Energia e meio-ambiente

Nassif,

Acho melhor situar corretamente a questão, nem tanto ao mar, nem tanto à terra.

A produção mundial de alimentos é dirigida a quem tem dinheiro para pagar, mas se conseguíssemos implantar o “almoço gratuito” (o inverso de Friedman…) em todo mundo não haveria produção adequada a essa demanda.

A soja serve para produzir o óleo mais popular que existe (mas o de Babaçú/Palma concorre em preço), o seu farelo alimenta principalmente suínos (maior percentual contido nas rações, mas também aves e gado vacum em menor parte da composiçnao de suas rações), cuja demanda origina-se principalmente nas camadas mais ricas da população mundial. O refrão de que a “soja alimenta o mundo” já está mais que provado ser uma história da Carochinha…

Por outro lado, a questão ambiental não se situa na disputa de terras entre bioenergia e alimentos.

O grande problema ambiental é a expansão dos monocultivos, cada vez mais extensos, que eliminam e impedem a biodiversidade de continuar existindo, homogeneizando a cobertura vegetal.

Só para você ter uma idéia, temos plantios de soja no Cerrado ocupando áreas contínuas de até 50.000 hectares, o que corresponde ao tamanho do município dde Porto Alegre ou um terço do município de São Paulo. Até São Paulo tem mais árvores (ou pássaros livres) que esses monocultivos!

Junto com isso, há uma grande demanda por água, para a produção e, para não me estender muito, uma forte alteração do albedo: plantios comerciais refletem mais a energia solar que as vegetações originais, levando a um aquecimento da atmosfera pelo menos no nível micro-regional.

Junto com isso temos, ainda, a eliminação de nascentes, de espécies nativas importantes, de micro-organismos à fauna superior, poluição dos cursos d´água e de lençóis freáticos, etc.

Do ponto de vista social, mas também com reflexos na conservação do ambiente, registra-se a expulsão de populações tradicionais, quilombolas, impactos em terras indígenas, ampliação das periferias das cidades com populações sem quaisquer perspectivas quanto ao seu futuro, etc e tal.

Como pode-se ver, não é uma questão trivial…

Maurício Galinkin

Articulação Soja -Brasil

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Tenho duas discordâncias do
    Tenho duas discordâncias do texto do Maurício. Acho que a produção mundial de alimentos é suficiente para alimentar toda a população mundial. O mundo bate recordes de produção há décadas. A questão da fome está relacionada a forma como esta produção se dá. O grande salto de produtividade no cultivo de alimentos foi dado com a implantação da agricultura tecnológica altamente mecanizada e, indissociavelmente, altamente capitalizada. Só é viável se a produção for em larga escala de forma a reduzir custos a ponto de permitir enfrentar a concorrência acirrada no mercado internacional de commodities e os protecionismos regionais e nacionais. Quanto aos preços a regra, há décadas, tem sido de queda nas cotações internacionais. Commodities agrícolas com cotação ascendentes são bem raros e de curta duração. A longo prazo os preços estão em queda. Estes cultivos, voltados para um mercado inrternacional vão ocupar vastas áreas das melhores terras de certa região, desalojando os cultivos tradicionais voltados para a produção da alimentação básica da população. Não é novidade o acontecimento simultâneo de grandes colheitas e episódios de fome em massa dizimando dezenas de milhões. A India Colonial os conheceu muito bem. O Império Britânico em todas as suas guerras não conseguiu matar mais gente do que com sua política colonial na India, e sem disparar um só tiro. Um livro fantástico a respeito desta relação entre fome e políticas coloniais é “Holocaustos Coloniais – Clima, fome e imperialismo na formação do Terceiro Mundo” de Mike Davis. Ele nos permite entender esta relação irracional entre aumentos inacreditáveis da produtividade da terra e episódios de fome a nível regional e continental de magnitude nunca vistas na história humana. Em suma a partir de meados do Séc. XIX nunca se produziu tanto alimento no mundo e, ao mesmo tempo, nunca tantos morreram de inanição. É a consequência do alimento não ser mais produzido como alimento mas surgir como uma nova categoria, a mercadoria. A distribuição espacial deste alimento pelo mundo já não guarda relação com a distribuição mundial das necessidades alimentares. Que irracionalidade a Índia, ou o Brasil, ser um grande produtor de alimentos.
    Quanto a soja discordo de que sirva para produzir óleo. Ela serve para produzir o farelo que é excelente fonte de proteínas e vai baratear a alimentação dos rebanhos no primeiro mundo. O óleo é o sub-produto que nos empurram. Destruíram a tradicional indústria da gordura de coco vendendo a idéia de que o óleo de soja era muito melhor para a nossa saúde. Produziram-se, até, muitos trabalhos científicos a respeito. Só muito recentemente as qualidades da velha gordura de coco vem sendo redescobertas, ao mesmo tempo em que o óleo de soja é apontado pelos cardiologistas como o pior entre todos os óleos vegetais para a saúde das nossas coronárias.

  2. Luis,
    Interessante o artigo
    Luis,
    Interessante o artigo que saiu no sunday Times de 04/03/07:

    “…The soft-commodity story is similar. While prices have been low there has been no reason to invest in production, with the predictable result that global stocks are now far too low.Yet demand is rising fast, partly due to rising food consumption in the developing nations but also thanks to the ethanol boom which is gobbling up ever larger percentages of the world’s corn and sugar.

    Some analysts see corn prices rising by 300 per cent or 400 per cent in the next five years, which would divert acreage from other crops such as wheat and soybeans and push up their prices too.

    Farmers will then rush to push up their yields. They will buy fer-tiliser and they will finally start to replace their ageing farm equipment. It won’t be long before the wait for a new tractor tyre is not 10 minutes but two years.

    So just as we should have been buying oil rigs in 2000, now is the time to invest in tractors, ploughs and combine harvesters.

    The obvious choice here is US machinery giant John Deere, but Hugh Hendry of Eclectica Asset Management, a hedge fund, suggests a few more daring picks. After a tractor, a sprayer is the most used tool on a farm, said Hendry, something that makes the “world leader in sprayers”, Exel Industries, worth a look.

    The firm is currently making lowish margins and trading ona price-earnings ratio of 12 times, but with demand rising fast, margins should soon be pushed back up and the p/e will fall accordingly.

    Hendry’s next pick — and this is one for the brave — is Nor-way’s Kverneland, which has had a horrible decade so far. It is constantly restructuring and its profitability has collapsed. So why buy it? Because its order book is up 47 per cent on this time last year and it is building a new low-cost plant in Russia. Back in the 1990s, said Hendry, the firm made double-digit margins. It should do so again, making now a good time to buy in.

    Merryn Somerset Webb is a former stockbroker and now editor of Money Week. Her views are personal and investors should always seek professional advice.

    Aqui vai o link para o artigo completo:

    http://business.timesonline.co.uk/tol/
    business/money/article1466275.ece

    um abraco

    Patricia

  3. Precisamos ler com atenção os
    Precisamos ler com atenção os comentários do Maurício,e compara-los com o ponto de vista do “brasileiríssimo”sr Sachs,que estão se opondo,pois cada um tem uma maneira diferente neste assunto do Brasil passar a ser um grande produtor de etanol e outros substitutivos do petróleo.Não penso que estamos numa encruzilhada,porem ainda não tenho certeza qual será a melhor alternativa para o país,e temo que ao demorar ,nossas autoridades deixem a “banda passar”e perca a chance de trazer pra cá os investimentos que muitos fundos de pensão e investidores internacionais estão querendo aplicar,em parceria conosco,e quando acordarmos,estarmos fora do contêxto.

  4. Oi Nassif
    A História se
    Oi Nassif
    A História se repete.
    Na década de 1960 houve a “revolução verde” implementada pelo uso de pesticidas (o famigerado DDT) e sementes selecionadas ( o embrião dos transgênicos). Não erradicou a fome no Mundo como esperavam todos na época. O aumento da área cultivada sob a nova miragem ( substituição parcial do combustivel fossil) tem inegavel impacto ambiental como o Maurício Galinkin apontou. Vale lembrar o Estado de São Paulo durante os anos do Proalcool, um mar de cana.
    A contrapartida para a cresente demanda por energia é sempre alta.
    ( )s Paulo

  5. Discordo de algumas teses do
    Discordo de algumas teses do Maurício: quanto a produção de alimentos, se falava na academia (ESALQ, há 8 anos mais ou menos) que o montante atualmente produzido era sufuciente para alimentar o contingente da população mundial, isso só não ocorre de fato por causa das distorções na distribuição (poder aquisitivo) e perdas durante o processamento transporte etc.
    A expansão dos monocultivos só produz os impactos citados nos parágrafos 5 a 8 caso o cultivo avance sobre áreas florestais (ou seja, haja desmatamento). Vamos supor que um plantio de 50.000 ha não use sementes transgênicas, adote técnicas de produção agronômicas adequadas, respeite as leis que dizem respeito ao uso de agrotóxicos, o código florestal e esteja de acordo com um ZEE que preveja a manutenção dos contínuos florestais e a preservação das áreas sensíveis do ponto de vista da conservação da biodiversidade. Neste caso o impacto existe seria menor considerando-se uma grande produção agrícola. Os outros impactos da agricultura citados, ocorrem para todas as espécies em geral.
    Quanto aos impactos sociais citados, penso que não são referentes ao cultivo em si, uma vez que as comunidades de quilombolas e remanescentes indígenas, por exemplo, são protegidos por lei. Assim, qualquer produtor responsável, que respeitasse a legislação, não proporcionaria esses impactos.
    A conclusão do painel da ONU recém alardeado foi de que o grande vilão do aquecimento é o combustível fóssil, pois este não estava “em circulação” há milhões de anos. O desafio do aquecimento só será vencido caso haja um esforço no sentido de zerar as emissões e “limpar” parte significativa das emissões já lançadas; e é muito carbono. Me lembro do Prof. Cerri, certa vez em uma explanação no Centro de Energia Nuclear na Agricultura, dizendo que se este “serviço ambiental” fosse, por exemplo, realizado por meio de plantios florestais, teríamos que plantar três Pangeas.

  6. Caro André Oliveira,
    Você tem
    Caro André Oliveira,
    Você tem razão nas suas considerações a agricultura moderna, com intenso emprego de tecnologia, voltada ao agro-negócio mundial. Neste segmento a produção por agricultor alcança centenas de vezes o resultado alcançado pelos agricultores mais pobres do mundo. Empregando algo próximo a 2% da sua população economicamente ativa, os EUA conseguem ser o maior celeiro do mundo. O milagre tem uma explicação: o intenso emprego de energia na produção agrícola; tanto para substituir a mão de obra, quanto na produção de adubos, defensivos e outros implementos agrícolas. Na distribuição e processamento de alimentos vai outra quantia razoável de energia. Calcula-se que de cada duas calorias ingeridas provenientes deste modelo de agricultura uma provenha do emprego de petróleo.
    Ora, num cenário de energia cara os preços dos alimentos sentirão o efeito do custo de energia; se somarmos a isto a redução da área de plantio de alimentos em prol da produção de combustível, os preços dos alimentos vão disparar. Haverá um ponto de equilíbrio para sustentar tal situação, mas pode ser que prevaleça uma vontade imperial que privilegie um tipo de produção, como ocorreu na Índia colonial. É o que tememos, pois uma crise energética corrói as bases do american way of life, o modo de vida das classes dominantes na civilização moderna.

  7. Caro Nassif
    Sachs esta
    Caro Nassif
    Sachs esta inteiramente correto, fala-se por ai para quem quizer ver, e parece que o MP do Piaui esta investigando denuncias contra a Brasil Eco-diesel, pois tem fábrica de biodiesel dela que ainda não viu um bago de mamona, apesar de todos os incentivos pautados em cima da “agricultura familiar”.

  8. Análise ambiental é rasa como
    Análise ambiental é rasa como um pires, nem começou. Parece coisa de quem fez esses cursinhos semanais de “entenda o meio ambiente”. Separa a questão social da ambiental como se ainda fosse possível. Por sorte o autor reconhece isso e termina seu texto com um “etc e tal” e que a questão, que não é trivial, está acima da sua possibilidade.
    Pq esse texto foi postado?

  9. Caro Nassif:

    Plantações de
    Caro Nassif:

    Plantações de soja com cinquenta mil hectares contínuos? Por favor, confirme essa estória. Se isso for verdade, não vale a pena investir em biodiesel no Brasil, dado o risco genético e sanitário que representa.

    Eis o que já está acontecendo devido ao descumprimento de providências elementares, como o vazio sanitário, período de 90 dias entre a colheita e o plantio da nova safra em que não se cultiva soja ( http://www.estadao.com.br/agronegocios/noticias/2007/mar/15/275.htm ):

    “A medida evita a disseminação de pragas [e doenças] como a ferrugem asiática. (…)

    No inverno passado, a Embrapa divulgou uma recomendação para que o produtor não fizesse a safrinha, mas a orientação não foi seguida pelos produtores. ‘É preciso ter força de lei, pois o lucro de alguns pode significar o prejuízo de muitos’, disse a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, em Londrina, no Paraná.”

  10. nassif, lembra das patrulhas
    nassif, lembra das patrulhas ideológicas da década de 70, pois é , elas voltaram. Hoje não se restrigem a serem sómente politicas (direita / esquerda), estão mais abrangentes, com uma virulência ainda maior, se reciclaram aos novos tempos. Tente levantar uma questão para discussão sobre as hidroelétricas com qualquer ecologista e se prepare para chegar a um impasse, pois a linha de raciocinio deles parecem aquelas canções que nunca escutamos mas já sabemos de antemão como terminam as estrofes. Este texto se enquadra perfeitamente numa tese de quem usou todas as meia verdades existentes para provar a sua tese., aconselharia ele a começar a ler as letras miúdas dos alimentos que toda a população brasileira consome e verá onde está presente a nossa soja ,a proteína mais barata do mundo.

  11. O Brasil é o país do mundo
    O Brasil é o país do mundo que detem o maior conhecimento da tecncologia de plantio de oleaginosas e gramineas abaixo do sul do equador.
    A nossa experiencia na incorporaçao de amplas areas de cerrado a partir dos anos 70 mudou nosso patamar como produtor de alimentos no mundo.
    Saimos do plantio em áreas ferteis confinados a produçao no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, para o estabelecimento de cultivos nos estados de Minas, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. No inicio do novo seculo chegamos a fraldas da Amazonia.
    A cultura de soja desempenhou e desempnha importante papel nessa nova escala empresarial de plantio de grãos no país. Parte da área de soja foi implantada em cerrados virgens e parte na área de pastagens natural e artificial nos cerrados.
    Hoje na áres originarias de vejetaçao natural como cerrados está o maior polo brasileiro na produção de graos.
    Essa expansao nao foi acompanhada de maneira desejável por tecnicos e simpatizantes da ciencia ecologica e ambiental.
    Foram relutantes em determinar atraves dos modernos meios tecnologicos as regioes onde essa expansão deveria ter sido estimulada e aquelas que mereceriam atençao maior da sociedade e do governo, bem como aquela áreas de proibiçao de cultivo comercial.
    A nossa propria ministra do meio ambiente viu sua base de apoio – a regiao seringueira da amazonia – praticamente desaparecer com o plantio tencificado de seringais no cerrado de São Paulo. Hoje São Paulo produz mais de 50% da borracha natural do país e sua cultura está em expansao. Quase desaparecida da Amazonia.
    A expansão da cana de açucar aconteceu em detrimento das áreas de canaviais de Peranmbuco, Bahia e Rio de Janeiro.
    Acho que ninguem duvida que a nova expansao da cultura de cana tambem se dara nos cerrados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Topografia, altitude, precipitaçao pluviometrica , amplas área para cultivo e principalmete um preço de terrras inferior ao praticado em São Paulo irão levar imensos plantios de cana nas áres de cerrado.
    Cabe em nosso entendimento que governo e sociedade tentem definir o sistema de cultivo, as áreas mais indicadas, a absorçao e qualificaçao da mao de obra local e dos produtores pequenos e medios da nova geografia da cana de açucar no país.
    Fora isso ficaremos no discurso dos setores mais ativos do segmento ambiental e não teremos normas, açao e controle do estado nessa nova expansao.
    Problemas sempre existirao já que essa ocupação sera ainda mais rapida que a da cultura de soja.
    O estabelecimento de parametros é o que se espera de todos nos. Liderados por um Ministerio do Meio Ambiente que seja ativo e nao refem de ações judiciais que ele propoe isoladas e/ou em conjunto com ONFs ambientais que sao apenas provocativas e que nao levam a nada. Apenas retorica.
    O que temos que ter presente é que somos um país que detem tecnologia unica no mundo para a produçao de etanol, com custos absolutamente competitivos, tanto no segmente agricola quanto industrial. E que temos um mundao de terras com baixa taxa interna de retorno nos cerrados sendo exploradas com pastagens.
    Essas áreas sao e serao facilmente convertidas para a produçao de cana.
    Como faze-la unindo tecnologia, ambiente, economia, aspectos sociais, melhoria da renda, enfim desenvolvimento é que a nossa responsabilidade.
    Concorda?

  12. assino em baixo de tudo que
    assino em baixo de tudo que vinicius disse em seu artigo, temos que parar com essa generalização perniciosa do pensamento brasileiro.

  13. Há mais de 30 anos os
    Há mais de 30 anos os ecologistas alertam sobre a degradação do meio ambiente. Hoje até Bush diz se preocupar com o problema. Os ecologistas, infelizmente tinham e têm razão. Fico por aqui, pois este é o único tema que me faz ficar com raiva diante das besteiras que leio !

  14. Na questão da substituição da
    Na questão da substituição da energia obtida pelo petróleo, o número de variáveis a serem analisadas deve ser mais abrangente do que a discussão atual. Ocorre que análises parciais produzem resultados inconsistentes, ameaçando o futuro de qualquer empreendimento. Dentre as diversas alternativas possíveis elas devem se adequar às condições específicas do local. Além da disponibilidade de condições e custos de implantação, áreas disponíveis, relação custo benefício, prazo de retorno, tecnologia empregada, valor agregado, sustentabilidade (sic), devem-se analisar os empregos gerados e a qualidade dos mesmos, impacto ambiental, impacto social, longevidade do empreendimento. Atualmente as análises atendem somente interesses específicos provavelmente de grupos lobistas, onde não prevalece o interesse geral. Como podemos verificar pelo noticiário os custos da terra já estão subindo, as áreas de preservação já estão sendo desmatadas, e sabe-se lá mais o que. Se não se estabelecer uma política bem pensada (sic) já, correremos o risco de perder o que juntamos ao longo de trinta anos de estudo.

  15. Ainda tem mais uma coisa: os
    Ainda tem mais uma coisa: os grandes empreendimentos agropecuários (grandes lavouras inclusas, obviamente), são passíveis (pra não dizer obrigados) de licenciamento ambiental. A efetivação desse procedimento (que não é feito em lugar nenhum) poderia ser uma salvaguarda contra o crescimento desordenado dos cultivos dos agrocombustíveis.

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