Em julho, IPCA fica em 0,01%

05 de agosto de 2010

Em julho, IPCA fica em 0,01%

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de julho em 0,01%, muito próximo à taxa de junho (0,00%). Com esse resultado, o acumulado do ano está em 3,10%, acima dos 2,81% referentes a igual período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o IPCA passou para 4,60%, abaixo do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (4,84%). Em julho de 2009, o índice havia sido de 0,24%.

Os alimentos apresentaram variação de -0,76% e, embora tenham continuado em queda, mostraram menor intensidade do que no mês anterior, quando o resultado havia sido de -0,90%. Assim, a contribuição do grupo alimentação e bebidas em julho foi de -0,17 ponto percentual, enquanto em junho havia sido de -0,20 ponto percentual. O movimento de queda se manteve em todas as regiões pesquisadas, indo de -0,07% em Recife até -1,51% em Belo Horizonte.

Vários produtos alimentícios ficaram mais baratos em relação a junho, a exemplo do tomate, que, com preços 23,90% mais baixos, apresentou a mais significativa contribuição para menos no IPCA de julho: -0,05 ponto percentual. O item refeição fora, embora com alta de 0,65%, se manteve em direção decrescente diante da taxa de 0,80% de junho e 1,15% de maio. Já as frutas, que vinham de uma queda de 2,26% de junho, registraram alta de 1,13% em julho, movimento similar ao do item carnes, que passou de -0,55% em junho para um aumento de 0,33% no mês seguinte.

Os produtos não alimentícios passaram de 0,27% em junho para 0,24% em julho. Os resultados por grupos de produtos e serviços encontram-se a seguir.

A alta de 0,54% nas despesas com habitação foi, basicamente, provocada pela energia elétrica, que apresentou variação de 1,17% no mês, em consequência do resultado de 14,07% registrado na região metropolitana de Curitiba, onde o reajuste total sobre o quilowatt/ hora ficou em cerca de 15%, percentual integralmente apropriado no mês de julho. Assim, a energia elétrica foi o item que exerceu a maior contribuição no índice do mês: 0,04 ponto percentual.

O grupo transporte também mostrou certa aceleração de junho (-0,21%) para julho (0,08%). O destaque ficou com as tarifas dos ônibus urbanos, que não haviam apresentado variação em junho e, em julho, aumentaram 0,38%, reflexo de um aumento na região metropolitana de Belém. Também se destacaram as tarifas dos ônibus interestaduais, que, da queda de 0,38% de junho, passaram para alta de 1,27% em julho.

Ainda no grupo transporte, o etanol, com queda de 5,41% em junho, mostrou sinais de aceleração em julho, com 1,52%. Embora várias regiões pesquisadas ainda tenham apresentado queda, os preços em São Paulo ficaram 4,27% mais caros por litro, seguidos por Porto Alegre, com 1,52%. Com isso, a queda nos preços da gasolina se reduziu de -0,76% em junho para -0,13% em julho.

Já as passagens aéreas (de 12,57% em junho para 9,15% em julho), apesar do aumento menos intenso que no mês anterior, constituíram-se na segunda maior contribuição ao IPCA de julho: 0,03 ponto percentual.

O grupo despesas pessoais (de 0,74% em junho para 0,54% em julho), embora tenha registrado a mais alta taxa, ao lado de habitação, mostrou aumento de preços menos intenso de um mês para o outro. Isso porque, além de a variação do cigarro (3,70% em junho e 1,14% em julho) ter sido suavizada os salários dos empregados domésticos (0,58% em junho e 0,41% em julho) também tiveram a taxa reduzida.

Por sua vez, os remédios (0,47% em junho e -0,16% em julho) influenciaram na redução do resultado do grupo saúde e cuidados pessoais, que passou de 0,57% para 0,31%, enquanto as liquidações reduziram a taxa dos artigos de vestuário (0,58% em junho e -0,04% em julho).

Dos índices regionais, o mais baixo foi registrado na região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,16%) seguido de Salvador (-0,15%). Curitiba, com 0,31%, apresentou o resultado mais alto, em virtude da variação de 14,07% nas contas de energia elétrica, que contribuiu com 0,39 ponto percentual para o índice da área. A seguir, tabela com resultados mensais por região pesquisada.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 28 de julho de 2010 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho (base).

INPC varia -0,07% em julho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de -0,07% em julho, após ter caído 0,11% em junho. Com esse resultado, o acumulado em 2010 ficou em 3,31%, acima da taxa de 2,99% relativa a igual período de 2009. Considerando os últimos 12 meses, o índice situou-se em 4,44%, abaixo dos 4,76% referente aos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2009 o INPC havia ficado em 0,23%.

Os produtos alimentícios continuaram em queda, porém em menor intensidade, passando de -1,05% em junho para -0,92% em julho, enquanto os não alimentícios ficaram muito próximos com 0,30% em junho e 0,29% em julho.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,37%), em virtude da variação de 14,06% nas contas de energia elétrica. O menor índice ficou com Salvador (-0,39%), em virtude, principalmente, da queda nos preços do tomate (-35,79%) do açúcar cristal (-14,16%) e da cebola (-22,12%), que juntos, contribuíram com -0,36 ponto percentual para o índice da área.

A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a seis salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 28 de julho de 2010 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho (base).

 

http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1683&id_pagina=1

Redação

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