Medidas para corte de gastos serão anunciadas amanhã, diz Meirelles

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Plano vai envolver ações que dependem de aprovação do Congresso

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (23) que o governo vai anunciar uma série de medidas focadas na redução do gasto público. “A ideia é um plano de voo, com medidas que tenham efeitos plurianuais e impactos permanentes. Não estamos focando apenas no resultado deste ano”, disse, em discurso proferido durante seminário promovido pela revista Veja, em São Paulo.

O plano, que envolverá ações que dependem da aprovação do Congresso Nacional, deverá ser anunciado amanhã (24), segundo o ministro. “Estamos dando uma linha que, sendo aprovada pelo Congresso, nós tenhamos uma grande segurança”, ressaltou, sobre as medidas que visam reduzir o déficit público e retomar o crescimento econômico.

“Esperamos que haja um fortalecimento, uma volta da confiança das famílias e dos empresários, que se dará em uma retomada das atividades, do emprego, do investimento e, por consequência, da arrecadação tributária”, acrescentou.

O controle de despesas primárias e financeiras, “com foco na eliminação da ineficiência dos gastos públicos” serão, de acordo com Meirelles, algumas das diretrizes das propostas apresentadas. Apesar de não detalhar, quais são os planos do governo, o titular da Fazenda indicou que devem ocorrer mudanças no atual sistema da Previdência Social. “O importante não é apenas saber quando terá direito ao benefício, mas saber que esse benefício será pago”, destacou, em relação às aposentadorias.

Ao mencionar a previsão de déficit primário de R$ 170,5 bilhões do governo federal, Meirelles enfatizou que a situação é “séria e grave”. “Não há dúvida que nós partimos de uma situação das contas fiscais que é crítica.”

O ministro atribuiu os atuais problemas ao aumento do gasto público, em especial por uma série de políticas que, nos últimos anos, tentaram aumentar o crescimento econômico. “Não há dúvida que a questão do Brasil começou com a elaboração de uma série de políticas que criaram uma dúvida sobre a sustentabilidade e solvência do Estado”, disse.

Para Meirelles, o Estado brasileiro tem desequilíbrios criados à época da Constituição. No entanto, o ministro acredita que essas questões foram agravadas por decisões “equivocadas”. Segundo ele, de 2008 a 2015, a receita anual se expandiu 14,5%, enquanto os gastos cresceram 51%. Somente com subsídios e subvenções, o governo passou a gastar, de acordo com os cálculos de Meirelles, 900% mais. “Em resumo, as contas públicas passaram a passar sinais inequívocos de insustentabilidade”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

7 Comentários

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  1. Algumas palavras

    Henrique Meirelles, para uma seleta plateia reunida pela Veja, informa que anunciará as medidas econômicas tramadas pelo governo que, minuto a minuto, se comprova ser produto do golpe constitucional. Para tanto, espera que famílias e empresários tenham confiança no governo que ele representa. Confiança, ministro? É para Temer que pede confiança? Para Romero Jucá? Ou seria para o conjunto do governo usurpador? Como é possível, senhor Henrique Meirelles, que se possa confiar nestes nobres políticos, que passaram meses a fio apontando o indicador para uma presidente, acusando-a de tudo o que, em verdade, era feito por eles? Não acredito, senhor ministro, que este país conte com tantos incautos assim.

    Resta saber o que o senhor ministro interino considera como “déficit público”. A pista da previdência social já foi dada. Outra pista estaria na “ineficiência dos gastos públicos”, que deve ser eliminada. Pelas primeiras manifestações do governo interino e provisório é lícito concluir que os gastos não “eficientes” seriam aqueles voltados às ações sociais em execução nos últimos treze anos. A se conferir.

  2. Dia estranho, esse!  a

    Dia estranho, esse!  a pergunta do dia é: se todos sabem que os vazamentos são feitos pelo promotores do golpe,porque os golpistas iriam se incriminar vazando contra si mesmos? Amanhã tem medidas de arrocho, o governo está mal uma barbaridade. Para demonstrar parcialidade e preciso um boi de piranha e nada melhor do que o Jucá.  Para esquecer as más not´cias de hoje, o michel cunha precisa de um manchetão amanhã.Que os céus protejam o grande brasileiro de GARANHUNS.

  3. Caro Nassif
    Tudo que

    Caro Nassif

    Tudo que beneficia o povo, é gasto.

    Tudo que beneficia o nacionalismo,Prosub, por exemplo, é gasto.

    Tudo que beneficia, o relacionamento do Brasil com países da África e  América, é gasto.

    Investimento na Petrobrás, e Pré Sal é gasto.

    Se não acreditava neles antes, muito menos agora.

    Inventarão rombos, para justificar as privatizações.

    Canalhas, entreguistas e traidores.

    Saudações

     

     

  4. Ah… a confiança…        

    Ah… a confiança…            

     

    “Esperamos que haja um fortalecimento, uma volta da confiança das famílias e dos empresários, que se dará em uma retomada das atividades, do emprego, do investimento e, por consequência, da arrecadação tributária”.

     

    Caem os gastos do governo e o investimento público, logo sobem o consumo e o investimento privado.

    Vamos para o desastre.

    E ainda há quem ache esse sujeito um indivíduo altamente preparado.

  5. Meireles só deu certo no governo Lula

    Meireles só deu certo no governo Lula porque existia o Lula para freá-lo

    Agora em ano eleitoral essas medidas, junto com o fim do financiamento privado vão mudar todas as conjunturas políticas possíveis nos municípios, que deixarão de receber uma parte das verbas federais da saúde e da educação

    Será possível os parlamentares votarem junto com o Temer esse pacote de maldades? Agora que acabou o esquema de propinas da lava-jato? Arcarão com o impacto negativo em suas futuras candidaturas? Votarão pela família?

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