Construção civil cresceu 3,7% em 2013, diz IBGE

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A indústria da construção fechou o ano de 2013 com crescimento de 3,7%, em comparação a 2012, em incorporações, obras e serviços realizados pelas empresas do setor, segundo levantamento elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi influenciado pela ampla oferta de crédito imobiliário e por obras decorrentes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Também influiu no resultado a execução de obras preparatórias para a Copa do Mundo 2014. 
 
As empresas de construção realizaram, em 2013, incorporações, obras e serviços no valor de R$ 357,7 bilhões, um crescimento real de 3,7%, na comparação com 1012. Excluindo-se as incorporações, o valor corrente das obras e serviços da construção atingiu R$ 346,7 bilhões. Segundo o IBGE, cerca de um terço (33,7%) do valor da construção (R$ 116,8 bilhões) veio das obras contratadas por entidades públicas, participação menor do que a verificada em 2012 (35,0%). A receita operacional líquida avançou 5,3%, em termos reais (de R$ 313,5 bilhões para R$ 337,6 bilhões).
 
A pesquisa verificou, também, aumento de 5,5% no número de empresas (5.800 empresas) que atuam na indústria da construção, que passaram de 106,1 mil para 111,9 mil empresas. Serviços especializados para construção registou o maior aumento na quantidade de empresas ativas (9,9%), passando de 52.033 (2012) para 57.186 (2013).
 
A ocupação das empresas da Indústria da Construção chegou a 3 milhões de pessoas, com gasto total com o pessoal ocupado correspondendo a 33,9% do total dos custos e despesas, resultado superior à participação em 2012 (32,6%), e atingiu o valor de R$ 102,3 bilhões, dos quais R$ 67,4 bilhões foram em salários, retiradas e outras remunerações. O salário médio mensal avançou 6,2% em termos nominais, passando de R$ 1.648,66, em 2012, para R$ 1.750,88, em 2013.
 
A construção de edifícios manteve-se como o setor que mais contribuiu para o crescimento do valor corrente (R$ 153,2 bilhões) de incorporações, obras e serviços, com participação de 42,8% do total. O segmento de obras de infraestrutura (R$ 140,9 bilhões) foi o segundo em termos de participação no valor corrente (39,4%), embora com uma queda de participação em relação a 2012 (40,5%). Por sua vez, o setor de serviços especializados (R$ 63,5 bilhões) passou de 16,8% para 17,8%.
 
As obras e serviços executados pelas empresas de construção representaram a parte fundamental na estrutura das receitas do setor, totalizando aproximadamente R$ 343,1 bilhões, mantendo a mesma participação observada em 2012. Por sua vez, a receita proveniente das incorporações de imóveis construídos por outras empresas foi de aproximadamente R$ 11,1 bilhões, passando de 3,2% para 3,1%, nesse período.
 
O item com maior peso nos custos e despesas da indústria da construção foram os gastos de pessoal, que passaram de 32,6% para 33,9%, entre 2012 e 2013. O consumo de materiais de construção, segundo item de maior relevância, alcançou cerca de 24,8%, em 2013, percentual semelhante ao obtido em 2012 (24,9%). Obras e/ou serviços contratados a terceiros também figuram entre os principais custos e despesas da atividade de construção, passando de cerca de 11,1% para 11,2%. Por sua vez, o item serviços de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos teve redução de participação de 2,8% para 2,2%.
 
O levantamento apontou um aumento de 6% do valor adicionado da atividade da construção entre 2012 a 2013, sendo de 3,9% na construção de edifícios, 4,7% em obras de infraestrutura, e 12,8% nos serviços especializados para construção. Em termos percentuais, a maior participação foi construção de edifícios (40,1%), seguida por obras de infraestrutura (38,6%) e, por último, os serviços especializados para construção (21,3%).
 
Embora tenha perdido participação no pessoal ocupado (de 55% para 54,5%) e no valor das incorporações, obras e serviços da construção (de 61,9% para 60,4%), entre 2012 e 2013, a região Sudeste detém a maior participação na indústria da construção. Com menor participação, Norte e Nordeste foram as regiões que apresentaram maior crescimento, de 2012 para 2013, no pessoal ocupado: Norte (de 4% para 4,4%) e Nordeste (de 19,4% para 19,6%); e no valor das incorporações, obras e serviços da construção: Norte (de 3,1% para 3,7%) e Nordeste (de 14,1% para 14,8%).
 
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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