Em agosto de 2010, IPCA fica em 0,04%

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 09 de setembro de 2010

Índice Nacional de Preços ao Consumidor e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1712&id_pagina=1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de agosto em 0,04%, muito próximo à taxa de julho (0,01%). Com esse resultado, o acumulado do ano está em 3,14%, acima dos 2,97% referentes a igual período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o IPCA passou para 4,49%, abaixo do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (4,60%). Em agosto de 2009, o índice havia sido de 0,15%.

Os alimentos, com variação de -0,24%, continuaram em queda, mas menos intensa do que em julho, quando o resultado havia sido de -0,76%. Dessa forma, a contribuição do grupo alimentação e bebidas em agosto foi -0,05 ponto percentual, enquanto havia sido de -0,17 ponto percentual no mês anterior. Enquanto o mês de julho os alimentos tiveram queda em todas as regiões pesquisadas, em agosto três delas mostraram movimento de alta: Goiânia (0,29%), Rio de Janeiro (0,17%) e São Paulo (0,14%). Ainda assim, vários produtos ficaram mais baratos em agosto, por exemplo a batata-inglesa (-22,40%) e o feijão carioca (-11,23%), entre outros.

Alguns alimentos, porém, mostraram sinais de alta, liderados pelas carnes, que, com variação de 2,11% em agosto, foi o item de maior contribuição no índice do mês: 0,05 ponto percentual. Também tiveram alta itens como o óleo de soja (2,67%), o pão francês (1,08%), o frango (0,82%) e a refeição fora do domicílio (0,55%), entre outros.

Os produtos não alimentícios passaram de 0,24% em julho para 0,12% em agosto. Os resultados por grupos de produtos e serviços encontram-se a seguir.

O grupo educação, que passou de -0,03% em julho para 0,44% em agosto (maior alta entre os grupos), refletiu a realidade do segundo semestre do ano letivo. Os colégios (ensino formal) variaram 0,33%, enquanto os cursos diversos (informática, idioma etc.) apresentaram alta de 0,97%.

As despesas com habitação diminuíram o ritmo de alta, passando de 0,54% para 0,23%, em razão basicamente da energia elétrica, que, após ter subido 1,17% em julho, refletindo o resultado de 14,07% registrado na região metropolitana de Curitiba, apresentou variação de 0,11% em agosto.

Em transporte, a variação passou de 0,08% para -0,09%, de julho para agosto. Nesse grupo foram as passagens aéreas que exerceram influência para baixo, com variação de -10,32%, ao passo que em julho haviam subido 9,15%. Em contraposição, subiram os preços dos combustíveis (de -0,02% em julho para 0,97% em agosto). O litro do etanol passou a custar 4,12% a mais, quando já havia subido 1,52% em julho. Quanto à gasolina, ficou 0,75% mais cara após a queda de 0,13% de julho. Os ônibus urbanos, por sua vez, ficaram com -0,38% em agosto.

Também se destacaram no grupo transportes as tarifas dos ônibus interestaduais, que, da alta de 1,27% no mês de julho passaram para -2,04% em agosto. Além disso, continuaram em queda os preços dos automóveis novos (de -0,71% em julho para -0,60% em agosto), com certa estabilidade nos usados (de -0,99% para -0,03%).

Os itens eletrodomésticos (de 1,43% em julho para -1,80% em agosto) e TV, som e informática (de -0,22% para -1,78%) tiveram influência sobre o grupo artigos de residência, cujo resultado passou de 0,29% em julho para -0,31% em agosto.

Nas despesas pessoais (0,54% em julho e 0,20% em agosto), o menor aumento de preços de um mês para o outro é atribuído, principalmente, ao cigarro (1,14% em julho e 0,07% em agosto), além dos salários dos empregados domésticos (0,41% em julho e 0,03% em agosto).

Os artigos de higiene pessoal (de 0,39% em julho para -0,25% em agosto) contribuíram para a redução no ritmo de crescimento do grupo saúde e cuidados pessoais (de 0,31% em julho para 0,26% em agosto), enquanto os artigos de vestuário (de -0,04% para 0,17%) se mostraram em alta.

Dentre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Curitiba (0,64%), onde a gasolina aumentou 4,04%; e o etanol, 11,72%. O menor foi o de Recife (-0,54%) em virtude, principalmente, da queda de 2,32% nos alimentos, como mostra a tabela a seguir.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do mês foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 27 de agosto de 2010 (referência) com os preços vigentes de 29 de junho a 28 de julho (base).

INPC varia -0,07% em agosto

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou, em agosto, o mesmo resultado de julho: -0,07%. Com esse resultado, o acumulado em 2010 ficou em 3,24%, acima da taxa de 3,07% relativa a igual período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o índice está em 4,29%, abaixo dos 4,44% referente aos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2009 o INPC havia ficado em 0,08%.

Os produtos alimentícios continuaram em queda, porém em menor intensidade, passando de -0,92% em julho para -0,48% em agosto, enquanto os não alimentícios aumentaram menos, passando de 0,29% para 0,10%.

Dentre a regiões pesquisada, assim como ocorreu com o IPCA, o maior índice foi registrado na região metropolitana de Curitiba (0,47%), onde a gasolina aumentou 4,04%; e o etanol, 11,72%. O menor foi o de Recife (-0,86%), em virtude, principalmente, da queda de 2,57% dos alimentos.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do mês foram comparados os preços coletados de 29 de julho a 27 de agosto de 2010 (referência) com os preços vigentes de 29 de junho a 28 de julho (base).

Redação

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