Jornal GGN – O faturamento real da indústria de transformação cresceu 1,2% em setembro na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais, segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) . Foi o segundo mês consecutivo de alta no indicador. Mesmo assim, esse resultado não sugere que a indústria recuperou as perdas registradas ao longo de 2015. Na comparação com setembro de 2014, o faturamento teve queda de 8,4%.
De acordo com os dados divulgados, as horas trabalhadas na produção recuaram 0,7% em setembro frente a agosto, também na série dessazonalizada. Na comparação com setembro do ano passado, a queda do indicador foi de 12,4%. Considerando os resultados de janeiro a setembro de 2015, as horas trabalhadas na indústria de transformação caíram 9,5% em relação ao mesmo período de 2014.
O emprego na indústria de transformação (indicador dessazonalizado) diminuiu 1,7% entre agosto e setembro, a maior queda mensal desde o início da série iniciada em 2003. O indicador de emprego em setembro é 7,9% menor do que o aferido em setembro de 2014. Na comparação dos nove primeiros meses de 2015 com o mesmo período de 2014, a redução do emprego é de 5,5%. “A queda foi maior que na crise de 2008 e 2009”, diz o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco. “O indicador de emprego em setembro é 7,9% menor que o aferido em setembro de 2014”, diz a pesquisa.
A utilização da capacidade instalada caiu para 77,7%, o nível mais baixo desde janeiro de 2003. A utilização da capacidade instalada encontra-se 3,9 pontos percentuais menor do que a medida em setembro de 2014. Além disso, de janeiro a setembro de 2015, a utilização da capacidade instalada está 1,9 ponto percentual menor do que no mesmo período de 2014.
Ainda em setembro, a massa real de salários diminuiu 1,6% e o rendimento médio real dos trabalhadores recuou 0,3% frente a agosto, na série livre de influências sazonais. Diante desse cenário, Castelo Branco prevê um Natal fraco neste ano.
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