Mantega: custo de empréstimos ao BNDES é menor que os ganhos, “Nós evitamos o prejuízo com pagamento de seguro-desemprego,

Mantega: custo de empréstimos ao BNDES é menor que os ganhos

Para Mantega, sem os financiamentos do BNDES ao setor produtivo e as demais medidas anticíclicas adotadas para o enfrentamento da crise o país teria registrado queda de 2,5% a 3% do PIB. “Quando cai o PIB, a arrecadação cai e o emprego cai”, citou. “Nós evitamos o prejuízo com pagamento de seguro-desemprego, por exemplo, e não estaríamos crescendo no patamar de 6,5% em 2010”, argumentou durante entrevista para comentar o relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”.

10/08/2010,  Ministro destaca redução de gastos com pessoal e pagamento de juros

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta terça-feira que os empréstimos do Tesouro ao BNDES foram importantes para evitar a queda do PIB no Brasil durante a crise financeira internacional de 2008 e 2009. Afirmou que o reforço no caixa do banco não implicou em aumento de custo para o Tesouro Nacional. “O custo é menor do que os ganhos com os empréstimos e os gastos com subsídios voltam em forma de aumento da arrecadação de impostos e dividendos do banco”.

Para Mantega, sem os financiamentos do BNDES ao setor produtivo e as demais medidas anticíclicas adotadas para o enfrentamento da crise o país teria registrado queda de 2,5% a 3% do PIB. “Quando cai o PIB, a arrecadação cai e o emprego cai”, citou. “Nós evitamos o prejuízo com pagamento de seguro-desemprego, por exemplo, e não estaríamos crescendo no patamar de 6,5% em 2010”, argumentou durante entrevista para comentar o relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”.

   Brasília - Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante apresentação do relatório bimestral "Economia Brasileira em Perspectiva". Foto: Marcelo Klotz/MF
Brasília – Ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante apresentação do relatório bimestral “Economia Brasileira em Perspectiva”. Foto: Marcelo Klotz/MF

Segundo o ministro, entre 2003 e 2004, a participação do BNDES no total de financiamentos do Sistema Financeiro Nacional era de 24% e atualmente está em 20,2%, “Significa que o crédito livre (do setor privado) cresceu mais que o crédito do setor público”, disse Mantega.

Ele lembrou ainda que o BNDES não empresta apenas a grandes empresas. “É natural que as grandes empresas tomem empréstimos maiores. Agora, somente em 2009 as pequenas e médias empresas obtiveram R$ 30 bilhões em financiamentos do BNDES, o que é incomum”, enfatizou o titular da Fazenda. “É difícil uma empresa saudável, com um projeto sólido e bem fundamentado não consiga crédito no BNDES”, disse, citando a aprovação de 400 mil projetos no ano passado.

PIB – O ministro confirmou que o PIB em 2010 crescerá 6,5% pelas projeções da Fazenda divulgadas no relatório e destacou a retomada do crescimento no terceiro trimestre. Também enfatizou o aumento do PIB per capita: “Esse aumento se deve à aceleração do crescimento do PIB e à diminuição do crescimento populacional”.

Mantega destacou outros indicadores importantes da retomada do crescimento, como o resultado da indústria automobilística, com venda de mais de 300 mil unidades em julho e a evolução do mercado consumidor, medido pelo aumento expressivo da mobilidade social. Conforme o ministro cada vez mais a população brasileira melhora sua condição de vida, passando das classes D e E para B e C.

O ministro ressaltou ainda o aumento da geração de empregos no país. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o saldo mensal de junho de 2010 registrou a criação de 212.952 empregos com carteira assinada. É o segundo melhor resultado para o mês de junho, perdendo apenas para junho de 2008. “Estamos diante de um maior crescimento e maior geração de emprego, que é uma correlação direta”, comentou.

Sobre as projeções de inflação, Mantega também confirmou 5,3% para o IPCA e disse que o índice está abaixo das estimativas do mercado. “De fato não havia uma inflação de demanda, como eu falei desde o início do ano, mas sim um choque de oferta. Os analistas não esperavam retração dos preços agrícolas”.

Em relação ao comércio exterior, após um período em que as importações cresceram mais que as exportações, as curvas agora estão convergindo. “As importações, que chegaram a crescer 40%, estão agora crescendo entre 34% e 35%, com as exportações acelerando”, afirmou.

Ao comentar os números da publicação divulgada nesta terça-feira, Guido Mantega ressaltou que o país hoje caminha na direção da poupança pública (resultado de toda a arrecadação e gastos do Governo Central, sem as estatais, menos o investimento). “Estamos começando a gerar poupança pública, o que é salutar e deve continuar”.

Sobre a política fiscal, destacou a redução dos gastos com pessoal em relação ao PIB. “Alguns diziam que haveria gasto explosivo, o que não aconteceu”, lembrou. Conforme o ministro o aumento em determinado momento foi devido ao reajuste salarial de algumas categorias. “A tendência é que os gastos com pessoal se estabilizem entre 4,5% a 4,7% do PIB, abaixo do que já foi no passado”.

O ministro concluiu que “a economia brasileira está bem, crescendo de forma saudável, gerando emprego e com equilíbrio fiscal”. Ele negou que a divulgação do panorama econômico cunho eleitoral. “Agora tudo que fazemos pode ser interpretado com conotação eleitoral. Mas conseguimos isolar política de economia. Não há contaminação”, disse. “Não vou deixar de divulgar os dados porque é ano eleitoral. A economia não desaparece em ano eleitoral”, declarou. 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social – GMF

http://www.fazenda.gov.br/audio/2010/agosto/a100810.asp

Arquivo de áudio.Download do arquivo de áudio.

Ficha técnica do arquivo de áudio:

Duração: 51m52s
Formato
: MP3
Tamanho:
5,93 Mb
Taxa de bits:
16 Kbps.
Acervo: Ministério da Fazenda.
Status
: Áudio sem revisão.

Redação

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