Lucro do Grupo Pão de Açúcar sobe 26% em 2014

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Grupo Pão de Açúcar (GPA), maior varejista do país, registrou lucro líquido de R$ 1,76 bilhão, alta de 26% em relação ao resultado de 2013 (R$ 1,396 bilhão). Contudo, os dados apurados no quarto trimestre mostram que o lucro líquido teve queda de 2,1%, de R$ 687 milhões em 2013 para R$ 673 milhões em 2014.

Segundo os dados divulgados ao mercado, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, que exclui as Outras Despesas e Receitas Operacionais citadas acima, foi de R$ 1,953 bilhão, um aumento de 21,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, superior ao crescimento de vendas. A margem EBITDA ajustada alcançou 9,9%, 0,4 ponto percentual acima do registrado no quarto trimestre de 2013, o que demonstra a habilidade da Companhia em apresentar maior rentabilidade a despeito de um cenário de vendas desafiador. Em 2014, o EBITDA ajustado alcançou R$ 5,371 bilhões, com margem de 8,2%, superior em 0,4 ponto percentual em relação ao ano de 2013.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 19,7 bilhões, com crescimento de 16,2%, combinação da inauguração de 117 novas lojas no trimestre e crescimento das vendas ‘mesmas lojas’ de 4,3%. No ano de 2014, a receita líquida apresentou crescimento de 13,3%, totalizando R$ 65,5 bilhões.

As despesas com vendas, gerais e administrativas apresentaram aumento de 0,2 ponto percentual, passando de 16,8% em 2013 para 17% em 2014, impactadas pelo dissídio salarial de 2014, que foi superior à inflação; despesas relacionadas a aberturas e reformas das lojas; e também maiores gastos de marketing no Multivarejo.

Na avaliação da corretora Concórdia, a empresa apresentou resultados em linha com as expectativas, com destaque para os resultados das chamadas lojas de proximidade – Minimercado Extra e Minuto Pão de Açúcar –, “em função, sobretudo, da expressiva inauguração de lojas, e do Assaí, que contou com expansão geográfica e boa performance em mesmas lojas”.

No segmento Não Alimentar, o destaque ficou para o lançamento da CNova (combinação de negócios entre Nova Pontocom e Cdiscount), que alavancou os números do período. A receita líquida somou R$ 19,7 bilhões no trimestre, alta de 16,2% ante o quarto trimestre de 2013. “Porém, se desconsiderada a consolidação da Cdiscount, a receita registraria crescimento de 6,2%. As margens da companhia foram ajudadas pelo desempenho da Via Varejo (vide comentário de resultados de 12/02/2015), e pelo melhor mix e maior ganho com aluguel de galerias comerciais no Multivarejo”, diz a corretora.

“Na linha final, esses efeitos foram compensados, majoritariamente, por provisionamento de créditos de ICMS relacionados a produtos da cesta básica, indenizações, gastos com reestruturação e IPO da CNova, além do impacto do CDI sobre descontos de recebíveis. Dessa forma, o lucro líquido apresentou redução de 1,4% frente o quarto trimestre de 2013, para R$ 485 milhões”, pontua a corretora.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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