Instituições também projetam queda da economia em 2016

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central para elaborar o relatório Focus mostram que a economia brasileira deve apresentar queda tanto em 2015 como em 2016: segundo a publicação, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) ao fim deste ano perdeu força pela quinta semana consecutiva, passando de -1,97% para -2,01%. Os números para 2016 foram reduzidos pela segunda semana, da estabilidade para uma retração de -0,15%.

Os analistas também projetam uma melhora discreta na retração da produção industrial, com os números passando de -5,21% da semana passada para uma queda de 5%. Os dados para o próximo ano foram reduzidos pela segunda semana seguida, de 1,15% para 1%.

O encolhimento da economia vem acompanhado de inflação acima da meta (4,5%, com limite superior de 6,5%). Mas, pela primeira vez depois de 17 semanas seguidas, a projeção parou de subir. A estimativa das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano foi mantida em 9,32%. Para o próximo ano, a projeção passou de 5,43% para 5,44%, em sua segunda semana consecutiva de ajuste.

Para as instituições financeiras, a Selic deve permanecer em 14,25% ao ano até o fim de 2015 (terceira semana consecutiva de estabilidade para o dado) e ser reduzida em 2016. A projeção mediana (desconsidera os extremos da estimativa) para o fim do próximo ano passou de 12% para 11,88% ao ano, com a média do período passando de 13,16% para 13,13%.

Como forma de trazer a inflação para a meta, foram realizados sete ajustes consecutivos na taxa básica de juros, mas a promessa feita pela autoridade monetária é entregar o índice de preços na meta em 2016. O BC indicou que não deve elevar a Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro.

A pesquisa também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,66% para 7,67%, este ano. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa subiu de 7,69% para 7,74%, em 2015. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 9,17% para 9,23%, este ano.

A projeção para a cotação do dólar, ao final este ano, subiu pela quarta vez seguida, ao passar de R$ 3,40 para R$ 3,48, e a média do período também subiu pela quarta semana, de R$ 3,20 para R$ 3,23. Para o fim de 2016, na terceira alta seguida, a projeção passou de R$ 3,50 para R$ 3,60, e a média subiu de R$ 3,44 para R$ 3,53.

A estimativa para a relação dívida líquida do setor público (DLSP) com o PIB no fim de 2015 caiu pela segunda semana consecutiva, de 36,20% na semana passada para 36,15%, ao passo que a variação para 2016 foi mantida em 38,50% pela terceira semana seguida.

O levantamento mostra ainda que o déficit em conta corrente projetado para o fim deste ano foi ajustado pela oitava semana seguida, de -US$ 77,50 bilhões para -US$ 77 bilhões. Os dados para 2016 passaram de -US$ 68,50 bilhões para -US$ 67,45 bilhões. O volume de investimento estrangeiro direto para este ano foi mantido em US$ 65 bilhões, mesmo patamar estimado para o próximo ano.

 

 

(Com Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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