Ipea aponta alta da inflação para famílias de menor renda

Índice por faixa de renda foi de 1,3% no período para o segmento; para famílias de renda mais alta, taxa foi de 1,09%

Foto: Reprodução

Jornal GGN – A inflação por faixa de renda avançou em todas as análises elaboradas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) no mês de setembro, sendo que a variação foi mais acentuada para as famílias de renda muito baixa (1,30%) ante o grupo de renda mais elevada (1,09%).

Para as famílias de renda muito baixa, os reajustes de 6,5% das tarifas de energia elétrica, de 3,9% do gás de botijão e de 1,1% dos artigos de limpeza, foram os principais responsáveis pela alta do grupo habitação – respondendo por mais da metade da inflação para o segmento.

O segundo principal impacto para as famílias de menor renda foi visto no item alimentos em domicílio, por conta do aumento das frutas (5,4%), das aves e ovos (4,0%) e dos leites e derivados (1,6%).

Para as três faixas de renda mais alta, o maior impacto partiu do grupo de transportes, devido aos reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% das passagens aéreas e de 9,2% dos transportes por aplicativo.

O Ipea ressalta que, apesar de a inflação em setembro de 2021 ter ficado acima da registrada no mesmo mês de 2020, para todas as classes de renda pesquisadas, o diferencial entre as taxas foi, novamente, maior para as famílias de renda mais alta.

As deflações observadas nos planos de saúde (-2,3%) e em serviços pessoais e de recreação, como cabeleireiro (-0,37%) e hospedagem (-0,47%), bem como os aumentos menos intensos em itens como gasolina (1,9%) e passagens aéreas (6,4%), explicam o desempenho melhor da inflação, no ano passado, na faixa que concentra os maiores rendimentos.

Para as famílias de menor renda, apesar da alta bem mais intensa dos alimentos no domicílio em setembro de 2020, especialmente do arroz (18%), feijão (4,3%), carnes (4,5%) e óleo de soja (27,5%), o desempenho da energia elétrica (0,07%), do gás de botijão (1,6%), dos aluguéis (0,11%) e dos artigos de higiene (0,20%), no ano passado, explicam essa taxa de inflação mais amena. Clique aqui e leia a íntegra da análise.

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Redação

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