Exportações do agronegócio sobem 5,9% em março

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Agronegócio representou 52,2% das vendas registradas em março

Jornal GGN – As exportações do agronegócio brasileiro chegaram a US$ 8,35 bilhões em março, com crescimento de 5,9% em relação a março de 2015. A cifra é recorde da série histórica para os meses de março, iniciada em 1997 – o maior valor exportado para o mês havia ocorrido em março de 2014, quando as exportações atingiram US$ 7,97 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O agronegócio foi responsável por 52,2% de todas as exportações brasileiras no mês de março. Os cinco principais setores exportadores foram o complexo soja (US$ 3,47 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 737,29 milhões), produtos florestais (US$ 823,59 milhões), café (US$ 454,82 milhões) e carnes (US$ 1,24 bilhão). A carne de frango continua no topo da lista do segmento carnes, respondendo por US$ 576,68 milhões das exportações em março. Em seguida, vem a carne bovina com US$ 503,67 milhões, e a carne suína, com US$ 108,30 milhões.

A agropecuária também apresentou recordes em volume de alguns produtos agrícolas. Em março, as exportações de soja chegaram a 8,4 milhões de toneladas. Já as de milho chegaram a 2 milhões de toneladas, e as de frango in natura (carne fresca, congelada e refrigerada), 369 mil toneladas.

Os números também mostram que a balança comercial do agro teve superávit no mês passado. As exportações superaram as importações em US$ 7,19 bilhões.  Quando se analisa o primeiro trimestre de 2016, a balança agro também foi superavitária. As vendas ao mercado externo ultrapassaram as importações em US$ 17 bilhões. No período, as exportações brasileiras somaram US$ 20,03 bilhões, alta de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas externas do complexo de soja somaram US$ 5,13 bilhões, com destaque para a soja em grãos (US$ 3,79 bilhões). No setor de carnes, a quantidade exportada atingiu o valor de US$ 3,21 bilhões, sendo que o principal produto embarcado foi o frango, responsável por 45,9% das vendas do setor. Outro destaque foi o milho, com um faturamento de US$ 1,97 bilhões. Tal receita representa 90% das exportações de todos os cereais brasileiros.

O principal destino das exportações do agronegócio continua sendo a China: US$ 4,29 bilhões no primeiro trimestre de 2016 – sendo US$ 2,98 bilhões apenas de soja. Entre os principais blocos econômicos e regiões, a Ásia foi o mercado que mais comprou produtos do agronegócio do Brasil, entre janeiro e março (US$ 8,87 bilhões). O crescimento de 23,8% em relação ao primeiro trimestre de 2015 se deve à expansão das vendas de soja e milho. Com isso, a participação asiática nas vendas de produtos brasileiros subiu de 36,1% no ano passado para 41,9% em 2016.

Segundo Tatiana Palermo, secretária de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o câmbio favorável e a diversificação de mercados pelo país contribuem para os bons resultados das exportações do agronegócio. A secretária lembra ainda que os índices de preços internacionais dos alimentos chegaram ao patamar recorde em fevereiro de 2011. Mas, a partir dessa data, as cotações regrediram 30% até fevereiro deste ano. “Mesmo com esta situação desfavorável, conseguimos aumentar nossas vendas no mercado externo em faturamento e quantidade. O setor agropecuário se tornou essencial para o crescimento da economia brasileira”, destacou.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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