IPCA-15 ganha fôlego e avança 1,33% em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) encerrou o mês de fevereiro em alta de 1,33%, resultado 0,44 ponto percentual acima da taxa de 0,89% de janeiro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o índice mais elevado desde fevereiro de 2003, quando atingiu 2,19%. O acumulado para os dois primeiros meses do ano situou-se em 2,23%. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 7,36%, o maior resultado apurado desde junho de 2005 (7,72%). Em fevereiro de 2014, a taxa havia sido 0,70%.

O destaque ficou com o avanço de 5,98% registrada no grupo Educação (ante 0,30% em janeiro), que reflete os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,29%. À exceção de Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude da diferença da data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos situaram-se entre 5,11%, na região metropolitana de Porto Alegre, e 9,78%, no Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 7,18%.

Considerando os principais impactos individuais, a liderança ficou com energia elétrica, que deteve 0,23 ponto percentual do IPCA-15 devido ao aumento de 7,70% nas contas. Além de reajustes nas tarifas de algumas regiões e de movimentos na parcela de impostos, o item refletiu a complementação do efeito do Sistema de Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança que passou a vigorar a partir de 1º de janeiro. Também no grupo Habitação (2,17%), houve influência de condomínio (0,97%), mão de obra para pequenos reparos (0,91%), gás de botijão (0,89%), taxa de água e esgoto (0,68%) e aluguel residencial (0,65%).

Nos Transportes (de 0,75% para 1,98%), a alta reflete, principalmente, os reajustes ocorridos nas tarifas dos ônibus urbanos (7,34%), mas também houve aumento nas tarifas dos intermunicipais, que ficou em 3,61%, sob pressão de São Paulo (7,21%), com reajuste de 16,60% desde 06 de janeiro; Rio de Janeiro (6,68%), com reajuste de 12,46% em 10 de janeiro; Fortaleza (4,51%), com reajuste de 11,00% desde 29/12; e Curitiba (3,31%), com reajuste de 10,00% em 08 de fevereiro.

Ainda no grupo Transportes, a alta de 2,96% no litro da gasolina e de 2,54% no litro do diesel reflete o aumento das alíquotas de PIS/COFINS a partir de 1º de fevereiro. O etanol (3,55%) também pressionou o resultado. Além disso, subiram metrô (8,95%), automóvel novo (2,76%), táxi (2,50%) e conserto de automóvel (1,59%).

Em Alimentação e Bebidas (de 1,45% para 0,85%), alguns produtos mostraram fortes aumentos, como feijão carioca (10,07%), tomate (9,61%), hortaliças (7,71%), batata inglesa (6,77%) e pescados (3,62%). Mesmo assim, o grupo dos alimentos mostrou redução no ritmo de crescimento de preços, já que a alta em janeiro foi de 1,45%.

No grupo das Despesas Pessoais (de 1,39% para 1,22%), o destaque ficou com os itens excursão (7,48%), cigarro (4,44%), cabeleireiro (1,01%) e manicure (0,65%).

Os eletrodomésticos (1,33%) sobressaíram nos artigos de residência (de -0,55% para 0,62%), a telefonia celular (0,90%) no grupo de Comunicação (de -0,04% para 0,28%), e em Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,38% para 0,39%) não houve destaques. Já os artigos de vestuário (de 0,51% para -0,89%) se apresentaram em queda.

Dentre os índices regionais, os maiores foram os do Rio de Janeiro (de 1,35% em janeiro para 1,59%) e São Paulo (de 0,92% para 1,58%). No Rio de Janeiro, houve pressão da alta nas tarifas do ônibus urbano (8,28%). Em São Paulo, a energia elétrica (12,17%) e ônibus urbano (12,18%) foram responsáveis por 0,64 ponto percentual do índice do mês. O menor índice foi o de Brasília (de 0,67% para 0,34%), onde as passagens aéreas tiveram queda de 20,86%, que com peso de 2,70% geraram um impacto de -0,56 ponto percentual no índice da área.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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