Indústria rejeita substituição tributária

Por FABIO

AVALIANDO O GOVERNO SERRA .

Do Valor

Indústria rejeita regime de substituição tributária

Fernando Taquari, de São Paulo

A maioria das indústrias brasileiras avalia de forma negativa o regime de substituição tributária no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), revelou uma pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com o levantamento, 58,2% das empresas rejeitam a mudança.

Para 48,9% dos entrevistados, a substituição tributária diminui a margem de lucro das companhias. O regime tributário consiste na arrecadação antecipada do ICMS no começo da cadeia produtiva. A medida tem como objetivo facilitar a arrecadação de tributos, que são cobrados apenas uma vez, além de evitar o aumento da sonegação.

Os empresários consideram que a substituição traz prejuízos ao fluxo de caixa, aumenta as despesas administrativas, diminui os lucros e até provoca a perda de clientes.

A pesquisa apontou que a rejeição é maior entre as pequenas empresas (62,7%), onde apenas 25% das unidades estão submetidas ao regime de substituição tributária. Por outro lado, 42,1% das companhias de grande porte seguem o modelo.

O enquadramento no regime, por exemplo, levou à redução do número de clientes em 36,1% das indústrias, sendo que as maiores perdas ocorreram nas de pequeno porte (41,4%). Já as despesas administrativas cresceram para 56,7% das empresas consultadas.

Em 59,1% das indústrias sujeitas ao regime houve a inclusão de novos produtos nos últimos três anos. A pesquisa foi feita entre 4 e 22 de janeiro deste ano com 1.193 indústrias.

Luis Nassif

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