Como esperado, indústria mundial terminou 2020 com produção 4,1% menor

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultados só não foram piores por conta do avanço de 3,9% registrado no quarto trimestre, segundo relatório

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O quadro da produção industrial foi de forte retração no ano de 2020, como já era esperado: relatório da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO, na sigla em inglês) revela uma queda de -4,1% na produção da indústria de transformação no ano que passou.

Os dados só não foram piores devido ao quarto trimestre de 2020, que apresentou alta de3,9% ante o trimestre anterior, já corrigidos os efeitos sazonais, e de +2,4% frente ao 4º trim/19.

De acordo com o levantamento da UNIDO, a indústria de transformação nos países industrializados caiu de +12,6% no terceiro trimestre de 2020 para 3,4% no quarto trimestre na comparação com o período anterior, mantendo o resultado ante o mesmo trimestre de 2019 mais uma vez no vermelho: -1,6% no 4º trim/20.

Esse desempenho foi afetado por quase todos os grupos de países industrializados: na América do Norte houve queda de -3,1% e os países europeus recuaram -1,3%, enquanto os países desenvolvidos da Ásia ficaram estagnados ao registrarem variação de apenas +0,1%.

Por outro lado, as economias emergentes e em desenvolvimento (exceto China) avançaram 5,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e +1,0% frente ao mesmo período de 2019 – neste caso, a primeira taxa positiva após o início da pandemia.

A partir de dados da indústria de 42 países, o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) elaborou um ranking internacional de crescimento da produção industrial em 2020. Neste ranking, o Brasil ocupou uma posição intermediária, ficando na 21ª colocação, com recuo de -4,7%, acima do visto em países como Estados Unidos (-6,6%), Espanha (-9,6%), Japão (-9,7%), França (-10,3%), Alemanha (-10,6%) e Itália (-11,0%).

“Vale lembrar, porém, que no caso do Brasil a deterioração do quadro sanitário veio a ocorrer agora em 2021, enquanto nos países industrializados, como mencionado anteriormente, tem início já em 2020. Isso pode fazer com que desçamos alguns degraus do ranking nos próximos meses”, diz o instituto.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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