IGP-M recua 0,74% em junho com deflação no atacado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou deflação de 0,74% em junho, com forte recuo dos preços no atacado e desaceleração da alta no varejo, de acordo com informações da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em maio, o índice responsável pelo reajuste dos contratos de aluguel variou -0,13%. Em junho de 2013, a variação foi de 0,75%. Com o resultado, a variação acumulada em 2014, até junho, é de 2,45%. Em 12 meses, o IGP-M variou 6,24%.

Ao longo do período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou taxa de variação de -1,44%, superando a deflação de -0,65% contabilizada no mês anterior. Um dos destaques ficou com o índice relativo aos Bens Finais, que variou -1,53% em junho, ante -0,41% em maio, por conta da desaceleração do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de -3,08% para -12,73%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de -0,02%. Em maio, a taxa foi de 0,10%.

O índice referente ao grupo Bens Intermediários variou -0,34%, acima dos -0,27% vistos em maio. A queda foi influenciada pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,51% para -0,56%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou -0,35%, ante -0,29%, em maio.

No estágio inicial da produção, o índice do grupo Matérias-Primas Brutas variou -2,63% em junho. Em maio, o índice registrou variação de -1,37%. Os principais responsáveis pela desaceleração foram os itens café em grão (de 4,59% para -10,70%), milho em grão (de -2,49% para -8,88%) e leite in natura (de 2,63% para -0,84%). Ao mesmo tempo, registraram-se acelerações em itens como minério de ferro (de -6,10% para -4,64%), soja em grão (de 0,10% para 1,55%) e aves (de -4,03% para -1,75%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também perdeu força no período de pesquisa, passando de 0,68% em maio para 0,34% em junho. A principal contribuição para tal decréscimo partiu do grupo Alimentação, que caiu de 0,81% para 0,03% por conta do comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 1,26% para -8,76%.

Os outros grupos que perderam força durante o período de análise foram Habitação (de 0,72% para 0,45%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 1,16% para 0,57%), Transportes (de 0,45% para 0,20%) e Comunicação (de 0,20% para 0,15%). Os itens que se destacaram em tais classes de despesa foram tarifa de eletricidade residencial (de 3,20% para 0,26%), medicamentos em geral (de 2,05% para 0,19%), etanol (de 0,54% para -2,31%) e tarifa de telefone residencial (de 0,50% para -0,07%), respectivamente.

Em contrapartida, os grupos que ampliaram suas taxas de variação foram Educação, Leitura e Recreação (de 0,38% para 0,62%), Despesas Diversas (de 0,65% para 0,89%) e Vestuário (de 0,49% para 0,57%). As maiores contribuições para estes movimentos partiram dos itens hotel (de 0,99% para 4,96%), jogo lotérico (de 3,73% para 6,44%) e calçados (de -0,04% para 0,42%), nesta ordem.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,25% em junho, mas ficou abaixo do resultado de maio, quando o total foi de 1,37%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,37%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,47%. O índice que representa o custo da Mão de Obra registrou variação de 2,05%, em junho. No mês anterior, este índice foi de 2,20%.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

5 Comentários

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  1. A minha única dúvida é…

    …do final da copa da fifa até o segundo turno das eleições sem papelzinho, presididas pelo antigo advogado do PT Dias Toffoli, quantos postos de trabalho deixarão de existir… tendo em vista que em alguns setores muitas empresas já estão sem encomenda, outras não sabem o que virá quando entregarem os últimos pedidos em produção…

  2. É muito desagradável  ler os

    É muito desagradável  ler os comentários de certos comentaristas, pois para eles tudo que vem do Governo Federal não presta ou está errado, não mudam, é sempre a mesma ladainha preconceituosa que me causa repulsa, desculpem a sinceridade, é nogento isso; há muitos anos acompanho o Sr. Luis Nassif, nos jornais, na Tv e no Blog, admiro-o bastante e tenho aprendido  com ele e muitos dos comentarista daqui, inclusive muitos que escrevem diferente do que penso, porém ler os comentários do Sr. Rebolla, Mauro B., Leôonidas e outros mais…é triste.

  3. Bravo!A venda de dólares

    Bravo!

    A venda de dólares pelo Banco Central vai sendo um sucesso!

    O efeito nas contas correntes é um mal menor, não se preocupem, o capital de curto prazo preenche o rombo, e tudo vai correr bem.

    A queda na produção industrial é um efeito colateral menor.

    O goveno vai comprimindo as molas disponíveis, câmbio e tarifas administradas, e consegue manter a taxa de inflação anual a 0,10% do teto de 6,50%.

    O governo da Posta é um sucesso!

    Será um par de anos de estagnação econômica e guerra contra inflação, mas quem se importa?

    Uma estadista…

     

  4. Provavelmente o PIG vai usar

    Provavelmente o PIG vai usar mais esta base do mercado financeiro (IGP- M) para formar o produto da variação de pesquisas do desemprego e queda do PIB; por um certo modo de vida definido como recessão. 

    A Ciência da Economia nunca consegue ser mais do que especulação.

    Maravilha: Sequenciar o desenvolvimento da força produtiva com a geração precedente e trocar por dinheiro fictício é uma invenção que os economistas só conseguem para os banqueiros.

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