Déficit em transações correntes atinge US$ 5,5 bi

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O déficit em transações correntes chegou a US$ 5,5 bilhões durante o mês de agosto, mais do que o dobro do visto no mesmo período de 2012, quando o total foi de US$ 2,5 bilhões, segundo levantamento divulgado pelo Banco Central. Com o resultado, a variação acumulada no ano chegou a US$ 57,952 bilhões, ante US$ 31,541 bilhões contabilizados nos primeiros oito meses do ano passado. Nos doze meses até agosto, as transações correntes acumularam deficit de US$ 80,6 bilhões, equivalente a 3,60% do PIB. A balança de pagamentos registrou um déficit de US$ 3,2 bilhões no período.
 
Na conta financeira, destacaram-se os ingressos líquidos de investimentos estrangeiros diretos (IED), no total de US$ 3,775 bilhões (abaixo dos US$ 5,035 bilhões registrados no ano passado), e em títulos de renda fixa negociados no País, que chegaram a US$ 5,315 bilhões, ante US$ 583 milhões em 2012.
 
A conta de serviços apresentou deficit de US$ 4,235 bilhões em agosto, resultado 41,6% acima do observado no mesmo mês de 2012, quando a variação foi de US$ 2,991 bilhões. O gasto líquido com viagens internacionais alcançou US$ 1,710 bilhão, elevação de 23,8% relativamente ao total de US$ 1,381 bilhão verificado em agosto de 2012. De acordo com o BC, o saldo decorreu do recuo de 4,6% nos gastos de viajantes estrangeiros ao Brasil e da expansão de 15,8% nos gastos de turistas brasileiros em viagens ao exterior. 
 
As despesas líquidas com transportes totalizaram US$ 911 milhões, 21,1% acima do resultado do mesmo mês de 2012 (US$ 753 milhões). Dentre os demais itens da conta de serviços, destacaram-se as despesas líquidas com aluguel de equipamentos e com royalties e licenças, com elevações de 12,7% (de US$ 1,291 bi em 2012 para US$ 1,454 bi em 2013), e 3,2% (de US$ 264 milhões em 2012 para US$ 273 milhões), na ordem, na mesma base de comparação. As receitas líquidas de outros serviços somaram US$ 766 milhões no mês, abaixo do apurado em 2012, quando o montante foi de US$ 1,193 bilhão.
 
As remessas líquidas de renda para o exterior somaram US$ 2,736 bilhões durante o mês, recuo de 10,7% na comparação com agosto de 2012 (US$ 3,063 bilhões). As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$ 1,982 bilhão no mês, ante US$ 2,523 bilhões no mesmo período de 2012. As remessas brutas de lucros e dividendos registradas ao longo do ano totalizaram US$ 18,7 bilhões, elevação de 1,7% em relação aos oito primeiros meses de 2012. 
 
As despesas líquidas de juros alcançaram US$ 799 milhões no mês, comparados a remessas de US$ 583 milhões em agosto de 2012. As saídas líquidas de renda de investimento direto somaram US$ 1,8 bilhão, ante US$ 2,3 bilhões registrados no mês equivalente do ano passado. As remessas líquidas de renda de investimentos em carteira totalizaram US$ 528 milhões, elevação de 31,6%, enquanto as de renda de outros investimentos atingiram US$ 433 milhões, recuo de 2,2%, no mesmo período comparativo.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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