EUA reduz criação de empregos em maio

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Resultado pode influenciar próxima reunião do Federal Reserve

Jornal GGN – A economia norte-americana encerrou o mês de maio com o menor número de vagas abertas em mais de cinco anos, em um sinal que pode dificultar a decisão de alta dos juros por parte do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano).

Dados divulgados pelo Departamento de Trabalho norte-americano mostram que a criação de vagas fora do setor agrícola ficou em 38 mil no mês passado, o menor ganho desde setembro de 2010. O resultado acabou surpreendendo todas as projeções médias dos analistas, onde um saldo de 25 mil vagas vieram do setor privado e manufaturas retiraram 10 mil do total. O resultado anterior foi revisado de 160 mil para 123 mil vagas criadas.

A taxa de desemprego caiu 0,03 ponto percentual para 4,7% em maio, o menor nível desde novembro de 2007. Neste contexto, o número efetivo de desempregados caiu em 484 mil pessoas maio e o número de pessoas empregadas subiu em 26 mil, o mesmo saldo positivo de pessoas buscando emprego no período, o que mostra a consistência na melhora do índice, sustentado também pelo saldo positivo de 468 mil pessoas em vagas temporárias por razões econômicas, e mais 137 mil por opção própria.

Ao mesmo tempo, os ganhos médios por hora caíram dos revisados 0,4% no mês anterior para 0,2% em maio, com alta ainda de 2,5% ao ano, saindo de US$ 24,97 por hora no ano passado para US$ 25,59 neste ano.

“Apesar da surpresa, analistas indicam que a greve na Verizon e o apoio do sindicato (Communications Workers of America and International Brotherhood of Electrical Workers) foi decisivo para a contaminação do índice, pois o setor de serviços, conforme também observado pelo ADP Employment ainda é o maior demandante de mão de obra nos EUA neste momento e adicionou 61 mil vagas em maio, mesmo com a greve”, explica o economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management, em relatório. “Ainda assim, acreditamos que apesar da tensão inicial, oficiais do FED já deixaram claro que não olham resultados individuais e sim o conjunto macro e além disso, o desemprego aos 4,7% sinalizam o rumo ao pleno emprego, uma das principais metas do FOMC (Comissão para Mercado Aberto, na sigla em inglês)”.

 

(Com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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