Em dois anos, spread bancário aumentou 60%

Jornal GGN – Segundo o Banco Central, a diferença entre as taxas cobradas pelos bancos nos empréstimos e a que pagam na captação dos recursos, chamado de spread bancário, teve um crescimento de 60% em menos de dois anos.

No final de 2014, a taxa média paga pelos bancos para captar dinheiro era de 12% ao ano, sendo que eles emprestavam a 37,3%. Neste ano, em agosto, o custo de captação ficou praticamente estável, em 12,3%, mas as taxas de empréstimo atingiram 53%.

O spread saiu de 25,3% para 40,7%, um aumento de 60%. A Selic, a taxa básica de juros, subiu de 11,75% para 14,25% ao ano no mesmo período.

Agora, o BC quer que as instituições financeiras diminuam esta diferença. “Precisamos reduzir o custo do spread bancário ao cidadão, para o Estado, para o País e as instituições financeiras poderem dar sua parcela de contribuição”, afirmou para o jornal O Estado de São Paulo o  diretor de Relacionamento Institucional do Banco Central, Isaac Siney.

Para ele, é necessária uma nova política entre bancos e clientes que valorize o relacionamento de longo prazo.

Especialistas afirmam que o spread aumentou porque os bancos analisaram que o risco de conceder crédito também ficou maior. “Ninguém quer dar dinheiro aos piores tomadores, então todo mundo sobe as taxas”, diz o professor Ricardo Rocha, do Insper.

Ele também aponta a alta concentração do setor bancário no país como um problema, devido à baixa concorrência. No Brasil, em torno de 80% das operações de crédito são realizadas por cinco bancos.

No começo deste mês, Ilan Goldfajn, presidente do BC, disse que o spread é um dos “pilares da agenda” da instituição. Porém, ele disse que a diferença não será reduzida “à força”. 

Redação

4 Comentários

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  1. Se tivesse governo, era mais fácil.

    Era só jogar o BB e a CEF atuando fortemente no mercado com taxas civilizadas que a agiotagem legalizada teria que optar entre ceder ou quebrar. Foi mais ou menos isso que GOVERNO fez em 2012. o Sardemberg disse, como papagaio da FEBRABAN que se poderia forçar o cavalo a ir até a beira do rio, mas fazê-lo beber água, era outra coisa. Pois a bandidagem agiota bebeu e se fartou da água depois que viu BB e CEF despontarem em 2013 como os agentes do Setor bancágio com maiores lucros e operações no Mercado. Tá certo que a bandidagem agiota não gostou nada e a partir daí resouveu dar o GOLPE de Estado. Mas, é certo também que enquanto tem Governo tem meios e agentes capazes de equilibrar a luta contra esses bandidos.

    https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/a-declaracao-do-economista-chefe-da-febraban

    Esses são os verdadeiros atore por trás do GOLPE. Temer e sua gangue e aliados são apenas marionetes. Quem puxa os barbantes, como sempre, são os banqueiros agiotas.

  2. Antes que seja tarde…

    Só 2 coisas estão BOMBANDO neste governo…

    O spread bancário e a venda de ativos da Petrobrás que tem o Itaú esta na fila para comprar…

    Cadê o pessoal que foi para a rua por causa de R$ 0,20 centavos, ou melhor, lutar por seus direitos?

    Por neste ritmo vão vender tudo e de quebra, acabar com o dinheirinho de todo mundo!

  3. os intocáveis

    Desde a redemocraatização do Brasil, não vejo nenhum governo  combater a ganância dos nossos bancos. Os juros para empréstimos (cheque especial, etc) são dos mais altos do planeta. As taxas de serviço  cobradas pelos bancos podem ser legais, mas são imorais. Um exemplo. Em novembro de 2015, o Itau me cobrou 24 reais mensais. Neste mês de 2016, sem o menor aviso, veio algo em torno de 52 reais. Mais de 100% de aumento e sem aviso prévio. Uma das alegações para esse ato é que a minha poupança, que em dezembro de 2015 era em torno de 52 mil. agora baixou para menos de 40 mil. OU seja, o Itau que gasta fortunas em propagada, que tem lucros anuais imensos, tem uma sensibilidade social do tamanho de uma formiga. E isso porque tenho três contas (uma, empresa), 2 popupanças e sou cliente desde 1968. A minha fidelidade é retribuida por um grande banco que em sua ganância (prossegue, mesmo em época de crise), está entre os intocáveis pelo governo e pela mídia. Que tristeza

  4. Insegurança jurídica

    A iInsegurança jurídica criad pela lava-jato deve ser uma grande influência nessa taxa.

    Como ter segurnaça jurídica, se cada juiz faz o que quer, e lixe-se a constituição?

    Governo Golpista dá nisso.

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