Classe C gastou mais de 1 trilhão de reais em 2013

Sugerido por Pedro Penido

Do El País

Se fosse um país, classe C brasileira estaria no G20 do consumo mundial

Sozinha, classe média seria o 18º país em consumo e o 12º em população. As 108 milhões de pessoas da classe social que mais cresce no Brasil gastaram 1,17 trilhão de reais em 2013

Se fosse um país, a classe média brasileira, com seus 108 milhões de pessoas, seria a 12ª nação do mundo em população, algo como a Alemanha inteira ou duas vezes a Austrália. Em matéria de consumo, a classe social que mais cresce no Brasil estaria em 18º lugar, ou seja, no G20 do consumo mundial, com um gasto calculado em 1,17 trilhão de reais em 2013.

Os dados são da pesquisa realizada pelo instituto Data Popular em parceria com a Serasa Experian. De acordo com o levantamento, sozinha, a classe C, que compreende os brasileiros que ganham entre 320 reais e 1.120 reais por mês, consome mais que a Holanda ou a Suíça inteiras.

Embora o montante seja alto, a comparação precisa levar em conta que a população da Holanda é de pouco mais que 16 milhões de habitantes, que produziram uma renda per capita de pouco mais de 42.000 dólares, ou 101.000 reais. Valor distante dos 22.400 reais gerado por cada brasileiro no mesmo ano, 2012. Já a Suíça, com seus oito milhões de habitantes, registra um PIB per capita de mais de 50.000 dólares.

Ainda assim, o consumo da classe C se distribui por diversas áreas. Comparando com outros países, o potencial da classe C com alimentação, com gastos calculados em 223 bilhões de reais em 2013, equivale ao consumo de todas as famílias da Bolívia, Paraguai, El Salvador e Uruguai juntas.

Porém, parte do dinheiro gasto por essas famílias brasileiras, é com produtos de marca, o grande desejo dessa classe social. “A classe C está consumindo cada vez mais produtos premium”, diz o presidente do Data Popular, Renato Meirelles.”Mas também está cada vez mais pesquisando preços. Basicamente porque o dinheiro está curto”, pondera.

Ou seja, ainda que haja uma pesquisa prévia, essa classe social, que abrange os jovens do “rolezinho”, deseja consumir. E não é pouco. “Ocorre que a democratização do consumo foi mais rápida que a dos espaços do consumo”, diz Meirelles. “O cara tem dinheiro para a passagem muito antes do aeroporto estar pronto, por exemplo. Com poder de compra, esse jovem se apodera”, diz, sobre os maiores consumidores do país.

O sonho da classe média

Além do que já foi consumido, o levantamento também traçou o que essa classe social pretende comprar neste ano de 2014. Em primeiro lugar, estão as viagens nacionais, seguida de aparelhos de TV, geladeiras e tablets. “Percebemos um crescimento grande do consumo de eletrônicos, basicamente porque esse bem é visto como uma ferramenta para a qualidade de vida”, explica Meirelles. “Outro grande responsável pelo consumo são os serviços de beleza, impulsionados pela ingresso das mulheres mulheres no mercado de trabalho, já que, a cada cinco mulheres da classe média brasileira que estão trabalhando, quatro têm alguma função relacionada com o atendimento ao publico”, diz. “E depois, vem a educação, que é vista como um investimento no futuro“.

E para entender essa parte da população que mais consome no país, os pesquisadores dividiram a classe c em quatro grandes grupos: Promissores, Batalhadores, Experientes e Empreendedores.

Os Promissores, ou 19% da classe média, são jovens com idade média de 22 anos, solteiros, com ensino médio completo e trabalham com carteira assinada. Eles consomem 230 bilhões de reais em sua maioria com beleza, automóveis, educação, entretenimento e tecnologia. 42% deles estão na região sudeste do Brasil

Os Batalhadores representam 39% da classe média, com 30 milhões de pessoas de idade média de 40 anos e 48% têm ensino fundamental completo. A maioria é solteira e 41% têm acesso à internet. Para esse grupo, o estudo é visto como uma oportunidade para ascensão social. Por ser a maior parcela, os Batalhadores são responsáveis pela maior parte do consumo: 389 bilhões de reais, gastos em viagens pelo Brasil, automóveis, imóveis, móveis, eletrodomésticos e seguros.

Os Experientes são compostos por 20 milhões de pessoas ou 26% da classe média. Têm idade média de 65 anos e apenas 7% têm acesso à internet e continua trabalhando mesmo depois de se aposentar, em busca de uma atividade para preservar o padrão de consumo, que é de 274 milhões de reais ao ano. Esse dinheiro é gasto em viagens nacionais, eletrônicos, saúde, móveis e eletrodomésticos.

O último grupo, os Empreendedores, abrangem 16% da classe média, com 11 milhões de pessoas, formando o grupo mais escolarizado: 42% deles estão cursando ou já concluíram o ensino médio e 19%, o ensino superior. Com idade média de 43 anos, 60% têm acesso à internet e 43% trabalham com carteira assinada. Consomem anualmente 276 bilhões de reais em educação, eletrônicos, turismo internacional, tecnologia, automóveis e entretenimento.

Redação

3 Comentários

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  1. É como sempre digo, quem

    É como sempre digo, quem movimenta  um país é a classe  C  ou  os  mais pobres, porque a elite  so quer pegar  aviao  e ir  gastar  a grana  nos  STATS, FRANÇA  INGLATERRA, nas  medlhores  lojas, butique, restaurantes  e deixam a  riqueza do  Brasil la fora.  ja  a classe  C   consome  aqui dentro, enriquecendo o país  que  tem que produzir  e para isso tem que empregar,.Quem  emprega  tem que  pagar  salario,  recolher impostos, e  com  isso cresce  todos  inclusive a previdencia. Quer dizer : quan do alguem  emprega  uma  pessoa  está produzindo mais  riquezas para o país. porque indiretamente e diretamente, vira  um efeito cascata.  

    Uma loja  de varejo  um supermercado, que emprega mais  gente para  atender,  por causa  da demanda  do consumo obriga  a  fabrica  a  empregar  para poder  produzir  mais e dar conta  dos pedidos. com isso ganham todos.  Mais  a elite  essa  coitada so  serve para explorar o país. sonegar,  usar drogas,  falar mal do país  e  nos botar pra baixo. 

    Por  isso sempre disse  ao  Presidente Lula  e a  Presidente Dilma,  Um  país com 200 milhoes  de pessoas  nao precisa  vender nada no exterior  que  nao  venda primeiro a  seu povo. porque ele é quem  alavanca  o progresso da naçao. É o povo  que movimenta  a economia  do Brasil  e merece  respeito  nao  essa  elite  castrada  que  nada oferece de bom  para o desenvolvimento da naçao, O que eles querem é  sonegar  e nao ser incomodado, esta é a razao  deles estarem contra  a  PRESIDENTE DILMA,  pois  de Lula para ca  muitos   sonegadores, contrabandistas  foram presos  ou  a quadrilha desbaratada. Isso mexeu com os outros  pois  se nao tivessem planejado  a queda de  Protogenes  a policia  federal continuaria  a pegar   a  ratazana  da elite  brasileira  e  colocaria na cadeia.  Entao mexeram os pausinhos  para desqualificar  o  protogenes  e com isso amordaçaram  a policia federal outra vez.  colmo nos  tempos de  Fernando henrique que nada se apurava.

  2. Um esclarecimento…

    … compreendo que não é uma questão exclusiva da classe C, mas eu pergunto, tendo essa classe simplesmente como exemplo (e só isso): como é ter poder de consumo, mas comprar produtos made in China, por exemplo? Qual o impacto disto na economia do país, sabendo que isto impacta, também, nas contas externas?

    Como eu disse, não é uma questão exclusiva da classe C. É apenas pra poder pensar a respeito…

    1. Qual o impacto disto na economia do país, sabendo que isto impac

       http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2014/09/30/internas_economia,449709/brasil-tem-o-terceiro-maior-deficit-externo-do-mundo-diz-ranking-do-fmi.shtml

      ““Isso mostra que as contas dos países desenvolvidos estão melhorando às custas do ENDIVIDAMENTO dos países emergentes”, avaliou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. “O Brasil é um país no qual o crescimento da nova Classe C está vazando demanda para o resto do mundo”, alertou. Na avaliação do economista, esse enorme deficit do país em conta corrente é resultado do real valorizado, que fez com que as exportações do país encolhessem, as importações aumentasse assim como os gastos dos brasileiros nos exterior, que somam quase US$ 2 bilhões por mês.”

       

      Dívidas, o governo se endivida e proporciona meios para que as famílias se endividem.  As famílias ficam cada vez mais dependentes do governante, com medo que o próximo “mude” alguma coisa. E no final… só olhar para Argentina, e mais adiante para a Venezuela, mais adiante ainda, olhe pra Cuba.

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