Contas externas tem déficit de US$ 2,5 bilhões em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As transações correntes (compras e as vendas de mercadorias e serviços do país com o mundo) apuradas em junho apresentaram um déficit de US$ 2,5 bilhões, acumulando uma perda de US$ 93,1 bilhões ao longo dos últimos 12 meses, o equivalente a 4,36% do PIB (Produto Interno Bruto).

No mês passado, a conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros) contribuiu para o resultado negativo, com US$ 3,432 bilhões de déficit. Na conta de renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) o saldo negativo ficou em US$ 3,744 bilhões. Na conta financeira, as captações líquidas superaram as concessões líquidas em US$2,2 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de US$5,4 bilhões em investimento direto no país.

A análise da conta de serviços mostra que as despesas líquidas com transportes foram reduzidas em 23% em relação ao visto em junho do ano passado, atingindo um total de US$ 562 milhões. O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$1,2 bilhão, ficando estável em relação ao ocorrido em junho do ano anterior, apresentando reduções de 17,4% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior e de 43,8% nas despesas de viajantes estrangeiros ao Brasil. “Cabe observar que a Copa do Mundo no Brasil teve início em junho de 2014, contribuindo para elevação dos gastos de turistas estrangeiros no país nesse mês, e elevando a base de comparação”, pontua o BC.

As despesas líquidas com aluguel de equipamentos elevaram-se 0,1% frente a junho do ano anterior, registrando US$1,8 bilhão. Na mesma base de comparação, ressalte-se a elevação das despesas líquidas em telecomunicação, computação e informações, 24,5%, e a contração de despesas líquidas com serviços de propriedade intelectual, 4,8%.

As despesas líquidas de renda primária atingiram US$ 3,7 bilhões no mês, um recuo de 0,3% na comparação com junho de 2014. As despesas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 2,5 bilhões, ante US$ 2,7 bilhões em mês correspondente do ano anterior. As despesas líquidas de juros totalizaram US$ 1,3 bilhão, 13,7% superiores ao resultado do período comparativo.

Já as saídas líquidas de renda de investimento direto atingiram US$ 2,4 bilhões, uma redução de 9% na comparação com o registrado em junho de 2014. As despesas líquidas de renda de investimentos em carteira somaram US$ 770 milhões, compostas por US$450 milhões em despesas líquidas de lucros e dividendos; US$319 milhões em juros de títulos negociados no mercado externo; e US$ 1 milhão no mercado interno. A despesa líquida de renda de outros investimentos recuou para US$773 milhões, 15,5% abaixo do registrado em junho do ano anterior, enquanto as receitas de reservas atingiram US$ 204 milhões.

A conta de renda secundária apresentou ingressos líquidos de US$231 milhões. A receita bruta de transferências pessoais atingiu US$193 milhões em junho, 2,5% inferior ao resultado observado em mesmo mês do ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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