Jornal GGN – O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 0,7 ponto em janeiro e atingiu um total de 67,6 pontos – menor nível da série histórica iniciada em julho de 2010, segundo levantamento elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sob a métrica de médias móveis trimestrais, o índice manteve-se estável, ao variar -0,1 ponto.
A piora apurada pelo indicador foi decorrente do dado que mensura a percepção das empresas sobre o estado atual dos negócios: o Índice da Situação Atual (ISA-CST) caiu 2,6 pontos, alcançando 65,4 pontos. A maior contribuição negativa para o ISA-CST foi dada pelo indicador que capta informações sobre a carteira de contratos no momento, que caiu 5,1 pontos em relação ao mês anterior, atingindo 63,5 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-CST) cresceu 1,2 ponto, fazendo com que o índice atingisse 70,7 pontos. O indicador que mede a perspectiva de demanda pelos serviços da empresa para os próximos três meses foi o que apresentou maior contribuição para a alta do IE-CST no mês, com crescimento de 3,1 pontos entre janeiro de 2016 e dezembro de 2015, atingindo 72,2 pontos. Tal avanço não compensou a queda em dezembro (-1,9 ponto), mas merece destaque por ter sido impulsionada pelas expectativas de empresas atuantes no segmento de infraestrutura.
“Em janeiro, a sondagem mostrou que houve redução forte na carteira de contratos das empresas, refletindo a continuidade do cenário de atividade deprimida. Com isso, a intenção de contratar nos próximos meses voltou a registrar queda. Os números recém divulgados do Caged apontam o setor da construção como o segundo que mais demitiu no ano passado. A sondagem de janeiro sinaliza que o mercado de trabalho formal do setor deverá continuar encolhendo nos primeiros meses de 2016”, disse Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, em comunicado.
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