Como o amadorismo trouxe de volta a ortodoxia econômica

Por trás de toda complexidade das teorias econômicas, há um conjunto de desafios permanentes à frente dos formuladores: como compatibilizar crescimento de renda e de emprego, atendimento das necessidades da população com o combate à inflação e o equilíbrio das contas externas.

Há um conjunto de objetivos conflitantes:

Vamos ao desafio proposto ao Ministro da Fazenda Joaquim Levy.

  1. O setor privado necessita de previsibilidade e demanda para voltar a investir na economia.
  2. O maior fator de imprevisibilidade é o lado fiscal, depois do carnaval de isenções sem controle do período Mantega-Arno.
  3. A medida fiscal mais utilizada é a relação d/vida pública/PIB – que é das mais baixas do mundo.
  4. O objetivo maior a ser perseguido é a receita que garanta a estabilidade da relação d/vida/PIB com o menor efeito possível sobre o crescimento.

No entanto, quase sempre as escolhas obedecem muito mais às afinidades ideológicas dos gestores, do que a análises objetivas de custo-benefício para a economia como um todo.

Analisemos algumas estratégias possíveis.

Estratégia 1: com menos ortodoxia

Parte dos seguintes pressupostos:

  1. Dada a pequena relação dívida/PIB, não há a necessidade de um superávit primário robusto que reduza ainda mais essa relação. Basta um horizonte factível que garanta a estabilidade da relação atual.
  2. Há três maneiras de estabilizar a dívida pública: ou se cortam os juros, ou se cortam despesas ou se aumentam impostos. Corte de juros afeta exclusivamente o capital financeiro. Melhora a vida dos devedores (incluindo o Tesouro) e exige menos cortes de despesas e menos aumento de impostos.
  3. O único papel da Selic, hoje em dia, é coordenar as expectativas empresariais em relação à inflação. Há uma extensa literatura comprovando que a única influência sobre a inflação é deletéria: a apreciação cambial. Aumenta a Selic, entra mais capital especulativo que provoca uma apreciação no câmbio reduzindo os preços dos importados – à custa do aumento dos sacrifícios da produção e do emprego.
  4. Hoje em dia, praticamente todo o mercado se guia pelas planilhas do Banco Central, de estimativa da inflação futura. O desafio será montar os gatilhos que substituam a alta da Selic, quando as expectativas forem de alta da inflação.
  5. Outro desafio será desarmar o sistema de títulos públicos, que assegura plena rentabilidade e liquidez aos investimentos.

Este seria o modelo virtuoso, que daria segurança e previsibilidade ao setor privado, garantindo equilíbrio fiscal e manutenção da demanda. Exige criatividade e coragem para romper com a ortodoxia.

Estratégia 2: a ortodoxia


Essa é a estratégia implementada pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Não há nada que penalize o capital financeiro; nem que o induza a buscar a economia real.

O remanejamento dos recursos do mercado financeiro para a economia real depende de uma série de fatores:

  1. Previsibilidade fiscal, sem dúvida.
  2. Manutenção da demanda.
  3. O capital só irá para a economia real se esta oferecer uma remuneração similar à dos títulos públicos mais uma taxa adicional para compensar os riscos da renda variável. Com a Selic a 12,5%, o investimento na economia real deveria proporcional no mínimo uma taxa de retorno de 17% ao ano. Fora tráfico de drogas, está difícil encontrar setores com esses atrativos.

Aumento de Selic, de impostos e corte de despesas derrubam a demanda interna, reduzem ainda mais a atratividade do investimento na economia real.

A esperteza cansativamente previsível do mercado consiste em focar só na primeira questão: a previsibilidade fiscal. Como se, tendo previsibilidade fiscal, o investimento viesse automaticamente; vindo o investimento (pelo caminho mais doloroso, porque em um cenário de queda de demanda) o desenvolvimento voltará em um dia qualquer do futuro.

É a reedição da surrada “lição de casa”, a visão cristã da economia, de que todo sacrifício (dos outros) resultará na purgação dos pecados e na redenção das almas, brandida por Pedro Malan, Antonio Pallocci e companheiros.

O fator Mantega-Arno

A volta do mito do pote no final do arco iris é consequência do fracasso da experiência heterodoxa do período Dilma-Mantega-Arno.

Havia um dado da realidade: a pesadíssima campanha negativa dos grupos de mídia, três anos jogando para baixo as expectativas empresariais, em uma estratégia escandalosa de pintar o caos, que atingiu seu ápice com as obras da Copa.

Sabendo-se desse fator, o correto teria sido o governo se armar dos melhores oficiais para enfrentar o fogo de exaustão. Em vez disso, entregou a guerra nas mãos da dupla Mantega-Arno que avalizou a impulsividade de Dilma Rousseff da forma mais desorganizada possível.

A manipulação dos dados fiscais, a incapacidade de desenvolver um discurso público minimamente eficiente, a falta de visão estratégica e integrada na política de isenções, a falta de convicção em sustentar a redução da Selic, desmoralizaram a tentativa de romper com a ortodoxia das políticas monetária e fiscal. E deram verossimilhança ao terrorismo praticado pela mídia.

A derrota não foi da anti-ortodoxia: foi do amadorismo.

Luis Nassif

135 Comentários

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  1. “No entanto, quase sempre as

    “No entanto, quase sempre as escolhas obedecem muito mais às afinidades ideológicas dos gestores, “

    “Essa é a estratégia implementada pelo Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Não há nada que penalize o capital financeiro; nem que o induza a buscar a economia real.”

    Quando alguns criticaram a indicação de Levy foi pelo motivo dele ter a sua formação ideológica no rentismo

    O que esperar de um economista com a formação de Levy?

    Por isso cobro do blog análises com linha ideológica definida

    1. A pergunta não é o que esperar do Levy…

      …mas o porquê do Levy…

      Isto o Nassif respondeu.

      Mantega e Augustin não formaram uma dupla… foram uma parelha.

      1. Resposta ÓBVIA

        A resposta para todos estes questionamentos é óbvia.

        Como o pessoal de “esquerda” do governo É COVARDE (Todos), e o “trabalho sujo” deve ser feito: Joaquim Levy no lombo dos PALHAÇOS. É o óbvio ululante.

        Bom, talvez nos os ótarios, os palhaços tenhamos tido sorte de Lázaro Brandão não ter liberado seu outro funcionário para fazer os “AJUSTES” que a “Coração Valente” jurou de pés juntos e ajoelhada em cima dos caroços de milho que eram coisa dos MALVADOS RENTISTAS…

        1. interessante sua colocação e

          interessante sua colocação e muito esclarecedora: ele foi convidado e aceitou ser o ministro da Fazenda trabalhando para um governo esquerdista-covarde, logo se ele vai fazer um “trabalho sujo”, conforme SUAS próprias palavras, confirma os comparativos do Nassifé e nos mostra que essa escola de Chicago não presta mesmo. 

           

          Nassif -> Supreme Victory!!!!

  2. Nassif me desculpe,mas as

    Nassif me desculpe,mas as medidas de Mantega , foram acertadas, em função da crise internacional.Se não fossem adotadas, o Brasil teria estagnadoe entrado em colapso. Se o mesmo(Mantega), continuasse a frente da fazenda; faria os mesmos acertos que hoje Levy tá propondo,é uma questão de lógica,nada demais.

    A oposição aliada a mídia sabiam e sabem disso,fizeram o discuro correto para o momento atual ,porém de maneira oportunista e canalha,é um direito deles…Mas é bom lembrar ;do que eles  fizeram  na era FHC ; e o resultado obtido.O governo progressista e trabalhista,certamente não quer seguir essa rota.

     

     

  3. Reco-reco, Bolão e Azeitona…

    Caro Nassif, mais uma brilhante análise de sua parte.

    Eu só digo que a pesadíssima campanha negativa vinha em grande parte da certeza que muitos tinham de que a tríade RECO-RECO, BOLÃO E AZEITONA (Mantega, Rousseff e ASNO) não poderia fazer mais do que a “josta” que, desgraçadamente, se fez.

     

     

    Eu gostaria, Nassif, que voce, com tanta experiência acumulada, me respondesse uma duvida que faz tempo me atormenta: Nassif, qual é a VERDADEIRA COMPETÊNCIA DE DILMA ROUSSEFF????????

      1. Não ser? ou ser?

        Nesse momento, acho que a Dilma virou um Aécio virtual e uma Marina em potencial.

        Se a Dilma perder a base circunstancial no PT e ficar apenas com a oportunista base palaciana, ela não termina o mandato.

        Base social ela já não tem mais.

        1. É verdade, hoje parei na

          É verdade, hoje parei na feira e fui comer um pastel, aí quando a atendente me entregou, comentei com duas senhoras ao meu lado: Puxa aumetaram o preço do pastel (R$ 4,00) e dimuiram o tamanho!! Aí uma delas falou: “É..né… ta tudo maravilha nesse país, quem mandou votarem na Dilma!” Aí retruquei: Mas o que a Dilma tem a ver com isso, é culpa do pasteleiro, que quer ganhar mais fazendo com menos! No que elas me fulminaram: ´” É culpa dela sim, porque aumenta os preços, os impostos, etc”! Aí…acabei ficando quieto por que vi que nem valia apena falar mais nada!! Ou seja, a comunicação do governo com povo precisa melhorar mais, o governo precisa informar melhor os cidadãos , de que existe um prefeito, um governador, e muito do que eles fazem ou deixam de fazer afeta o dia a dia da população, se não tudo vai ser culpa do governo FEDERAL, da DILMA!!

          1. Paulo Monteiro,
            eu não espero

            Paulo Monteiro,

            eu não espero mais nada em termos de comunicação desse governo. Parecem que querem ser derrubados pra depois fazerem papel de vítimas…

            Um governo que não tem sequer um assessor de imprensa ou uma newsletter! Se limitam a enviar notinhas pra imprensa na vã expectativa supostamente cavalheiresca de que essa imprensa vai ter a decência de transmitir sem deturpar….

            Eu, pessoalmente, quando ouço comentários desses que você relatou – de conhecidos ou daqueles que falam pra quem está em volta ouvir – eu me limito a dizer: “isso não é jornalismo, não, gente. O jornalismo acabou. Só resta uma máquina de propaganda política e contrainformação!”

            Quando falam de impóóóstos, então, eu me divirto: “estão defendendo calote no mercado financeiro?”

    1. Competência diletante

      Em termos de Economia, a Dilma é apenas uma diletante que não conseguiu concluir o mestrado na Unicamp.

      O que ela tem de muito é empafia.

  4. 2015 verá a tempestade perfeita sobre o Brasil

    1 – recessão consequente das escolhas do Levy, ele mesmo uma “escolha” da Dilma. Nassifão foi didático,

    2 – recessão e problemas sociais agudos em São Paulo quando o fim da água for fato claro e definitivo.

    Consequências políticas:

    a – para Dilma, uma perda violenta de capital político, será abandonada e traída (Sr Cardozo fará seu trabalho de 5ª coluna), um repeteco do 2º mandato do FHC mas sem a proteção da mídia, pelo contrário. Só ficara na cadeira por que…

    b – uma luta terrível em São Paulo, com a mídia tentando explicar para os paulistas que foram abandonados por Brasília, e se proteger de qualquer culpa para a “proteção” mafiosa que deu ao tucanato paulista.

    Os vencedores, se tiverem, serão definidos principalmente pela população paulista.

    Pelo retrospecto desta turma (sou paulistano!) dá para ficar muito preocupado…

     

  5. Quem deveria?

    A questão é: quem deveria ser o ministro que (á época ou agora) poderia ter feito uma heterodoxia corretamente orquestrada? Quem é o economista, ou quem são, que estão a propalar estas mesmas ideias do Nassif, só que sendo economistas razoavelmente considerados (e não um jornalista, como o Nassif)? Bem, eu não conheço nenhum, nunca vi nenhum defendendo estas ideias tão bem como o Nassif faz. Quem vier falar de Belluzzo, pelo amor de Deus, o cara não consegue completar um raciocínio, só critica, muitas vezes corretamente, mas nunca diz como deveria ser! Bresser, idem, ainda está formulando suas teorias! Então, quem é que deveria ser (ou ter sido) o Ministro da Fazenda não ortodoxo? Só vejo Krugman e Siglitz, hehe. Acontece que parece que não existe um economista brasileiro assim. Espero estar enganado. E que o Nassif o entreviste.

    1. Tem q ter diploma pra ser ministro?

      Não. Então, pq não botar o jornalista Nassif lá? A receita dele parece boa, só precisa responder os dois “desafios” dos gatilhos (factível) e dos títulos públicos (maior engodo, IMHO). Nassif, monta uma equipe, desenvolve tuas teses num documento, e manda pra Dilma! Quem sabe daqui 2 anos…

  6. e o Tombini? não se fala nada

    e o Tombini? não se fala nada do Tombini? pode-se dizer o que for da Dilma, do Mantega e do Arno, mas o que eles fizeram foi tentar conter os danos causados pela crise internacional. Discutir se acertaram ou não é uma coisa, mas desqualificar os três é no mínimo falta de outros argumentos mais sólidos. O problema do 1º governo Dilma foi a derrota imposta ao Banco Central (o Nassif, uma vez, publicou um artigo falando da “piscada” do Tombini. Mas nunca mais esboçou criticas ao cidadão) pela ortodoxia monetária, elevando a taxa de juros de 7,50% para os 11,75% de hoje. O resto as xornadas de xunho completaram o serviço. Mas uma coisa é certa, se o Levy não funcionar a Dilma pode convidar o Nassif e mais uns dois comentaristas aqui do Blog que a economia entra no eixo rapidinho. 

  7. Saudades

    Sentiremos todos saudades de Guido Mantega.

    Digo isso porque quando escuto falar em lição de casa, já sei que a “vaca foi para o brejo”.

    As ameaças da direita “pegaram” . Desde quando pais de terceiro mundo pode ousar falar em “marolinha”?

    Os avanços sociais da era Lula diluirão no segundo mandato de Dilma e na areia do Cantareira.

  8. Não há justificativa para

    Não há justificativa para ignorar o que a ortodoxia é capaz depois de anos e anos em que ela é ministrada na Grécia, Italia, Espanha, Portugal…

    Nao há também justificativa para fingir que não é mais que sabido que se o bloco reacionário tivesse sido vitorioso nas eleições a temporada de entrega ao mercado já estaria à pleno vapor e numa intensidade jamais vista, a começar pela Petrobras e os Direitos Sociais.

    Depois de tanto tempo fora do poder o retorno seria feroz, e tudo e qualquer coisa seria justificado como “herança maldita”. É tão evidente que tudo já estava ensaiado que o ex candidato está até agora repetindo essa frase como se ele próprio estivesse eleito, como um autômato.

    O Governo está claramente se equilibrando entre uma esquerda que propõe a ruptura total com o mercado e uma direita que propõe a entrega total. Repetir que esse governo “está fazendo o que a oposição faria” é embarcar candidamente na retórica do terceiro turno.

      1. Levy foi nomeado para fazer o

        Levy foi nomeado para fazer o que Aécio faria se eleito tivesse sido, pois Dilma não conseguiu ser eleita com 100% dos votos e ser dona de todos os postos do governo

    1. Mentiu coisa nenhuma

      A presidenta Dilma Rousseff não mentiu coisa nenhuma. 

       

      Disse com todas as letras que manteria a política nacional de valorização do salário mínimo e manteve. Disse que seu governo vai fazer todos os esforços para manter a política do pleno emprego (que no governo dela tem a melhor taxa dos últimos 25 anos), e isto nós vamos verificar nos próximos 04 anos. 

       

      Disse com todas as letras (está gravado e qualquer um pode verificar) que não mexeria na lei de férias, no 13º, no fundo de garantia e na hora-extra. E não vai mexer. 

       

      Disse também, com todas as letras, que manterá todos os programas sociais da era Lula e da era dela própria, além de criar outros novos programas sociais. Mais uma vez ela está mantendo a palavra em relação a isso. 

       

      Então, repito: a presidenta Dilma Rousseff em nenhum momento mentiu durante a campanha eleitoral e te desafio a provar o contrário. Ela chegou mesmo a dizer que Mantega não permaneceria num eventual segundo mandato. 

      1. É piada?

        “…Disse com todas as letras (está gravado e qualquer um pode verificar) que não mexeria na lei de férias, no 13º, no fundo de garantia e na hora-extra. E não vai mexer. “

        Só falta, qualquer dia destes, o Diogo defender a dona Dilma porque ela não disse que ia revogar a Lei Aurea.

        Pô Diogo!… assim a vaca vai pro brejo… tossir já tossiu…

        1. Diogo construiu uma tese, a

          Diogo construiu uma tese, a tese dele, e voce tenta desmerecê-la com pobre jogo de palavras . . . . de tudo que voce diz apenas se salva “ela nao disse que iria revogar a lei áurea” e que ” a vaca vai pro brejo tossir já tossiu” . . . . .  isso é trolagem . . . . .

      2. Ela disse que a marina ia

        Ela disse que a marina ia entregar a economia para o itau,que o aecio ia entregar para a banca internacional,  o que ela fez entregou para o bradesco. Só isso por enquanto. 

  9. Criticar é fácil……
    Como

    Criticar é fácil……

    Como pode um país que só exporta produto com baixo valor agregado e que depende 10% de seu pib numa única empresa estar à frente dos outros num momento de críse em todo o  mundo?

    O grande mérito de Mantega foi entregar o país com pouca gente desempregada…..E isso é muita coisa.

    O que Dilma está fazendo é tentar encorajar nossos empresários a resgatar o espírito animal do Delfim.

    Tudo isso só tem lógica se a política de juros baixas voltar no curto prazo.

    1. O espíirito animal do

      O espíirito animal do empresário é ganhar na renda fixa. Isso já está provado. O Nassif é um dos que acredita que os rentistas estão ansiosos para investir, produzir, trabalhar…

      Eu não compartilho dessa crença. Nem entregando tudo que o “mercado” quer. Eles vão sempre querer mais. E a culpa vai sempre ser do governo.

      Se os juros caem eles são os primeiros a quicar.

      Temos  bloco duro jogando pesado contra o governo sem dar descanso. Mesmo apósuma  vitória eleitoral – durissima e não reconhecida, o que é um bom indicador da magnitude e das proporções das forças contrárias – uma ruptura total com o estamento financeiro como exigem alguns setores da esquerda seria suicidio puro. É menosprezar o potencial de estrago e a ferocidade desse bloco reacionário.

      1. Não existe “”O Empresario””.

        Não existe “”O Empresario””. Existe a corporação global sem dono (VALE), existe a mega empresa (Gerdau), EXISTE A GRANDE EMPRESA, A MÉDIA EMPRESA, O PEQUENO EMPRESARIO, O MICRO EMPRESARIO, CADA QUAL COM SEU MUNDO, SUA LOGICA E SEUS PROJETOS.

        Empresario não é rentista porque a taxa de juros da NTN, do CDB, de papeis de renda fixa é MUITA BAIXA para um empreaario, mal empata com a inflação, rentista é o poupador pobre que investe na poupança, qualquer empresario digno desse nome quer muito mais do que dá a renda fixa.

        Sua analise é inteiramente furada, se o ambiente de negocios é positivo haverá uma enxurrada de novos empresarios, os antigos expandem, empresario adora crescer, HOJE o clima é pessimo, não podia ser pior, essa turma da Lava Jato acabou com o pouco de vontade de arriscar no Brasil.

        1. Parabéns, você sabe que

          Parabéns, você sabe que “Existe a corporação global sem dono (VALE), existe a mega empresa (Gerdau), EXISTE A GRANDE EMPRESA, A MÉDIA EMPRESA, O PEQUENO EMPRESARIO, O MICRO EMPRESARIO, CADA QUAL COM SEU MUNDO, SUA LOGICA E SEUS PROJETOS,” Sabe também que empresário não é rentista. Mais uma vez parabéns. Muito bom.

          Mas, de resto: errado de novo.

          Nem recomendo reler o que foi escrito porque se na primeira deu nisso na segunda só vai piorar.

          Quem fala de “espírito animal” do empresário é o Delfim. Foi esse o proposito do meu comentário ao comentário anterior. E eu dissse com todas as letras que não credito nesse “espirito animal” de que ele fala; que o que predomina é o desejo de ganhar com juros sem precisar ter dor de cabeça “trabalhando”. E que quem vive disso não vai querer sair dessa assim por gosto; e por isso são os primeiros a quicar. Como os juros não caem como surgirá essa “enxurrada de empresários”?

          Mas pra você são os “poupadores pobres” que vivem nervosos nas páginas de jornais quando os juros não sobem, né?

          …. Ai, ai… É impressionante a vontade de picuinha, de cansar os outros: parece implicância de criança mimada.

  10. Demanda.

    Apenas dois pontos discordantes: se os juros caírem aumenta o crédito e a demanda interna, teremos inflação de demanda, que cria espectativas de mais inflação, a indústria local não consegue se recuperar antes, nem há como o país criar infraestrutura a tempo. Haverá aumento das importações. Solução: protecionismo, que é igual a desabastecimento, nestas condições.

    Nenhum empresário sério acredita em terrorismo da mídia, seja ele real ou imaginário, não é a grande mídia que informa os empresários, eles é que dizem o que deve ser informado, eles e o governo, porque são quase a mesma coisa. Não esta fácil sair da armadilha da distribuição (justa) de renda sem gerar renda e sem ter poupança. Pobre não tem como poupar, ainda somos um país pobre.

    1. A critica de Luis Nassif agrada gregos e troianos, mas é falha

       

      Luis Nassif:

      Há um comentário de Anafilófio enviado terça-feira, 20/01/2015 às 15:44, e que agora está na segunda página em que ele diz o seguinte:

      “Apenas dois pontos discordantes: se os juros caírem aumenta o crédito e a demanda interna, teremos inflação de demanda, que cria espectativas de mais inflação, a indústria local não consegue se recuperar antes, nem há como o país criar infraestrutura a tempo. Haverá aumento das importações. Solução: protecionismo, que é igual a desabastecimento, nestas condições.

      Nenhum empresário sério acredita em terrorismo da mídia, seja ele real ou imaginário, não é a grande mídia que informa os empresários, eles é que dizem o que deve ser informado, eles e o governo, porque são quase a mesma coisa. Não esta fácil sair da armadilha da distribuição (justa) de renda sem gerar renda e sem ter poupança. Pobre não tem como poupar, ainda somos um país pobre”.

      Para ele eu preparei o seguinte longo comentário que eu prefiro trazer aqui para a primeira página, como se ele tivesse sido encaminhado para você. O que eu dizer para ele é o seguinte:

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      “Anafilófio (terça-feira, 20/01/2015 às 15:44),

      Pensei em dizer o que você disse. Reconheço, é bem verdade, que eu ia dizer o mesmo, mas ao meu modo, o que daria umas boas quatro laudas. De qualquer modo vale acrescentar que o texto de Luis Nassif deu vazão a comentários construídos do mesmo modo que o dele, isto é, sem fundamentação. São textos dentro da lógica de “livre pensar, é só pensar”.

      Luis Nassif diz muito e apresenta bons quadros, mas esquece de enfatizar que o que ele propõe é mais inflação. Para aqueles que como a mim, defendem mais inflação sob o aspecto dos benefícios econômicos que ela causa, e no meu caso, defesa de leigo, a proposta de Luis Nassif faria sentido para aqueles que não fossem como eu sou um defensor de aumento da tributação.

      Só que nenhum país é governado levando em consideração aspectos econômicos. Um país é governado levando em conta aspectos políticos. E no mundo político nada mais correto do que combater a inflação. E não há instrumento mais capaz para combater a inflação do que o Regime de Metas de Inflação. Então a proposta de Luis Nassif de mexer no sistema de metas de inflação não tem apoio político e, portanto, não tem como ser executado.

      Enfim, redução de juros é só para ganhar público diante da percepção que o público é mal informado sobre a realidade. O próprio Luis Nassif é cheio do que eu denomino Santa Ignorância, ou seja, tem muito conhecimento, mas impregnado de boas intenções de modo que o conhecimento perde valor e se dissolve em ignorância e que só se salva porque é santa, isto é, é plena de boas intenções.

      E ele completa o texto dele com a idéia de que a economia foi mal não só porque era conduzida por amadores, afirmação que pode não ser comprovada, mas porque o mal foi insuflado pela grande mídia. Em relação a essa crítica a grande mídia, ele, excetuando o Brasil, não é capaz de mencionar um só país e bastando uma só situação em que a economia encaminhou para a estagnação ou recuperou-se em razão de “pesadíssima campanha negativa [ou positiva] dos grupos de mídia”.

      No Brasil, sim, ele é capaz de dar o exemplo de uma associação do “amadorismo” da equipe econômica com o “terrorismo praticado pela mídia” e assim, em vez do “governo se armar dos melhores oficiais para enfrentar o fogo de exaustão” . . . “entregou a guerra nas mãos da dupla Mantega-Arno” que “desmoralizaram a tentativa de romper com a ortodoxia das políticas monetária e fiscal”.

      Assim, sem demonstrar o amadorismo e sem provas de que a mídia tem toda a capacidade de conduzir a economia, o texto de Luis Nassif sobrevive na confiança que se tem na palavra dele. E há a complementação de comentários. O Renato Ferreira Lima, em comentário enviado terça-feira, 20/01/2015 às 16:35, faz uma aparente crítica ao Luis Nassif, pois critica os Keynesianos que seriam uma espécie de heteredoxos que Luis Nassif defende. Ele não percebe que como já dizia Milton Friedman em 1965, “We are all Keynesians now”. No mundo todo só há governos keynesianos. Há governos de direita que se preocupam menos em dividir a renda, e assim trabalham com índices de inflação mais baixos e com índices de desemprego mais elevados, mas não há governos que trabalhem sem déficits públicos a impulsionar a economia se se inclui no déficit a rolagem da dívida pública, ainda que o dinheiro da rolagem vá para os mais ricos, o que é combatido pela esquerda, mas que, para a esquerda, pode não ser de todo ruim se isso gerar mais empregos.

      Na mesma linha é o que fez Segior ao enviar terça-feira, 20/01/2015 às 15:59, comentário em que ele transcreve o belíssimo texto de Gilberto Maringonim professor de Relações Internacionais da UFABC e candidato do PSOL ao governo de São Paulo em 2014. O texto é belíssimo, não só no estilo como também no conteúdo e bem mereceria ser transformado em post. Tudo que ele diz ali é verdadeiro. Só que não tem significado nenhum, ou dito de outro modo, não revela o que realmente vai acontecer com a economia brasileira. Ou talvez possa até revelar, mas não significa que as metas que serão alcançadas virão contra os interesses dos trabalhadores mais fragilizados na cadeia produtiva e que são os interesses que esse governo defende.

      Para poder compreender o que significa Joaquim Levy no Ministério da Fazenda no governo da presidenta Dilma Rousseff é preciso entender o papel que ele vai desempenhar. Eu até penso que o papel dele é exatamente aquele mostrado por Gilberto Maringonim no artigo que o Sergior transcreveu no comentário dele. Aliás, o texto de Gilberto Maringonim é uma espécie de propaganda infiltrada pelo governo na oposição. Quanto mais se destacar que Joaquim Levy é autônomo para fazer o que quiser mais fácil será para Joaquim Levy desempenhar o papel que ele tem no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.

      Quem antecipou o papel de Joaquim Levy no governo da presidenta Dilma Rousseff foi o economista Fernando Nogueira da Costa que produziu o artigo “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista” publicado no Brasil Debate e que foi transcrito aqui no blog de Luis Nassif no post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa” de quarta-feira, 03/12/2014 às 17:04, e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/tatica-fiscalista-e-estrategia-social-desenvolvimentista-por-fernando-n-da-costa

      Além dos comentários que enviei para o post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa”, enviei recentemente quinta-feira, 08/01/2015 às 14:30 junto ao post “Ajuste fiscal sem reformas é blefe” de quarta-feira, 07/01/2015 às 06:00, de autoria de Luis Nassif, um comentário em que eu tento explicar o que levou a presidenta Dilma Rousseff a escolher Joaquim Levy. O endereço do post “Ajuste fiscal sem reformas é blefe” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/ajuste-fiscal-sem-reformas-e-blefe

      No final do meu comentário eu aproveito para ridicularizar o discurso que se faz aqui no Brasil sobre os economistas de Chicago como sendo o supra sumo do conhecimento, esquecendo que os Secretários de Tesouro dos Estados Unidos nos últimos 40 anos não são oriundos de Chicago (Há o secretário do Tesouro do governo de Richard Nixon, George Pratt Shultz que depois virou professor em Chicago, mas que foi assessor de Richard Nixon quando os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro, época em que Richard Nixon teria repetido a frase de Milton Friedman: “We are all Keynesians now”). Disse eu lá o seguinte:

      “Enfim, não são as reformas que vão consertar o Brasil ou a falta dela que levará o Brasil para o caos. É preciso mais saber o caminho que se segue. O próprio Joaquim Levy sabe as limitações dele. Ele não é nenhum economista de Harvard, é apenas um economista de Chicago que nas circunstâncias atuais pode dar grandes contribuições ao país”.

      E um pouco mais à frente junto ao post “Petróleo, sanções e desabamento do rublo ameaçam popularidade de Putin” de domingo, 11/01/2015 às 09:57, também aqui no blog de Luis Nassif e com texto do jornal El País intitulado “Rússia beira a tempestade perfeita” em sugestão de Gunter Zibell, eu argumentei, em comentário enviado domingo, 11/01/2015 às 19:03, para Gunter Zibell, que se deveriam avaliar bastante as circunstâncias para se analisar um político ou determinada conduta política. E dentro da minha linha de raciocínio eu considerava que se se analisassem as circunstâncias talvez se pudesse entender Joaquim Levy como uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal que seria utilizada pela presidenta Dilma Rousseff nas negociações que ela precisaria fazer com o Congresso Nacional e para enfrentar a pressão dos empresários.

      O endereço do post “Petróleo, sanções e desabamento do rublo ameaçam popularidade de Putin” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/petroleo-sancoes-e-desabamento-do-rublo-ameacam-popularidade-de-putin

      É preciso ver que o PT saiu muito enfraquecido no novo Congresso Nacional. A Dilma Rousseff terá que contar com o apoio de mais partidos e ao mesmo tempo a situação econômica do país requer que menos poderes e recursos sejam concedidos ao novo Congresso Nacional. E percebendo esta nova correlação de forças que se entende o papel do ministro Joaquim Levy. Esta percepção não é vista, entretanto, nos comentários. E os textos de Luis Nassif fazem uma análise separada da realidade. De um lado houve uma equipe econômica que seria fraca e de outro há uma nova equipe econômica que não sabe escolher as opções adequadas.

      Enfim, os textos de Luis Nassif vão em duas teclas de um lado ele atribui o fracasso econômico do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff à teimosia dela em manter a equipe econômica amadora e de outro ele mantem a crítica à política econômica ortodoxa da política de juros e do aumento de impostos, critica que soa bem ao empresariado de pequeno e médio porte, plateia ávida por conferencistas dispostos a esclarecer o que ocorre na economia e que estejam dispostos a defender medidas que soem bem aos ouvidos deles. É a mesma plateia que nos Estados Unidos engrossa a fileira do Partido Republicano reclamando por menos Estado, menos impostos e mais liberdade para a livre iniciativa. E fica bem com a esquerda não só no combate à política de juro como também ao fazer a crítica à grande mídia.

      E na amarração forçada de uma acusação que talvez se prove falsa: de que a equipe econômica foi amadora com outra acusação que não tem comprovação: a força desmensurada que se dá a mídia, ele se perde nas datas como se depreende do parágrafo transcrito a seguir, embora o próprio parágrafo seja um tanto ambíguo para se saber exatamente de que período ele trata. Transcrevo o mencionado parágrafo a seguir:

      “Havia um dado da realidade: a pesadíssima campanha negativa dos grupos de mídia, três anos jogando para baixo as expectativas empresariais, em uma estratégia escandalosa de pintar o caos, que atingiu seu ápice com as obras da Copa”.

      Quer dizer, o ápice do caos pintado pela mídia durante três anos deu-se com as obras da Copa. Ora, as obras da Copa ocorreram ao longo de um extenso período. A realização da Copa propriamente dita iniciou no final do segundo trimestre de 2014. O Brasil realmente passou por crise no primeiro semestre de 2014. Só que foi uma crise que ocorreu no mundo todo salvo na China porque a crise lá é em outro patamar e nos Estados Unidos que estão há três anos iniciando uma recuperação. Como foi uma crise que acometeu mais nos países emergentes, o Brasil sentiu mais, mas sentiu não em função da ação da mídia. Então esse não foi um fracasso que possa ser debitado na conta do amadorismo da equipe econômica.

      E aqui vale lembrar que no início de 2014, o Banco Central do Brasil recebeu um elogio sendo considerado um Banco Central lider entre os Bancos Centrais do país emergentes , como se pode ver no post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” de 03/02/2014 às 03:34 no blog Beyond Brics que sintomaticamente não teve muita repercussão no Brasil. Por EM deve-se entender Emerging Markets. O endereço do post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” é:

      http://blogs.ft.com/beyond-brics/2014/02/03/em-central-bankers-guiders-reactors-and-mavericks/

      E contando a história do modo como Luis Nassif conta, ele fica bem com outro grupo numeroso e que usa as mídias sociais e que é representado por manifestantes presentes nas manifestações de junho de 2013, na medida que contada a questão econômica como o fez Luis Nassif neste post “Como o amadorismo trouxe de volta a ortodoxia econômica” de terça-feira, 20/01/2015 às 13:02, se desobriga de falar que a equipe econômica só pode ser qualificada de amadora porque o Brasil não repetiu no terceiro trimestre de 2013, o que ocorrera nos três trimestres anteriores, qual seja taxas crescentes de Formação Bruta de Capital Fixo (Investimento). No terceiro trimestre de 2013 houve uma reversão no crescimento que não tem uma explicação lógica.

      Se o crescimento econômico não tivesse sido quebrado no terceiro trimestre de 2013, a análise da equipe econômica hoje seria outra. Ao não mencionar essa quebra na retomada do crescimento, deixa-se de falar das manifestações de junho de 2013 que conseguiram o feito que nenhuma imprensa em nenhuma parte do mundo conseguiu em qualquer época em tempos de paz: tirar em 1 mês 29 pontos percentuais na popularidade de um presidente de uma nação.

      E não falando das manifestações de junho de 2013 nem da reversão no terceiro trimestre de 2013 na tendência de retomada de crescimento econômico com concomitante aumento dos investimentos, não é necessário fazer a associação das manifestações de junho de 2013 com o fracasso da política econômica.

      E vale lembrar que quando se fala muito que talvez sob o aspecto econômico, a inflação devesse ficar em torno de 6%, deveria ser considerado como uma proeza de uma equipe econômica ter deixado a inflação vairiar entre 5,5% e 6,5% durante quatro anos, feito nunca alcançado no Brasil em toda a sua história por nenhuma equipe econômica (Nunca houve durante tão longo tempo, inflação variando tão pouco em um índice tão baixo, o que talvez leve-se a dizer no futuro que nunca tantos brasileiros deverão tanto a uma equipe econômica tão pequena).

      E todo mundo fica satisfeito com o texto de Luis Nassif. Felizmente há ainda alguns recalcitrantes que teimam em mostrar que o mundo não gira de modo assim tão simples e você desempenhou bem este papel: foi preciso e conciso. Enfim, se poderia dizer como crítica a este post de Luis Nassif que há muito mais coisas acontecendo do que nossos sonhos podem imaginar.”

      – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

      Eu poderia só alterar o direcionamento do comentário que eu fiz ao Anáfilófio e fazer a crítica direta a você, mas como gostei muito do pouco que o Anafilófio havia dito fazendo os dois contrapontos que eu gostaria de apresentar ao seu comentário avaliei que seria melhor manter sem alteração o comentário que eu pretendia enviar diretamente para ele. Pelo esforço em fazer diversos apanhados de contrapontos semelhantes que eu já fizera anteriormente achei que valia a pena trazer todo o meu comentário já pronto para a primeira página uma vez que o post cresceu muito em comentários e o de Anafilófio ficou escondido na segunda página.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 21/01/2015

      1. Explicação para o equívoco no destinatário do comentário acima

         

        Luis Nassif e Anafilófio (terça-feira, 20/01/2015 às 15:44),

        O comentário acima era para ser enviado primeiro para junto do comentário de Anafilófio, enviado terça-feira, 20/01/2015 às 15:44. Só que na quarta-feira, quando fui enviá-lo, já havia muitos comentários com o post tendo já três páginas de comentários o que acabou levando o comentário de Anafilófio para a segunda página. Achei melhor destacar meu comentário na primeira página e assim resolvi enviá-lo para Luis Nassif. Entre o comentário pronto para Anafilófio e a preparação para o enviar para Luis Nassif eu fiz algumas correções e acréscimos. E o enviei pensando que estava enviando para Luis Nassif. Voltei a procurar pelo comentário na primeira página e para surpresa minha ele não apareceu. No início achei que por ser bem extenso e conter muitos links, o comentário passaria primeiro por um pente fino para só então ser liberado. Na sexta-feira como o comentário não aparecia, pensei que tivesse havido algum problema e fiz mais algumas correções e acréscimos e voltei a o enviar. E assim ainda maior do que o comentário acima, o meu novo comentário apareceu na primeira página como tendo sido enviado sexta-feira, 23/01/2015 às 13:52. E então fui até a segunda página quando observei que o comentário que eu pensara ter enviado para Luis Nassif  e que imaginei que acabara não sendo aproveitado aparecera aqui como sendo enviado para junto do comentário de Anafilófio de terça-feira, 20/01/2015 às 15:44.

        A abundância na maioria das vezes não é nociva e espero que nesse caso ninguém fique prejudicado. Além disso, o meu comentário que se encontra agora na primeira página apresenta alguns acréscimos interessantes, principalmente a parte em que eu faço referência a textos de economistas que defendem taxas de inflação mais elevadas. Ele só não tem a referência que eu fiz à defesa de menos impostos no Brasil se assemelhando à postura do Partido Republicano nos Estados Unidos e nem à menção de que manter a inflação variando de 5,5 a 6,5% foi um grande feito da equipe econômica em associação com o Banco Central.

        Clever Mendes de Oliveira

        BH, 24/01/2015

  11. Leblon, sábado, calor do cão, porta do Bracarense

    Leblon, sábado, calor do cão, porta do Bracarense

    Postado em 20 jan 2015por :

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    – Ei, Joca!

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    – Caralho, Armínio!

    – O Edmar ta vindo aí. Que surpresa! Achei que você tava direto em Brasília…

    – Pois é. Fiquei de novembro até agora. Como o pontapé inicial tá dado, vim pegar um sol de fim de semana.

    – Foi no estádio?

    – Não… O Fogão vai me dar uma dor de cabeça que eu não preciso agora.

    – Mas me conta, como anda a coisa lá? A mulher pega muito no pé?

    – Nada…

    – Ei, ó o Edmar chegando. Vem com o Ilan.

    – Pô, Ilan, tu perdeu peso, mas não a barriga, hein?

    – Mas tu aluga, hein, Joca?…

    – Gente, peraí. O Joca ta me contando aqui como anda a coisa por lá. Diz aí, Joca, tu já entrou pro PT?

    – Deus me livre, Mínio, Deus me livre. Além de tudo, não carece…

    – Mas como tá lá?

    – Tá ótimo. Nem uma contrariedade, nem nada. Cheguei, falei pra presidente…

    – Tu não chama ela de presidentA?

    – Fala sério! Pra mim é presidente e acabou.

    – E ela não chia?

    – Sei lá, pra mim, não…

    – Mas vai, conta.

    – Então, cheguei lá, no primeiro dia e ela me chamou. Tava ela e aquele gaúcho…

    – O Miguel?

    – Isso, o Miguel e o Aloísio. Aí eu falei, sabe, presidente, a senhora me chamou, mas eu tenho uma linha. E aí ela me cortou…

    – Eu sabia. Ela corta, berra, xinga…

    – Tá maluco? Nada disso. Ela me cortou pra dizer assim. Seu Joaquim. Ela me chama de seu Joaquim. Seu Joaquim, nós chamamos o senhor…

    – Senhor? Ela te chama de senhor?

    – Tudo na moral, no maior respeito. Seu Joaquim, nós chamamos o senhor porque sabemos qual sua orientação e damos carta branca. A coisa tá feia, o mercado ta arisco, o investimento caiu e nós não podemos brincar em serviço. O senhor indique quem tem de indicar, faça o que tem de ser feito e nós vamos conversando aí…

    – Como é que é?

    – É, cara. Senti que os caras tão no mato sem cachorro e querem que eu resolva.

    – Sei. O Mr. Wolf, do Pulp Fiction. “I solve problems”.

    – Pensei isso na hora. Fazem a merda, lambuzam tudo e aí chamam Mr. Wolf. Quase falei “I solve problems”…

    – Mas o Aloísio, todo metido a desenvolvimentista, todo Unicamp, todo, todo, não chiou?

    – Edmar, deixa eu te falar. Esse é o que menos chia. Ninguém ali chia. Eles estão apavorados com o mercado, com a balança comercial, com a queda dascommodities, com a China, com a transmissão disso no emprego, com o teto da meta e o caralho. Tão com o cu na mão, se me entende. Fizeram uma campanha tosca, sabem que mentiram pra cacete e tão se borrando todos. Topam qualquer coisa!

    – Topam tudo?

    – Acho que menos beijar na boca! Se o Aécio tivesse levado, Mínio, aí você ia ver o que é bom pra tosse. O Serra – que ta meio gagá – ganhou força com a eleição. Ia fazer aquela demagogia de política industrial, investimento etc. Aqui não tem disso. Querem resolver problemas.

    – Mas e aquele abaixo assinado, o Belluzzo, a Conceição, a Unicamp?

    – Fala pra mim, Ilan: quem no governo quer saber deles? Quantos votos têm?

    – E o esporro que ela deu no Nelson?

    – Mas o Nelson é meio PT, ela não respeita muito o Nelson. Ele cagou com aquele negócio do salário mínimo e teve o troco. Eu não entro nessa. De mais a mais, resolvi testar.

    – Testar?

    – É, testar.

    – Peraí, antes de você contar, vamos pedir alguma coisa? Caipirinha de vodka pra todo mundo? E aquele bolinho de carne seca invencível?

    – Pede lá. Então, logo que fui nomeado, quis fazer um teste. E fui pesado. Falei pra presidente – coisa que o Nelson não fez – , olha, vamos fazer um superávit baixo, mas não podemos sangrar o empresariado, se não, não dá nem para começar o trabalho.

    – Você é um filho da puta, hahahahaha!

    – Calma, Edmar. Isso é só o intróito… Falei, vamos ter de mudar algumas coisas aí no seguro-desemprego, nas pensões e tal. E ela pulou.

    – Pulou, como?

    – Ficou puta da vida, disse que tinha falado na campanha que não mexeria e tal, aquela história da vaca tussa e o cacete. E aí veio o Aloísio e serenou os ânimos.

    – Esse topa tudo!

    – Topa, Mínio, topa. Eu entrei com um argumento baixo – números -, mas é o que ela gosta. Olha lá, clima tenso, ela chiando, o Aloísio tentando acalmá-la. E eu soltei a bomba: vamos economizar R$ 18 bilhões só nisso, presidente. E não vamos mexer com quem está na ativa, com quem tem poder de mobilização. Vai ter uma semana de chiadeira e acaba.

    – Eu falo, tu é um filho da puta! Rárárárá!! E ela topou?

    – Na hora, Edmar! Esse foi o teste. Se o PT que é o PT topa mexer com os assalariados, o resto sai na urina. Abrir o capital da Caixa, arredondar para menos o reajuste do mínimo – que ninguém nota, pois são dois reais, mas dá um puta efeito -, aumentar os juros da casa própria… Tudo vem na banguela, na descida…

    – Tu tem carta branca, então?

    – Mais do que você teria, Mínio. E depois que o Rui, na reunião do diretório lá deles falou que minha nomeação era assunto encerrado, acabou!

    – E você ainda veio com aquela de “patrimonialismo”… Rááráráráárárárá!!!

    – Pois é… Coloquei na última hora no discurso. E isso fodeu com o Guido, que engoliu seco. Ele e o PT, o Lula e o escambau. Mas eles adoram. Adoram tudo o que faço. E ela fez comigo uma coisa que não faz nem com o PMDB: me deu o ministério de porteira fechada. Vou nomear todos vocês!

    – Não fode, Joca.

    – E agora?

    – Agora é isso, já avisei, Ilan. Dois anos de ajuste pesado, vai ter solavanco, vai ter porrada, a base pode chiar um pouco, a CUT vai gritar, mas a vida é assim. Eu falo de novo: eles estão fodidos, cagados, com o cu na mão. E não tem meio ajuste. É até o talo. Vamos abrir mais empresas, vender o que dá para ser vendido, mexer na CLT, aprovar a terceirização e deixar o pessoal gritar. Sangue frio eu tenho, vocês sabem. E eles não têm culhão para ir pra cima do empresariado, dos bancos…

    – E ela?

    – Ela fez a escolha dela. E agora não tem volta atrás.

    – Putz, você é mesmo um filho da puta, Joca, um grande filho da puta. E sabe que com o Aécio, eu teria mais dificuldade, até pela oposição do PT…

    – Pois é, Mínio. Anulamos quem poderia se opor.

    – Agora, vem cá… E essas alas do PT. E a esquerda?

    – No PT não tem mais nada. Só tenho receio de um cara de esquerda, que de vez em quando, ainda conversa com a presidente… E pode criar confusão…

    – Quem? O chefe lá do MST? O garoto do Sem Teto? Os malucos do PSOL e do PSTU?

    – Cê ta na lua, mesmo, né, Ilan? Nada disso. Esses tão fora!

    – O Lula?

    – Puta que o pariu! Vocês não lêem nem jornal. Ficam nessa história de mercado, mercado e não sabem o que acontece no mundo.

    – Então quem, porra?

    – O Delfim, o cara mais à esquerda que ela ainda ouve…

    (Estupor geral)

    – O Delfim.

    (Gargalhadas estrepitosas, enquanto chegam as caipirinhas e os bolinhos)

    Gilberto Maringoni

    Sobre o Autor

    Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFABC e candidato do PSOL ao governo de São Paulo, em 2014

     

      1. Incapacidade x resposta

        Genial! 

        Não sei se só do curso primário, mas toda uma construção de ensino pensada e moldada nos regimes militares.

        Bem incapacitante. Ainda tem a influência da mídia.

        Todos os dias cruzamos com multidões de analfabetos funcionais incapazes de entenderem o que lêem.

      2. Calma, moço.

        Nassif, já discordei de você e tomei meu puxão de orelha. Revidei e continuo aqui, pois aqui ainda é um lugar civilizado. Mas, e mais, calma na resposta com essa turma!

        Um abs!

    1. Diante da falta de

      Diante da falta de argumentos, você recorre a distorcer os argumentos do outro. Comportamento típico de um pombo em um tabuleiro de xadrez.

  12. Ah! Keynesianos são tão bonitinhos!

    A teoria promete o paraíso – algo que as pessoas de bom senso torcem para exista, mas têm lá suas dúvidas.

    Quanto o paraíso se transforma em inferno – e sempre acontece quando se tenta converter essa teoria em prática – aí dizem que o problema não é da teoria, mas do amadorismo de quem estava no comando.

    Foi assim nos anos 40-50-60-70-80 (quando finalmente quebraram o país) e seguiram nos 90 quando tentaram transformar o inverno em verão via manipulação cambial (e quebraram o país de novo). Seguiram pelos últimos anos.

    Keynesianos sofrem de megalomania. Incurável. Isso sem falar numa questão moral, aquela história de “no longo prazo estaremos todos mortos”  É o pai viajando para a Miami e deixando a conta pro filho pagar. Isso foi o que todos esses keynesianos de orelha de livro fizeram. Não aprendem e não vão aprender nunca, porque sempre passam a conta para os outros pagarem. Ou alguém acha que Bresser, Sayad, Mantega, Palocci, Malan, Augustin em algum momento ficaram preocupados com o futuro de seus ganhos? 

    Aposentadoria? Esqueçam – na minha geração ninguém vai se aposentar. Teremos que pagar a conta da geração anterior. Mas, claro, a culpa deve ser do imperialismo, não da teoria…

    1. Renato
      um pouquinho de

      Renato

      um pouquinho de respeito pela história. Com todos os contratempos políticos, foi o período de maior crescimento na história e no mundo.

      1. A nova abordagem sobre

        A nova abordagem sobre espectativa de recessão é o grande salto da teoria keynesiana. Para ele, reverter essas espectativas com investimento estatal seria muito mais eficiente do que o propunha a teoria liberal clássica. Essa preferia deixar ao mercado ofertar a sua poupança não aplicada em bens de capital, aumentar a oferta de dinheiro e assim baixar os juros e, por consequência, reverter o ciclo recessivo.

        Keynes sabia que o capitalista não se desfaz tão facilmente da própria liquidez em períodos de recessão. Que ele opta em retê-la para comprar ativos na baixa.

        É isso que estamos vivendo hoje. Há uma retenção geral de liquidez por conta da espectativa de recessão.

        Não é falha da teoria de Keynes ou de sua aplicação. É antes consequência de uma ação midiática forte, para combater o governo petista.

        O Nassif, a meu ver, exagera os erros da equipe econômica da Dilma. Eles se viram fracos diante da grande mídia. Perderam a briga da comunicação, briga que poderia ter sido ganha em 2003, quando dos empréstimos do BNDES à Globo.

        Estamos, o País todo, perdendo sua independência porque o inimigo, a grande mídia, ficou muito forte. E a militância, não necessariamente petista, mas nacionalista, tornou-se derrotista e dividida.

        Reputar isso ao Mantega e sua equipe me parece engenharia de obra pronta.

      2. Claro que eu respeito a

        Claro que eu respeito a história.

        Principalmente a história que vivi. O keynesianismo que vivo é o do Brasil. E o daqui funciona na base do “pedala que depois a gente vê como fica”.

        Como brasileiro gosta mais de discutir política do que fazer conta, a aplicação do keynesianismo do Brasil, nas poucas vezes em que trouxe alguma melhoria produtiva, desestabilizou toda a economia, via inflação. E a inflação é um dos mais eficientes mecanismos de concentração de renda que existem. Grande parte das desigualdades a que chegamos ao final do século XX deve-se à inflação – essa sim, favorecendo apenas os rentistas e a partir de um momento, nem a estes.

        Desculpem, meus caros, mas não sou um americano nos anos 30 ou um europeu do pós guerra. Sou alguém que cresceu num país quebrado e que está em vias de quebrar de novo. Roosevelt não governou aqui – aqui tivemos,… putz, dá asco de falar o que tivemos e o que temos.

        Aliás esse pacote “ortodoxo” do Levy é coxo – cadê a redução dos gastos do Estado? Cadê o aumento da eficiência da burocracia estatal? Sem isso, vai dar só em recessão. Receita sem todos os ingredientes não dá bolo pela metade: dá em receita errada mesmo. Vai dar errado porque está faltando o ingrediente principal – a reforma do Estado e o corte de privilégios. Abs a todos.

    2. Sua crítica à teoria

      Sua crítica à teoria keynesiana é impressionatemente teórica. Gastos geram dívidas se não estiverem voltado ào aumento da capacidade produtiva (os gastos com juros, por exemplo). Neste caso, sua tese estaria correta. Mas gastos também são benfazejos se criam novas estruturas produtivas, o que significa dizer que a conta fecha mais a frente e portanto não existe essa estória de que o pai sempre deixa a conta para o filho pagar.

      Evidentemente, uma série de fatores históricos podem atrasar a conclusão das novas estruturas produtivas, impedindo que a conta se feche no tempo planejado (por exemplo, a crise do início dos anos 80, que atravessou o II PND do governo Geisel, atrasando a conclusão de diversos investimentos).

      Ah, sim, entre os tais fatores históricos frequentemente encontramos as lutas político-ideológicas (por. ex. os neoliberais e rentistas da mídia versus os desenvolvimentistas do governo)… e lutas que às vezes se mostram de tal modo acirradas, que não causa surpresa encontarmos os policy makers se esforçando para encontar uma forma qualquer de hibridismo – não raro esdruxulo, claro – para a política econômica. E eis também aqui a causa (a principal causa, não seria demais dizer) dos atrasos nos investimentos… Conclusão: é a teoria que está errada ou é o crítico que não é capaz de enxergar a teoria a partir de um fundo histórico determinado, como sempre manda a boa interpretação? 

    3. O mundo quebrou em 1929 por

      O mundo quebrou em 1929 por causa do liberalismo, voltou a crescer com o Keynesianismo, que foi interrompido com a crise do petróleo por questões geopolíticas causadas pelas trapalhadas americanas e, novamente, o mundo está em queda livre, por causa do liberalismo nos EUA que desregulamentou o setor financeiro e provocou a bolha imobiliária. 

      Qual crise mundial foi causada pelo keynesianismo ?

  13. Quanta bobagem……………………..

    Camaradas; parceiros e outros nem tanto.

    Não se preocupem, a TROLHA vai entrar, mas com um detalhe.

    Com a DILMA, é com vaselina e com o AÉCIM, era com areia !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    kakakakakakakakakakakaka!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  14. As consequencias estão

    As consequencias estão deturpadas. Quem paga pela mudança na meta da inflação são os trabalhadores. Igualmente qualquer desvalorização abrupta na taxa de câmbio. Nem só de arroz e feijão vive o trabalhador.

  15. Que não seja

    pela análise do Nassif, mas depois de dois anos de insistentes fracassos ainda não deu para perceber que a economia no governo Dilma 1 foi uma sequência de equívocos.

    Claro que não é necessário se entregar aos cânones neoliberais ou ortodoxos. Nunca foi. Delfim, Belluzzo, Bresser, quantos mais alertaram para as seguidas cagadas.

    Pior é depois do filme visto não reconhecer o fracasso do roteiro. Só porque a Dilma, em quem votei. Só porque é o PT em que ainda voto, sem saber até quando. Tudo é justificável? A quem iremos culpar? A pressão da mídia? Um governo tem que saber sair disso por que tem poder para tanto. Se não consegue, é ruim ou, pelo menos, seis e meio.

    Para felicidade geral de economistas-chefes e seus patrões em instituições financeiras a ortodoxia voltou, sim. Tem jeito, não. Já, já, os programas de inserção social por um binóculo. Basta ver as previsões para o crescimento em 2015 e 2016.

    Tá certo o Haddad: todo mundo vendendo os carros e pedalando.

    Pior do que foi Dilma 1, só mesmo um Aécio. 

  16. Economia

    Se tantos no Brasil fazem o curso de direito, seria interessante que outros tantos fizessem o de economia, mas com seriedade! Não consigo entender como há tantos comentáros desprovidos de qualquer senso de economia básica. A Economia REAL e HONESTA, não trata de viés político, mas de realidade pura, e lógica básica. Grosseiramente falando, a economia de um país é como a de uma família: Há a fonte de receita/renda, que são os tributos/salário, diferentes na raiz, mas semelhantes na substância. Tal receita gera a conta corrente de gastos e investimentos, Gastos, são aquelas despesas fixas (diárias, semanais, mensais, anuais), tais como salários do funcionalismo, pagamento de água, luz, manutenção de equipamentos, e outras, que na casa, seriam água/luz/telefone/internet, alimentação, combustível, aluguel. Investimentos, sao os movimentos financeiros que se fazem para melhorar a infraestrutura geral do país, investimento nas políticas de educação e saúde, que geram riqueza produtiva, real motor da economia de uma nação. Uma família também investe nesses fatores, além da compra ou aluguel da moradia, e sua infraestrutura se encontra ainda, em penduricalhos tais como vestimenta, transporte (próprio ou público), e vá lá, até lazer.

    Se o governo/provedor(a) gastar mais do que consegue arrecadar/ganhar com salário, gera déficit fiscal/monetário, aí vê-se obrigado a fazer empréstimos. No caso das famílias, recorrem ao cheque especial, cartão de crédito, empréstimos pessoais, e serão obrigados a reduzir alguma despesa corrente extraordinária, e até as de infraestrutura, se o valor do empréstimo ou dos juros for muito alto. Isso, na economia de um país, se chama ORTODOXIA. Se assim não fizer, será obrigado a atrasar seus pagamentos, rolando sua dívida ou deixando de pagá-la. Terá seu nome incluído no cadastro de maus pagadores (SERASA, SPC, etc). No caso de um país, esses gastos ocorrem geralmente com folha de pagamentos ao funcionalismo, manutenção de serviços públicos (principalmente educação, saúde e infraestrutura), poçíticas sociais e investimentos nesses mesmos quesitos citados entre parenteses. Se a ‘máquina burocrática’ cresce acima da arrecadação, haverá endividamento. Para resolver isso, uma nação, pode:

    – Emitir moeda. Se o faz sem lastro (geração de riqueza, função das empresas), gerará inflação;

    – Emitir Títulos da Dívida Pública, vendidos no mercado, e que atraem investimento especulativo de curto prazo. Se compra muitos, aumenta a demanda, seu endividamento, e consequentemente, a taxa básica de juros (SELIC), reduzindo ainda a disponibilidade de poupança interna para investimentos diversos, inclusive em infraestrutura;

    – Cortar gastos, tal qual o provedor da família, para que sobre receita (superávit primário), e possa honrar seus compromissos com os credores, compradores dos tais Títulos referidos antes, mantendo sua credibilidade, e consequentemente, adquirindo mais confiança destes “emprestadores”, e com isso prazos mais dilatados e direito a pagar juros menores (baixando assim, de forma sólida e correta a SELIC);

    – Vender Ativos ou Direitos de exploração. Operação também chamada de PRIVATIZAÇÃO, no caso, vendendo empresas estatais, ou cedendo direito de exploração de bens/riquezas naturais, ou infraestrutura (estradas, portos, telecomunicações, geração de energia, etc);

    – Renegociar pagamentos de forma lícita, beneficiando-se do ganho de confiança dos mercados, ou por Renegociação Unilateral, que configura quebra de contrato e perda de confiança do mercado; 

    – E em último caso, Declarar Moratória, momento em que poderá ganhar ‘fôlego’, e fazer uma poupança para retornar ao mercado, pagando suas dívidas, sem honrar os juros. Isso gera, como na situação anterior, uma quebra enorme de confiança dos investidores (mercado), que implicará no pagamento de juros muito maiores, quando precisar (e precisará) de capital externo, para acelerar o crescimento do país, com investimento em infraestrutura de educação e geral.

    Me espanta que muitos aqui achem que o Mantega tenha realizado a ‘lição de casa’ básica. Desde 2005 o governo vem aumentando seus gastos correntes, por isso, também aumentou demasiadamente a tributação (sobre o consumo e não sobre a renda, o que comentarei adiante), para conseguir continuar a inflar o funcionalismo e seus gastos. Mas tal ‘crescimento’ continuou, enquanto a arrecadação estacionou, ocasionando desequilíbrio dos gastos e endividamento crescente, causando défict. Daí a necessidade do Mantega efetuar tantas operações de “contabilidade criativa”, para manter a aparência de superávit, que não ocorreu, obrigando-nos agora, ao tal ajuste, que tantos reclamaram neste artigo do Nassif, mas que deverá ocorrer, para realinhar a economia.

    Aumentar impostos de consumo, como os governos (PMDB, PSDB, PT) no Brasil sempre fizeram, ao invés dos de renda, prejudica MUITO mais aos pobres, já que para quem tem rendimentos maiores e substanciais, o aumento dos preços de bens de consumo, principalmente alimentos, impacta pouco, enquanto para o baixo assalariado, ou beneficiários do Bolsa Família, impacta MUITO, reduzindo drasticamente seu poder de compra/consumo, deixando-os mais pobres.

    Façam suas escolhas quanto às soluções, mas a receita correta será a mesma da Dona de Casa ou Provedor, CORTAR CUSTOS e aumentar o SUPERÁVIT!

     

  17. O problema é o mais do mesmo,

    O problema é o mais do mesmo, penaliza-se a parte que não tem poder de pressão ou influencia, e enquanto aperta o cinto de quem tem menos, retirando direitos e dificultando acesso a beneficios, o governo não dá o exemplo e na maior cara de pau se dá um aumento generoso, tenquanto chora as lagrimas de crocodilo para a pelegada; o nosso querido governo, dito trabalhista, toma de quem tem menos aqui mas devolve o mesmo tanto tanto, ou mais, pra quem já tem muito e com um aumentinho de salario no meio por que ninguem é de ferro não?

  18. li que o grande “comunista “

    li que o grande “comunista ” obama quer um imposto sobre  fortunas nos eua.

    embora o congresso seja composto por maioria republicana, obama tenta. 

    dilma, com suposta maioria, poderia tentar  tb, não?

  19. Hoje, o noticiario dava conta

    Hoje, o noticiário dava conta de que nos indicadores econômicos o único que está melhorando é dos EUA.

    É preciso não confundir a imaginação criadora com a imaginação puramente passiva de indicadores.

    A imaginação do Brasil nunca adquiriu consciência do que se passa em si.

    Vamos pedir investimento emprestado aos EUA, por intermédio dos seus mercadores, pagar juros e depender dos dólares para fazer qualquer coisa. Eles são a nacionalidade do real representado.

    Mas, ninguém pode negar que a criatividade de nossos indicadores são de fantasia.

    1. Sabe porque nos EUA está

      Sabe porque nos EUA está melhorando? Porque ELES FAZEM QUALQUER COISA para estimular empresarios a dar empregos, inclusive dão “green card” a quem traz 500 mil dolares, até o ano passado davam para quem criasse 10 empregos. Se alguma empresa brasileira for montar lá um negocio que crie 100 empregos, o Governador vai receber o cara no aeroporto. Aqui um empresario que investiu US$1 bilhão não conseguiu ser recebido pelo chefe do gabinete do Ministerio do Desenvolvimento, Industria e Comercio. Depois o Brasil se queixa que não cresce. Empresario aqui é visto como safado, sonegador, bandido, explorador, é escorraçado e chutado, , a Inquisição achava lucro um pecado mortal toca na fogueira e queima a casa, o clima hoje no Brasil é o pior da Historia para empesarios, o melhor foi no Governo JK, quando o Brasil progrediu 50 anos em 5.

      1. André, boa noite!
        Não existe

        André, boa noite!

        Não existe exigência no Brasil ao correspondente de execuções técnicas para juros e política externa nos EUA, quando vai se constituir aquilo que geralmente chamamos de pacote econômico.

        Sujeitos como o Tombini e o Levy têm apenas inspiração ou dom de adivinhar situações, facilitadas pelo exercício corporativo do mercado, com o qual podem subir juros, manipular inflação e aumentar impostos, depois de improvisar os mesmos recursos repetidos durante muitas decadas sem sucesso.

        Por isso, a economia tem dado voltas contingentes e acidentais, contra todas as vontades.

         

          1. Me parece que vc fez uma

            Me parece que vc fez uma comparação entre os EUA e o Brasil.

            Eu fiz a análise do meu ponto de vista entre uma coisa e outra.

  20. Nos EUA não existe ORTODOXIA

    Nos EUA não existe ORTODOXIA ou HETERODOXIA. Faz-se o que é necessario para fazer a economia andar. Qualquer coisa, especialmente ESTIMULAR AS EMPRESAS A INVESTIR.  No Brasil a moda é colocar empresario na cadeia e fazer os que podem, ir embora do Pais. Ninguem vê ligação entre uma coisa e outra. Se vc assusta qualquer especie de um territorio, a especie foge. Aqui estão assustando a especie “empresario”. Quem faz concurso publico, nunca trabalhou em empresa, tem a vida toda arrumadinha, acha que todo empresario, do empreiteiro ao feirante, é bandido. Cadeia neles.

     

    1. No Brasil é moda empresário

      No Brasil é moda empresário ir pra cadeia ?  Procure um psiquiatra amigo, talvez você ainda tenha recuperação.

      1. Só em Curitiba tem 27

        Só em Curitiba tem 27 empresarios na custodia da Policia Federal, somadas as obras que eles realizaram dá mais de mil, os que mandaram prender não fizeram uma churrasqueira.

        1. Empresários ou surrupiadores

          Empresários ou surrupiadores do erário público? Ou será que agora superfaturar, receber mais do que o devido e repartir entre amigos é uma atividade empresarial?

    2. Cadeia sim,

      André,

       

      Lugar de corruptor é cadeia e esse é o grande mal do Brasil: O judiciário sempre deu um jeitinho pra livrar os ricos da cadeia, sempre com apoio da mídia PiG – Porca, Corrupta e Entreguista!

       

      Agora, que a Dilma está metendo os pés pelas mãos, não há dúvida. Ou o PT age ou bau-bau sexta economia do mundo e nossos empregos. Terá ela coragem para voltar atrás?

       

      Errar é humano, persistir no erro é burrice. Acorda PT, acorda Dilma.

  21. Sem reflexão, sem escolhas,

    Sem reflexão, sem escolhas, sem comparações com Dilma, os economistas não são capazes de dominar o conteúdo que pretendem tratar. É um erro pensar que sabem fazer outra coisa senão especular ou que podem dispensar sua concentração para algum ponto fixo.

    Uma representação exterior a partir do mundo, para se achar em estado de exprimir todo conteúdo do dinheiro para uma unidade subjetiva da produção e conseguir dar a forma real à atividade criadora, só pode existir com um sujeito consciente do que quer fazer sobre a centralidade do seu asssunto. 

    Investimento exterior, taxa de juros (retorno de modelo: inflação, taxa câmbial) são fenômenos periféricos

    O ideal da equipe econômica sem rumo – colocada no governo pelo mercado – é a maturação do povo que votou no Aécio.

  22. cade os economistas que mudaram este pais

    Na minha modesta opinião a única equipe economica revolucionária que transformou este país, foram os criadores (Pedro Malan, Pérsio Arida, Gustavo Franco, etc…) do Plano Real, o resto so fez desastrosos experimentos economicos, sendo que esta última equipe do PT na figura do Mantega arruinou com tudo, hoje temos inflação de volta e sem contrôle, remarcação de preços nos supermercados, etc….. E a Dilma, para consertar o que ela mesmo contribui em arruinar trouxe esta equipe originada no mercado financeiro que não teve outra saída em adotar medidas ortodoxas sem nenhuma criatividade. Afinal o governo pretende gastar menos do que arrecada???? Como isto não vai acontecer, aumento de impostos e quem paga a conta? A classe média assalariada que é descontada na fonte. Parabéns ao PT, este cancer incurável em fase de metástase….

    1. Amigo, vamos analisar sua

      Amigo, vamos analisar sua “modesta” opiniao que chamou o pt de cancer.

      malan e os outros nao criaram nada de revolucionario, apenas implantaram no brasil o consenso de washington, mesma coisa que o mexico e a argentina ja haviam feito.

      se vc lembrar o q ocorreu com esses dois países: mexico e argentina quebraram, o brasil q implantou depois, estava quase quebrando, quando o “cancer” “petralha” assumiu e salvou o país de seguir o rumo da argentina. Lula teve visao estrategica, entre outras coisas, mudou nossa politica externa, alem de criar politicas para a entrada de dolar.

      entao, se hj vc ta sentado ai, numa economia ainda estavel, com bom indice de emprego, e com um consumk descomunal (brasileiro tem gastado dinheiro em lugares que estao acima de seu padrao financeiro), vc deve agradecer ao lula e a dilma, com todos os erros que possam ter acontecido no governo deles. Lembrando que lula quem diminuiu a relaçao divida/pib que o fhc dobrou, mesmo sem gastar com uma estrada sequer, sem construir um hospital, uma universidade e e com o dinheiro das privatizaçoes em caixa (um genio: conseguiu elevar a divida arrecadandk mais e sem gastar um tostao).

       

      por ultimo, gostaria de saber o que significa descontrolado para vc. A inflaçao nossa nao eh a ideal, mas esta longe de ser altissima e muito longe de ser descontrolada, pq mesmo nesse patamar de 6,5% o maximo q ela chegou a atingir no acumulado do ano passado foi 6,91, recuando ao fim do ano para 6,5%. Acho q se estivesse descontrolada, estariamos vivenciando o aumento dela mes a mes, sem a possibilidade de diminuiçao do acumulado.

       

      nao ignoro suas opinioes contrarias, mas essa do descontrole da inflaçao eh a tipica argumentaçao de pessoas com essa patologia chamada antipetismo, q regurgitam discursos sem noçao da midia notoriamente antipetista. Mas vai ver a palavra descontrolada tem outro significado q nao sei ne?

  23. Muito bom

    Mas acho que a volta da ortodoxia era inevitável, a correlação de forças é muito favorável a ela. Controlam as universidades, os meios de comunicação, o sistema financeiro, os organismos multilaterais tipo FMI, Banco Mundial…

    Avançaram sobre a tentativa de uma terceria via com a maior facilidade. A tomada da Fazenda era inevitável frente a essa disparidade de forças. Dilma e Mantega merecem reconhecimento pela tentativa de enfrentamento que realizaram, coragem que nem Lula nem FHC tiveram.

    Para enfrentá-la talvez precisássemos mudar um pouco o foco da disputa partidária e assumir um confronto mais direto entre a politica economica ortodoxa e outra mais realista e voltada para os interesses nacionais.

    Estamos percebendo agora que a mera alternância partidária não é capaz de fazer a diferença na administração do núcleo da politica econômica, como ja tinha ficado claro antes com a sucessão do PFL pelo PSDB e do PSDB pelo PT. O que resta então é mudar o foco da critica, de uma crítica partidária para uma crítica ideológica. O inimigo não é pois o PSDB e sim a ortodoxia. 

     

     

  24. Ortodoxia, laissez-fair,

    Ortodoxia, laissez-fair, plano cruzado, plano bresser, plano collor I e II, plano real, urv, chicago-boys, overnight, encilhamento, inflação, hiperinflação, estagflação, fiscal do sarney, máquina de remarcar preços, dentre outros itens e sem ordem cronológica, O “Projeto PT” de governar, nos derradeiros 12 anos, varreu, para debaixo do tapete, todos esses quetais, deixando transparecer que fechara as portas esse imenso laboratório chamado Brasil. Assim, adentramos no rol das 10 maiores economias do Planeta. Pan-Americano, Capa do Mundo e Olimpíadas foram o coroamento desse projeto. Tossindo, a vaca foi pro brejo, levando à tiracolo o crédito, deixando ao deus dará a imensa classe média, agora ampliada pelas classes “C” e “D”. Logo logo, em regozijo, a mídia estampará manchetes espetaculares com aqueles termos e “la nave vá”. Não se agiganta um país, economicamente falando, apenas com decisões estabelecidas nos ambientes refrigerados de palácios. As diretivas para o progresso de uma nação devem ser frutos da interação entre todos os súditos, incondicionalmente, ao que se procede mediante PLANOS (pactos). Fora isso é só retórica. É, minimamente, indigno se mexer com o destino de 200 milhões de almas impunemente. Dê-se como perdida, no bom sentido, a geração atual, como a da década dos anos 1980, e que se implementem metodologias visando-se as gerações futuras. Simplificadamente, as principais metodologias a serem priorizadas seriam a Educação e a ocupação do território. O resto é perfumaria.-

    1. O lula teve 8 anos de vento a
      O lula teve 8 anos de vento a favor, com o mundo todo crescendo. O que ele fez? Nada. Era a hora de modernizar o sistema tributário, arrumar a casa e ele só fez o velho populismo. O vento mudou e quem se preparou ta se saindo bem, veja o exemplo da india.

  25. TU QUOQUE, FILI?

    Se o novo governo visa apenas condicionar a reversão das expectativas agourentas, neste momento de transição, pode até ser aceitável a ortodoxia exibida até aqui. Mas, se esta estratégia for mantida por muito tempo, trará graves os danos ao crescimento econômico e ao bem estar social, e, assim, pode gerar prejuízos políticos no futuro. Afinal, não foi para favorecer o rentismo que a eleição foi vencida.

  26. Onde está a ortodoxia????
    Medidas adotadas hoje pelo Ministro da Fazenda: Antes de falar, pense!

     

    levy

    E antes de pensar, leia!

    Eu vou pensar aqui. Quiçá você leia!

    Vejo gente reclamando do governo por fazer ajustes na economia. “Elevação de impostos”, berra a urubóloga-mor da mídia oligárquica, no que é seguida por todos quantos perderam que fosse o candidato deles a fazer tudo isso e muito mais.

    Vejo gente que simplesmente – e sem saber de absolutamente nada – se aproveita para bater no governo. E, claro, na presidenta.

    Um e meio por cento de aumento na alíquota do IOF para operações de crédito com até 12 meses não afetará o padrão de consumo dos brasileiros.

    A uma, porque o grosso da renda é gasto em itens à vista: alimentação, educação, transporte e saúde. Imagino que ninguém compre uma caixa de Neosaldina em 12 vezes sem juros.

    A duas, porque o comércio continuará ofertando crédito “sem juros”. Apenas vai embutir o IOF no preço e, convenhamos, dizer que uma geladeira custa 1000 ou 1001,50 não fará a mínima diferença. Mesmo porque, as pessoas em geral não guardam que ela custava 1000. Vão aceitar o 1001,50 como sendo o preço dado. E não deixarão de consumir.

    A três, porque cobrar 0,22, a título de CIDE, no preço da Petrobrás poderá ou não afetar o preço final da gasolina. Mas os arautos da desgraça já saem berrando “CORRÃO PRAS MONTANHAS!”.

    Há quem nã o pense: o preço final da gasolina é determinado por inúmeros fatores, sendo um dos mais importantes o preço de importação do petróleo. Como é sabido, esse preço anda em baixa mundial. Daí que a Petrobrás poderá absorver o aumento na CIDE. Ou não. Mas isso não autoriza a fazer alarde como se o Apocalipse vá acontecer mês que vem.

    A quatro, equiparar atacadistas à indústria – IPI/COFINS – na área dos cosméticos, é defender a indústria nacional. Vejamos (e pense bem): importamos de tudo da China, inclusive cosméticos que são apenas embalados aqui no Brasil. Os atacadistas saem lucrando, pois conseguem vender mais esses produtos do que se intermediarem a venda dos produtos nacionais.

    Ao serem equiparados à indústria, os atacadistas perderão competitividade com produtos chineses (o de qualquer país) e, presume-se, passarão a dar mais atenção à indústria nacional.

    A cinco, e como se pode ver, o mundo do governo de um país não se resume às manchetes da mídia oligárquica.

     

    1. Em relação as medidas anteriores:

      Algumas dessas pensões de viúvas não são mais benefícios e sim privilégios.

      Dilma vetou a correção do IR (6,5%), mas manteve a correção de 4,5%.

    2. PQP

      O sujeito que escreve isso é um completo imbecil. Estúpido mesmo.

      Já demonstra isso quando supõe que 1,5% de 1000 seja 1,5. PQP. Isso é o cúmulo da burrice. Uma geladeira de 1000 vai passar a custar 1015. E sim, isso faz muita diferença. Ou deveria fazer, numa economia minimamente organizada. 

      Se vocÊ assina um contrato de trabalho por 1015 e chega no dia de receber e o cara diz que só vai te pagar 1000, tá tudo certo ? Fica por isso mesmo ? Só se for o imbecil que escreveu o texto.

      Segundo. Pouco importa na questão da CIDE se o petróleo baixa ou aumenta. É um valor fixo, por litro. Um assalto. A única coisa que vai acontecer, na melhor das hipóteses, é o consumidor não ter o bônus da queda do preço do petróleo. 

      Terceiro. Essa é de arrepiar. O imbecil imagina que o produto importado entra no Brasil e não paga IPI. É por causa de ignorantes como esse, que não tem a mínima idéia dos impostos que ele paga, que aceitamos ser assaltados a cada vez que consumimos.

      Imbecil, IPI é imposto sobre produtos industrializados, e não faz a menor diferença se ele for industrializado aqui no Brasil ou na Cochinchina, no momento em que entrar no país será tributado. Com a gravante que o importador não dispõe do crédito de IPI, que dispõe o fabricante nacional.

      1. R$ 15 reais é o preço de um

        R$ 15 reais é o preço de um lanche, eu a maioria dos consumidores não deixamos de comprar um produto somente porque é R$ 15 mais caro.

        Mesmo assim IOF é um imposto para quem compra a prestações, ele errou mesmo, devia ter falado para quem paga R$ 101,50 em 10 meses ou prestações para adquirir a geladeira, o que é irrisório. A vista custa os mesmos R$1000,00.

        Para a Petrobrás pouco importa gasolina importada ou nacional, hoje o preço internacional está em baixa e se continuar assim por muito tempo terá que baixar, se nossa capacidade de refino fosse maior a nossa gasolina seria muito mais barata que a do mercado internacional.

        A CIDE se municipalizada pode baixar a tarifa do transporte municipal vinculando ao subsídio do transporte em vez de beneficiar o transporte individual.

        Os países estrangeiros fazem uma guerra cambial contra o Brasil e temos que permitir seus produtos entrarem sem controle???

        Vocês empresários aceitam numa boa e sem reclamar serem roubados pelos juros altos e a mídia os convence de que o estado é inchado (menos para alimentar os rentistas).

         

         

        1. Deixa eu ver se entendi

          Em 2014 o governo baixou de 6% para zero o IOF do dinheiro que as montadoras ( ou seus bancos ) pagavam sobre a grana que pegavam lá fora para financiar os carros aqui. Sim, porque quando você compra um carro a prazo, que é a regra, compra também do banco da montadora ( banco FIAT, banco GM, atc ) o dinheiro para pagar a própria montadora a vista.

          Agora o governo enfia 1,5% de IOF de volta, mas não mais na montadora ( ou seu banco ), mas sim na bunda do comprador. E tá tudo certo.

          Esse negócio da CIDE municipalizada é cascata. Isso não existe. Cai na primeira ação judicial. A menos que emendem a constituição.

          Ninguém falou aqui que temos que permitir que algum produto entre sem pagar os mesmo impostos que são pagos se fossem industralizados aqui. O único imbecil que acha que fazemos isso é o autor do texto, que pensa que produto industrializado lá fora não paga imposto sobre indistrialização ( IPI ).

  27. Que impostos?

    Por mim voltavam o ipmf, urgente, aumentava a gasolina como o waaack queria e seria revogado a redução de 30% que a Dima deu em setembro de 2013. É muito fácil, basta lembrar que os empresários covardes ficaram caladinhos quando o pig atcaou a Dilma por bancá-los.

    O empresariado covarde não merece aqueles bonus. E não poderão reclamar nem mexer nos preços.

    Agora, imposto sobre fortunas e ipmf nem dá para discutir, é já!

    1. Meu querido

      Os impostos, qualquer um que não seja sobre propriedade e renda, irão cair integralmente em cima do consumidor.

      Empreendedor só reclama porque é quem tem um pouco mais de visão prática de como a coisa toda funciona. Até por isso não fica trabalhando para os outros.

  28. Para o governo dar uma

    Para o governo dar uma guinada ao discurso que o elegeu vai depender da eleição para a presidência das duas casas no Congresso.

    É preciso haver mais pressão popular, IR progressivo com 10 a 12 alíquotas (em vez das atuais 5) não precisa de votação no Congresso.

    Imposto das Grandes Fortunas poderia vir por decreto, com um aliado presidindo o Congresso impediria o veto pelos parlamentares, se for para o STF o governo ganharia já que está na constituição. O casamento gay foi aprovado sem passar pelo legislativo, o mesmo está para acontecer com o fim do financiamento privado de campanha, espero que a Dilma não tenha amnésia e mantenha o “Padrão Barroso” nas nomeações de ministros do STF.

      1. O Aécio então foi ditador

        O Aécio então foi ditador quando governador de Minas???

        Os seus juízes amigos deixavam tudo na boa.

        Taxar grandes fortunas tem apoio popular e está na constituição.

        1. Óbvio que tem apoio popular

          Só não tem apoio desse governo.

          Ou porque em doze anos não enviaram um projeto de lei regulamentando algo que está previsto na constituição ?

          Tem alguma idéia do motivo ???

          1. Não sabe nem a diferença de

            Não sabe nem a diferença de imposto direto e indireto.

            IGF vai taxar a renda dos empresários, não as empresas.

        2. A constituição federal veda a
          A constituição federal veda a instituição de impostonpor decreto. Existe hipótese em que pode ser majorada a alíquota de determinados impostos por decreto, como o IPI.
          Porém nunca a instituição dele.

    1. Só pra complementar: no caso

      Só pra complementar: no caso do imposto grandes fortunas nem por medida provisoria, pois ele tem que ser criado por lei complementa. A medida provisoria tem força de lei ordinaria, nao podendo seu uso para criaçao de tributos por lei complementar.

      igf so passando pelo congresso

  29. Ortodoxia ou interesses do capital financeiro

    Acho um pouco injusto culpar a dupla Mantega-Arno por não ter conseguido romper com a ortodoxia das políticas monetária e fiscal. Romper com essa ortodoxia seria enfrentar os interesses do capital financeiro. E teríamos que incluir o Tombini nessa empreitada. Fossem outros os nomes no governo, teriam eles conseguido romper com essa ortodoxia? Duvido.

    Em vez de falar em ortodoxia e heterodoxia, prefiro falar em grupos de interesses. Há os interesses dos donos do capital financeiro, os interesses dos empresários da economia real e os interesses dos trabalhadores.

    Cada grupo de interesses tem sua lógica de funcionamento. No Brasil, a permanência de taxas de juros muito acima dos níveis internacionais só pode ser explicada pela dominância dos interesses do capital na formulação da política fiscal e monetária do País.

     A estratégia 1 – menos ortodoxia – baseada essencialmente na redução da taxa Selic, já foi tentada pelo governo Dilma. A Selic foi reduzida de 12,5% para 7,25%. Isso afetou o mercado financeiro, que engendrou uma violenta campanha contra o BC e a Dilma, obrigando-a a voltar atrás, aumentando novamente a Selic. Foi criado o consenso de que os empresários não investiam porque tinham perdido a confiança na política econômica do governo.

    Não se desafia o mercado financeiro impunemente. Dona Dilma aprendeu a lição. Por isso teve que nomear um ministro da Fazenda que fosse do agrado do mercado financeiro.

    Afinal, o Brasil precisa do dinheiro externo para fechar seu balanço de pagamentos.

    1. O problema dessa análise de

      O problema dessa análise de grupos de interesse é que os interesses dos grupos não são mutuamente excludentes, e também não são tão claros assim. Quando você diz: “Foi criado o consenso de que os empresários não investiam porque tinham perdido a confiança na política econômica do governo.”, qual a sua base para isso?? Você já olhou o que aconteceu com os índices de confiança dos empresários nos últimos anos?? Foi um desastre sem igual no resto do mundo. E agora uma grande parcela dos empresários está confiante com as mudanças que estão ocorrendo. Ao mesmo tempo, quais são os interesses do mercado financeiro??? O mais vantajoso para o Itau, ou Bradesco, é que o país cresça e a demanda por empréstimos suba. De que forma isso é conflitante com o interesse dos empresários?? Juros maiores por si só não causam aumentos do lucro dos bancos, já que da mesma forma que aumentam os ganhos dos empréstimos, aumentam os custos das captações na mesma proporção (de forma bem simplificada, todo dinheiro que os bancos emprestam ou é captado, ou é capital social, que é uma parte pequena perto do passivo). O que eles querem é mais negócios, emprestar mais dinheiro pra ganhar mais dinheiro, ou seja, que o país cresça. E para o capital especulativo, como o Nassif falou, de que forma um cenário previsível é vantajoso??? Capital especulativo quer volatilidade, imprevisibilidade. Quem quer previsibilidade são os investidores de longo prazo – teoricamente, os investidores “bons”. Sobre os juros, embora a SELIC (que é uma taxa de curto prazo) tenha subido, as taxas de longo prazo da economia caíram em 2015. As empresas não se financiam pela SELIC, se financiam por taxas de prazos mais longos. Se for feito um ajuste crível na SELIC e na política fiscal de forma que todos acreditem que isso irá controlar a inflação, as taxas de longo prazo cairão e, com isso, o custo de financiamento das empresas. Não nego que existam interesses, mas a metodologia de colocar tudo como um jogo de interesses onde todos os interesses são conflitantes, sem analisar a fundo quem se beneficiaria e quem se prejudicaria pode te levar a conclusões muito erradas.

  30. Grande parte das fusões no país são ilegais!!!

    Mantega foi amador mesmo, banco público (BNDES) não financia empresa grande e privada, lição básica de economia, bilhões investidos na Vale e a empresa nem foi reestatizada por completo.

    O que o Brasil ganhou com o BNDES financiando frigoríficos??? Ainda perdeu a chance de ser acionista da General Motors.

    O lucro de poucos empresários brasileiros foi subsidiado pelo governo, como agradecimento esses empresários fazem certos preços serem tão caros no país impedindo queda acentuada da inflação e juros.

    Friboi, Ambev, Oderbrecht, etc que peguem dinheiro com Itaú, Bradesco, Santander, HSBC, etc; os grandões que se entendam.

     

      1. O Gilmar Mendes que vocês

        O Gilmar Mendes que vocês idolatram impediu a a aprovação imediata do Fim do Financiamento Privado para ajudar a oposição, que sem discurso depende muito de $$$$$$$$ para enganar incautos.

          1. Você não explicou porque a

            Você não explicou porque a oposição morre de medo que o Financiamento privado seja extinto.

             

          2. Simplesmente porque o fim do

            Simplesmente porque o fim do financiamento privado não impede o caixa 2, e não impede o governo de irrigar sua campanha as custas das estatais como bem vemos agora.

  31. Odeio opinar do que não

    Odeio opinar do que não compreendo direito, mas vou arriscar.

    Para este tipo de gente que foi nomeado apenas por motivos políticos e não por competência, a válvula de escape sempre será os que estão fora do mercado financeiro.

    Nós somos a máquina de moer e acabamos pot também nos moendo.

    Como destacou José Dirceu, ”  …Caminhamos assim – conscientemente, espero, por parte do governo “… ,

    coloca-se o bode na sala, depois tira-se o bode da sala.

     

     

  32. vou tentar falar algo consistente

    Pelo que entendi você apresentou duas possibilidades econômicas de curto prazo. A ortodoxa levistica é a que será aplicável, até por que o Levy é da escola de chicago. O modelo heterodoxo geralmente só dá resultados para intervalos maiores de longo prazo> No Brasil, politicas de longo prazo, fora os planos da década de 50 ou da década de 70 (tapa buracos) não funcionam. Logo, o problema da burrada (mais do arno) do que do mantega, é que todo o ministro da fazenda deve sinalizar o mínimo possível pros agentes ( o famoso fica de bico fechado e só fala o que tu vai realmente fazer) . Um exemplo simples (e humilde de minnha parte) foi o que o fraga fez com a candidatura do aécio, (falou demais). A sinalização em economia é mais forte do que o plano, é ela que determina a diretriz dos mercados, das expectativas dos agentes (desculpe a redundância). O que temos visto, é que a sinalização determina as expectativas de curto prazo, (claro que nunca de longo prazo) por mais que determinar o que é curto ou longo prazos seja um exercício mais matemático do que lógico. Quanto ao seu quadro, fica dele posto difícil de determinar o papel de alguns agentes na mudança de estratégia de uma equipe econômica. Não dá pra saber quem vem primeiro: a mídia que enrrosca o discurso do ministro, ou o minstro que dá corda pra mídia erroscá-lo. Se se soubesse quem vem primeiro, me arriscaria a determinar (mesmo de forma piadística) qual a chance do ministro fazer uma nova bobagem econômica. Assim, não é plano econômico, é sinalização.

    1. tentativa de falar algo consistente

      bem interessante, arturo! acho q é pelo menos um tanto por aí. a barafunda dos agentes, dinheiro grosso na mão de poucos q querem + e +, sempre +. muito poderosos, com muita grana pra mandar bala em mídia em cima de quem quisesse manter a selic naquele patamar – ainda indecente. 

  33. uma palavrinha
    Nassif, você já de décadas continua o rei de mergulhar fundo no economês para traduzir as perspectivas sempre reais (nunca míticas, nesta nossa terra dos desavisados, o nosso Brasil ) para o seu leitor. Há pelo menos duas décadas atrás defendia que o jornalista especializado fizesse uma segunda graduação na matéria de interesse. Vejo que se o seu remédio é antigo e bom, o ‘paciente’ impaciente, o seu leitor, continua o mesmo. Penso que deixou claríssimo onde vai dar o aval da presidenta a este receituário do rentismo desbragado e do arrocho via fiscal nominal, depois exatamente do trabalho de doze anos de inclusão na economia formal, do tecido social da informalidade econômica. Exatamente aí é que sinto que você (como se diz) ‘pegou pesado’ com o Mantega. De um lado o rentismo e a especulação mergulhando o ocidente na pesada crise de confiança de 2008, doutro o personalismo e a mão dura de Dilma em articular soluções de longo prazo, além da mínima articulação política defensiva. Neste panorama, contribuo, cristã e humildemente e sem culpa, o Min. Mantega não saiu-se melhor que o soneto? Abraço

  34. NEOKEYNESIANOS X NEOLIBERAIS

    NEOKEYNESIANOS X NEOLIBERAIS

    AMBOS ADVOGAM A INTERVENÇÃO DO ESTADO PARA A CORREÇÃO DOS CICLOS ECONÔMICOS:

    PARA OS KEYNESIANOS MAIS PELA VIA DOS INVESTIMENTOS ESTATAIS DIRETOS OU FINANCIADOS (BNDES, CAIXA, BB, BNDESPAR, PETROBRÁS, ELETROBRÁS, ETC.), FOCANDO NO INVESTIMENTO REAL PÚBLICO OU PRIVADO SUBSIDIADO E SEU IMPACTO NO AUMENTO DA OFERTA QUE INDUZ A EXPECTATIVA DE CRESCIMENTO.

    PARA OS LIBERAIS MAIS PELA VIA DO BANCO CENTRAL E MINISTÉRIO  DA FAZENDA, COM POLÍTICA DE JUROS CONSERVADORA  E REDUÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS, TAMBÉM PARA AUMENTAR A CONFIANÇA DO INVESTIDOR PRIVADO AO REDUZIR A EXPECTATIVA DE INFLAÇÃO E DE RISCO DE DEFAULT NAS CONTAS EXTERNAS.

    PS: NO BRASIL, DESDE D. PEDRO II, REMUNERA-SE O DINHEIRO A 6% A.A. PELA POUPANÇA. NA ÉPOCA, COM O CRESCIMENTO EXISTENTE ERA POSSÍVEL, HOJE NÃO MAIS, INDUZINDO À CORREÇÃO DOS ATIVOS REAIS EM TAXAS SEMELHANTES, INFLAÇÃO PSICO-INERCIAL MITIGADA A PARTIR DE 2012 COM A REGRA DA REMUNERAÇÃO DE 70% DA SELIC ABAIXO DE 8,5% A.A., MAS AINDA COM O RANÇO DA INDEXAÇÃO/CORREÇÃO DE PREÇOS PRESENTE NA CABEÇA DOS BRASILEIROS HÁ TANTAS GERAÇÕES. 

  35. Governo Fraco

    Muito se falou nesse tempo que o Mantega era fraco, a Dilma muito atrapalhada e uma hora a bomba ia estourar… Mas a militância não aceita críticas e defendia com unhas e dentes até a contabilidade criativa do Arno… Deu no que deu! Levy na cabeça de vocês agora… E aí?

  36. O que tem por trás da LAVA-JATO manipulada.

    Publicado em 21/01/2015

    Lava Jato é para destruir 
    Petrobras e empreiteiras

    Agora é a judicialização do entreguismo. Esses tucanos … – PHA

     

     

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    O Conversa Afiada reproduz a partir do Viomundo:

     

    BENAYON: LAVA JATO MANIPULADA PARA DESTRUIR PETROBRAS E EMPREITEIRAS NACIONAIS

    por Adriano Benayon, via Desenvolvimentistas

    1. Não é hipérbole dizer que o Brasil – consciente disto, ou não – vive momento decisivo de sua História. Se não quiser sucumbir, em definitivo, à condição de subdesenvolvido e (mal) colonizado, o povo brasileiro terá de desarmar a trama, o golpe em que está sendo envolvido.

    2. Essa trama – que visa a aplicar o golpe de misericórdia em qualquer veleidade de autonomia nacional, no campo industrial, no tecnológico e no militar – é perpetrada, como foram as anteriores intervenções, armadas ou não, pelas oligarquias financeiras transnacionais e instrumentalizada por seus representantes locais e pelo oligopólio mediático, como sempre utilizando hipocritamente o pretexto de combater a corrupção.

    3. Que isso significa? Pôr o País à mercê das imposições imperiais sem que os brasileiros tenham qualquer capacidade de sequer atenuá-las.

    4. Implica subordinação e impotência ainda maiores que as que levaram o País, de 1955 ao final dos anos 70, a endividar-se, importando projetos de infra-estrutura, em pacotes fechados, e permitindo o crescimento da dívida externa, através dos déficits de comércio exterior decorrentes da desnacionalização da economia, e em função das taxas de juros arbitrariamente elevadas e das não menos extorsivas taxas e comissões bancárias para reestruturar essa dívida.

    5. Ora, a cada patamar inferior a que o Brasil é arrastado, o império o constrange a afundar para degraus ainda mais baixos, tal como aconteceu nas décadas perdidas do final do Século XX.

    6. Na dos anos 80 ocorreu a crise da dívida externa, após a qual o sistema financeiro mundial fez o Brasil ajoelhar-se diante de condições ainda mais draconianas dos bancos “credores”.

    7. Na dos anos 90, mediante eleições diretas fraudadas em favor de ganhadores a serviço da oligarquia estrangeira, perpetraram-se as privatizações, nas quais se entregaram e desnacionalizaram, em troca de títulos podres de desprezível valor, estatais dotadas de patrimônios materiais de trilhões dólares e de patrimônios tecnológicos de valor incalculável.

    8. A Operação Lava-jato está sendo manipulada com o objetivo de destruir simultaneamente a Petrobrás – último reduto de estatal produtiva com formidável acervo tecnológico – bem como as grandes empreiteiras, último reduto do setor privado, de capital nacional, capaz de competir mundialmente.

    9. Quando do tsunami desnacionalizante dos 90, a Petrobrás foi das raras estatais não formalmente privatizadas. Mas não escapou ilesa: foi atingida pela famigerada Lei 9.478, de 1997, que a submeteu à ANP, infiltrada por “executivos” e “técnicos” ligados à oligarquia financeira e às petroleiras angloamericanas.

    10. Essa Lei abriu a porta para a entrada de empresas estrangeiras na exploração de petróleo no Brasil, com direito a apropriar-se do óleo e exportá-lo, e propiciou a alienação da maior parte das ações preferenciais da Petrobrás, a preço ínfimo, na Bolsa de Nova York, para especuladores daquela oligarquia, como o notório George Soros.

    11. Outros exemplos do trabalho dos tucanos de FHC agindo como cupins devoradores – no caso, a Petrobrás servindo de madeira – foram: extinguir unidades estratégicas, como o Departamento de Exploração (DEPEX); desestruturar a administração; e liquidar subsidiárias, como a INTERBRÁS e numerosas empresas da área petroquímica.

    12. Como assinalam os engenheiros Araújo Bento e Paulo Moreno, com longa experiência na Petrobrás, a extinção do DEPEX fez que a empresa deixasse de investir na construção de sondas e passasse a alugá-las de empresas norte-americanas, como a Halliburton, a preços de 300 mil a 500 mil dólares diários por unidade.

    13. Os próprios dados “secretos” da Petrobrás, inclusive os referentes às fabulosas descobertas de seus técnicos na plataforma continental e no pré-sal são administrados pela Halliburton. Em suma, a Petrobrás é uma empresa ocupada por interesses imperiais estrangeiros, do mesmo modo que o Brasil como um todo.

    14. Além disso, a Petrobrás teve de endividar-se pesadamente para poder participar do excessivo número de leilões para explorar petróleo, determinados pela ANP, abertos a empresas estrangeiras.

    15. Para obter apoio no Congresso, os governos têm usado, entre outras, as nomeações para diretorias da Petrobrás. Essa política corrupta e privilegiadora de incompetentes, já antiga, é bem-vinda para o império, e é adotada para “justificar” as privatizações: vai-se minando deliberadamente a empresa, e depois se atribui suas falhas à administração estatal.

    16. Tal como agora, assim foi nos anos 80 e 90, com a grande mídia, incessantemente batendo nessa tecla, e fazendo grande parte da opinião pública acreditar nessa mentira.

    17. Mas as notáveis realizações da Petrobrás são obras de técnicos de carreira, admitidos por concurso – funcionários públicos, como foram os da Alemanha, das épocas em que esse e outros países se desenvolveram. Entretanto, a mídia servil ao império demoniza tudo que é estatal e oculta a corrupção oriunda de empresas estrangeira, as quais, de resto, podem pagar as propinas diretamente no exterior.

    18. Para tirar do mercado as empreiteiras brasileiras, as forças ocultas – presentes nos poderes públicos do Brasil – resolveram aplicar, contra essas empresas, a recente Lei nº 12.846, de 01.08.2013, que estabelece “a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira (sic).”

    19. Seu art. 2o reza: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas objetivamente, nos âmbitos administrativo e civil, pelos atos lesivos previstos nesta Lei praticados em seu interesse ou benefício, exclusivo ou não.”

    20. Como as coisas fluem rapidamente, quando se trata de favorecer as empresas transnacionais, a Petrobrás já cuidou de convidar empresas estrangeiras para as novas licitações, em vez das empreiteiras nacionais.

    21. A grande mídia, tradicionalmente antibrasileira, noticia, animada, a possibilidade de se facilitar, em futuro próximo, a abertura a grupos estrangeiros do mercado de engenharia e construção civil, mais uma consequência da decisão, contrária aos interesses do País, de considerar inidôneas as empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato.

    22. Recentemente, nos EUA, foi infligida multa recorde, por corrupção, a um grupo francês, a qual supera de longe os US$ 400 milhões impostos à alemã Siemens. Já das norte-americanas, por maiores que sejam seus delitos, são cobradas multas lenientes, e não está em questão alijá-las das compras de Estado.

    23. Já no Brasil – país ocupado e dominado, mesmo sem tropas nem bases estrangeiras – somente são punidas empresas de capital nacional. Fica patente o contraste entre um dos centros do império e um país relegado à condição de colônia.

    24. Abalar a Petrobrás e inviabilizar as empreiteiras nacionais implica acelerar o desemprego de engenheiros e técnicos brasileiros em atividades tecnológicas. As empreiteiras são importantes não só na engenharia civil, onde se têm mostrado competitivas em obras importantes no exterior, mas também por formar quadros e gerar de empregos de qualidade nos serviços e na indústria, inclusive a eletrônica e suas aplicações na defesa nacional.

    25. Elas estão presentes em: agroindústria; serviços de telefonia e comunicações; geração e distribuição de energia; petróleo; indústria química e petroquímica; construção naval. E – muito importante – estão formando a nascente Base Industrial da Defesa.

    26. A desnacionalização da indústria já era muito grande no início dos anos 70 e, além disso, foi acelerada desde os anos 90, acarretando a desindustrialização. Paralelamente, avança, de forma avassaladora, a desnacionalização das empresas de serviços.

    27. Este é o processo que culmina com o ataque mortal à Petrobrás e às empreiteiras nacionais, e está recebendo mais um impulso através da política fiscal – que vai cortar em 30% os investimentos públicos – e da política monetária que está elevando ainda mais os juros.

    28. Isso implica favorecer ainda mais as transnacionais e eliminar maior número de empresas nacionais, sobre tudo pequenas e médias, provedoras mais de 80% dos empregos no País. De fato, só as transnacionais têm acesso aos recursos financeiros baratos do exterior e só elas têm dimensão para suportar os cortes nas compras governamentais.

    29. Como lembra o Prof. David Kupfer, a Petrobrás e seus fornecedores respondem por 20% do total dos investimentos produtivos realizados no Brasil. Só a Odebrecht e Camargo Corrêa foram responsáveis por mais de 230 mil empregos, em 2013.

    30. A área econômica do Executivo parece não ver problema em reduzir o assustador déficit de transações correntes (mais de US$ 90 bilhões de dólares em 2013), causando uma depressão econômica, cujo efeito, além de inviabilizar definitivamente o desenvolvimento do País, implica deteriorar a qualidade de vida da “classe média” e tornar ainda mais insuportáveis as condições de vida de mais da metade da população, criando condições para a convulsão social.

    31. Por tudo isso, há necessidade de grande campanha para virar o jogo, com a participação de indivíduos, capazes de mobilizar expressivo número de compatriotas, e de entidades dispostas a agir coletivamente.

    Adriano Benayon é doutor em economia, pela Universidade de Hamburgo, e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

     

  37. Aécio queria tomar posse

    Aécio achava que ganhou a eleição, queria tomar posse no lugar de Dilma. Não conseguiu.

    Mas, pela nova diretriz econômica, não tomou posse mais vai governar …

    1. Vai não

      Já está indiretamente governando. Enquanto Dilma der ouvidos a seus “conselheiros” o Brasil andará para trás, mas os rentistas ficarão mais ricos e satisfeitos. Ou melhor, exultantes. Começo a achar uma certa (muita) razão no desejo de Marta, que era Lula 2014. Sem dúvida, teria sido melhor.

  38. Levy

    O Levy fez isso, o Levy fez aquilo. Se fossem medidas “fofinhas”, seriam medidas da Dilma. Ê miserê intelectual, a enganação já foi mais sofisticada.

  39. Obrigada, Nassif pelo texto

    Obrigada, Nassif pelo texto bem didático para quem não é do ramo. Li com muita atenção a maioria dos comentários e acho que mesmo que um bem passe a custar mais R$ 15,00 e ninguém vá deixar de comprar por causa disso, o problema, no meu ignorante ponto de vista, é a sensação que a gente passa a ter de que “tudo aumentou”. Além do mais, não foi dada sequer uma explicação pública sobre os porques de se estar fazendo isso ou aquilo. Todo mundo sabia (ou pelo menos descofiava) que seriam necessários ajustes. Mas pouca gente imaginava que seriam esses e em cima de quem (mesmo com pouco impacto). A situação internacional é complicada, aqui também não há trégua, incluindo o desejo quase insano de destruir a Petrobrás e entregar a quem chegar primeiro. Mas uma explicação em linguagem acessível, não faria mal a ninguém.

  40. Pelo menos dessa vez você citou Dilma-Mantega-Arno.

    Mantega foi um grande ministro, a crise de 2008 provou isto. Dilma sim, é uma presidente que a história ainda terá bastante trabalho para esmiuçar. Não se sabe exatamente até que ponto vai seu autoritarismo tão comentado. O fato é que, na melhor das hipóteses para ela, já se sabe que não tem o carisma e nem sombra da capacidade de comunicação que seria fundamental para governar um país onde a mídia joga contra o tempo todo. Lula tinha esse carisma, essa força, que se sobrepunha aos contra e empurrava o barco pra frente. Com Dilma o Brasil ficou amarrado, a ponto de ter de voltar para a falta de criatividade, para o mesmo do mesmo.

  41. Não tenho o menor receio de dizer

    Não tenho o menor receio de dizer que os EUA estão por trás do golpe técnico para desarmar o crescimento do Brasil.

    Os economistas estão influnciando negativamente na gestão de equilíbrío do sistema, para cair a produtividade e prosperidade social.

    As medidas por pesquisas atacam toda cadeia produtiva como gafanhotos na lavoura, se relacionados aos alimentos podem contaminar todos indicadores da economia.

    Os juros são distribuídos como agrotóxicos e finalmente atingem o governo: uma parte dos setores da economia se salva, mas já adoece mortalmente o mercado consumidor.

    As doses das taxas de juros são desgraçadamente uma irracionalidade moral justificada com o caráter de uma linguagem feita para enganar um povo que está sendo implacavelmente destruído.

     

  42. A critica de Luis Nassif agrada gregos e troianos

     

    Luis Nassif,

    Será minha segunda tentativa de enviar este meu longo comentário. Não sei o que ocorreu para que o anterior não fosse aceito se recebi a confirmação do envio na numeração “#comment-558164”. Aproveitarei o contratempo para fazer acertos em todo o meu comentário.

    E eu poderia dizer que se trata da terceira tentativa, pois na primeira tentativa que eu não cheguei a enviar, eu pretendia enviar o comentário para Anafilófio. Minha intenção era enviar meu comentário para o comentário de Anafilófio enviado terça-feira, 20/01/2015 às 15:44, e que agora está na segunda página em que ele diz o seguinte:

    “Apenas dois pontos discordantes: se os juros caírem aumenta o crédito e a demanda interna, teremos inflação de demanda, que cria expectativas de mais inflação, a indústria local não consegue se recuperar antes, nem há como o país criar infraestrutura a tempo. Haverá aumento das importações. Solução: protecionismo, que é igual a desabastecimento, nestas condições.

    Nenhum empresário sério acredita em terrorismo da mídia, seja ele real ou imaginário, não é a grande mídia que informa os empresários, eles é que dizem o que deve ser informado, eles e o governo, porque são quase a mesma coisa. Não está fácil sair da armadilha da distribuição (justa) de renda sem gerar renda e sem ter poupança. Pobre não tem como poupar, ainda somos um país pobre”.

    Para ele eu preparei o seguinte longo comentário que eu prefiro trazer aqui para a primeira página, como se ele tivesse sido encaminhado para você. Ressalvo que eu não entrei no mérito da parte final do comentário dele com o qual concordo, mas que não fora um assunto focado com preponderância para você. Restringir-me a comentar sobre a equipe amadora e sobre o poder de convencimento da mídia. O que eu pretendia dizer para ele é o seguinte (Como não tinha o comentário original do modo que eu enviei para você, peguei o comentário antes das últimas alterações e tentei repetir as alterações que eu fizera, ao mesmo tempo que acrescentei uma ou outra observação que eu considerava que podia mais bem esclarecer o que eu pretendia dizer):

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Anafilófio (terça-feira, 20/01/2015 às 15:44),

    Pensei em dizer o que você disse. Reconheço, é bem verdade, que eu ia dizer o mesmo, mas ao meu modo, sempre prolixo, difuso e raramente preciso, o que daria umas boas quatro laudas. A minha intenção seria mostrar como, com um texto até certo ponto laborioso, Luis Nassif não chega a demonstrar algo de novo ou consistente sobre a política econômica do primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff ou sobre a força de convencimento da nossa imprensa.

    E não foi só Luis Nassif que se perdeu neste post “Como o amadorismo trouxe de volta a ortodoxia econômica” de terça-feira, 20/01/2015 às 13:02. De certo modo, não se deve omitir que o texto de Luis Nassif deu vazão a comentários construídos do mesmo modo que o dele, isto é, sem fundamentação. São textos dentro da lógica de “livre pensar, é só pensar”.

    Luis Nassif diz muito e apresenta bons quadros, mas esquece de enfatizar que o que ele propõe é mais inflação. Para aqueles que como a mim, defendem mais inflação sob o aspecto dos benefícios econômicos que ela causa, e no meu caso, defesa de leigo, a proposta de Luis Nassif faria sentido, mas só para aqueles que não fossem, como eu sou, um defensor de aumento da tributação.

    Só que nenhum país é governado levando em consideração de modo preponderante aos aspectos econômicos. Um país é governado dando mais relevância aos aspectos políticos. E no mundo político nada é mais correto do que combater a inflação. E não há instrumento mais capaz para combater a inflação do que o Regime de Metas de Inflação. Então a proposta de Luis Nassif de reduzir a taxa selic e mexer no sistema de metas de inflação não tem apoio político e, portanto, não tem como ser executado.

    Enfim, redução de juros é só para ganhar público diante da percepção que o público é mal informado sobre a realidade. O próprio Luis Nassif é cheio do que eu denomino Santa Ignorância, ou seja, tem muito conhecimento, mas se trata de um conhecimento impregnado de boas intenções, de modo que o conhecimento perde valor e se dissolve em ignorância e que só se salva porque é santa, isto é, é plena de boas intenções.

    Depois de bons quadros que me pareceram confusos na minha primeira leitura, e ele completa o texto dele com a idéia de que a economia foi mal não só porque era conduzida por amadores, mas porque o mal foi insuflado pela grande mídia. Aceitas como verdadeiras as duas ilações não haveria muito o que discutir sobre o que ele expõe neste post “Como o amadorismo trouxe de volta a ortodoxia econômica”. No entanto, lendo e relendo o post, observa-se que ele, excetuando o Brasil, não é capaz de mencionar um só país, e bastando uma só situação, em que a economia encaminhou para a estagnação ou recuperou-se em razão de “pesadíssima campanha negativa [ou positiva] dos grupos de mídia”.

    No caso do Brasil, com base apenas no que ele diz e que alguns comentaristas confirmam, sim, ele é capaz de dar o exemplo de uma associação do “amadorismo” da equipe econômica com o “terrorismo praticado pela mídia” e assim, em vez do “governo se armar dos melhores oficiais para enfrentar o fogo de exaustão” . . . “entregou a guerra nas mãos da dupla Mantega-Arno” que “desmoralizaram a tentativa de romper com a ortodoxia das políticas monetária e fiscal”.

    Assim, sem demonstrar o amadorismo e sem provas de que a mídia tem toda a capacidade de conduzir a economia, o texto de Luis Nassif sobrevive na confiança que se tem na palavra dele. E há a complementação que vai na mesma direção de Luis Nassif observada em alguns comentários nos quais não se lê algo que possa servir de aprendizado. O Renato Ferreira Lima, em comentário enviado terça-feira, 20/01/2015 às 16:35, faz uma aparente crítica ao Luis Nassif, pois critica os Keynesianos que seriam uma espécie de heterodoxos que Luis Nassif defende. A crítica no fundo reproduz a crítica que Luis Nassif faz a equipe econômica do primeiro governo da presidenta e se poupa as novas medidas da nova equipe econômica é por se alinhar na idéia do anti keynesianismo. Renato Ferreira Lima não percebe que como já dizia Milton Friedman em 1965, “We are all Keynesians now”. No mundo todo só há governos keynesianos. Há governos de direita que se preocupam menos em dividir a renda, e assim trabalham com índices de inflação mais baixos e com índices de desemprego mais elevados, mas não há governos que trabalhem sem déficits públicos a impulsionar a economia se se inclui no déficit a rolagem da dívida pública, ainda que o dinheiro da rolagem vá para os mais ricos, o que, para a esquerda pode não ser de todo ruim se isso gerar mais empregos.

    Na mesma linha é o que fez Sergior ao enviar terça-feira, 20/01/2015 às 15:59, comentário em que ele transcreve o belíssimo texto de Gilberto Maringonim professor de Relações Internacionais da UFABC e candidato do PSOL ao governo de São Paulo em 2014. O texto é belíssimo, não só no estilo como também no conteúdo e bem, merece ser transformado em post. Tudo que ele diz ali é verdadeiro. Só que não tem significado nenhum, ou dito de outro modo, não revela o que realmente vai acontecer com a economia brasileira. Ou talvez possa até revelar, mas não significa que as metas que o governo pretende alcançar virão contra os interesses dos trabalhadores mais fragilizados na cadeia produtiva e que são os interesses que esse governo defende.

    Para poder compreender o que significa Joaquim Levy no Ministério da Fazenda no governo da presidenta Dilma Rousseff é preciso entender o papel que ele vai desempenhar. Eu até penso que o papel dele é exatamente aquele mostrado por Gilberto Maringonim no artigo que o Sergior transcreveu no comentário dele, mas os fins almejados pelo governo são distintos das consequências que o texto de Gilberto Maringonim parece prever. Aliás, o texto de Gilberto Maringonim é uma espécie de propaganda infiltrada pelo governo na oposição. Quanto mais se destacar que Joaquim Levy é autônomo para fazer o que quiser mais fácil será para Joaquim Levy desempenhar o papel que ele tem no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.

    Quem antecipou o papel de Joaquim Levy no governo da presidenta Dilma Rousseff foi o economista Fernando Nogueira da Costa que produziu o artigo “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista” publicado no Brasil Debate e que foi transcrito aqui no blog de Luis Nassif no post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa” de quarta-feira, 03/12/2014 às 17:04, e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/tatica-fiscalista-e-estrategia-social-desenvolvimentista-por-fernando-n-da-costa

    Além dos comentários que enviei para o post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa”, enviei recentemente quinta-feira, 08/01/2015 às 14:30 junto ao post “Ajuste fiscal sem reformas é blefe” de quarta-feira, 07/01/2015 às 06:00, de autoria de Luis Nassif, um comentário em que eu tento explicar o que levou a presidenta Dilma Rousseff a escolher Joaquim Levy. O endereço do post “Ajuste fiscal sem reformas é blefe” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/ajuste-fiscal-sem-reformas-e-blefe

    No final do meu comentário eu aproveito para ridicularizar o discurso que se faz aqui no Brasil sobre os economistas de Chicago como sendo o supra sumo do conhecimento, esquecendo que os Secretários de Tesouro dos Estados Unidos nos últimos 40 anos não são oriundos de Chicago (Há o secretário do Tesouro do governo de Richard Nixon, George Pratt Shultz que depois virou professor em Chicago, mas que foi assessor de Richard Nixon quando os Estados Unidos abandonaram o padrão ouro, época em que Richard Nixon teria repetido a frase de Milton Friedman: “We are all Keynesians now”). Disse eu lá o seguinte:

    “Enfim, não são as reformas que vão consertar o Brasil ou a falta dela que levará o Brasil para o caos. É preciso mais saber o caminho que se segue. O próprio Joaquim Levy sabe as limitações dele. Ele não é nenhum economista de Harvard, é apenas um economista de Chicago que nas circunstâncias atuais pode dar grandes contribuições ao país”.

    E um pouco mais à frente junto ao post “Petróleo, sanções e desabamento do rublo ameaçam popularidade de Putin” de domingo, 11/01/2015 às 09:57, também aqui no blog de Luis Nassif e com texto do jornal El País intitulado “Rússia beira a tempestade perfeita” em sugestão de Gunter Zibell, eu argumentei em comentário enviado domingo, 11/01/2015 às 19:03, para Gunter Zibell, que se deveriam avaliar bastante as circunstâncias para se analisar um político ou determinada conduta política.

    E dentro da minha linha de raciocínio eu considerava que se se analisassem as circunstâncias talvez se pudesse entender Joaquim Levy como uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal que seria utilizada pela presidenta Dilma Rousseff nas negociações que ela precisaria fazer com o Congresso Nacional e para enfrentar a pressão dos empresários. Para mim a Lei de Responsabilidade Fiscal não é uma lei adequada para ser aplicada em um país de dimensões continentais com péssima distribuição tanto social como regional da renda, mas me parece uma lei necessária para que um partido com relativo apoio popular como o PT mas com fraca representação parlamentar possa ser o partido de condução da presidência da República.

    O endereço do post “Petróleo, sanções e desabamento do rublo ameaçam popularidade de Putin” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/petroleo-sancoes-e-desabamento-do-rublo-ameacam-popularidade-de-putin

    É preciso ver que o PT saiu muito enfraquecido no novo Congresso Nacional. A Dilma Rousseff terá que contar com o apoio de mais partidos e ao mesmo tempo a situação econômica do país requer que menos poderes e recursos sejam concedidos ao novo Congresso Nacional. E percebendo esta nova correlação de forças que se entende o papel do ministro Joaquim Levy. Esta percepção não é vista, entretanto, nos comentários. E como em outros textos, Luis Nassif faz uma análise separada da realidade. De um lado houve uma equipe econômica que seria fraca e de outro há uma nova equipe econômica que não sabe escolher as opções adequadas. De um lado há uma mídia poderosa, monolítica e inimiga do governo e de outro há um povo que se deixa levar pela capacidade de convencimento da mídia.

    Enfim, os textos de Luis Nassif vão em duas teclas. De um lado ele atribui o fracasso econômico do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff à teimosia dela em manter a equipe econômica amadora e, diante da perspectiva de mudança da política econômica, ele mantém a crítica à política econômica ortodoxa da política de juros e do aumento de impostos, critica que soa bem ao empresariado de pequeno e médio porte, plateia ávida por conferencistas dispostos a esclarecer o que ocorre na economia e que estejam dispostos a defender medidas que soem bem aos ouvidos deles. E de outro lado ele crítica o caráter monopolísticos da grande mídia que cria um clima de terrorismo anti governamental. Com um texto assim, além de arregimentar empresários médios e pequenos, ele fica bem com a esquerda não só no combate à política de juro como também ao fazer a crítica à grande mídia.

    E na amarração forçada de uma acusação que talvez se prove falsa: de que a equipe econômica foi amadora com outra acusação que não tem comprovação: a força desmensurada que se dá a mídia, ele se perde nas datas como se depreende do parágrafo transcrito a seguir, embora o próprio parágrafo seja um tanto ambíguo para se saber exatamente a que período ele se refere. Transcrevo o mencionado parágrafo a seguir:

    “Havia um dado da realidade: a pesadíssima campanha negativa dos grupos de mídia, três anos jogando para baixo as expectativas empresariais, em uma estratégia escandalosa de pintar o caos, que atingiu seu ápice com as obras da Copa”.

    Quer dizer, o ápice do caos pintado pela mídia durante três anos deu-se com as obras da Copa. Ora, as obras da Copa ocorreram ao longo de um extenso período. A Copa iniciou no final do segundo trimestre de 2014. O Brasil realmente passou por crise no primeiro semestre de 2014. Só que foi uma crise que ocorreu no mundo todo, salvo na China, porque a crise lá é em outro patamar, e nos Estados Unidos que estão há três anos iniciando uma recuperação e é exatamente a consolidação da recuperação americana que causou os primeiros transtornos nos países emergentes. Como foi uma crise que acometeu mais nos países emergentes, o Brasil sentiu mais, mas sentiu não em função da ação da mídia nem em função do amadorismo da equipe econômica. Enfim, a crise no primeiro semestre de 2014 não decorreu do amadorismo da equipe econômica e não foi feita pela mídia.

    E aqui cabe uma referência especial a atuação do Banco Central do Brasil diante dos primeiros ataques que as moedas dos países emergentes sofreram com a sinalização do fim da política do Quantitative Easing do Fed. Sintomaticamente quase não foi mencionado o post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” de 03/02/2014 às 03:34, publicado no blog Beyond Brics e que merecia maior repercussão no Brasil. Por EM deve-se entender Emerging Markets. O endereço do post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” é:

    http://blogs.ft.com/beyond-brics/2014/02/03/em-central-bankers-guiders-reactors-and-mavericks/

    Há muitos links que eu deixei em comentários que enviei aqui para o blog de Luis Nassif ao longo de 2014. Lembro aqui que fiz menção a este post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” em comentário que enviei quarta-feira, 10/09/2014 às 22:37, para Alexandre Weber – Santos – SP junto a comentário dele enviado quarta-feira, 10/09/2014 às 11:06, lá no post “A ação do Banco Central contra Schwartsman” de quarta-feira, 10/09/2014 às 11:33, aqui no blog de Luis Nassif. E em reposta que ele enviou para mim sexta-feira, 10/09/2014 às 13:41, ele transcreveu todo o conteúdo do post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” que diga-se de passagem é bastante longo. E o post “A ação do Banco Central contra Schwartsman” pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-acao-do-banco-central-contra-schwartsman

    Hoje há espaço para chamar de amadora a equipe econômica, mas lá à frente, quando se fizerem estudos mais exaustivos sobre esse período correspondente ao primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff, talvez a avaliação seja bem diferente. Há mesmo situações que não merecem estudos mais detalhados. A inflação no primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff variou de 5,5 a 6,5%. Nunca na história econômica brasileira o índice da inflação variou em um patamar tão baixo e com uma variação tão pequena. Feito ainda maior se se considera que já há quem recomende uma inflação mais alta que devesse ficar em torno de 6%. A esse respeito vê primeiro o texto de Laurence M. Ball publicado no Vol 13 (May 2013) pp 17-51 da Central Bank Review, intitulado “The Case for Four Percent Inflation” e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.econ2.jhu.edu/People/Ball/four%20percent%20inflation%20cbank.pdf

    E ainda vale deixar o link para o mesmo texto sem desenvolvimento posterior que Laurence Ball publicou pelo FMI em junho de 2014 com o título “The Case for a Long-Run Inflation Targeting of Four Percent” e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://www.imf.org/external/pubs/ft/wp/2014/wp1492.pdf

    E também para o trabalho de Paul Krugman “Inflation Targets RTeconsidered” que ele apresentou na ECB Sintra Conference em maio de 2014 e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://www.ecbforum.eu/up/artigos-bin_paper_pdf_0134658001400681089-957.pdf

    Para Paul Krugman a inflação deve ser mais elevada do que a proposta por Laurence Ball.

    E também vale dar uma olhada junto ao post “Por quê?” de quarta-feira, 29/02/2012 no blog de Alexandre Schwartsman, não só para ver a fraqueza da argumentação por uma inflação mais baixa exposta por quem tem condições de fazer a melhor argumentação possível, como também pela séria de referências que eu deixei para textos que defendiam uma inflação mais alta. O post “Por quê?” pode ser visto no seguinte endereço:

    http://maovisivel.blogspot.com.br/2012/02/por-que.html

    E no comentário que eu enviei quarta-feira, 14/03/2012 às 23:29 eu faço menção ao trabalho de Michael Sarel publicado pelo FMI em 1995 e intitulado “NonLinear Effects of Inflation on Economic Growth” e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www.imf.org/external/pubs/cat/longres.aspx?sk=1873

    Infelizmente o texto não pode ser mais baixado e deve ser pedido por email ao FMI. Tenho uma cópia do texto e ele pode ser lido via Justor. Transcrevo a seguir o parágrafo inicial da conclusão na página 213. Diz lá Michael Sarel no parágrafo inicial do item “V. Conclusions and Policy Implications”:

    “This paper has explored the possibility of nonlinear effects of inflation on economic growth. It found that the function that relates growth rates to inflation contains a structural break. When inflation is low, it has no significant negative effect on economic growth, and the effect may even be slightly positive. But when inflation is high, it has a negative effect on growth. This negative effect is robust, statistically significant, and very powerful. The point of the structural break was estimated to occur when the average annual rate of inflation is 8 percent”.

    No entanto, contando a história do modo como Luis Nassif conta, nada desses êxitos da equipe econômica é considerado e ela é vista como equipe de amadores enquanto ele fica bem com vários grupos inclusive com um grupo numeroso e que usa as mídias sociais e que é representado por manifestantes presentes nas manifestações de junho de 2013. E fica ainda melhor na medida que contada a questão econômica como ele o fez neste post “Como o amadorismo trouxe de volta a ortodoxia econômica” de terça-feira, 20/01/2015 às 13:02, se desobriga de falar que a equipe econômica só pode ser qualificada de amadora porque o Brasil não repetiu no terceiro trimestre de 2013, o que ocorrera nos três trimestres anteriores, qual seja taxas crescentes de Formação Bruta de Capital Fixo (Investimento). No terceiro trimestre de 2013 houve uma reversão no crescimento que não tem uma explicação lógica.

    Se o crescimento econômico não tivesse sido quebrado no terceiro trimestre de 2013, a análise da equipe econômica hoje seria outra. Ao não mencionar essa quebra na retomada do crescimento, deixa-se de falar das manifestações de junho de 2013 que conseguiram o feito que nenhuma imprensa em nenhuma parte do mundo conseguiu em qualquer época em tempos de paz: tirar em 1 mês 29 pontos percentuais na popularidade de um presidente de uma nação. E muito provavelmente as manifestações de junho de 2013 estão na raíz da reversão da retomada de crescimento econômico.

    E não falando das manifestações de junho de 2013 nem da reversão, no terceiro trimestre de 2013, da tendência de retomada de crescimento econômico com concomitante aumento dos investimentos, não é necessário fazer a associação das manifestações de junho de 2013 com o fracasso da política econômica.

    Esquecendo as manifestações de junho de 2013 e estabelecendo a ligação do fracasso da política econômica com a campanha contra a Copa feita pela impressa, Luis Nassif reforça a idéia da importância da capacidade de convencimento da grande mídia para se chegar a resultados ruins na economia. Venho rebatendo essa ideia da importância da mídia há muito tempo. Nesse sentido menciono aqui dois posts. Primeiro o post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” de segunda-feira, 19/05/2014 às 16:38, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de comentário de Motta Araujo junto ao post “O catastrofismo não tem amparo nos fatos” também no blog de Luis Nassif e publicado segunda-feira, 19/05/2014 às 09:26, e com texto de autoria de Alessandre de Argolo. O endereço do post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/sobre-a-criacao-de-uma-clima-de-pessimismo

    O endereço do post “O catastrofismo não tem amparo nos fatos”, para o qual também há o link lá no post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/alessandre-de-argolo/o-catastrofismo-nao-tem-amparo-nos-fatos

    Para o post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” eu fiz um comentário que enviei para Motta Araujo, segunda-feira, 19/05/2014 às 22:19, argumentando que ele tinha um pouco de razão em fazer um comentário para negar validade a idéia de que é a mídia que cria o pessimismo.

    E o segundo post a ser mencionado intitulado “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” de quinta-feira, 20/06/2013 às 16:10, consistindo na reprodução aqui no blog de Luis Nassif do texto com o mesmo título e de autoria de Rafael Araújo, professor da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e da PUC-SP que enfatizava existir uma espécie de inconsciente coletivo expressando essas mesmas idéias que parecem que foram incutidas nas pessoas pela mídia. Talvez o processo seja inverso. A cultura da sociedade forja valores contra os quais a mídia não se dispõe a combater e isso dá a entender que é a mídia que os forja.

    O endereço do post “A cegueira branca do Estado e o gigante iluminado” é:

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-cegueira-branca-do-estado-e-o-gigante-iluminado

    Foi um pouco com esse mesmo entendimento do professor Rafael Araújo que eu dei o título de “A grande mídia influi ainda que menos do ela quer fazer crer” ao comentário que eu enviei para Motta Araujo junto ao post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo”. Não nego a influência da grande mídia. Só que avalio que esta influência é muito menor do que pode parecer. É claro que Luis Nassif como dono de um blog de grande divulgação prefere se colocar dos que inflam a importância da grande mídia.

    E todo mundo fica satisfeito com o texto de Luis Nassif. Felizmente há ainda alguns recalcitrantes que teimam em mostrar que o mundo não gira de modo assim tão simples. Enfim, se poderia dizer como crítica a este post de Luis Nassif que há muito mais coisas acontecendo do que nossos sonhos podem imaginar.

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    Eu poderia só alterar o direcionamento do comentário que eu fiz ao Anafilófio e direcionar todo o comentário antes destinado a Anafilófio para fazer a crítica direta a você, mas como gostei muito do pouco que o Anafilófio havia dito fazendo os dois contrapontos que eu gostaria de apresentar ao seu comentário avaliei que seria melhor manter sem alteração o comentário que eu pretendia enviar diretamente para ele. Como houve uma série de transtornos no caminho e a minha primeira tentativa de enviar o texto para você não foi exitosa, eu acrescentei mais argumentos no texto que anteriormente eu havia preparado para Anafilófio. Pelo esforço em fazer diversos apanhados de contrapontos semelhantes que eu já fizera anteriormente achei que valia a pena trazer todo o meu comentário já pronto para a primeira página uma vez que o post cresceu muito em comentários e o de Anafilófio ficou escondido na segunda página.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 23/01/2015

    1. O equívoco que eu apontei no comentário acima foi meu

       

      Luis Nassif,

      Não procede eu ter dito que o meu comentário anterior não fora aceito. Na verdade, na quarta-feira, 21/01/2015 às 11:08, eu o enviei equivocadamente para junto do comentário de Anafilófio enviado terça-feira, 20/01/2015 às 15:44, e para quem originalmente eu pensara em enviar meu comentário. Só na sexta-feira após ter enviado o comentário acima para você é que pesquisando na segunda página onde estava o comentário de Anafilófio pude perceber que eu me equivocara ao colocar o comentário que já estava destinado a você para junto do comentário dele.

      Foi bom porque corrigir muitos trechos que achei que não estavam claros e porque fiz acréscimos que são uma boa fonte de consulta principalmente em relação a defesa de uma taxa de inflação mais alta.

      E embora o comentário acima seja bem mais completo do que o enviado equivocadamente para Anafilófio, ainda faltou um trecho final de um parágrafo em que eu faço referência a plateia de empresários que gostam de ouvir críticas ao aumento do imposto de modo semelhante ao comportamento dos prosélitos do Partido Republicano americano.. Lá no trecho, eu disse o seguinte:

      “É a mesma plateia que nos Estados Unidos engrossa a fileira do Partido Republicano reclamando por menos Estado, menos impostos e mais liberdade para a livre iniciativa. E fica bem com a esquerda não só no combate à política de juro como também ao fazer a crítica à grande mídia”.

      E lá há também um trecho em que eu faço elogio a equipe econômica por manter a inflação em patamar em torno de 5,5 a 6,5%. Também disse isso no meu comentário acima, mas transcrevo a seguir do modo do que eu disse no meu comentário para você e que eu equivocadamente enviei para junto ao de Anafilófio. Disse eu lá:

      “E vale lembrar que quando se fala muito que talvez sob o aspecto econômico, a inflação devesse ficar em torno de 6%, deveria ser considerado como uma proeza de uma equipe econômica ter deixado a inflação variar entre 5,5% e 6,5% durante quatro anos, feito nunca alcançado no Brasil em toda a sua história por nenhuma equipe econômica (Nunca houve durante tão longo tempo, inflação variando tão pouco em um índice tão baixo, o que talvez leve-se a dizer no futuro que nunca tantos brasileiros deverão tanto a uma equipe econômica tão pequena)”.

      E deixo aqui uma referência a um post importante na discussão sobre a equipe econômica do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff. Trata-se do post “As discussões sobre a taxa Selic” de quinta-feira, 05/12/2013 às 07:00, nele eu ainda pretendo enviar alguns comentários abordando temas ou assuntos diferentes sendo um dos temas exatamente uma espécie de elogio a Guido Mantega. O endereço do post “As discussões sobre a taxa Selic” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/as-discussoes-sobre-a-taxa-selic

      Faz mais de um ano que eu venho tentando terminar o que eu começara, mas nunca termino. Talvez eu deva esperar pela divulgação no final de fevereiro do PIB de 2014, e já com Guido Mantega fora do governo, para que assim eu possa mais bem construir a minha análise. E não está difícil terminar meu comentário. Além da informação sobre o PIB basta eu fazer referências a uma série de posts, principalmente de sua lavra publicados em 2014 com críticas à política econômica do primeiro governo Dilma Rousseff, críticas que envolvem praticamente seis itens: a política de preços para a gasolina com reflexo no setor de produção do etanol, a política de preços para o setor energético, as políticas que implicaram desonerações fiscais, a política de determinação da taxa de retorno para as privatizações e concessões de obras e serviços de competência do governo federal, as políticas relativas ao acerto da execução orçamentária e que foram chamadas de contabilidade criativa ou de pedaladas fiscais (Embora, pelo menos assim de imediato, você diretamente não tenha dado destaque a este item) e a política dos campeões nacionais. Nos posts há os meus argumentos para rebater as suas críticas e de outros comentaristas.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 25/01/2015

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