Indústria tem produção 9,8% menor ante fevereiro de 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Análise anual aponta queda generalizada entre dados pesquisados

Jornal GGN – A indústria brasileira registrou uma produção 9,8% menor no mês de fevereiro em relação ao visto no mesmo período de 2015, com perfil disseminado de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 26 ramos, 59 dos 79 grupos e 67,8% dos 805 produtos pesquisados. O mês de fevereiro de 2016 (19 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (18). Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na avaliação setorial, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,1%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de indústrias extrativas (-12,1%), máquinas e equipamentos (-27,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,1%), metalurgia (-12,1%), produtos de borracha e de material plástico (-15,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,1%), produtos de metal (-12,7%), outros equipamentos de transporte (-24%), produtos de minerais não-metálicos (-9,6%), produtos têxteis (-11,8%) e bebidas (-5,1%).

Por outro lado, ainda na comparação com fevereiro de 2015, as atividades de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), produtos do fumo (82,8%) e produtos alimentícios (1,1%) exerceram as principais influências positivas nesse mês.

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, os segmentos de bens de consumo duráveis (-29,3%) e bens de capital (-25,8%) assinalaram, em fevereiro de 2016, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens intermediários (-8,5%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-2%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos abaixo da média nacional (-9,8%).

O setor de bens de consumo duráveis recuou 29,3% no índice mensal de fevereiro de 2016, 24º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e ligeiramente mais intenso do que o verificado no mês anterior (-28,7%). Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-31,9%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (-35,9%) e da “linha branca” (-22,5%). Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas (-36,9%), do grupamento de outros eletrodomésticos (-27,8%) e de móveis (-7,2%).

O setor produtor de bens de capital, ao recuar 25,8%, assinalou a 24ª taxa negativa consecutiva no índice mensal, mas mostrou queda menos intensa do que a observada no mês anterior (-35,7%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi influenciado pelos recuos observados em todos os seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 24,5% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital para fins industriais (-19,5%), de uso misto (-28,3%), para construção (-56,6%), agrícola (-33,3%) e para energia elétrica (-18,5%).

A produção de bens intermediários, com queda de 8,5% em fevereiro de 2016, assinalou a 23ª taxa negativa consecutiva, mas menos intensa do que a observada no mês anterior (-11,7%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de indústrias extrativas (-12,1%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,8%), de metalurgia (-12,1%), de produtos de borracha e de material plástico (-15,6%), de máquinas e equipamentos (-24,1%), de produtos de metal (-12,8%), de produtos de minerais não-metálicos (-9,5%), de produtos têxteis (-11,1%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e de outros produtos químicos (-0,5%).

As pressões positivas foram registradas por celulose, papel e produtos de papel (8,3%) e produtos alimentícios (0,7%). Ainda nessa categoria econômica, outros destaques ficaram com as reduções observadas nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-14,8%) e de embalagens (-5,2%).

A redução na produção de bens de consumo semi e não-duráveis (-2%) foi a 16ª taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior, mas apontou queda menos intensa do que a verificada em janeiro último (-7%). O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelo recuo observado no grupamento de semiduráveis (-10,6%). Os subsetores de não-duráveis (-0,9%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-0,3%) também mostraram resultados negativos nesse mês. Por outro lado, o grupamento de carburantes (4,5%) apontou o único resultado positivo nessa categoria.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Cadê os comentários? O Brasil
    Cadê os comentários? O Brasil tá entrando numa depressão econômica que vai ser catastrófica. E o governo Dilma só pensa em não cair, oferecendo cargos a qualquer um que dê votos contra o impeachment. A oposição e o PMDB só pensam em assumir o governo sem ter ganhado nas urnas. A consequência quem sofre é o povo pobre. Os ricos rentistas estão ganhando o bolsa juros que o governo paga em dia com os estratosféricos 14,25% a.a, enquanto os pobres, coitados, é desemprego em alta, juros bancários em alta, inflação em alta, recessão severa. O que vem depois? Ninguém responde, porque os políticos só estão interessados no poder, não estão interessados no povo.

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