Jornal GGN – Os preços dos alimentos devem continuar sob pressão no próximo ano, uma vez que existe grande possibilidade de a maior seca dos últimos 91 anos afetar diretamente a produção de grãos.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o coordenador de índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, projeta uma inflação de alimentos ao consumidor de 8,71% para 2022, considerando o risco climático.
Esse percentual é pouco mais da metade que deve ser registrada neste ano, o que deve trazer mais dificuldades para o Banco Central atender a meta de inflação de 3,5% – com tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.
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Por outro lado, os produtores não parecem muito preocupados com isso. Apesar da falta de chuvas e dos custos até 30% maiores em relação ao ano passado (no caso da soja), agricultores querem aumentar a área plantada de praticamente todas as lavouras por conta dos preços no mercado internacional – o que também afeta a inflação brasileira.
Os preços das commodities praticamente triplicaram: antes da pandemia, a saca de milho girava em torno de R$ 30, a de soja, R$ 90, e a arroba do boi estava na faixa de R$ 180. Hoje, o milho gira em torno de R$ 90, a soja está na faixa de R$ 170 e arroba passa de R$ 300.
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