Ronaldo Bicalho
Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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O planejamento energético em uma era de transitoriedade

Por Renato Queiroz, do Blog Infopetro

O mundo contemporâneo vive sob um contexto de profundas e contínuas mudanças. Praticamente todas as atividades humanas estão submetidas à transitoriedade, entendendo esse termo como um “lugar” pelo qual se passa, mas não se permanece. As tecnologias inovadoras certamente têm grande influência nessa necessidade permanente de mutação.

As organizações que não se renovam continuamente, seja introduzindo novas tecnologias em seus produtos, seja implantando novos processos de gestão, tendem a perder mercado ou a criarem estruturas decisórias “pesadas” que não respondem aos novos estímulos que vêm do mundo exterior. A criatividade é uma característica desejável nesse ambiente inovador, pois a repetição das mesmas situações e/ou rotinas levam os profissionais a ficarem contaminados, estagnados em atitudes passivas.

Nesse quadro empresarial de inércia, o comprometimento com o trabalho diminui porque o cotidiano fica em desacordo com um ambiente externo nômade. Em suma pode-se criar um quadro de insatisfação cujos resultados desejáveis certamente não serão alcançados.

O contexto de transitoriedade cria incerteza e, sob essa tônica, o exercício de planejar o futuro deve considerar como condição necessária a invenção original, a inovação.

Vale destacar que essa situação não se observa somente nas atividades voltadas ao mundo das corporações. Também nas artes que, ao se servirem de diferentes mídias, muitas vezes levam o espectador a sentir dificuldade para compreender aquele novo meio de expressão artística.

A dificuldade é entender que vivemos no mundo atual sob um sentimento de conforto transitório e que se ficarmos agarrados a uma nuvem de conceitos e experiências, não perceberemos que as oportunidades passaram e a queda pode ser iminente.

O leitor deve estar se perguntando qual a ligação desses parágrafos iniciais com o tema energia. O foco desse artigo é levantar algumas reflexões sobre o dinamismo e inovação do processo de planejamento energético sob esse ambiente de impermanência.

Nesse estado de transitoriedade a construção de cenários energéticos, buscando o que se espera [1] ou o que se deseja [2] no futuro, é uma ferramenta que abre as portas aos formuladores de políticas energéticas. Os cenários são indicações importantes para análises e devem ser monitorados e atualizados, logo após sua conclusão e/ou publicação, de modo a proporcionar respostas rápidas para a tomada de decisões. O processo não pode ser estático. (…) continua no Blog Infopetro.

Ronaldo Bicalho

Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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