Em vitória de Trump, Senado dos EUA aprova reforma tributária

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
[email protected]

Foto: Divulgação


Foto: AP

Da ABr com Reuters

O Senado dos Estados Unidos aprovou neste sábado (2) uma ampla reforma tributária. A aprovação da matéria representa um passo significativo para que os republicanos e o presidente Donald Trump se aproximem do objetivo de reduzir impostos para empresas e ricos. As informações são da Agência Reuters.

No que seria a maior reforma tributária do país desde a década de 1980, os republicanos querem aumentar a dívida nacional de 20 trilhões de dólares em 1,4 trilhão ao longo de 10 anos para financiar as mudanças, que eles dizem que aumentarão ainda mais uma economia já em crescimento.

“Estamos um passo mais perto de entregar enormes cortes de impostos para famílias trabalhadoras em toda a América”, disse Trump na sua conta do Twitter.

Comemorando a vitória no Senado, líderes republicanos projetaram que os cortes nos impostos encorajariam empresas americanas a investirem mais, reforçando o crescimento econômico.

“Agora, temos uma oportunidade de tornar o país mais competitivo, de manter empregos que foram enviados para outros países e de fornecer um alívio significativo para a classe média”, disse Mitch McConnell, líder republicano no Senado.

O Senado aprovou a lei por 51 a 49 votos, com os democratas reclamando que as emendas de última hora para conquistar republicanos céticos foram mal redigidas e são vulneráveis para serem exploradas, no futuro, por advogados e contadores da indústria da evasão fiscal.

“Os republicanos conseguiram pegar uma lei ruim e torná-la pior ainda”, afirmou o líder democrata no Senado, Chuck Schumer. “Por baixo da escuridão, e com a ajuda da pressão, uma enxurrada de mudanças de última hora vão encher ainda mais os bolsos dos ricos e das grandes corporações com dinheiro”, acrescentou.

Nenhum democrata votou a favor da lei, mas o partido foi incapaz de bloqueá-la porque os republicanos têm maioria de 52 a 48 no Senado.

As discussões começarão, provavelmente na próxima semana, entre o Senado e a Casa dos Representantes, que já aprovou sua versão da lei fiscal.

Trump quer que isso aconteça antes do fim do ano, permitindo que ele alcance o primeiro feito legislativo de 2017 desde que ele assumiu a presidência, em janeiro.

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Senado aprovou a lei por 51 a 49 votos = exatamente a metade + 1

    Assim, o mundo dividido anda decidindo o seu futuro incerto, aqui e ali, como num jogo de azar somos cartas nas mãos do destino. DEMOcraticamente lembro que demo, ou diabo significa: aquele que divide, que separa
    Alea jacta est

  2. “vão encher ainda mais os

    “vão encher ainda mais os bolsos dos ricos e das grandes corporações com dinheiro”

    A se confirmar essa sentença, segue a “lei da selva”:

    Quem muito tem, muito será dado. Quem pouco tem, até isso lhe será tirado.

    Ou a maioria difusa usa sua inteligência para se organizar e frear os instintos mais primitivos da minoria poderosa, ou esta conduzirá todos ao precipício.

    Para impor derrotas à poderosa minoria bestial é preciso responder as seguintes questões:

    Quem é a minoria poderosa? Quais suas armas: ideológicas, político-econômicas e coercitivas? Onde está seu “calcanhar de Aquíles”?

     

  3. Desigualdade criminosa

    Os ricos do Brasil pagam muito menos imposto do que os ricos dos EUA.

    A organização britânica Oxfam mostrou que 6 (seis) brasileiros bilionários detêm a mesma riqueza que os 100 milhões de brasileiros mais pobres. E dentre esses 6 bilionários está Jorge Paulo Lemann que financiou o golpe no Brasil.

    O cidadão Lemann tem mais de 20 offshores em paraísos fiscais para, legalmente, não pagar imposto no Brasil. Lemann faz parte da nossa “Elite do Atraso” que nos domina com valores escravocratas, como analisou o sociólogo Jessé de Souza.

  4. “matéria representa um passo

    “matéria representa um passo significativo para que os republicanos e o presidente Donald Trump se aproximem do objetivo de reduzir impostos para empresas e ricos”:

    Eh que nos 667 eu aviso o mundo inteirinho…  com duas semanas de antecedencia…

  5. “matéria representa um passo

    “matéria representa um passo significativo para que os republicanos e o presidente Donald Trump se aproximem do objetivo de reduzir impostos para empresas e ricos”:

    Eh que nos 667 eu aviso o mundo inteirinho…  com duas semanas de antecedencia…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador