Mercado repercute BC, e bolsa fecha praticamente estável

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro fechou as operações do dia com leve desvalorização, influenciada pela retomada dos ativos após o pronunciamento do presidente do Banco Central e as ações adotadas pelo Tesouro Nacional. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia em queda de 0,11%, aos 45,291 pontos e com um volume negociado de R$ 7,595 bilhões.
 
As negociações começaram o dia com forte clima de nervosismo, em meio à falta de sinais de redução das incertezas políticas e econômicas no Brasil. O mercado sinalizou alguma calma após as declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que as taxas de juros nos mercados não servirão referência para a condução da política monetária nos próximos meses e que o BC vai garantir o funcionamento eficiente do mercado cambial.
 
Além disso, o Tesouro Nacional anunciou um programa de leilões diários de compra e venda de Notas do Tesouro Nacional-Série F (NTN-F) entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro, com objetivo de diminuir a instabilidade no mercado. Além disso, fará um leilão extraordinário de venda de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), no dia 29 de setembro, enquanto os leilões tradicionais de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e NTN-F previstos para o dia 1º de outubro foram cancelados. Fatores como a desaceleração das perdas no mercado norte-americano e o aumento dos preços do petróleo também ajudaram o índice a recuperar parte do fôlego perdido ao longo do dia.

 
Em um dia de forte volatilidade, em que chegou a superar R$ 4,20, a moeda norte-americana caiu e voltou a ficar abaixo de R$ 4. O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (24) com queda de R$ 0,155 (3,73%), vendido a R$ 3,99.
 
Ontem, o dólar tinha encerrado o dia vendido a R$ 4,146. A moeda abriu a sessão de hoje em alta e chegou a atingir R$ 4,248 na máxima do dia, por volta das 10h30. Nas horas seguintes, porém, reverteu a tendência e passou a cair, até fechar abaixo de R$ 4. A divisa acumula alta de 10% em setembro e de 50,1% em 2015.
 
Assim como aconteceu com a bolsa, o pronunciamento de Alexandre Tombini afetou as operações com o câmbio. Entretanto, a autoridade monetária não começou a se desfazer dos recursos das reservas, atualmente em US$ 370,6 bilhões.

Além disso, a autoridade monetária renovou integralmente 9,4 mil contratos de swap cambial (operação equivalente à venda de dólares no mercado futuro) que venceriam em outubro e leiloou 20 mil novos contratos com vencimento em 1º de setembro de 2016. Diferentemente dos últimos dias, o BC não vendeu dólares das reservas com compromisso de recompra, quando o dinheiro volta para o BC algumas semanas depois da venda.

Para sexta-feira, os agentes aguardam a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), PPI (índice de preços ao produtor) e a criação de empregos formais. No setor externo, destaque para o PIB, gastos pessoais, PMI (índice dos gerentes de compras) composto e de serviços nos Estados Unidos, e o índice de confiança do consumidor na França.
 
 
(Com Reuters e Agência Brasil)
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Bolsa de valores brasileira e

    Bolsa de valores brasileira e real frente ao dólar, continuam  sendo manipulados miseravelmente pelas tais forças ocultas americanas, que de ocultas não têm nada.

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