Indústria reduziu produção em 12 de 15 locais no ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em 12 meses, volume de produção foi reduzido em 13 dos 15 locais pesquisados

Jornal GGN – A redução da produção industrial brasileira atingiu 12 dos 15 locais pesquisados no indicador acumulado para o período de janeiro a maio de 2016, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Três localidades recusaram com intensidade acima da média nacional (-9,8%): Espírito Santo (-21,6%), Amazonas (-18,8%) e Pernambuco (-18,7%).

A pesquisa mostra que São Paulo (-9,8%), Rio de Janeiro (-9,5%), Minas Gerais (-9,4%), Paraná (-8,9%), Goiás (-8,1%), Santa Catarina (-7,3%), Rio Grande do Sul (-6,2%), Ceará (-5,8%) e região Nordeste (-3,2%) completaram o conjunto de locais com resultados negativos no índice acumulado em 2016.

Nesses locais, o menor dinamismo foi influenciado por fatores relacionados à diminuição na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para equipamentos de transportes – caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e veículos para transporte de mercadorias); bens intermediários (autopeças, produtos de minerais não-metálicos, produtos têxteis, produtos siderúrgicos, produtos de metal, petroquímicos básicos, resinas termoplásticas e defensivos agrícolas); bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”, motocicletas e móveis); e bens de consumo semi e não-duráveis (calçados, produtos têxteis, vestuário e bebidas).

De acordo com a pesquisa, Pará (9,6%), Mato Grosso (7,4%) e Bahia (1,2%) assinalaram os avanços no índice acumulado no ano, impulsionados pelo comportamento positivo vindo de indústrias extrativas (minérios de ferro em bruto), no primeiro local; de produtos alimentícios (carnes de bovinos congeladas, frescas ou refrigeradas, óleos de soja em bruto e tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva) e metalurgia (barras, perfis e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), no último.

O indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a queda de 9,5% em maio para o total da indústria, praticamente repetiu o recuo de 9,6% registrado em março e abril últimos, quando assinalou a perda mais intensa desde outubro de 2009 (-10,3%). Em termos regionais, 13 dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em maio, mas dez apontaram maior dinamismo frente ao índice de abril.

Os principais ganhos de ritmo entre abril e maio foram registrados por Mato Grosso (de 3,6% para 5,5%), Ceará (de -9,3% para -8,5%), Rio Grande do Sul (de -10,9% para -10,2%), São Paulo (de -12,1% para -11,5%) e Pará (de 4,1% para 4,7%), enquanto Espírito Santo (de -8,6% para -11,2%) mostrou a maior perda entre os dois períodos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Se os industriais, né, caro

    Se os industriais, né, caro presidente do CNI, diminuiram suas produções por conta do embrulho-trambolho, qual a razão pra botar os pobres trabalhadores 12 horas diárias no batente? Algum industrial perdeu, pelo menos, sua camionetona ou seu apartamento praiano? Bando é pouco.

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