Indústria recua 2,4% na comparação com 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Embora os dados da indústria brasileira tenham avançado no comparativo mensal, a avaliação em relação ao visto em janeiro de 2013 aponta um recuo de 2,4%, com predomínio de resultados negativos, uma vez que três das quatro categorias de uso, em 19 dos 27 ramos, 46 dos 76 subsetores e 57% dos 755 produtos investigados apontaram redução na produção. Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre as atividades, a queda de 14,4% apresentada pelo setor de veículos automotores foi a que exerceu a maior influência negativa na composição da média, sendo em grande parte pressionada pela queda na produção na maioria dos produtos pesquisados no setor (aproximadamente 90%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de edição, impressão e reprodução de gravações (-11,5%), produtos de metal (-8,2%), bebidas (-5,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-2,9%) e borracha e plástico (-5,8%).

Por outro lado, ainda na comparação com janeiro de 2013, entre as oito atividades que ampliaram a produção, os principais impactos foram observados em material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (27,8%), máquinas e equipamentos (6,9%), outros equipamentos de transporte (8,2%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (20,5%).

Nos índices por categorias de uso, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o destaque ficou com o setor produtor de bens de consumo duráveis, que recuou 5,4% em janeiro, assinalando a queda mais intensa entre as categorias de uso e o quarto resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.

Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado em grande parte pela menor fabricação de automóveis (-18,2%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-7,2%) e de artigos do mobiliário (-9,7%). Por outro lado, ainda nessa categoria de uso, foram observados impactos positivos vindos da produção de eletrodomésticos da “linha marrom” (55,3%), de motocicletas (17,6%), de telefones celulares (22,2%) e de outros eletrodomésticos (1,4%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os segmentos de bens intermediários (-2,7%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3%) também apontaram taxas negativas mais elevadas do que a da média da indústria (-2,4%) em janeiro de 2014.

No primeiro, que mostrou a queda mais intensa desde fevereiro de 2013 (-4,5%), o desempenho nesse mês foi pressionado pelos resultados negativos vindos dos produtos associados às atividades de veículos automotores (-13,6%), refino de petróleo e produção de álcool (-4,7%), metalurgia básica (-3,1%), produtos de papel (-10%), borracha e plástico (-5,9%), produtos têxteis (-5,1%), celulose, papel e produtos de papel (-2,4%), indústrias extrativas (-0,9%) e minerais não-metálicos (-1,5%), enquanto as influências positivas foram registradas por alimentos (4,9%) e outros produtos químicos (0,8%).

Ainda nessa categoria de uso, outros destaques foram os índices negativos vindos dos grupamentos de insumos para construção civil (-1,2%), que apontou o segundo recuo seguido no índice mensal, e de embalagens (-4,8%), que mostrou a terceira taxa negativa consecutiva e a queda mais intensa desde março de 2012 (-7%).

A redução na produção de bens de consumo semi e não duráveis, que assinalou o sexto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto, foi explicada pelos recuos verificados nos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,6%), de outros não duráveis (-3,6%) e de semiduráveis (-3,4%). Por outro lado, a contribuição positiva foi registrada pelo grupamento de carburantes (1,2%), impulsionado pelos avanços na produção de gasolina automotiva e de álcool etílico.

O setor de bens de capital, que avançou 2,5% em janeiro, mostrou o 13º resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior. Segundo o levantamento, o setor foi particularmente influenciado pela expansão vista no grupamento de bens de capital para construção (73,1%), seguido pelos grupos de bens de capital para fins industriais (11,9%), agrícola (9,6%) e para energia elétrica (4,3%). Os demais subsetores perderam força no mês: bens de capital para equipamentos de transporte (-3,3%), após interromper no mês anterior 11 meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, e bens de capital para uso misto (-4,2%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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