Dívida mobiliária soma R$ 2,753 trilhões em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Dívida líquida do setor público chega a 38,9% do PIB em março

Jornal GGN – A dívida mobiliária federal interna, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$ 2,753 trilhões em março, o equivalente a 46,2% do PIB (Produto Interno Bruto), o que representa um acréscimo de R$ 75,3 bilhões em relação ao mês anterior, segundo levantamento elaborado pelo Banco Central.

De acordo com a autoridade monetária, o resultado refletiu emissões líquidas de R$ 45 bilhões, decréscimo de R$ 2 bilhões em razão da apreciação cambial e incorporação de juros de R$ 32,3 bilhões. Os destaques ficaram com as emissões líquidas de R$ 23 bilhões em LTN (Letras do Tesouro Nacional), de R$10,3 bilhões em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional – Série B), de R$ 8,1 bilhões em NTN-F (Notas do Tesouro Nacional – Série F) e de R$ 3,9 bilhões em LFT (Letras Financeiras do Tesouro).

A participação por indexador, em relação a fevereiro, mostrou que a porcentagem dos títulos indexados ao câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic elevou-se de 19,2% para 19,5%, devido a emissões líquidas de LFT; a dos títulos prefixados aumentou de 28% para 29,1%, pelas emissões líquidas de LTN e NTN-F; e a dos títulos indexados aos índices de preços passou de 25,6% para 26,2%, pelas emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas reduziu-se de 26,4% para 24,5%, apresentando compras líquidas de R$78,9 bilhões.

Em março, a estrutura de vencimento da dívida mobiliária em mercado indicava que R$410,3 bilhões, equivalente 14,9% do total, possui vencimento em 2016; R$ 340,5 bilhões, ou 12,4% do total, tem vencimento em 2017; e R$ 2,002 trilhões, ou 72,7% do total, vencendo a partir de janeiro de 2018.

A exposição total líquida nas operações de swap cambial alcançou R$ 368,4 bilhões. O resultado dessas operações no período (diferença entre a rentabilidade dos Depósitos Interfinanceiros e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$42,7 bilhões.

Já a dívida líquida do setor público alcançou R$ 2,315 trilhões (38,9% do PIB) em março, elevando-se 2,1 pontos percentuais (p.p.) do PIB em relação ao mês anterior. A valorização cambial de 10,6% no mês respondeu por elevação de R$129,2 bilhões no estoque da DLSP (dívida líquida do setor público).

No ano, a elevação de 2,7 pontos percentuais na relação DLSP/PIB decorre da incorporação de juros (+1,4 ponto), do deficit primário (0,1 ponto), do impacto da valorização cambial de 8,9% no período (1,8 ponto), do efeito do crescimento do PIB nominal (-0,3 ponto) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (-0,3 ponto).

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$ 4,006 bilhões em março (67,3% do PIB), reduzindo-se 0,4 ponto do PIB em relação ao mês anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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