um levantamento exaustivo para os relacionar aqui neste comentário a este post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” de quinta-feira, 11/04/2013 às 07:59, não haveria como terminar o comentário.

      – – – – – –

      O enfoque aqui neste post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00 é mais sobre as metas de inflação enquanto o meu comentário junto ao post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” de quinta-feira, 11/04/2013 – 07:59, voltava-se mais para discutir a necessidade de aumento da taxa Selic. Os assuntos estão relacionados ainda mais que no post “Porque o Banco Central não deveria aumentar a Selic” você inicia a sua crítica ainda que rápida ao Regime de Metas de Inflação e era sobre essa sua crítica que eu me estendi no comentário que eu pretendia enviar lá para o post e que transcrevi aqui.

      Aliás, poderia transcrever aqui também o comentário que enviei domingo, 14/04/2013 às 21:37, para você junto ao post “Mesmo com economia patinando, o lobby por juros altos” de domingo, 14/04/2013 às 08:00, consistindo da sua Coluna Econômica daquela data. O post “Mesmo com economia patinando, o lobby por juros altos” está atualmente entre os “Mais Lidos da Semana” e pode ser visto, na segunda página em que se encontra o meu comentário para você, no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mesmo-com-economia-patinando-o-lobby-por-juros-altos?page=1

      E lembro ainda que toda análise do processo inflacionário feito apenas pelo aspecto econômico incorre no erro de esquecer que o principal problema da inflação é o político. Não existe crítica objetiva aos governantes. Todas as críticas são ideológicas e, portanto, subjetivas. A crítica só ganha consistência se ela acompanha a percepção popular. A percepção popular como a crítica especializada é também ideológica, mas ela é bastante pressionada por dois fatores: geração de emprego e aumento generalizado e contínuo de preços, ou seja, inflação. Só que a inflação atinge a todos enquanto a geração de empregos tem um rol menor de beneficiados. E para o povo a culpa pela inflação é do governo enquanto o emprego alcançado decorre da capacidade de cada um. Por isso o governante deve preocupar com a geração de emprego, mas mais ainda com a manutenção de baixos índices de inflação.

      Para terminar lembro três posts que valem a pena ser indicados aqui. Primeiro indico o post “Por quê?” de quarta-feira, 29/02/2012, de autoria de Alexandre Schwartsman no blog dele “A Mão Visível”. O endereço do post “Por quê?” é:

      http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/02/por-que.html

      Não é só pelo comentário de Alexandre Schwartsman que eu indiquei o post, mas sem querer como leigo igualar a ele, fiz lá uma série de comentários sobre a questão da inflação apresentando muitas indicações dentre elas o post “O primeiro comercial político na TV” de terça-feira, 21/09/2010 às 07:49. O post foi colocado aqui no seu blog em uma indicação de Almeida trazendo um vídeo da campanha de Jânio Quadros que descobriu o filão de como criticar um governo com base no aumento dos preços. O endereço do post “O primeiro comercial político na TV” é:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-primeiro-comercial-politico-na-tv

      E o terceiro post é “A inflação distante do umbigo da blogosfera” de sexta-feira, 04/03/2011 às 09:41, originado de uma discussão entre Gunter Zibel e você e que gerou um frutífero debate tendo hoje 174 comentários. Deixo o link para o post na quarta página, ou página três na numeração do blog:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/a-inflacao-distante-do-umbigo-da-blogosfera?page=3

      Todo o post “A inflação distante do umbigo da blogosfera”, por sinal bastante extenso e a grande maioria dos comentários valem bem a leitura, mas eu trouxe a indicação já na quarta página em razão do comentário de quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25, de Alexandre Weber – Santos -SP que expõe com perspicácia e ironia a percepção de que o Regime de Metas de Inflação é o sonho dourado dos rentistas.

      Como eu disse em meu comentário para você junto ao post “Mesmo com economia patinando, o lobby por juros altos” não há uma prova irrefutável dos malefícios econômicos da inflação. Talvez se devesse apresentar como malefício o fato de a inflação corroer a demanda. Ocorre que todo mundo aplaude a poupança que também corrói a demanda, assim a redução da demanda não deve ser posta como um malefício econômico da inflação.

      Insisto, portanto, em enfatizar que o grande problema da inflação é o enfraquecimento político do governante. Assim, parafraseando Alexandre Weber – Santos –SP, o governante que vai tentar a reeleição deve mover mundos e fundos para manter a inflação sobre controle e o Regime de Metas de Inflação é o melhor mecanismo para o sucesso dessa empreitada. Querer que a Dilma Rousseff abondone o Regime de Metas de Inflação no ano anterior ao ano com possibilidade de reeleição é defender o que agradaria à oposição.”

      = = = = = = = = = = = = = = =

      Depois eu enviei dois comentários para Alexandre Weber – Santos –SP, tendo em vista um comentário dele enviado quarta-feira, 17/04/2013 às 00:20, junto ao meu comentário, questionando sobre o ouro físico e que ele fazia questão de distinguir do ouro papel, até porque o ouro papel, no dia anterior ao do comentário dele, havia sofrido forte especulação, caindo bastante o preço.

      Bem, antes lembro que o Alexandre Weber – Santos –SP tem lido muito nos sites dos austrianos que não gozam de boa fama e de defensores do padrão ouro e assim fica matutando essas idéias. Recentemente Paul Krugman fez um post com uma referência a esta discussão sobre os austrianos. Trata-se do post “Yes, We Have No Banana” de 21/07/2014 às 07:54 am e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://krugman.blogs.nytimes.com/2014/07/21/yes-we-have-no-banana/?module=BlogPost-Title&version=Blog Main&contentCollection=Opinion&action=Click&pgtype=Blogs&region=Body

      No post de Paul Krugman há o link para o post “Austrianism, wrong? Inconceivable!”de quinta-feira, 17/07/2014, de autoria de Noah Smith no blog dele Noahpinion. Deixo o link aqui também a seguir:

      http://noahpinionblog.blogspot.com.br/2014/07/austrianism-wrong-inconceivable.html

      E, por ser bastante instrutivo, recomendo também um post mencionado nos comentários para o post “Austrianism, wrong? Inconceivable!”. Trata-se do post “How Noah Smith Should Have Criticised Austrian Economics” de domingo, 20/07/2014, e cujo autor assina apenas por LK. O post “How Noah Smith Should Have Criticised Austrian Economics” pode ser visto no blog “Social Democracy for the 21st Century: A post Keynesian Perspective” no seguinte endereço:

      http://socialdemocracy21stcentury.blogspot.com.br/2014/07/how-noah-smith-should-have-criticised_9471.html

      Nos dois comentários que eu enviei para Alexandre Weber – Santos –SP, eu me prendi mais a discussões anteriores que eu havia tido com ele. O primeiro comentário foi enviado quinta-feira, 18/04/2013 às 14:17, e nele eu dizia o seguinte:

      = = = = = = = = = = = = = = =

      “Alexandre Weber – Santos -SP (quarta-feira, 17/04/2013 – 00:20),

      Não sei se faria diferença. Na página seguinte deste post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00 trazendo a Coluna Econômica de Luis Nassif há um comentário seu enviado terça-feira, 16/04/2013 às 13:13, trazendo o artigo “US Dollar: Ring-Fenced & Checkmate” de autoria de Jim Willie CB. O artigo que você transcreveu integralmente também pode ser visto no seguinte endereço:

      http://news.goldseek.com/GoldenJackass/1364601600.php

      O que importa é observar que a data do artigo “US Dollar: Ring-Fenced & Checkmate” é sexta-feira, 29/03/2013, antes, portanto, do derretimento do dólar ocorrido na segunda feira, dia 15/04/2013. Em suma o artigo “US Dollar: Ring-Fenced & Checkmate” que você transcreveu no se comentário de terça-feira, 16/04/2013 às 13:13 e que vem como complemento ao seu comentário de terça-feira, 16/04/2013 às 13:04, discorre sobre um previsível enfraquecimento do dólar concomitantemente a uma valorização do ouro, mas o que se verificou foi a queda do ouro.

      Aliás o seu comentário de terça-feira, 16/04/2013 às 13:04, é um tanto contraditório com o que veio de ocorrer e o seu comentário acima enviado quarta-feira, 17/04/2013 às 00:20. Transcrevo-o para mais bem esclarecer o que eu achei contraditório. Diz você em curto comentário:

      “As bombas foram a cortina de fumaça para esconder o fim do Dólar, que foi ontém com a deflação monstro das commodities e em especial dos metais monetários ouro e prata”.

      Não questiono a fumaça das bombas se bem que elas podem até ter sido deflagradas sem a fumaça. O que questiono é você falar em fim do dólar justamente quando é o ouro e outras commodities que passam por percalços. E de certo modo a sua avaliação é contraditória com a sua percepção de que os banqueiros nos impuseram o regime de metas como uma forma de obter maior ganho. E achei correta essa sua antiga avaliação da preferência dos banqueiros pelo regime de metas por uma simples razão. O melhor retorno que o mercado oferece é o juro pago pelo regime de metas. Não é o ouro ou outra commodity qualquer que vai suplantar o retorno do juro.”

      = = = = = = = = = = = = = = =

      E o meu segundo comentário para Alexandre Weber – Santos –SP foi enviado quinta-feira, 18/04/2013 às 20:31. Antes de o transcrever vou lembrar aqui um comentário dele a que eu faço referência com frequência e que mencionei no meu primeiro comentário que transcrevi acima e que também mencionei no post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de sábado, 19/07/2014 às 10:40, em comentário que eu enviei domingo, 20/07/2014 às 17:03. Trata-se de comentário que ele enviou quinta-feira, 03/03/2011 às 17:25 para o post “A inflação distante do umbigo da blogosfera” de sexta-feira, 04/03/2011 às 09:41, aqui no seu blog e constituído de análises de Gunter Zibell-SP a respostas suas ou de análises suas a respostas dele. Bem transcreverei a seguir só a parte que interessa aqui do comentário de Alexandre Weber – Santos –SP. Diz ele lá:

      “Só por curiosidade, com a dívida pública preponderantemente em Reais, uma inflação que diminua a taxa de juros reais, diminui, sobre qualquer ponto de vista, a transferência de dinheiro do povo para os rentistas. É lógico que os rentistas, a mídia e seus funcionários vão pregar uma redução da inflação e maliciosamente pedir ainda um aumento dos juros nominais para prevenir uma futura inflação que corroeria os seus ganhos.

      Esta estratégia é interessantíssima e seu eu fosse rentista ia mover os Céus e a Terra para implementá-la, como não sou, observo o que acontece”.

      Bem e o que eu disse para Alexandre Weber – Santos –SP em meu segundo comentário para ele lá no post mais antigo intitulado também “A hora de discutir as metas inflacionárias” foi o que se segue:

      = = = = = = = = = = = = = = =

      Alexandre Weber – Santos –SP (quarta-feira, 17/04/2013 às 00:20),

      Eu me equivoquei em meu comentário de quinta-feira, 18/04/2013 às 14:17, em trecho na segunda linha do segundo parágrafo, que transcrevo a seguir: “antes, portanto, do derretimento do dólar ocorrido na segunda feira, dia 15/04/2013”. Equivoquei-me porque o certo seria referir ao derretimento do ouro e não do dólar. Corrigindo o trecho a frase toda fica assim:

      “O que importa é observar que a data do artigo “US Dollar: Ring-Fenced & Checkmate” é sexta-feira, 29/03/2013, antes, portanto, do derretimento do ouro ocorrido na segunda feira, dia 15/04/2013”.

      E já que corrigir este erro corrijo também os erros que cometi e fui capaz de perceber no meu primeiro comentário enviado terça-feira, 16/04/2013 às 20:19, para junto deste post “A hora de discutir as metas inflacionárias” de terça-feira, 16/04/2013 às 08:00. São erros pequenos que nem precisam ser corrigidos, pois não impedem a compreensão. De início, aparece um “a” craseado antes do verbo partir na frase transcrita a seguir já corrigida:

      “Vi o Regime de Metas de Inflação com mais benevolência a partir do artigo “Regime de metas da inflação: uma abordagem teórica” saído na revista Ensaios FEE, vol 29, nº 1 (2008) e de autoria de Andre Lúcio Neves e José Luis Oreiro.”

      Foi digitado errado o nome do post “A força do mercado no meio acadêmico” ao mencioná-lo logo após a indicação do link.

      E por último, errei na digitação do termo abandone na última frase do post.

      E para aproveitar este comentário, deixo aqui umas algumas indicações de posts, artigos ou reportagens que considero bem pertinentes para a discussão do Regime de Metas de Inflação.

      Uma questão importante para entender porque o juro no Brasil é tão alto tem sido destacada por G. Henrique de Barroso F. Menciono aqui como exemplo deste posicionamento de G. Henrique de Barroso F. os seguintes artigos ou reportagens. Primeiro a reportagem no jornal O Estado de S. Paulo de autoria de Anne Warth e Francisco Carlos de Assis, da Agência Estado, e publicada em 30/08/2011, com o título “Situação fiscal do Brasil é semelhante à da Grécia, afirma ex-presidente do BC”, podendo ser vista no seguinte endereço:

      http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,situacao-fiscal-do-brasil-e-semelhante-a-da-grecia-afirma-ex-presidente-do-bc,82133,0.htm

      No Valor Econômico de quarta-feira, 27/07/2011 há um artigo de G. Henrique de Barroso F. intitulado “Porque o Brasil é campeão mundial de juros altos”. Há um link para o artigo (Só não há o quadro que fora publicado originariamente no jornal Valor Econômico) no Instituto Millenium no seguinte endereço:

      http://www.imil.org.br/artigos/por-brasil-campeo-mundial-de-juros-altos/

      O conteúdo do artigo é semelhante ao da reportagem no jornal O Estado de S. Paulo. Segundo G. Henrique de Barroso F. “os números fiscais brasileiros são muito parecidos com os dos PIIGS em pelo menos um aspecto importante: as necessidades de financiamento do setor público (NFSP), o conceito mais amplo de déficit público, sem nenhum juste ou dedução, estão na faixa de 20% do Produto Interno Bruto (PIB)”.

      Há no site do Instituto Millenium um endereço na Rio Bravo para um trabalho mais completo, mas ele não está acessível. O endereço na Rio Bravo onde se vê o artigo que foi publicado pelo Valor Econômico é:

      http://www2.riobravo.com.br/noticias/conteudo.asp?id=14806

      E há no link a seguir um trabalho com o mesmo enfoque e datado de 21/08/2011:

      http://www.economia.puc-rio.br/gfranco/Juros%20-%20CLP%20Casa%20do%20Saber_draft.pdf

      É um trabalho mais extenso e bastante informativo.

      Há também uma reportagem para a Folha de S. Paulo, de 15/06/2011, com o seguinte título “Estatística subestima deficit público, diz ex-presidente do BC”. A reportagem pode ser vista no índice geral da Folha de São Paulo, ainda que seja só para assinantes no seguinte endereço:

      http://www1.folha.uol.com.br/fsp/indices/inde15062011.htm

      E a reportagem pode ser vista também na internet junto ao portal Clipping da Diretoria de Comunicação e Desenvolvimento – VICOM, em matéria de15/06/2011, embora nesse caso eu não sei se o link seja permanente:

      http://www.anabb.org.br/novoSite/clipping/Clipping15062011.htm

      Trata-se do mesmo discurso de sempre de G. Henrique de Barroso F. alegando que o déficit público deve considerar a rolagem da dívida de curto prazo e isso não é feito no Brasil.

      Há uma série de comentários meus, aqui no blog de Luis Nassif, junto ao post “Gustavo Franco e a crise global” de segunda-feira, 08/08/2011 às 13:03, e originado de comentário de JB Costa, trazendo entrevista de G. Henrique de Barroso F. à Eleonora de Lucena na Folha de S. Paulo na seção “Entrevista da 2ª” e intitulada “Entrevista da 2ª Gustavo Franco” com o subtítulo “Exaustão fiscal global está na origem de turbulência”. No post há uma série de comentários meus, a maioria endereçada para JB Costa, e apresentando muitos links interessantes, sendo um deles para a reportagem na Folha de S. Paulo intitulada “Estatística subestima deficit público, diz ex-presidente do BC”. No sequenciamento anterior dos comentários, os meus comentários para JB Costa encontravam-se na segunda e terceira página do post “Gustavo Franco e a crise global”. Deixo o endereço do post na página inicial. O endereço é o que se segue:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/gustavo-franco-e-a-crise-global

      A melhor sistematização das causas dos juros altos no Brasil foi apresentada por José Luis Oreiro e Flávio A. C. Basilio no ótimo artigo “Por uma redução permanente da Selic” e que se acha na página 14 do caderno A do Valor Econômico de terça-feira, 29/11/2011. Este artigo foi transcrito por AISC em comentário enviado quinta-feira, 01/12/2011 às 17:16, aqui no blog de Luis Nassif para o post “Movimentos incompreensíveis da Fazenda” de quinta-feira, 01/12/2011 às 13:59 aqui no blog de Luis Nassif e originado de comentário de Paulo Siqueira. O post “Movimentos incompreensíveis da Fazenda” pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/movimentos-incompreensiveis-da-fazenda

      Nele além da transcrição do artigo de José Luis Oreiro e Flávio A. C. Basilio feita pelo comentarista AISC, eu deixo uma série de links para posts ou artigos que valem ser consultados e lidos. Penso ser importante aqui deixar o link para o artigo de José Luis Oreiro e Flávio A. C. Basilio “Por uma redução permanente da Selic” publicado no Valor Econômico de terça-feira, 29/11/2011. É o que faço a seguir, mas aqui em página da Universidade Federal do Rio de Janeiro é:

      http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/jose_luis_or.pdf

      No site de José Luis Oreiro, o endereço do artigo “Por uma redução permanente da Selic” é:

      http://jlcoreiro.wordpress.com/2011/11/29/por-uma-reducao-permanente-da-selic-valor-economico-29112011/

      Bem, e as demais indicações são de posts no Blog de Luis Nassif que tratam desse assunto principalmente aqueles em que eu fiz comentários trazendo um número maior de links. Há muitos outros, mas deixo a indicação dos seguintes:

      1) O post “A mudança nas metas inflacionárias” de segunda-feira, 01/10/2012 às 08:00, contendo a Coluna Econômica de Luis Nassif daquela data e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://dc-5bfcb017.projetobr.com.br/blog/luisnassif/a-mudanca-nas-metas-inflacionarias

      2) O post “Os limites da queda da taxa Selic” de quarta-feira, 21/03/2012 às 16:00 e consistindo de um comentário de Por Roberto São Paulo-SP 2013 feito ao post “As leis da física e da economia, por Delfim Netto”. O post “As leis da física e da economia, por Delfim Netto” é de quarta-feira, 21/03/2012 às 09:50, e contem a transcrição do artigo “Economia” de Antonio Delfim Netto  na Folha de S. Paulo. Destaco o post “Os limites da queda da taxa Selic” em razão de um comentário meu enviado quinta-feira, 22/03/2012 às 13:11, e destinado exatamente a um comentário seu enviado quarta-feira, 21/03/2012 às 17:01, sendo que ele pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-limites-da-queda-da-taxa-selic

      3) O post “O sistema de metas de inflação” de quarta-feira, 08/02/2012 às 07:12, oriundo de comentário de Aliancaliberal contendo a transcrição do artigo “O problema com o sistema de metas de inflação” de autoria de Frank Shostak, publicado quarta-feira, 09/02/2011 pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil. Destaco no post os comentários críticos do comentarista Bento e um comentário meu enviado quarta-feira, 08/02/2012 às 21:01, para junto do comentário de Bento enviado quarta-feira, 08/02/2012 às 10:43, com críticas às idéias de Aliancaliberal. Como sempre deixei no meu comentário um número expressivo de links para bons posts aqui no blog de Luis Nassif. O post “O sistema de metas de inflação” pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-sistema-de-metas-de-inflacao

      E lembro por último que vale indicar dois artigos recentes tecendo loas ao Regime de Metas da Inflação. O primeiro é de autoria de Martin Wolf tendo sido publicado, quarta-feira, 17/04/2013, no Valor Econômico, com o título “Como vencer a deflação” e que pode ser visto no seguinte endereço:

      http://www.valor.com.br/opiniao/3089614/como-vencer-deflacao

      Ou então no original no Financial Times e com links importantes no seguinte endereço

      http://www.ft.com/intl/cms/s/0/15d1efc6-a4f2-11e2-a94c-00144feabdc0.html#axzz2QjVD28yr

      Um link importante encontrado no artigo de Martin Wolf que no Financial Times recebeu o nome de “How central banks beat deflation” é para o artigo de Gavyn Davies intitulado “Inflation targeting is not dead yet” de 13/04/2013 e também publicado pelo Financial Times podendo ser encontrado no seguinte endereço:

      http://blogs.ft.com/gavyndavies/2013/04/13/inflation-targeting-is-not-dead-yet-2/

      Aqui vale voltar a referir ao artigo “The Death of Inflation Targeting” do economista Jeffrey Frankel no site do Project Syndicate que publicado quarta-feira, 16/07/2012, quase um ano antes dizia exatamente o contrário. De todo modo, tanto Martin Wolf como Gavyn Davies depositaram muita confiança no sistema de metas de inflação. Eles têm razão. O sistema de metas de inflação é um grande instrumento no combate a inflação. A questão é saber se esta não é realmente uma vitória de pirro. Talvez a inflação seja benéfica para a economia e não seja correto ser tão rigoroso em a combater.

      A vitória contra a inflação vai ser utilizada pelos políticos que não farão outra coisa se não a debelar. A tendência será déficits públicos crescentes e taxa de juros sempre maiores do que a inflação. Haverá crescimento da dívida pública e mais à frente, uma grande dívida possa se constituir em grande óbice ao crescimento econômico.

      = = = = = = = = = = = = = = =

      Bem, o Alexandre Weber – Santos –SP é advogado e não é economista, mas teve a sacada de dizer que o Regime de Metas de Inflação é do interesse dos rentistas e que eu achei genial. E ele tem uma outra crítica ao Regime de Metas de Inflação e que é uma alegação que é correta, mas que não serve para o propósito dele de combater o Regime de Metas de Inflação. Segundo Alexandre Weber – Santos –SP, o Regime de Metas de Inflação não é viável porque não se pode prever a inflação depois de um espaço de dois a três meses. Sendo assim o Regime de Metas de Inflação não seria funcional.

      Para mim, este é o cerne do Regime de Metas de Inflação e a razão para que a primeira sacada de Alexandre Weber – Santos –SP esteja correta e seja genial. Como na fala dos dois protagonistas no filme “Jake Grandão”, “não importa o que acontecer, haja o que houver, sua culpa, minha culpa, culpa de ninguém”, a inflação vai bater no centro da meta. Exatamente por ser impossível de se prever a inflação após dois a três meses à frente é que o Regime de Metas de inflação torna-se uma ferramenta portentosa de combate à inflação.

      E isto que está sendo usado pelos governantes de para reduzir a inflação nas vésperas das eleições de modo a facilitar a reeleição.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 25/07/2014

  26. Um post muito claro e

    Um post muito claro e didático para quem, como eu, acha economia uma ciência (?) estranha e misteriosa.

    Gostei sobretudo dos comentários: calmos, educados, tranquilos, mostrando que o debate de idéias é possível.

    Aprendi muito hoje, aqui. 

  27. Foi por causa desse tipo de

    Foi por causa desse tipo de exoterismo matemático que reneguei meu diploma de economia. Pra muitos economistas não existe o mundo real, existe apenas o mundo dos números, mundo ditatorial ao qual tudo deve ser submetido. Não conseguem ver o homem, o pai de família, o cidadão que está por trás do numero. Não veem os terriveís efeitos sociais e psicológicos que cercam o serr humano sem emprego ou esperança. Tô fora. Essa picaretagem não é pra mim.

  28. Sei que fui grosso com você antes Nassif

    Mas peço desculpa. Esse texto está muito bom e bem mais completo do que seus textos anteriores. Saiu da insistência de ficar comparando o canal crédito com o canal cambial da política monetária e fez um análise bem mais completa reconhecendo a importância das expectativas e de todos os canais de transmissão.

     

    Essa sim foi uma crítica bem mais robusta a política monetária praticada hoje em dia pelo Brasil.

  29. Bom artigo Nassif. O mercado

    Bom artigo Nassif. O mercado financeiro quer arrocho em 2015 ele até pode vir mas duvido que qualquer governo chegue até 2018 com um arrocho  forte. Se com os problemas da economia atual ( ainda com desemprego baixo inflação alta mas controlada) estão gerando tensões   sociais  e políticas no País imagine com  um arrocho economico como quer Aécio e a  mídia em 2015? Com um arrocho o desemprego vai subir Armínio Fraga vai tentar fazer o que fez em 1999 cortar investimentos e gastos sociais para agradar o mercado financeiro porém a classe média vai ser atingida pelo arrocho com redução nos salários e  alta no desemprego. Arminio Fraga como ministro da economia é  rígido alinhado ao mercado financeiro  e insensível as questões sociais se precisar fazer um arrocho para estourar a classe média elevar o desemprego aos dois dígitos ele leva pois para ele a credibilidade com o mercado é mais importante. Podem espernear ele também vai ser contra o aumento do salário mínimo pois para ele isso é “gasto” e com um arrocho aumentos se tornarão coisa rara  ,aumentos para categorias também serão proibidos e greves explodirão pelo País o clima será parecido com o biênio 1998/1999  quando ele era ministro da economia  a economia tinha desemprego de 20% mas apoio total da mídia aliás quando  a presidente  tentou reduzir os juros em 2011 ficou isolada mas o arrocho terá total apoio da mídia afinal como eles diziam no final dos anos 90 “É pela credibilidade do Brasil perante o  mercado” . A classe média esta seduzida  pelo  discurso do modelo economico deles mas quando o arrocho chegar eu quero ver como vai ser. Quem viver verá.

  30. A ciencia econômica é a coisa

    A ciencia econômica é a coisa mais inexata dentre todas . Porem noto que somente um remedio funciona, a ortodoxia. Dolorosa, impopular, anti eleitoreira. Mas não ha como negar que funciona. 

    Quanto ao BACEN, é imperativo que o mesmo seja independente, pois a sua função é defender a moeda .  E é bom que se diga que a moeda de um país pertence ao estado e a seu povo. Não é o que está a ocorrer. Registre-se porem que o ex presidente Lula tinha plena consciencia da necessidade de independencia do BACEN, e abem da verdade nunca bricou com o tema. Dilma está no caminho errado. Mandona como é, acha que o BACEN tem que subordinar-se aos seus planos.  

     

     

    1. Olá Armanandolo,
      pensando

      Olá Armanandolo,

      pensando bem, se formos considerar a tal de ortodoxia, entre nós,  como único modelo econômico que realmente funciona, ainda que impopular , doloroso e anti eleitoreiro,  então,  fazendo-se as contas , deveríamos resgatar a  escravidão.  São mais de 400 anos  de “estabilidade” econômica ortodoxa ,  latifundiária e monocultural, contra míseros 30 ou 40 anos de “instabilidade democrática”.

      Ora, tanta estabilidade de outrora que  não necessitaríamos de um Bacen, pintador de papel (anti ortodoxo) e gerador de moeda imaginária.Quer coisa mais estável economicamente do que isso? 

      Mas,  é no mínimo curioso perceber que  até  hoje, mudando o que deve ser mudado, o mundo natural da “ortodoxia” louva o seu totemismo anacrônico.

      Caso contrário, gentileza defender a sua tese ortodoxa.  Gostaria  de apreciá-la de perto. Se possível, sem ad hominem e  sem aquele famigerado  caudilhismo liberal entranhado verticalmente em nossa cultura dos filhos de coimbra inconfidentes e mineiros.     

      Saudações

       

    2. Deu a impressão que não leu o texto do Nassif…

      e fiquei com a impressão de ler uma declaração de credo religioso, de baixo do manto da tecnicidade.

    3. A ortodoxia funciona para os especuladores

      A Economia demonstra e a história mostra que a ortodoxia somente favorece aos especuladores financeiros. Vide o alto desemprego da Espanha, colapso na Grécia e Portugal.

  31. Em 2004, com o câmbio a R$

    Em 2004, com o câmbio a R$ 3,20, uma multinacional de compressores no interior de São Paulo tinha quase 7.000 funcionários; agora com o câmbio a R$ 2,25 tem menos de 3.000 funcionários e pode demitir a qualquer momento mais 600 funcionários. O clima é de desânimo e de desespero entre os funcionários e familiares. Esta é a política econômica míope do governo Dilma.

  32. ótimo post.
    como  me atenho

    ótimo post.

    como  me atenho mais à questão política, é claro que gostei mais qundo o nassif coloca que a presidente dilma é que tem mais claramente uma visão desenvolvimentista em relaçã aos outos candidatos…isto é importante porque se hoje está assim(daí a crítica do post), imagine com o arminio nauFraga, né, ali,   em consórcio com seus amigos do sistema financeiro,  a raposa cuidando do galinheiro.

    tombini pelo menos foi elogiado no começo por ser um quadro do rpóprio bacen – será que é o bacenn  que tem de ser reformujlado então?

    esse tema é bastante difícil, parece-me mais para os iniciados.

    o que resta são perguntas.

    o santadner encaminhou aos seus clientes uma mensagem dizendo que eles deveriam votar na oposição ou algo semelhante, depois pediu desculpas….

    .o que teria essa mensagem cabeluda a ver com essa análise sobre juros etc e tal? isto é,  como os bancos privados agem para fianceirizar definitivamente a economia como fizeram nos eua e europa, assumindo neste continente inlusive alguns governos?

    qual seria a saída? como disse um comentarista, a resposta deve ser bem desenhada, pelas dificuldades inerentes ao assuntoo – aliás, essas dificuldades de entendimento da economia, uma chatice quase absoluta, em função da necessidade do uso de uma linguagem específica, claro.

    se adotássemos a teoria marxista, todos esses problemas estariam solucionados? abaixo o capitalismo, é isso?

    a questão principal da economia não é  manter a inflação mais baixa possível e o  pleno emprego para que a economia gire de forma melhor poossível como o governo está tentando fazer nestes últimos 12 anos? ou melhor é desempregar e aumentar o lucro do sistema financeiro, como quer o nauFraga e entregar os pontos e o governo e o país ao sistema financeiro?

     

  33. Economista ou Cabo eleitoral ?

    Eu sou do tempo que chegamos a mais de 80% de inflação mensal. No governo FHC com o trabalho brilhante do ministro da Fazenda, Sr Pedro Malan, o mal inflacionário que atinge a todos e principalmente as classes menos favorecida, foi colocado sob controle e passamos de um país inflacionario cheio de dúvidas para uma grande economia estabilizada aonde todos tem interesse em investir. No governo atual o pais esta crescendo a taxa muito abaixa da média (mediocre 1%), na America Latina somente é melhor que Venezuela, a inflação esta aumentando dandos sinais perigosos de falta de controle e o Sr tem a insensatez de menosprezar a inteligência do leitor dizendo que o atual o governo da Dilma que não consegue resolver o problema é o unico com propósitos claramente desenvolvimentistas ? Por favor, faça menos política e seja mais jornalista.

  34. Metas de Inflação

    O sistema de Metas para a Inflação não precisou “atravessar a linha do Equador” para desembarcar no Brasil pois foi desenvolvido na Nova Zelândia e, diga-se de passagem nunca foi utilizado nos Estados Unidos.

    O sistema funciona bem em praticamente todas as economias onde é utilizado.

    Se não funciona no Brasil é porque não está sendo aplicado de forma coerente.

    É cada um…..

     

  35. Fim do Brasil

    Tremei infiéis, mas não comento o excelente vídeo do pessoal da Empiricus, mesmo com o papo de vendedor de geladeiras para esquimós no polo norte.

    A Selic é a batalha das batalhas.

    Uma que não deixa a oposição lançar candidatos, não é Denise Fraga?

    Só a China  passa ao largo, mas com o USA reclamando do Yuan dia sim, dia não.

    Confiança é a palavra, e só com um sistema econômico que coloque a esfera econômica num círculo virtuoso, teremos a tal confiança necessária para que medidas possam ser tomadas.

    Caso contrário, o medo vence a esperança.

    O Lula agradesce e frauda o processo eleitoral democrático.

    Em suma, fica tudo como dantes em terra de abrantes.

  36. Olavo de Carvalho

    Não Nassif não,

    Olavo de Carvalho é o pastor do rebanho cujas ovelhas incluem Diogo Mainardi, Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Rodrigo Constantino e Rachel Sheherazade.

    Quem disse que só “terrorista” foi perseguido pela ditadura e quem disse em 2002 que o futuro governo Lula faria muitos presos políticos não merece ser referência para alguma coisa.

    1. Nassif não está apoiando,

      Nassif não está apoiando, validando e muito menos elogiando o Olavo, mas apenas usando palavras dele – sobre um outro assunto – para exemplificar esse assunto.

      Vai ser limitado assim sei lá onde, meu caro…

      1. “Limitado”? Calma, não vi

        “Limitado”? Calma, não vi motivo para grosseria.

        Eu sei que a citação ao Olavo de Carvalho é sobre um assunto diferente aos quais ele habitualmente escreve. Mas ainda assim, mesmo que o “filósofo” tenha razão em um ou outro assunto, considero equivocado dar palanque para quem diz tantos absurdos. Ainda mais se tratando de alguém que é mentor intelectual de Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo, que já chegaram a difamar o autor da coluna que estamos comentando agora.

        Citar Olavo de Carvalho confere alguma seriedade a quem não tem.

  37. Ótimo post, Parabéns
    Lula foi

    Ótimo post, Parabéns

    Lula foi um exelente presidente sobretudo na área econômica, por nunca se baseou em planilhas de economia e ignorava por completo os manuais de economistas.

    Dilma ao contrário dá mostras de seguir a risca estes manuais, e a cada ano o PIB cai mais um pouco, e a inflação se mantém em alta apesar de aumentos persistentes da Selic.

    E a situação terá outros agraventes, pois como estamos com uma taxa de natalidade decrescente, com o passar dos anos, a população parará de crescer e encolherá, aumentando o número de idosos e aposentados, aí sim, um PIB que encolhe será sentido em toda sua gravidade.

    O problema não é o PT, mas a incapacidade do partido de escolher candidatos capazes. Dima não chega aos pés do Lula, ela não é apenas um poste eleitoral, é como uma tartaruga em cima do poste: ninguém consegue tirar ela lá de cima, lá em cima ela não fará nada. E uma tartarugas teimosa, o que na política seria a última coisa que um país precisa. Provavelmente ela dirá na campanha que o PIB cresceu pouco, mas o desemprego ainda está baixo. Realmente, por quanto tempo se manterá este desemprego baixo se o PIB continuar caindo?

    E o pior de tudo é que a oposição provavelmente se ganhar fará asneiras maiores ainda do que
    Dilma tem feito, seguindo mais a risca ainda os manuais econômicos norte americanos, e trazendo de volta a era FHC. Se correr o bicho pega se ficar ele morde.

  38. É tripé, não só metas

    Metas inflacionárias não funcionam sem câmbio flutuante e ajuste fiscal (superavit). Mas o tripé funciona, e começou na Nova Zelândia, não nos Estados Unidos. Lá foi a academia (Chicago) que sistematizou, depois de um consenso de que estava funcionando em alguns países. A meta não serve para tentar advinhar a inflação futura, serve somente para dar alguma previsibilidade ao mercado e aos investidores de qual patamar de inflação o governo aceita. Só isso.

  39. A meta inflacionária não é um

    A meta inflacionária não é um Rubicão, que não se possa atravessar. Gritos se escutam, e não se deve escutá-los. Se o Governo é consciente do que está fazendo, e ao que parece o governo brasileiro tem todas as qualidades para sê-lo, então aos mosquitos da mídia conservadora não deve consideração alguma. É bobagem supervalorizar o papel desta mídia estúpida. Fazer o certo, seguir um rumo, isto é que é importante e com isto a vitória sempre abrirá suas asas. Sobre nós.

  40. Nassif,
    To pensando em abrir

    Nassif,

    To pensando em abrir imediatamente uma conta no Santander !

    O que vc acha ?

    Pra mim e o banco com o melhor time de analistas !!!

    Abraço !

  41.  Avaliando os métodos do
     

    Avaliando os métodos do BACEN, como de um partido da oposição, fiz uma constatação de que não é possível que o país seja governável com as contradições criadas no âmbito do dinheiro.

    1 –  Os bancos criam o dinheiro eletrônico que não custa nada para comprar o dinheiro físico.

    1.1 – O país paga aos bancos SELIC 11% para emprestar o dinheiro físico quando ele é criado com títulos públicos.

    2 –  O país paga aos bancos mais 11%  de SELIC de compulsório para o mesmo dinheiro físico que lhe foi emprestado não ter que circular.

    2.1 – O valor do dinheiro não está nos bancos nem nos títulos públicos, mas está no valor das pessoas que trabalham, pois o dinheiro não trabalha; logo, só o trabalho pode criar valor nos bancos.

    3 – Os bancos multiplicam o dinheiro do trabalho por fenômenos  e o acesso aos valores externos escravizam o trabalhador no sistema em si, com a produção dos objetos. 

    3.1 – Logo, o valor do trabalho poderia ter sido múltiplo de objetos reais, antes de se transformar em dinheiro de juros,se fosse medido em termos de renda per capta do PIB.

    Ora, como Dilma pode responder por um PIB maior do que 1% sem que o BACEN possa ser acusado de conspiração de reger o favorecimento aos outros candidatos a eleição presidencial sem oferecer ao país o valor disponível que já existe para que este governo possa trabalhar?

    No mínimo é muito suspeito tanto dinheiro retido no BACEN dentro de novas controvérsias – que quebraram a lógica das metas de inflação e o modo de incapacidade para investimento.

    Talvez um pedido de Dilma, que se tem revelado capaz de enfrentar efetivamente desafios de um novo tratamento das origens, virão no sentido da nosso valor para complementaridade do dinheiro.

     

  42. Mais uma olavete

    PQP, até o Nassif agora rendendo-se ao Olavo de Carvalho para construir uma crítica à política econômica do governo. Ah! de fato é apocalíptico: é o fim!!! Escuta, ô Nassif, não dá pra usar outro cara pra descer o cacete no gordinho do BC!? Estou vendo um futuro em que Marco Antonio Villa vai escrever um livro com o título: “Anos perdidos do PT vol. 2” e vai ter ao seu dispor citações de Nassif, Mino, PHA etc…, bem, estamos no segundo semestre de 1963, logo será março de 1964, e o Cerra já avisou.

    1. O simples fato de Nassif

      O simples fato de Nassif citar uma boa análise de Olafo faz dele uma olavete?

      Muito bom o artigo do Nassif.

      E esta patrulha ideológica já encheu.

  43. FALTA UMA PERNA NO PLANO LEVY

    FALTA UMA PERNA NO PLANO LEVY – O Ministro da Fazenda Joaquim Levy apresentou um conjunto de medidas para reorganização das contas publicas MAS não apresentou simultaneamente nenhum programa para não deixar a economia

    entrar em recessão.  Ora, a reorganização das finanças publicas presume a manutenção da arrecadação federal em um nivel que não se sustentará com recessão. Está está em marcha por falta de qualquer conjunto de medidas para manter a economia em funcionamento com algum crescimento. Para tanto não é preciso um grande esforço, basta alguns empurrões para se mantenha um razoavel nivel de emprego e crescimento.

    É inadmissivel se induzir recessão em um Pais carente de tanta coisa como o Brasil. Aqui não é a Europa, onde tudo já está pronto e a recessão se dá em cima de minimas carencias. Pais EMERGENTE não pode conviver com recessão.

    Onde está o Plano Anti-Recessão de Joaquim Levy? Algumas ideias:

    1.É espantosa a capacidade de criação de empregos nos pequenos negocios. Estou vivendo a primeira semana em um novo escritorio no Itaim. Uma rua cheia de bistrozinhos baratos que só abrem no almoço, a clientela é 100% dos escritorios da região Itaim-Faria Lima. Uma casa de quiches, pequenina, era uma casa germinada, contei 9 empregados. Quanto custou montar? Não mais de 200 mil Reais, talvez menos. CREDIO PARA PEQUENOS NEGOCIOS. A Eldorado Florestal, do Grupo JBS Friboi, um reflorestamento em Tres Lagoas, para esse grupo que só falta entrar em chapelaria, esse empreendimento precisa de R$10 BILHÕES, um só negocio. Quantos empregos criará? Pouquissimos, se for 300 é muito e haja de dinheiro do BNDES para campeões nacionais.

    Mas 10 bilhões de Reais a 200 mil por negocio, dá para financiar 50.000 pequenas empresas, se cada uma gerar 9 empregos, serão 450.000 empregos novos.

    Problemas: Não há estrutura capilar para financiar pequenos negocios, o BNDES não tem agencias, repassa para os bancos comerciais e esses usam o dinheiro para emprestar sem risco, vendendo seguros, etc., No financiamento de pequenos negocios o emprestador precisa correr mais riscos, não pode exigir super garantias porque essas não existem. Esse ramo deveria ficar exclusivamente com o Banco do Brasil e com a CEF dentro de um espirito de mais risco do que bancos privados, precisa ser credito de pouca burocracia, baixo custo, longo prazo MAS com exigencia de criação de empregos.

     

    2. Financiamento de folha de pagamento para pequenas e medias empresas, com EXIGENCIA de manutenção de empregos. Precisa ser dinheiro publico via Banco do Brasil, repassar a bancos privados é uma loucura, eles usam o instrumento para cobrar reciprocidade, ai fica muito caro e e não funciona.

    Existem mais de 20 medidas simples para não deixar a economia parar, mas não vi NENHUMA no Plano Levy.

    Só arrochar vai fazer a arrecadação cair, o Plano se auto liquida, recessão é auto induzida, cada etapa de recessão cria mais recessão, no fim o Plano fracassa porque para tudo, as despesas publicas são pouco flexiveis para cortar,

    está ai a Grecia na vitrine.

     

     

     

    1. Esta estrutura capilar já

      Esta estrutura capilar já existe, André Araújo. O Banco do Brasil, principal e maior operador do BNDES, tem agências espalhadas pelo Brasil todo. O crédito a micro e pequenas empresas cresceu de modo exponencial nesses últimos quinze anos. 

      Quanto a questão das garantias, o problema é que o risco é do banco repassador e este certamente tem que obedecer tanto a legislação do BACEN no campo formal como as normas de boa governança no que concerne à exposição de seus capitais. 

  44. O Tombini pode descobrir ou

    O Tombini pode descobrir ou aderir a teoria que estiver ao seu alcance intelectual. Meu problema é com a presidente que eu ajudei a eleger e que mantém o Tombini no Banco Central trabalhando somente para os banqueiros. Foram os banqueiros que elegeram a Dilma?

  45.          Ótimo comentário,

             Ótimo comentário, foge das análises habituais revelando aspectos pouco explorados sobre as consequências do emprego das balizas atuais da política econômica : metas de inflação, câmbio flutuante e superavit primário

  46. “…o filósofo Olavo de

    “…o filósofo Olavo de Carvalho escreveu um artigo…sob as ordens de Arminio Fraga….levou o mercado inteiro a tentar emular a planilha do Ilan Goldjan…Ao contrário dos anos 90 de Maílson da Nóbrega…mecanismos tortos, irracionais…”

    Como diria o antigo compositor no meu velho vinil, ainda, preservado:”Não existe pecado do lado de baixo do Equador”.

    Acredito que os sardembergs e leitões da vida leiam os artigos e livros de Luis Nassif, afinal, o jornalista é referência na matéria. Será que aprendem alguma coisa?

    Chega a ser constrangedor assistir as opiniões dos articulçistas globais. É uma gagueira geral. Seguem certinho o script determinado por seus patrões. Os companheiros de bancada geralmente fazem perguntas previsíveis, provavelmente, previamente combinadas. As vezes fico imaginando algum estraga prazer fazendo perguntas fora do roteiro. Seria divertido vê-los, tal qual Cecília Malan procurando sinal de internet em Paris, totalmente perdidos como jornalistas* em tiroteio.

    *Os deficientes visuais enxergam melhor que a maioria dos jornalistas da velha mídia, principalmente, os “especialistas” em economia.

  47. Não dá para entender. E o desemprego em 4,3%?

    Uma coisa eu sei, é preciso deixar o “mercado” de bom humor, então um juroszinhos mais altos sempre ajuda. É isso que os economistas aprendem em 5 anos de pos graduação e mestrado nos eua. Deve estar “serto”.

    Depois que a Dilma baixou o juros e os empresáriado covarde deixou ela apanhar do pig sozinha, não ligo mais para juros. É dos economistas e da sua ‘econmia” aumentar juros. Se não fizerem isto, que vão fazer?

    E a crise da sede em sp, será que o juros mais alto não resolve?

    Mas o desemprego está em 4,3% e ninguem ficou escandalosamente chocado? Nem o nassif ( economista)? Eu fiquei.

    E o prejuiso paralelo que a lava a jato lenta está dando à pretrobrás, vai ser contabilizado?

  48. Nassif, você discorda do Roubini?

    Roubini se diz “cautelosamente otimista” com a política econômica do Brasil

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    Do valor:

    O economista Nouriel Roubini, da Stern School of Business da Universidade de Nova York, afirmou estar “cautelosamente otimista” com o Brasil. Segundo ele, apesar de haver dúvidas no mercado sobre a disposição da presidente Dilma Rousseff de fazer ajustes na economia, “o custo de não fazer é muito maior”.

    “Não há escolha. O custo é um ano de sofrimento, mas é melhor que não fazer e ser um desastre nos próximos quatro anos”, disse Roubini durante palestra em conferência promovida pelo Credit Suisse com investidores.

    Na leitura do economista, as visões de que o Brasil poderia se aproximar do modelo político e econômico da Argentina e da Venezuela são equivocadas, já que há no país um grau significativo de moderação política.

    Segundo Roubini, os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, mostraram ser uma “equipe sólida” durante o Fórum Econômico Mundial em Davos.

    Na avaliação de Roubini, as intervenções do Banco Central (BC) no mercado de câmbio por meio dos leilões de contratos de swap visam ganhar tempo enquanto as medidas de ajuste fiscal não surtem efeito.

    Questionado sobre a validade dessas medidas, o professor afirmou que se trata de “um debate em curso”, pois o movimento do real depende do efeito da nova política econômica e do preço das commodities. O risco é o custo que as intervenções implicam para o BC, ponderou.

    O economista também observou que as taxas de juros no país podem ajudar a amortecer um eventual efeito da subida dos juros nos Estados Unidos sobre o real. Nesse sentido, afirmou, o Brasil está mais bem preparado que países emergentes que mantiveram a política monetária mais frouxa. “Pressões, se houver, vão ocorrer por conta de políticas não críveis e não por causa das taxas de juros”, disse.

  49. também há um problema teórico

    Como tudo no Brasil, a teoria chegou distorcida por aqui.

    Não há a separação do núcleo da inflação, como nos EUA e UE.

    Aí entra o efeito dos preços sazonalizados (energia, combustíveis e alimentos) e aumenta-se os juros a toa.

    Há anos venho falando nisto.

    Ninguém escuta.

    1. Perfeito

      O Mantega propôs isso e foi acusado de tentar manipular a inflação. Além disso, outra distorção é que o BC pesquisa a expectativa de inflação apenas junto ao setor financeiro, o tal do Relatório Focus.

      Que sentido faz pesquisar a expectativa de inflação apenas junto ao setor financeiro e não ouvir o setor industrial o atacado, o varejo, a agricultura, que é onde os preços se formam??? 

      Será que é porque o setor financeiro é beneficiário direto dos juros altos e portanto lhe interessa que as expectativas sejam as mais altas possíveis? Será?

  50. Não existe mercado…. Existe

    Não existe mercado…. Existe Midia conivente…

     

    Como que uma ação da SABESP pode valer mais que uma da Petrobras….

     

    Vocês estão de Sa  ca  na gem  comigo…..

  51. Lógica

    “Onde está a lógica? O aumento da Selic visa justamente reduzir a demanda por crédito. O BC informa que vai manter a Selic elevada e aumentar o crédito.”

    A lógica é que com crédito mais caro e mais abundante o lucro de quem oferece crédito aumenta exponencialmente, já que a demanda por crédito no Brasil é muito pouco sensível aos juros, pois a demanda reprimida é imensa e o longo prazo dos financiamentos dilui o impacto do aumento dos juros sobre as prestações, que continuam cabendo no bolso do consumidor, que é o mais importante no final das contas.

    Uma maciça transferencia de renda, portanto, do setor produtivo (empresas, trabalhadores, consumidores) para o setor financeiro, nada mais do que isso, com o pretexto de combater a inflação.

    Se o objetivo fosse combater a inflação bastaria reduzir os prazos de financiamento, de 12 para 6 meses. Política de crédito, e não política monetária seria o instrumento certo para conter a demanda.

  52. Tomate neles!

    Bastante curioso isso heim:

    “Tombini foi o principal técnico a atuar na implementação da teoria das metas inflacionárias. Foi aos Estados Unidos, estudou a fundo a aplicação por lá da teoria, e a trouxe para o Brasil – sob as ordens de Arminio Fraga.”

     

    Ora, quer dizer então que ele saiu do Brasil, laboratório mundial da inflação de todos os tipos existentes no planeta terra, e foi para os EUA estudar a teoria das metas inflacionárias? Fala sério! 

    Eu acho que ele foi ensinar para os homens naturais – Drs. Spocks do racionalismo de mercado perfeito meritocrático de meia tigela – o que é inflação, não?

    Em matéria de inflação já deveríamos saber de tudo! Inclusive, como se combate ou não se combate. Como se cultiva ou não a inflação. Como publicar índices para enganar os otários de sempre( nós, os cidadãos comuns otários). Ou como colocar a inflação na geladeira, congelando os preços  ou fiscalizando-os , sarneygisticamente.

    Não dá nem para discutir este tema sem considerar  nossa condição impar de : os pós doutores econômicos em matéria de inflação.

    E é por isso mesmo que não uso o vocábulo  inflação apenas, assim, sozinho, desacompanhado do seu marido. 

    Meta de inflação de que mesmo? De demanda? Inercial? De oferta? De custo? 

    De rolo? De fraude? Qual tipo de inflação mesmo? Aquela para enganar os otários?

    Aqui no Brasil temos para todo freguês.

    Ah, tem também a inflação do tomate hein.. já ia me esquecendo.

     

    Saudações

  53. E a produção?

    O mais importante, para mim, no texto é o reconhecimento de que o bacen não sabe nada de produção. Taxa de juros, cambio e demais inutilidades do mercado financeiro é consequência do que ocorre na economia real. E, por economia real, leia-se produção. Se a produção não é suficiente para fazer frente à demanda, os preços dos produtos sobem. E é isso que a inflação mede. Me parece que o bacen ainda não entendeu isso. De que adianta subir a selic se não tem produção para segurar a subida de preços.Dessa maneira só os bancos se beneficiam e um país não é tocado por banco. O que toca um país com 200 milhões de pessoas e 7,5 milhões de quilômetros quadrados é a sua produção. 

  54. A questão é no fundo

    A questão é no fundo política-ideológica, e não econômica. O estrago maior da Escola de Chicago foi sua extrapolação. Urdido(o monetarismo) para economias em estágios avançados, onde de certa maneira teriam alguma lógica econômica e aspirariam resultados, a começar pelo controle da inflação, foram apropriadas e aplicadas por economias periféricas para se contrapor ao keynesianismo. 

    Não por nada a partir da década de 90 a “cadeira” Economia Monetária passou a condição de prima-dona, deslocando a Economia Política para plano secundário, se não mesmo marginal. O efeito disso foi a abdicação de qualquer análise fora do escopo dessa estrutura teórica em termos de debate acadêmico e na esfera do empírico as estabilizações à ferro e fogo que fizeram a festa para uma minoria(elite) e a desgraça para a maioria. 

    O recurso à via única do monetarismo para controle de preços esbarra na nossa experiência histórica na qual os fatores exógenos sempre tem um peso considerável, a exemplo do preços controlados e os fatores sanzonais.

    Ora, é ridículo em termos de efetividade para a  redução da demanda um aumento de 0,5%, 1% a.a. na SELIC, quando na “vida real” cidadãos aceitam financiar bens de consumo à taxas imorais, de tão elevadas. Se na demanda nem cócegas faz na oferta o mesmo não acontece pelas razões bem expostas no post. 

  55. Esse post é antigo, né?

    Esse post é antigo, né? Caramba, passou batido por mim essa informação de que o Tombini foi aos EUA a mando do Armínio, para “aprender” as metas de inflação.

    Isso muda muita coisa. Inclusive sobre o porque a tentativa do governo Dilma de sair da armadilha dos juros ter falhado. Talvez o Tombini ternha se apressado a jogar a toalha sem precisar pensar muito. Embora continue culpando a péssima comunicação do governo que levou uma surra do terrorismo econômico do pig

  56. Existe, sim, um “paraíso”, um

    Existe, sim, um “paraíso”, um “éden” na Terra. Mas vamos com calma: o acesso a ele só está disponível para essa classe “sofrida” dos banqueiros. Aos manipuladores das economias do povo. 

    Ora, para que gozo maior que captar a 7%, 8%, 9% ao ano e aplicar por percentuais dez, quinze vez maiores. Os juros do cheque “especial”(imaginem se fosse comum) rodam por voltam de 220% a.a. Em outro país certamente que essa usura daria cadeia. No Brasil varonil dá ganhos e até mesmo ministros da fazenda!

    Atentem que a correia de transmissão automática quando há a elevação da SELIC não se dá nos preços, mas sim no encarecimento de um crédito já estacionado na estratosfera em termos de spreads. Aí o tomador PJ comum, indiferente portanto ao dilema receita de oportunidade dado que depende essencialmente do capital de terceiros(banco) simplesmente repassa para seus preços o custo adicional dos encargos que paga ao banco. E o consumidor final já com o couro curtido dá de ombros para esses acréscimos. 

    Puro exercício de enxugar gelo o aumento da SELIC. 

    O corolário disso é que além de não ser efetiva no combate a inflação, a política “selicista” do BACEN só serve mesmo é para cevar banqueiros e de resto todos os rentistas parasitas. 

  57. Não só na economia, mas em

    Não só na economia, mas em qualquer outra área tentar simplesmente copiar o que se aplica nos chamados países avançados não passa de preguiça em favor das elites de sempre.

    Aliás, faz falta ao PT uns seminários sobre economia e seus mecanismos: análises do panorama mundial. É preciso fazer análises críticas sobre o que se estabeleceu como paradigma e observar se os resultados foram os desejados e fazer os devidos ajustes e modificações nas políticas.

    Mas até para isso parece que há falta de coragem e vontade no governo e no PT.

    Repetir a história de aumento da SELIC para conter inflação, não tocar na questão dos spreads, do câmbio, dos títulos pós fixados e etc, dizendo que vai mudar o cenário nacional é êngodo demais.

     

     

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