Cepal prevê crescimento maior em 2014 para América Latina e Caribe

Sugerido por Assis Ribeiro

Da Rede Brasil Atual

Cepal projeta crescimento maior na América Latina e Caribe em 2014

Para o Brasil, a expectativa é de resultado próximo ao deste ano, refletindo as incertezas da economia

A economia da América Latina e do Caribe deve crescer 3,2% em 2014, ante 2,6% este ano, segundo balanço preliminar divulgado hoje (11), em Santiago, pela Comissão Econômica para a região, a Cepal. “Maior volatilidade financeira internacional e queda no consumo foram os fatores que resultaram em um desempenho econômico mais modesto em 2013, o que fez cair a estimativa de 3% prevista em julho”, diz documento da entidade. “Para o próximo ano, espera-se que um cenário externo moderadamente mais favorável ajude a aumentar a demanda externa e, assim, as exportações da regiões. O consumo privado continuará se expandindo, ainda que a taxas inferiores das de períodos anteriores, enquanto se mantém o desafio de aumentar o investimento.”
 
A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, vê “oportunidades e ameaças” para a região em 2014. No primeiro caso, pontua, “aumento do comércio internacional, implementação de políticas industriais que apoiem o crescimento e impulsionem a integração regional e atendam a pequenas e médias empresas”.

 
Entre as ameaças, ela cita uma persistente volatilidade da economia global e um maior custo do financiamento externo, assim como menor contribuição do consumo ao Produto Interno Bruto (PIB) e deterioração das contas correntes.
 
Pelo relatório, os países que deverão registrar maior crescimento no ano que vem são Panamá (7%), Bolívia (5,5%), Peru (5,5%), Nicarágua (5%), República Domincana (5%), Colômbia, Haiti, Equador e Paraguai (todos com 4,5%). Tanto para Brasil como para Argentina, a previsão é de expansão de 2,6%.
 
A Cepal espera crescimento de 2,4% para o Brasil este ano, ante 1% em 2012. Os números próximos entre 2013 e 2014 ainda refletem um momento de incertezas. “O resultado demonstra as dificuldades originadas por um cenário externo ainda dominado pela crise internacional e pela maior volatilidade de variáveis econômicas nacionais, como o câmbio e a taxa de investimento. O nível de atividade apresentou trajetória oscilante ao longo do ano.”
 
Para a entidade, os cenários para a economia brasileira em 2014 “seguem dependendo do efeito que terão as mudanças na política monetária norte-americana, em particular do momento e modo em que se realizem, e de seus impactos no fluxo de capitais, assim como dos espaços possíveis das políticas fiscais e de crédito internas para responder a essas mudanças”. A Cepal aponta a ainda a expectativa de “efeitos favoráveis de políticas iniciadas em 2013, como a menor inflação e maior implementação de investimentos em projetos de infraestrutura e energia”.
 
O relatório sobre o Brasil destaca ainda que o nível de emprego seguiu crescendo, porém em menor ritmo. A expectativa é de que a taxa média anual de desemprego fique novamente abaixo de 6%.
Redação

1 Comentário

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  1. Em um ano, ritmo de expansão

    Em um ano, ritmo de expansão do comércio cai à metade

    vendas no varejo ibge achados economicos

    Em uma análise divulgada há pouco, a consultoria Nobel Planejamento, do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, destaca o lado positivo dos números sobre o comércio:

    “Deve ser levado em conta que em poucos países da atualidade se assiste a uma progressão como esta do padrão de consumo de bens por parte das famílias. Ou seja, dependendo de confirmação dos resultados para 2013, teremos um novo patamar de vendas, significativamente menor do que fora por quase uma década, mas ainda assim favorável. Desta forma, do lado do consumo poderemos contar com um impulso razoável para o aumento do PIB em 2014, o que poderá contrabalançar um possível refreamento do investimento privado nesse ano eleitoral e sujeito a incertezas internas e externas.”

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