IPCA-15 desacelera levemente e encerra agosto em alta de 0,14%

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) encerrou o mês de agosto com ganho de 0,14%, resultado 0,03 ponto percentual em relação a taxa de 0,17% contabilizada em julho, segundo levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com isto, o total acumulado no ano foi para 4,32%, superior à taxa de 3,69% do mesmo de período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 situou-se em 6,49 %, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,51%). Em agosto de 2013, a taxa havia sido 0,16%.

A energia elétrica ocupou a liderança na relação dos principais impactos do mês. Com um aumento de 4,25%, o item deteve 0,12 ponto percentual do índice devido à influência das variações nas contas das regiões metropolitanas de Curitiba (23,85%), refletindo o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho; São Paulo (9,55%), cujo reajuste foi de 18,00% nas tarifas a partir de 04 de julho; e Belém (6,80%), com reajuste de 34,41% em 07 de agosto. Desta forma, o aumento da energia, aliado a outros itens, levaram as despesas com habitação (de 0,48% em julho para 1,44% em agosto) ao mais elevado resultado de grupo no mês.

O item habitação também foi pressionado pelas despesas com artigos de limpeza (1,47%), taxa de água e esgoto (1,37%), condomínio (1,36%), aluguel residencial (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%). As regiões metropolitanas de Fortaleza (5,49%), onde ocorreu reajuste de 7,30% em 06 de julho, São Paulo (3,24%) e Rio de janeiro (2,92%), com reajuste de 6,75% a partir de 01 de agosto foram responsáveis pela alta na água e esgoto. Em São Paulo, o resultado de 3,24% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto os usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.

No item mão de obra para pequenos reparos (0,66%) em razão da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de Salvador e de Porto Alegre com referência ao meses de maio e junho, estas duas regiões tiveram sua metodologia de cálculo adaptada. Segundo o IBGE, “o procedimento consistiu em utilizar os últimos rendimentos disponíveis nas duas regiões, que se referem ao mês de abril, para estimar a tendência da série de rendimentos em agosto. Assim, foram estimados, a partir de abril, quatro meses à frente ao invés de dois, como é a metodologia corrente adotada. As demais regiões seguiram o procedimento regular descrito na nota técnica 01/2007, sendo estimados dois meses à frente com base nos rendimentos de maio efetivamente coletados através da PME”.

Da mesma forma, o item empregados domésticos (1,28%) seguiu o procedimento da mão de obra no cálculo das regiões de Salvador e Porto Alegre. Mesmo com a alta de 1,28% nos empregados, que, com 0,05 ponto percentual exerceu o segundo maior impacto no índice do mês, o grupo das despesas pessoais (de 1,74% em julho para -0,67% em agosto) se apresentou em queda. Isto porque as diárias de hotéis tiveram queda de 23,54% e, inversamente, exerceram o principal impacto para baixo (-0,13 ponto percentual).

Junto com as despesas pessoais, os grupos alimentação e bebidas (de -0,03% em julho para -0,32% em agosto), vestuário (de zero para -0,18%) e comunicação (-0,10% para -0,84%) contribuíram com queda em agosto. Nos alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos, especialmente a batata-inglesa (-20,42%), tomate (-16,47%), feijão-carioca (-5,49%), hortaliças (-5,13%), óleo de soja (-3,17%) e feijão-preto (-3,11%).

Os demais grupos, incluindo o da habitação, mostraram aumentos nos preços. As passagens aéreas (10,27%), item que exerceu o terceiro maior impacto no mês, com 0,04 ponto percentual, se destacaram nos transportes (de -0,85% em julho para 0,20% em agosto), enquanto os cursos diversos (informática, idioma, etc.), com alta de 1,06%, sobressaíram em educação (de -0,07% para 0,42%), que refletiu os resultados apurados na coleta realizada em agosto, a fim de obter a realidade do segundo semestre do ano letivo.

Dentre os índices regionais, o maior foi o de Curitiba (0,50%), em virtude da alta da energia elétrica (23,85%), tendo em vista o reajuste de 24,86% autorizado em 22 de julho e retroativo a 24 de junho. O menor índice foi o de Salvador (-0,38%), onde a energia elétrica apresentou queda de 6,55% refletindo a redução de 83,49% nas alíquotas do PIS/PASEP/COFINS. Os preços dos combustíveis (-5,71%) também contribuíram para o menor resultado do índice de Salvador.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

8 Comentários

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  1. O remédio contra o descontrole inflacionário…

    …em ação no governo petista de Dilma Rousseff é a RECESSÃO. Não há o que comemorar!

    1. Se tem inflação reclamam se

      Se tem inflação reclamam se não tem reclamam.

      Querem tudo. Vão para a Grécia, Portugal e a Espanha.

      Os nababos nunca estão contentes.

       

  2. a inflação baixa, mas os


    a inflação baixa, mas os comentristas economicos da grande mídia arranjarão um jeito de detonar os números positivos e realçar os negativos.

    oo curioso é que o aumento maior em curitiba é decorrente de uma medida tomada pelo governo estadual  tucano de aumentar a tarifa da energia elétrica para beneficiar os investidores da copel.

    e ainda o governo tucano  teve a desfaçatez de culpar o governo federall pelo aumento.

    aliás como faz a grande mídia no que se refere ao setor da saúde.

    mesmo que os erros sejam municiapis ou estaduais, a culpa, segundo essa grande mídia, é do governo federal.

    1. Só depois das eleições. e

      Só depois das eleições. e mesmo assim com nova forma de mensurar o “emprego” que agora vai ser definido como a pessoa que recebe um obrigado do viznho, um sorriso de uma criança, afinal trazer a felicidade ao mundo é um serviço e portanto um “emprego”, quem estiver recebendo seguro desemprego afinal se recebe algo esta empregado. 

  3. A inflação de “VERDADE” passa

    A inflação de “VERDADE” passa de 10%, quem vai ao supermercado sabe a realidade não o mundo da lua da propaganda governista.

     

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