Levy não descarta novos impostos para auxiliar no ajuste fiscal

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não descarta a criação de impostos para ajudar o governo a fazer o esforço fiscal necessário. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ele sugeriu que essa seria uma medida limite caso o governo tenha dificuldades para cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país).
 
Apesar de não descartar a possibilidade de introduzir novos impostos, Levy ressaltou que o governo precisa, antes disso, calibrar tributos que existem e que passaram a arrecadar menos por causa de medidas de desoneração. “Seria inadequado dizer que jamais trarei um imposto novo. O governo tem que tomar as ações necessárias. Antes de criar impostos novos, temos de acertar os que estão aí. Foram criados desequilíbrios nos últimos anos”, disse o ministro na última intervenção na audiência.
 
Desde que assumiu o Ministério da Fazenda, Levy reajustou tributos que haviam sofrido desonerações, mas não criou impostos. No fim de janeiro, o governo aumentou quatro tributos para reforçar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões.

 
A medida que mais arrecadará será o aumento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina e o diesel e a reintrodução da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que reforçarão o caixa federal em R$ 12,2 bilhões neste ano.
 
A equipe econômica também aumentou a alíquota do PIS/Cofins sobre produtos importados para compensar uma decisão do Supremo Tribunal Federal que diminuiu a base de cálculo para essas mercadorias. O governo reajustou ainda o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito a pessoas físicas e passou a cobrar Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre distribuidoras ligadas a fabricantes de cosméticos.
 
No fim de fevereiro, Levy anunciou a reversão parcial da desoneração da folha de pagamentos. Inicialmente, o governo arrecadaria R$ 25,2 bilhões a menos neste ano com o incentivo fiscal. Com o aumento das alíquotas para as empresas beneficiadas, a renúncia fiscal cairia para cerca de R$ 22 bilhões em 2015 e para R$ 12,4 bilhões por ano a partir de 2016.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

11 Comentários

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  1. Então o mestre dos mestres

    Então o mestre dos mestres disse:

      ”’O programa é razoável (a despeito de dar mais ênfase no aumento da receita do que na redução das despesas)”

     Digo eu: Se não cortar gastos,nada funciona.Nem na padaria.

             Curtam a coluna de quem sabe, e como sabe….

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/214253-a-conversao.shtml

               ps: Mestre dos mestres,de fato, foi o tutor do ”pequeno gafanhoto”

               A parábola quando  o pequeno gafanhoto está sendo estuprado é fenomenal.Mais fenomenal ainda é resposta do mestre.Mas acho que é pesado demais pra escrever aqui.

  2. A atuação que ele teve até

    A atuação que ele teve até agora, poderia ser exercida por qualuqer funcionário de 3 escalão da fazenda. Cortar gastos e aumentar impostos.

    Uma planilha de excel da conta do recado.

    E medidas para desburocratização ? E medidas de simplificação tributária, quando serão apresentadas ?

    O Governo está todo errado, deveria se criar um ministério da economia e não um só com responsabilidade por ajustes de gastos, como a atual fazenda.

     

    1. É por aí mesmo

      Cadê a agenda positiva? Será que essa é a única capacidade desse pessoal? Aí seria melhor contratar por um mês um qualquer escritório de contabilidade e resolver esse problema. Sairia muito mais em conta. 

  3. pais rico

    Este é um pais rico!

    Não o fosse, como justificar as aposentadorias de marajá?

    Como justificar as bilionárias cifras do sonegômetro?

    Porque não aciona brasileiros detentores de fortunas em paraisos fiscais?

    Porque não acaba com mamatas que vem desde Cabral?

    Porque ainda faz propaganda numa tv que não mostra o DARF (e ninguém vai preso)?

     

     

  4. Se quer criar imposto a

    Se quer criar imposto a prioridade deve ser para aqueles sobre grandes fortunas e sobre heranças milionárias.

    Se apertar o combate à sonegação tem o potencial de aumentar a arrecadação em 50%. Claro que é ilusão pensar que chegue a tanto, mas para isto não precisa criara nenhum novo imposto apenas apertar a ficalização e a punição aos sonbegadores. Reduzir a sonegação em apenas 30% significa uma receita total extra de 15%, que é mais do que qualquer imposto pode aportar.

    Re-estabelecer a CPMF não só ajuda na arrecadação como ajuda no combate à sonegação.

  5. Complementando, a meta do

    Complementando, a meta do ajuste fiscal é de 1.2% do PIB.

    Reduzindo a sonegação em apenas 10% significa 5% a mais de arrecadacão ou quase 1.5% do PIB.

    A meta fiscal pode ser alcançada sem arrocho sobre os trabalhadores.

    É tudo uma questão de escolhas e  prioridades.

  6. Mais Impostos ?
    Cortar

    Mais Impostos ?

    Cortar investimentos na educação e em infra-estrutura ,não cortar gastos com mais de 100 mil cargos não concursados ,e aumentar impostos.Assim até eu posso ser Ministro da Fazenda .Que tal ir cobrar os graudos pegos na Operação Zelotes ?

  7. Os milionários brasileiros
    Os milionários brasileiros criticam o comunismo do PT porque não querem pagar impostos. Adoram a França onde as fortunas são tributadas. Citam os EUA onde sonegador rico também vai preso. E odeiam a Rússia, único país europeu onde os milionários são realmente livres. No fundo todo milionário brasileiro é apenas um nóia mal informado ou um cretino mal intencionado.

  8. Combater a evasão fiscal dos caras de pau

    tipo bradesco, banco safra, ford, etc parece que continua fora de cogitação. Bom saber que o ministro, que veio de um banco sonegador e acabou de dizer em Chicago que os empresários brasileiros não gostam de pagar impostos, já está pensando em mais um aumento de impostos e eu suspeito que sou eu e o resto do zé povinho que vamos pagar a conta. Levy, que tal dar uma variada e cobrar a conta dos amigos do bradesco? 

  9. A lição da Islândia, onde não se brinca em serviço

    Iceland looks at ending boom and bust with radical money plan

    Icelandic government suggests removing the power of commercial banks to create money and handing it to the central bank

    A bank customer holds a handful of Icelandic crowns from an ATM as Icelanders face the possibility of the island's economy running into bankruptcy on October 8, 2008 in downtown Reykavik, Iceland In Iceland, as in other modern market economies, the central bank controls the creation of banknotes and coins but not the creation of all money Photo: Getty Images

    Iceland’s government is considering a revolutionary monetary proposal – removing the power of commercial banks to create money and handing it to the central bank.

    The proposal, which would be a turnaround in the history of modern finance, was part of a report written by a lawmaker from the ruling centrist Progress Party, Frosti Sigurjonsson, entitled “A better monetary system for Iceland”.

    “The findings will be an important contribution to the upcoming discussion, here and elsewhere, on money creation and monetary policy,” Prime Minister Sigmundur David Gunnlaugsson said.

    The report, commissioned by the premier, is aimed at putting an end to a monetary system in place through a slew of financial crises, including the latest one in 2008.

    According to a study by four central bankers, the country has had “over 20 instances of financial crises of different types” since 1875, with “six serious multiple financial crisis episodes occurring every 15 years on average”.

    Mr Sigurjonsson said the problem each time arose from ballooning credit during a strong economic cycle.

     

    DOCUMENTZoom             «Page 1 of  110»

     

    Frosti Sigurjonsson’s report, entitled A Better Monetary System For Iceland

    He argued the central bank was unable to contain the credit boom, allowing inflation to rise and sparking exaggerated risk-taking and speculation, the threat of bank collapse and costly state interventions.

    In Iceland, as in other modern market economies, the central bank controls the creation of banknotes and coins but not the creation of all money, which occurs as soon as a commercial bank offers a line of credit.

    The central bank can only try to influence the money supply with its monetary policy tools.

    Under the so-called Sovereign Money proposal, the country’s central bank would become the only creator of money.

    “Crucially, the power to create money is kept separate from the power to decide how that new money is used,” Mr Sigurjonsson wrote in the proposal.

    “As with the state budget, the parliament will debate the government’s proposal for allocation of new money,” he wrote.

    Iceland’s three largest banks collapsed

    Banks would continue to manage accounts and payments, and would serve as intermediaries between savers and lenders.

    Mr Sigurjonsson, a businessman and economist, was one of the masterminds behind Iceland’s household debt relief programme launched in May 2014 and aimed at helping the many Icelanders whose finances were strangled by inflation-indexed mortgages signed before the 2008 financial crisis.

    The small Nordic country was hit hard as the crash of US investment bank Lehman Brothers caused the collapse of its three largest banks.

    Iceland then became the first western European nation in 25 years to appeal to the International Monetary Fund to save its battered economy.

    Its GDP fell by 5.1pc in 2009 and 3.1pc in 2010 before it started rising again.

     

  10. MAIS DO MESMO

    Que pobreza…

    Vale repetir o que foi postado abaixo,

    A atuação que ele teve até agora, poderia ser exercida por qualuqer funcionário de 3 escalão da fazenda. Cortar gastos e aumentar impostos.

    Com esta cara de bebe chorão, quero ver até onde vai a valentia deste ministro e o seu saco de maldades, qdo começarem as manifestações publicas exigindo que se acabe com a manobra velhaca de mais uma vedz jogar nas costas do povo, o lado fraco, o maior sacrificio para se arrumar as burradas do executivo.

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