Goldman Sachs diz que ajuste fiscal é lento e de baixa qualidade

Jornal GGN – Em comunicado enviado aos seus clientes, o banco Goldman Sachs comentou o anúncio de cortes de gastos e do retorno da CPMF feito ontem pelos ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa. Para o banco, o ajuste fiscal é lento e de baixa qualidade, e, por isso, o peso do ajuste deve continuar a ser sentido com mais força na política monetária,

Assinada por Alberto Ramos, diretor para América Latina da instituição, a nota diz que que CPMF é uma taxa controversa e defende que o Brasil ter um superávit de pelo menos 3% ao final do processo de consolidação fiscal, apesar de reconhecer que a meta está distante da realidade do país no momento.

Do O Globo

Para Goldman Sachs, CPMF é taxa ‘controversa’, e ajuste fiscal é de baixa qualidade
 
Em comunicado, banco diz que Brasil precisa de superávit de, pelo menos, 3%

RIO – O banco Goldman Sachs enviou comunicado a seus clientes nesta segunda-feira comentando os cortes de R$ 26 bilhões em gastos e o retorno da CPMF anunciados pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa. No texto, a instituição chama a taxa de “controversa”.

Na nota, assinada por Alberto Ramos, diretor para América Latina do Goldman Sachs, a instituição alerta que, dada a lentidão do ajuste fiscal e sua baixa qualidade, o peso do ajuste deve continuar a ser sentido com mais força na política monetária e no real.

O Goldman Sachs completa defendendo que, ao final do processo de consolidação fiscal, o Brasil precisa ter superávit entre 3% e 3,5% do PIB, mas o banco reconhece que esta meta está distante da realidade fiscal do país no momento. Mas, observa, essa é a proporção necessária para que a dívida pública inicie uma trajetória descendente.

Segundo a instituição, o fato de cerca de R$ 10 bilhões virem da redução das despesas previstas com funcionários públicos o que pode gerar “forte rejeição nos principais sindicatos do setor público”.

Ramos ressalta que muitas das medidas dependem da aprovação do Congresso o que, na avaliação da instituição, “acrescenta significativo risco de implementação”. Ele também lembra que a baixa popularidade do governo da presidente Dilma Rousseff e a fragmentação de sua base de apoio no Congresso, levam o Goldman Sachs a acreditar que essas medidas possam ser alteradas ou até mesmo rejeitadas, “particularmente a aprovação da amplamente rejeitada CPMF”, acrescenta o comunicado.

 

Redação

16 Comentários

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  1. De quebra o GS entende!

    Perguntem ao mancebo do hedge  fund Alpha Global.

    Do Esquerda.net em 29 de Setembro, 2011

    O Goldman Sachs anunciou o encerramento, entenda-se como uma falência, do seu hedge fund Alpha Global que fora catalogado como a jóia da coroa daquele banco Este fundo tinha perdido, durante este ano, 12% do seu valor que representava uma segunda queda em quatro, uma vez que em Setembro de 2008 teve uma queda de 22% sendo um dos acontecimentos que iniciou o caminho para a Grande Recessão

     

    Agora é interessante de CPMF : ninguem quer ouvir nem falar porque monitora os fluxos financeiros né. Não importa nem a alíquota  o problema é que identifica de onde foi para onde vai.

  2. “Medidas fiscais são
    “Medidas fiscais são positivas e visam manter estabilidade, diz Moody’s SÃO PAULO (Reuters) – As medidas fiscais anunciadas pelo governo brasileiro na véspera são um “desenvolvimento positivo” e mais equilibradas do que as propostas anteriores, que lidavam basicamente com medidas do lado da receita, segundo o analista da agência de classificação de riscos Moody’s Mauro Leos. “O objetivo deste novo pacote fiscal é manter a estabilidade fiscal diante da sinalização de que o governo não será capaz de entregar um superávit primário em 2016. É uma tentativa de demonstrar que está no controle e lidando com a situação fiscal de forma pró-ativa”, disse Leos, em comunicado”.  ( do R7) Obs: O Globo também publicou, mas já escondeu a notícia.

  3. O Goldman criou o bonus

    O Goldman criou o bonus Brazil Global Bonds, principal instrumento de divida externa do Pais desde 1998 e é o Goldman quem faz o underwriting, a administração do papel e a gestão do fundo de liquidez.

    Não adianta falar mal de uma realidade, antigamente o vilão era o City, tutor do Comité da Divida Externa presidido pelo William Rhodes, antes do City era o Dillon Read (decadas de 40 e 50), antes era J.Henry Schoeder,  que fez os emprestimos para o plano de valorização do café na decada de 30, antes de todos era N.M.Rothschild & Sons,  que emprestou 3 milhões de libras em 1823 para o Brasil independente indenizar Portugual pela perda do Brasil.

    O Goldman pode falar o que quiser, é a opinião deles, cabe a nós sermos independente deles e não é com bravatas.

  4. Será que teremos uma reunião

    Será que teremos uma reunião de emergência amanhã para o governo rever as medidas e fazer o que o Goldman Sachs quer? Afinal, quando a S&P rebaixou a nota do Brasil o governo brasileiro se ‘rebaixou’ ao nivel da total subserviência, jogando o funcionalismo público na fogueira santa dos ‘mercados’.

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